Meu caros amigos e amigas, muitas vezes somente leitores, por diversas vezes anônimos, ou mesmo números que visitaram, por anos a fio neste espaço de sentimentos e não sentimentos.
Hoje não é um dia especial, nem um dia como outro qualquer... Apenas um dia que eu escolhi como um fim para esse blog...
A poesia vai viver, a poesia vai sobreviver, nós humanos não... tudo passará (corpo, alma, amor, dor sofrimento, saudade, arrependimento... tudo) mas a poesia ficará...
Mas a poesia não é sentimento. Ai é que está o GRANDE mistério da poesia e até desse blog. Aqui não é o meu sentimento, mas o SEU sentimento, ISSO MEU AMIGO(a) leitor, não é sobre o que você acha que eu estou sentindo ao escrever, mas o que você sente, seu sentimento, seu sentir.
Eu em alguns anos deixarei de existe, com tudo que represento e claro que você também, mas todas estas palavras não. E se um dia eu escrevi sobre saudade (sentindo ou não) isso não importará, quem ler pode rir, chorar ou sentir saudade também... o que estará vivo não será o que eu senti, mas aquilo que esse alguém leu.
Por isso a poesia, depois de escrita, deixa de ser reflexo do que o escritor sente e passa ser "domínio" do coração de outrem. Até mesmo eu, já escrevi coisa sentindo algo e anos após, lendo novamente, senti outras emoções.
Ah! sei que vai me perguntar se o que escrevo é sobre mim (autobiografia sentimental). SIM, tudo é sobre o que eu sinto, mas nem sempre de dentro para fora, as vezes o que sinto de fora para dentro, o que meus olhos me dizem e meu coração traduz.
Em muitas vezes as pessoas chegavam e perguntavam "Foi pra mim? Porque você falou coisas que tem tudo a ver comigo"
E em outras vezes eu dizia: É pra você em tal situação ou aspecto e a pessoa "nossa nunca ia saber"
Entendeu?
Acho que POUQUISSIMAS vezes eu cheguei a explicar as poesias, rara vezes, mesmo porque ODEIO fazer isso, afinal as entrelinhas das frases eram meus refúgios para dizer o que penso, sem realmente dizer.
Sim, claro que muitas vezes senti algo forte e precisava escrever, outras me obriguei a escrever, outras (juro que é verdade) simplesmente escrevi a primeira palavra que vinha na cabeça.
No começo do blog eu passava por uma desilusão amorosa, que só foi desilusão por culpa minha (infantilidade e erros imperdoáveis) então escrevia de forma direta, direta até demais. Criava marcadores para tentar mandar indiretas. Tudo bobagem, hoje vejo que nada disso era relevante (como MUITA coisa nesse blog)
Então usei o blog, por algum tempo, como carta para um correio sem endereço, achando e esperando que os destinatários viessem aqui para ler (nunca vou saber se o fizeram) provavelmente nunca vieram e pouco ligam para o que escrevi. E isso não me deixa frustrado ou triste; é natural, coisas da vida.
Com o passar do tempo vieram outras sensações, decepções, medos desejos e o blog se manteve ativo... SEGREDO: em alguns anos criei uma "obrigação" de ter pelo menos UMA poesia a cada mês (toque para ter um ano completo).
Teve mês que eu escrevi MUITO, teve dia que escrevi mais de uma vez e já teve mês que esqueci de publicar.
O blog nos meus relacionamentos também foram problemas e o motivo era sempre o mesmo: Você parece sentir sempre uma saudade e uma nostalgia por um alguém que não está mais em sua vida. No começo sim, era para uma pessoa em específico, mas depois essa saudade virou a tônica do blog, escrever sobre isso me fascina! O blog criou vida própria, além de mim, além de qualquer saudade. Em resumo, era sobre algo ou alguém, mas por tanto aprender a escrever assim, continuei e o blog virou uma carta de saudade eterna... e não tinha mais como atrás.
Claro, vez ou outra a poesia destoava, mas sempre voltava a esse tema "negativo", pois eu gosto de escrever sobre e via que as pessoas também gostavam de ler.
AS PESSOAS ME PROCURAVAM AQUI E ACABAM SE ENCONTRANDO.
Com o passar do tempo as pessoas abandonaram a ideia que eu sempre estava passando por uma situação difícil, até chegaram a cogitar que eu estava à beira do suicídio (risos).
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