Eu estou sem chance, sem chão, os olhos lembranças de um futuro pequeno, pois todas as canções não são suficientes.
Eu quero dizer o que o meu coração não diz, quero saber de tudo o que fiz ...
Há os presos nos seus orgulhos, ouvindo em silêncio seus barulhos, brados que eu canto calado, estendendo minhas vestes em sopros, afoitos e constrangidos.
Eu estou angustiado, meu coração apertado, minha garganta seca, já vejo meus dias assim, observo o passar das pessoas e recuo nas minhas convicções... já não tenho a certeza de estar certo, nem que fiz a coisa certa.
Se me arrependo? Não tenho tempo, teoria ou testemunho...
Se todos os seres humanos, rodeados de amor ou não, estão sozinhos, se de nós buscam e querem sempre o melhor, quem, então, vai nos deixar ser filhos, fracos e sem ânimo?
Por entre meus dedos suados e descalços, bordo poesia de libertação e por ironia, percebo que estou presos nas palavras.
Se teu sorriso falso ou feroz for sincero, se meu medo e meus loucos pensamentos são só devaneios... deixo passar a hora, sem fome ou ficção.. pois hoje, só hoje, para nada busco explicação
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