Não é desgosto, não só, é
desanimo, e um nó, não só, na garganta, mas na planta do pé, que faz raiz, sobe
pela perna passa do nariz, invade o corpo todo, me deixa cansado quando
deitado. É aquele abatimento dos que enfrentam o monstro que renova sua cabeça.
É a (in)certeza de que tudo vai mudar, mas quando tudo muda, volta a não mudar,
do que era antes, e sempre uma reprise dos ladrilhos da porta, dos azulejos do
banheiro, que nunca vi ser azul.
E ouvir do que falam de quem você
ama, e sorrir, achar engraçado, porque tudo na vida pode nos tirar o sorriso,
mas a gente pode escolher o momento certo de não sorrir, lágrimas é tão
fraqueza quando um sorriso forçado.
E se eu pudesse falar das coisas
ouvi, sem um travo na garganta, não choraria pode dentro, no silencio dos
gritos que ecoam pelos meus labirintos, e eles me fazem encontrar, a angustia
onde lá está, me vejo sem saída, esperando você entrar, poderia me dizer, o que
faço dessa vez, quando tudo parece sem sentido, até as pedras imóveis, agora
são quadros pintados a mão, de quem não sabe pintar...
Por favor, hoje é dia escuro, e
antes do sol nascer esconda de mim teu passado, porque o mais escuro dos
lugares são os olhares que sabem esconder a dor de quem se engana.
E agora: Esperando, de algum
jeito, de alguma maneira, esperando você me fazer esquecer de tudo que fez...
"lágrimas é tão fraqueza quando um sorriso forçado."
ResponderExcluirverdadee :/