sábado, 16 de maio de 2015

Onde você foi morar?

Nem todos os jorges são amados e eternos.
Meu ódio vem da falta de amor.
Ás vezes as pessoas não entendem que algo inacabado não é a mesma coisa que algo mal acabado.
A noite, já tomando todas, a gente faz qualquer besteira, fala demais, e até que não se arrepende.
E os anjos nos abençoam com palavras bonitas e frases de efeitos, anjos mulheres que nos conhecem por inteiro, que estão com a gente até o fim, fim que nunca chega.
Os anos podem mudar o tom da voz, mas jamais a harmonia do olhar, a gente pode até aprender a melhor interpretar, mas difícil esconder o coração acelerar.

Nasce outro dia no meu peito,
Não tem jeito, a vida segue
E não negue, sei que tudo muda
mas certas coisas nunca vão mudar.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Quem me dera você

Quem era você que sorria displicente, que me olhava diferente, de repente rompeu junho, falta pouco para que nada fosse muito. Passa o tempo por debaixo da porta, cartas e carinhos que não tem mais volta, são livros sem remetentes e a lembrança abraçada com a saudade, me fez rir em tempestade num copo d'água.
Acordei no equilíbrio sombrio de não lhe ter, mas tenho planos e projetos de vida, e a despedida se fez marca de tempo, sem alento ou forma definida, com o passar dos anos, tudo ficou estranho até aquela magoa, deságua na lagoa da memória, e nem sei mais que era você, se quem eu tinha, ou resto da lembrança que em mim ficou.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Ópio

Olhai as escadas dessa vida, tortas e atropelantes, cada vez mais aleatórias e inflamadas.
Quem tem um porto segura não usa âncora, quem quer ir mais longe não baixa as velas.
Mas alguma coisa desde domingo me incomoda, talvez seja só impressão.
Olhei para trás vendo minha vida inteira, quantos sorrisos sinceros outros não.
Engasguei a garganta os prantos sem sentido, aqueci as pontas do corpo que denunciam a instabilidade.
Quanta falta faz o tempo que se foi... Que sei que era sendo todo esse dissabor, ouço o falar mais alto das tardes de entardecer, auroras e pores do sol, meus dias de adolescência, meus medos e fraquezas, até então era só saudade.
O sol me aquece nas manhãs, calor que acolhe, que me faz saber que estou vivo e sentindo entrar nas narinas o ar rarefeito.

São pontos de luz que conectam as noites e refutam os loucos e insanos irreais.
Agora não escolho o destino, escolho as camisas negras que fazem suas nesses dias malucos que vivemos.