Desculpa se às vezes meu mundo
desaba e eu me seguro em você pra não cair. Desculpa se não posso te enxergar
agora, talvez as lágrimas escondam a luz dos meus olhos ou ofusquem o brilho da
tua voz. Gostaria de usar um óculos de dor, pra segurar as lagrimas, presas no
meu peito, represadas na minha alma que me inundam de dentro pra fora.
Me desabo na escuridão de mim, me
enclausuro na dúvida de existir, e só penso em você, em poder te abraçar, em
poder te beijar, sentir tua pele, e não o sal das águas que fazem sofrer. Quero
teus cabelos entre meus dedos, passar a palma da mão na tua face e ver teus
olhos fecharem para melhor sentir meu toque...
Mas é perversa toda a dor mundo,
que não segue ordem, não escolhe dia, que ceifa toda alegria que há, como é
triste a toda a dor do mundo, que parece agora estar no meu coração. A boca
aberta, não canta, o olho fechado não dorme, a água no rosto não se banha, isso
não lágrima.
E o que eu preciso:
“Onde está você agora? Além de
aqui dentro de mim?”
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