O tempo cruel voa como vento solto, e teu rosto intacto
preserva esse sorriso, e daquilo que posso me lembrar, tempo quente e agitação,
das pessoas que vão e vem, que hoje não lembro de ninguém, realmente, as coisas
passam rápido, cada um segue seu destino, e éramos como menino que brilha o
olho vendo girar o peão, e de repente a mão encosta em outra mão e se separa,
para, para qualquer lugar longe, perto do mar, são vizinhos e amigos que ficam
e se vão, aquela rua vazia que vivia a alegria, de qualquer tempo.
Hoje me desconcerto na falsa impressão de que tenho o
controle das coisas, e as coisas rindo de mim, porque me vejo entre livros e preocupações,
foi a rede perfeita feita pela vida, me distraindo ao máximo, enquanto passa louca e corrida... E quando
dei por mim, era tudo menos o que eu esperava que fosse, e quando deu por mim,
esqueci de dar pela vida.
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