Como posso encarar as pessoas e seus olhos profundos
E mirar nos dias as manhãs e as mortes, com pouca sorte eu apedrejo
minha alma de vidro.
Rasguei a cortina da madrugada escura, como vento que vem
rápido do norte, valei-me de todo os males é o gostar insano e solto, salivando
pelos corredores frios do futuro inexistente.
Minha couraça é de alumínio, minha carapaça de titânio,
passa por anos de meteoros e não rompe, mas se bates com pano, leve e seco, me
arrebento, vermelho, atingindo só o que sinto. Já que o corpo está escondido
debaixo dos escombros de tuas palavras "Ou te moldas ou te mostro que nos anos que vem, maios modestos e
melindrosos nunca farão florescer primavera"
Cortaram os pulsos de Romeu, com ele se perdeu o segredo do
atraso, do raso e das razões, mentiram dizendo que tudo ficaria bem, que seria
alguém que acabaria com a agonia, mas ainda viria as velhas folhas de papel em
branco.
Julieta se despede com agradecimentos fartos, desenha liras
com pedaço de pedra na areia solta do chão. As estrelas confessam paródias,
argumentam que poderia ser, seria, só se assim fosse, mas ela não tem mais
tempo...
Obrigado e adeus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário