Eu estou sentido um aperto no peito, como se não
tivesse jeito para não chorar, sinto que mais uma vez vai se repetir, e
descontrolado eu começo a perder os sentidos. Cada minuto que passa a tortura
aumenta, e quem aguenta? Esperar que tudo vai melhorar, mais uma vez, e pela
quarta vez essa semana, teu olhar me engana. Preparado percebo que tudo é
solidão, das vozes fora do meu quarto, das vozes dentro da minha cabeça, meu
olhar é um mundo a céu aberto, minha espera(ança) é desafeto, que não cresce
dentro de mim.
Não há vida, sem sinais de vida, e a estrada
escura pousa sentinelas, vindos de todo lugar, lindos de todo olhar, limpos de
tanto voar, de todas as cores que se pode imaginar, lanças e túnicas, e vejo
agora a oportunidade única, de mais uma vez ir embora deste lugar de cabeça
baixa, pois mais uma vez me deixou esperando...
E nada do que dizem me atrapalha, pode o mundo
explodir lá fora, tenho uma erupção dentro de mim, que preciso controlar, por
isso, às vezes, me acham aéreo, fora do real, é que aqui dentro travo batalhas
intermináveis, porque só eu sei quantos pensamentos ruins tenho que vencer pra
sorrir quando me pedem desculpas, pra dizer que está tudo bem quando me arrancam
a felicidade, só eu, só eu e mais ninguém, só eu sei como é ter que acreditar
quando me diz "dessa vez eu prometo". Só eu sei como o esforço é sobre-humano,
pra continuar acreditando nessa espera(ança)
http://wilixgabriel.blogspot.com.br/2012/02/carta-aos-vencidos.html ( muito bom) é pra quem eu imagino?
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