Nem sei se tenho tanto tempo para
sorrir assim, amanhã acorda cedo meus sonhos e minhas viagens para longe me
distanciam de tanta coisa que queria por perto. Não somos o que esperamos, e as
divindades que cultuamos nos fazem sorrir, às vezes, sem pressa e pressionando
forte o peito sem lembrança certa. Minhas tantas perguntas, arrumo as flores
juntas, influenciam o que vai pensar de mim. Que seja, certeza, copos coloridos
na ponta da mesa, a beleza, incerta, calafrios dos teus cílios, desminta o
arrepio que sentiu ao ver.
Essa semana que passou senti sua
falta, estranho, pois bem, nem entendo. São tantos pássaros soltos descansando
nas sacadas dos apartamentos, que me perdi no tempo, tempo que nem sei se
tenho, por isso, me permita; uma poesia fora hora, um abraço sem pretensão, um
olhar descuidado, e um algo a mais, que só saberei quando voltar.
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