Letras vazias, de alguem mais vazio ainda...

“Degusto o gosto do exótico paladar, que sente o velho, vem vindo, revolto, velho mar. Decano alarmado pelo conhecimento modificado, resistindo na retórica, retorcendo o real, pra que assim, alguém pelo menos, por favor, palavras ambíguas, alguém, pelo amor de Deus, acredite no que ele diga. Só vele o que vale, se retrate antes que tarde for, afinal, garantir o futuro persistindo no passado é envelhecer sem ter alguém do lado, e eu duvido que, dessa vez, alguém consiga me entender.”
Não tenho saudade de ninguém, só tenho saudade de como eu era quando eu tinha as pessoas que eu amava.
Cosméticos e cosmos, coisas do cotidiano. Gente, pessoas e dívidas morais, poetas convencidos que adoram Morais, da poesia desconhecem a verdade, citando Andrade, como se fossem seu parente.
Não me cobra nada, só fica do meu lado, me abraça e diz entender, mesmo sem entender nada, não cite autores, não me acha ator, apenas diga o que tem vontade, sem frases prontas de efeito.
Sei que temos todos os defeitos do mundo, mas o mundo nunca foi perfeito. Eu queria saber o que preciso pra ver nas pessoas as verdades que elas dizem, que seus atos traduzam aquilo que dizem. Que possa ser santo, quem entra de alma limpa em lugares sujos, e que os sujos possam admitir, e não entrar nos lugares limpos e fingir o que não são.
E se ver o mar faz a gente refletir melhor na vida, e ver o quanto mudamos, endurecemos, distanciamos, não estou lamentando, ou coisa parecida, mas é que as mudanças devem acrescentar e ultimamente elas me vem endurecendo emocionalmente, E se o mar faz mesmo a gente refletir, enfim, como eu queria poder ver o mar agora.
Wilix Gabriel


Desisto de tentar entender a humanidade, esta me faz a cada dia que passa acreditar menos nos bons sentimentos. Permaneço fingindo que entendo perfeitamente bem, mas tem certas horas que a gente explode e manda tudo pros ares, antes que a humanidade faça isso ela mesma.

Jorge da Lua Calliu