Eu esperava mais, da noite, das
tuas palavras, menos frio e só um pouquinho mais de atenção, me atrapalhando
entre meus sorrisos forçados, e sorri sinceramente das coisas que me faziam
rir, mas tão rápido sumia o sorriso do rosto, que cortava o coração me ver
assim.
E eu estava ali, necessitando de
um toque, um apoio qualquer, um olhar, sei lá, o dia não foi bom, deu tudo
errado, e tudo atrasado me fazia delirar. Quase, e por pouco, não segurava o
choro, faltou pouco para desabar, mas segurei bem. Agora, desolado, não penso
mais em chorar, mas sinto vergonha de dormir, ridículo foi essa noite, e agora
uma frustração imensa, tão grande que fico em dúvida se é raiva ou decepção.
Queria gritar e gritar, gritar
até a voz sumir por si só, que, agora aqui, trancado e sozinho, espero um
milagre, qualquer coisa, que do nada, faça a noite valer a pena, não levo em
conta passar a noite em claro, e mesmo que durma a dor não passa, mas tem dias
que não é bom mesmo sair de casa.
“Chorei e chorei, muito e muito,
não suportei me esconder em mim, fingir que tudo bem, ameaçando a chuva fina
soltar uma lágrima, e tremendo de dentro pra fora, eu calei, confesso, não
suportei, chorei e chorei, mas não muito, humanos não entendem o choro, por
isso, aproveitei também chorando de dentro pra fora. Porque procurei o teu
olhar, implorei teu toque, mas teu corpo bailou em outra direção e teu olhar
viu estrelas, e me deixou sem brilhar”
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