Eu vou fazer deserto da minha espera, como um comboio sombrio de minha alma, ofuscando qualquer papel rasgado, jogado no emaranhando de tantas cartas, não tão vazias, não tão inúteis; faz um tempo que as palavras perderam todo o sentido.
Não me importa o passado, desde que ele não se faça presente, é como a gente poder olhar o sol sem perder o foco da visão, é a tranquilidade de saber que você me conhece por inteiro, interior do meu coração, sabe quando vem sincera a saudade, no ritmo louca dessa rua de domingo e sua tranquilidade- aqui dentro nada acompanha essa tarde tardia e tormentosa, lenta...
Vai que a gente não se recupera, e que a vida estúpida e insensata congela a dor e nos promete dias melhores, por mais que a gente entenda que tudo vem a passo lento, meu olhar é raiz de toda imediatez, centro crítico do meu problema: te quero agora, se demora, pois lá fora a eternidade dura bem menos que uma hora.
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