Eu me
calo no cansaço de não aguentar me segurar em pé na realidade. Teus olhos
infantis, teu sorriso sincero me fornece força e calor, não sei se real ou
imaginário. Apenas minutos separam o tempo de mim e de você, dorme aqui,
sorrindo, que eu tremo a boca com vontade de chorar, e sem vontade choro, com
lágrimas nos olhos, não é pecado estar tão feliz, mesmo tendo tudo desabando ao
meu redor.
Desafetos
desafiam meus dias. Corto calado a escuridão das palavras alheias, fechado para
o passado errante, aberto para o futuro, incerto, alias não é o futuro que é
incerto, incerta são as pessoas.
Sou do
signo certo, confuso e recatado, tento sobressaltos de lucidez e inquietude,
compondo minhas canções preferidas, almejando dias mais felizes, tentando
passar da mínima felicidade que há em mim e me vejo em cena, ensaiando a cada
segundo a palavra certa, pra fechar o ato sorrindo, mesmo que a cena seja da
mais pura tristeza, que se fechem as cortinas do palco, que lá atrás, estarei
eu, ainda sorrindo, bobo, diante da plateia que chora, sem saber, que eu ator,
menti quando deveria, pra mostrar que eu sou forte, ou pelo menos quase isso.
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