quinta-feira, 24 de maio de 2018

Já não quero me importar.



quarta-feira, 23 de maio de 2018

Teu presente.

Tantas vezes eu chamei teu nome, mas ele some, amarga meu coração a lembrança dos becos e dos bosques, do frio forte que me feriu lá por abril.
Tantas vezes tive que aceitar, que quem fugiu de mim foi eu mesmo, mas que teu corpo e teu dia, às quatro da tarde, faria parte dos meus melhores dias.
Que mudanças independem de um desejo, e se eu sinto  falta de olhos fechados do teu beijo, feito algo que nunca vou esquecer.. e como isso dói.
Que às vezes é preciso caminhar, por entre as ruas, as casas e as praças, todos os lugares onde estivemos.
Tantas chances nós tivemos juntos, se reparar bem, muito bem, nem tantas assim, mas ainda assim, um tempo curto para aquilo que corresponde à vontade...
Tantos sonhos lindos para sonhar, mesmo quando não consigo dormir, ou mesmo não der para acordar... nestas noites que não tem fim.
Mas jogamos tudo fora, sem motivos, ou inventamos alguns deles, e onde foi parar toda aquela sensação?
Pelos simples fato de não perdoar, ou não entender, ou esquecer, talvez isso seja a maior dificuldade, mesmo sabendo que a vida acaba.
Hoje eu só penso no seu rosto e vou dizer, Como dói amar você
A distância me consome...
mesmo quando a gente some, senti da gente, sonhos e devaneios.
Hoje eu apenas gostaria de te ver, me entender, ou mesmo ouvir sua voz.
Pois confesso a você Minha felicidade tem seu nome, sua pronúncia e sua aura.
Quantas coisas foram sem sentido? ou não sentidas, sonhadas e perdidas?
Tantas frases, gestos e o amor ou seja lá o que for que une a gente.
Sei que não consigo sem o seu abrigo, pois nele preciso me esconder.
Sei que você é meu verdadeiro amor, ainda que houvessem em nós, mentiras.

domingo, 20 de maio de 2018

Navios e naves

Não veio nada, nem ninguém, no frio dos meus olhos, jazia o que bebia em teu vorpo nu as qustro da manhã. Onesciro e tua pele se confundia e eu fazia preces para que minhas cartas fossem lidas.
Todas as palavras ditas disseram meu erro, tempo ou desperdício, nada disso, dormir e acordar pensando em ti.
Agora viajarei quieto, parado e surdo, lembrando do chão frio e de teu corpo quente, rente, mais uma vez ao meu.

terça-feira, 15 de maio de 2018

Se da raiva surgir o medo.





Sai dos poros do meu peito, da pontas do meu corpo as palavras que nada querem dizer, quando um tremor da minha mão borra minha caneta. Sou eu o erro, a face e a fila de espera, quando tudo desandou eu quem cavei a estrada. Será que errar querendo dar certo é erro?
Quando a morte for a melhor sorte que tiver no teu caminho, se precisar olhar pro céu, e a noite não deixar, me reencontre no fim da tarde, para que antes que seja tarde, a gente conheça o melhor de nós.

Sua mente ta perdida, minha alma ferida, mas isso não é culpa de ninguém, nem no final da prece quando disse amém, por mais que estranhe, essa dor e mágoa era, veja só, a nossa última chance.

E quando louca, com a voz rouca, gritar em plena madrugada, palavras insanas na janela do teu apartamento, por um momento, saiba que o céu pode ouvir e me contar, por um tempo, vai parecer besteira, mas em qualquer quarta feira de fim de maio, eu me distraio e posso te ligar.

Mas eu sou distante, estranho e carente, faço tudo para estar sempre, escutando meus defeitos para que os outros não precisem gritar.

Rodoviária central

Gostaria de te ver sorrindo, nas despedidas e encontros passar meu dia desistindo de encontrar solução e resposta, mas de nada adianta a gente saber das dores do mundo se mesmo em nós tudo nem faz tão sentido assim.
Como eu tinha de tido da outra vez; se todo ponto de luz na escuridão fosse esperança, a gente viveria olhando o céu como se tudo pudesse ficar bem, mas acabou a noite e quando amanheceu eu não pude me levantar da cama, eu queria ter esquecido meu nome, meu e-mail e meus problemas, já que não sei como resolver nada disso.

Quero um tempo, quero paz, quero distância e presença, quero toda a verdade que poderia existir, mas ainda assim queria saber e sentir, que os teus olhos escondem o que os meus não podem ver, mesmo que tenha certeza disso tudo, mais uma vez, não adianta saber das dores do mundo, se a gente não pode compreender.

domingo, 13 de maio de 2018

Por dentro...

Não vejo ardor nos teus olhos, teu sorriso é parabrisa e promete coisas impossíveis.
Imensa vontade de chorar e escrever que desanimam, não é raiva, saudade ou desdém, cansaço talvez, aquela fadiga de não levantar, a voz, de ser em nós sonhos, escombros e resistência.
Quanto mais das pessoas a gente se equilibra, mentiras que a vida escondeu na caixa do correio, quando a esperança errou nosso endereço, prometendo um vinho tinto a cada final de semana sem sair de casa.

Mas quanto mais atrasa a palavra em tua boca, mas a gente repensa na ideia tola, ora, então, talvez fosse essa a melhor saída, a única solução:


Acreditar menos nas pessoas e viver sorrindo pra não machucar o coração.

sábado, 5 de maio de 2018

O tempo e a espera


Não podia falar à tua lágrima, nem podia silenciar meu canto de amargura. Não sei dizer poesia pura, sem tecer espinho pra te afastar; era a rosa cinza que fazia mal ao tempo, todos os vários dias teus, perfeitos e sintéticos, tudo nas tuas mãos e aos teus pés, soletrando nada que podia te faltar.
Mas eis que sois entendida com a verdade do mundo, a veracidade do profundo, os seres e sais, dos piores incômodos que a vida descreve: Quatro minutos e nenhuma palavra sequer, mas se quer entender; saiba que nem tudo tem explicação.

É uma nebulosa, fraca e irreal, aquecida nos contatos dos ladrilhos do meu banheiro. Pincelando teu tempo de criança, acalorando tuas horas na escola. Pois é, os anjos e seus cadáveres prontos para despertar, todos eles terminando em "el", sabe-se lá o porquê.

O tempo e a espera, qualquer um se desespera, o acorde entre a distância e a saudade faz da gente seres sem rumo, sem prumo, olhando pra esquina esperando alguém dobrar.

O martelo que compõe e incomoda meus ouvidos, colabora para falta de ar e o peito apertado, mas eu queria ter o dom de traçar destinos, faria isso com todos os meninos, para que desde cedo soubessem o que dava pra ser, mas tenho poucas alternativas, vendo cair sobre a pista a chuva fina que molha cada pequena planta solitária de beira de estrada, cada pedra suja de ponta de asfalto, como dança coreografada, como orquestra de tambores ruídos, fazendo o barulho certo, no tempo certo, tudo isso é a vida que vai passando lentamente e a gente, poderia muito bem não precisar sofrer.


O tempo e a espera, qualquer um se desespera, o acorde entre a distância e a saudade faz da gente seres sem rumo, sem prumo, olhando pra esquina esperando alguém dobrar.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Sentido contrário

Eu não me alimento de dor, ela se alimenta de mim... Rói me estômago pequeno, dilacera meu coração, atravanca minha garganta e perturba minha alma.
O futuro frio e sem cores, fazendo horrores em círculos no meu olhar.
É o passado, toda essa desesperança, que a gente arranca suspiros e vontades, que tudo dê certo, e por mais perto que seja, distante ainda somos.
Vejo viagens nas retinas rústicas de um sol que se aproxima da noite, com cautela, sem pressa e divergindo.
Encontrei nas fotos velhas, e claro, terríveis, de nossos dias, semelhança entre o hoje e o amanhã, mas o ontem tem feridas pelo corpo, tem um olhar apático, torto e atávico, resfriando a poeria que cobria o nosso caminho.
Mas as palavras repetidas em sonhos e lembranças machucam ainda mais, não é que importem os papéis e as canetas, mas o coração em si precisa de cuidado, não importa como as pessoas se apresentem por fora, mas tudo que as distinguem por dentro...
O que os olhos não enxergam a gente sente em sonhos, e nunca vai saber como sei que as coisas acontecem exatamente do jeito que acontecem, os anjos me contam, durante a noite, que você não está bem e não faz bem, por isso meu bem, quem te vê de olhos puros não sabe quão imundo foi teu sono, quem percebe teu carisma, não sabe da cisma que a falsidade insiste em assombrar, portanto, e por tanto ser assim, que gestos e palavras postas no lugar certo nunca são caráter, pois se assim fosse, o poeta seria a melhor pessoa do mundo.
Já eu... estou aos poucos deixando de acreditar no amor e cumprindo minhas promessas.