Eu gostaria de coisas claras e
concretas, se você não pode me dar o presente não venha a minha festa.
Estou cansado
do esoterismo e conformismo de se conformar com palavras, não quero abraçar o
vento do que diz, quero o frio da sua falta ou o calor da sua presença, mas não
sentir teu perfume na brisa e jamais a tua indiferença sentada entre nós no
banco da praça.
Eu não quero
mais viver nessa loucura de amar e dizer que ama, e às vezes, dizer que não
precisa dizer, porque já sabe, e ir levando a vida como se fosse a vida, e
tudo, pra sempre.
Eu sou da vida
e sou da morte, e com um pouco de sorte consigo ser feliz nesse intervalo. E
tem calo nos teus pés que pisam o chão e sustentam teu ser, que nas tuas mãos
amor virou coisa, e por isso eu com dor no peito, te peço para ir embora.
E ao balançar
do balanço vazio você percebe que o amor inocente quebra correntes e atravessa
finais de semana, se curva diante do amor de lua, cheio de fases, inseguro e egoísta,
mesmo eu conhecedor de mim, e falador de ti, desconheço quem sou eu quando em você
e você quando em mim, acho que assim, nunca mais.
E certa feita
me disse para ler o que estava escrito em teus olhos, de tudo que queria dizer e
fazer, e eu com tom calmo, sem animo e raiva no falar, disse “desculpe, mas não
sei ler olhar” Leio o posto, sinto o
toque, não imagino nada, gosto do real e concreto, mesmo que esse seja o frio
dos prédios.
E sempre tem
um “mas” e tão bom é quando o “mas” é culpa do outro.
Eu fiquei com
o coração partido, sabia para onde andar, mas andei como se não tivesse rumo...
e por descuido do destino era a direção contraria da sua.