quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Exímio Sentidor

Em mil lidas e controvertidas distâncias, dos adultos presos em suas crianças escondidas, me reviro de saudade, das terras que o sol nunca se põe e se opõe a minha vontade de entender o quanto se estende nos meus olhos o verde do chão, e quase verde do teu olhar, que me confunde, como espelhos, o quanto troca de cor teu cabelo.

E as construções, são escombros de corações, mal feitos de muros tortos, e antes que tal tristeza se espalhe, abro os olhos para os detalhes, que assim me acho em dias sombrios, pois cada um sabe de si, da dor que por suportar, e talvez, de tudo que pode fazer para deixar essa dor se dissipar, mas eu,exímio “sentidor” de saudade, de distância e dor, me queixo sem jeito, me deprimo sem sentindo, achando que sentir tudo isso é a melhor maneira de não mais sentir nada.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Sobre querer.

Sobre verdades e mentiras sei contar minhas visões, sei da confiança metade das decepções, e dos sábados ensolarados, quis apenas tua presença.

Queria muito, o verdadeiro sentido da vida, e de longe pedia ao Deus dentro de mim, que todas as pessoas fossem felizes, mas das minhas atitudes as que mais me orgulho são as omissões, e de todas as controvérsias quis apenas apenas retirar as desavenças.

Sobre meninos e lobos, e filmes que nunca vi, e tantos outros que fingi assistir, me sobrou as folhas loucas dos livros que nunca li, mas a maioria sabia a história do começo ao fim, e pra onde vão as lembranças quando fogem da nossa cabeça, mesmo as mais felizes e mais intensas.

Queria menos o tempo presente, por ser inconstante, feri várias vezes meu ego e ideologia, e me enfraquecia ter que ser como alguém queria, só pra ver sorrir quem podia sorria sem mim, e sofria cada vez mais, como um condenado sem sentença.

E, por fim, quando queria falar sobre tudo isso, me calei, pra não ser ignorante ou ressentido, jogando tudo por ar, pois calado era como se nada tivesse acontecido, ninguém tivesse sofrido, e na mesma dor dos sorrisos, nos compassos descompreendidos, eu não quis ver, mais uma vez, ninguém sofrer, mas não teve jeito, um sofreu, e por azar, esse alguém era eu.