quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

A soma de todos os delírios

A solidão está  em nós, como também sua cura, pois é loucura achar que outro alguém vai nos libertar.

E com essa frase posto a última poesia do ano, na verdade não será "nova", é apenas um COMPILADO das frases "mais legais" que puderam ser retiradas das poesias feitas em 2016:


Sem distinguir a distância e o sono, o até logo ou o abandono, eu me desamarro fio de cobre, dessa saudade que me cobre da cabeça aos pecados. E aquelas promessas, nunca cumpridas, era tudo que eu tinha, e hoje, nelas não me apego, porque sei que a vida é muito mais que esperar das outras pessoas, é, sobretudo, esperar de nós. Porque se eu quero sempre estar preparado para as reviravoltas que a vida dá, devo também, estar preparado para caso de as coisas nunca mudarem. Lamento, todos temos nossos caminhos, todos são solitários, a gente nem sempre chega e vai por querer, pois uns fazem seu caminho, outros já acham pronto. E quantos se encontram no adeus e outros tantos se despedem num abraço? Triste é não ter ninguém, mais triste ainda é ter alguém e não poder encontrar. Mas eu, Eu não sei absolutamente nada dessa vida, por mais que eu esteja dizendo que sei o que fazer. Amanhã é outro dia, hoje é o mesmo dia, ontem nem sei... Há muitas maneiras de dizer "eu te amo" e uma delas é em silêncio. Acho que você tem um sorriso lindo e sincero, mas penso e espero que isso não seja motivo para não ver, nos anos que se passaram, os passarinhos do céu. Não está faltando amor no mundo, está faltando gente disposta a amar.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

última fotografia.



Eis que da vida inteira, me contentarei com teus retratos, daqueles tirados como fomos embora sem dizer adeus.
Disse que as cartas e lembranças mais íntimas foram jogadas trem-morro-acima, menti, guardei restos de sobriedade nos trilhos.
Sei que quer ser dona da razão, já fostes, até, dona de um coração, mas rogo, ou oro, para os semi-deuses injustos que povoam meu sombrio coração, que quanto mais a vida passe mais se arrependa de ter vivido. 
Calou-se retórico nessas palavras, olhou o relógio atrasado, apertou o passo, tomou o avião mais cedo, para as montanhas e morteiros.
Não há nada de errado na solidão, nem em se sentir só, o problema é que vêm sempre acompanhado de algo mais.
Desconheço problemas em querer viver sozinho, mesmo quando se sente falta de si mesmo.
Quantas vezes a gente diz "não é nada, não" ou quando nos perguntam o motivo da tristeza dissemos "Não sei" mas lá no fundo sabemos, de tantos sabermos, que o que dói mais nem é o fato que gerou, mas a certeza de saber que sabe que aquilo te machuca tanto.
Alguns homens estranhos e epiléticos, se confessam rudes que por mais que o tempo mude, não voltarão a sair, ficarão trancados no seu quarto, apáticos, cantarolando outra canção de veraneio, desmentindo que tiveram devaneios, insônia boba quase a noite toda, como apanhador de margaridas nos maios mais escabrosos desses seus anos, joviais e inconsequentes. Re-arrumando buquês para o dia dos namorados, sem contar com a sorte dos meliantes.
Torturados, gritando que se deitou com mais dois homens, censurando e reprimindo qualquer faísca de menos orgulho, dilacerando a vontade de dizer, mais uma vez, que tudo se perdoou, que tudo se esqueceu, pois vive- assim melhor - com a certeza de que os erros farão tudo melhorar de vez.
Ao ler o pedaço de papel, que outrora era uma carta, se enraiveceu mais ainda, chamou-se- sentiu-se - idiota, mandou para qualquer lugar imundo e imoral, rasgou os retratos, desejou, infinitamente, dizer adeus, mas fingiu ter se esquecido de rasgar a última fotografia.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Em breves palavras.

Quem ama busca o jeito de estar perto, quem não ama busca um defeito para se afastar.

sábado, 24 de dezembro de 2016

Vai a manhã ser...


(O BLOG, OUTRORA MORTO, ENTRARÁ EM UMA NOVA FASE; DE DESCOBERTAS E FORMAS. HOJE, PARA COMEMORAR A MARCA DE 50.000 MIL VISITAS (30 MIL SÓ MINHAS RRSRS) IREI POSTAR UMA POESIA DIFERENTE, EM UM FORMATO DIFERENTE, LOGO, QUERO A OPINIÃO DE VOCÊS E SE CASO GOSTAREM, DIVULGUEM!!!)



Quando o vento te provar que todas as coisas da vida são passageiras.
Que o pranto, pardo, bobo  das folhas perdidas no chão, arco-íris e outras bobeiras.
E se você não sorrir, se você não chorar, seja por gosto de viver ou medo da morte.
Não amargure pelo passado, não se deprima pelo futuro, tudo respira eternidade e logo, ao norte...

VAI AMANHECER!
VAI AMANHECER?


E os que te abandonaram em manhã perdida de setembro, eu sei, sim, relembro  que vestiu de branco em fevereiros inconsequentes, de repente vai agora te sentir e chorar calado, silencioso, atordoado pela distância que criou, pelo amor que deixou ruir, já que o tempo não tem dó de destruir a certeza alegre que a manhã não tem sol.
Vão querer de novo tua voz, teu abraço e teu suspiro, já não há mais a tarde de sábado que te fazia temer a solidão, e não se apavore, vem vindo domingo, de novo...

VAI AMANHECER!
VAI AMANHECER?

A volta da Xanduzinha (ouçam)

Feriu meu corpo, mas mais ainda minha alma.

"Meu caro amigo, te escrevo para dizer que venho pensando demais na vida. Talvez começar essa carta assim é devaneio, pudera ser, mas é que até andar em esquinas me assusta, e como sempre te disse; as distâncias são medidas em vontades, saudades e solidões, nem sempre em quilômetros, e agora, daquilo que te contei, muito mais coisas nos separam, mais que o próprio asfalto.
Queria saber como está por ai, nessas terras distantes, mas hoje, por hoje, me deixe desaguar minhas angústias.
Tenho visto muita gente partir, tenho pensando em você, e em tanta gente. Não pense que estou a reclamar, quem sou eu para reclamar das venturas que me recaem das ribaltas do céu, só que a amargura parece querer fazer morada donde nada falta, das vestes ao sentar na mesa.
Já passou por isso? Engolir seco com o estômago cheio? Não sentir fome com a fatura posta? Deve me compreender, quando tudo está em paz, mas a gente, de tanto temor, nada sabe do que faz.
É bem verdade que quando algo nos falta, não há nada que nos alegre, até aquilo que era de costume nos fazer raiar o dia, nesses dias, absolutamente nada nos arranca sorrisos. O café perde o gosto, a música perde o sentido, nem os lugares e as pessoas estão mais interessantes. Tudo bem, amigo, estou exagerando.
Para além disso, outra coisa me incomoda, a insistência da vida de afastar as pessoas da gente. Juro! Parece pirraça, fazer da saudade instrumento de lembrança. Nessa semana mesmo, lembrei do nosso tempo de criança, despreocupados, parece que quando a gente cresce as coisas vão ficando cada vez mais complicadas, ou será que a gente que tomou consciência que nada nunca foi tão fácil assim?
Na sua carta passada, senti sua escrita pesarosa, mas não me atrevo a perguntar, em silêncio oro para que esteja bem, mas soube de um confidente que tens andando, também, apático, choroso e melancólico, ORA! Quem sou eu para dizer-te melhoras, balbuciar frases prontas e de efeito, pobre diabo que sou, mal consigo dormir.
Me despeço de você, certo que logo receberei a resposta.
De seu amigo..."

No outro dia, ressentido, com o orgulho de achar que só eu sentia dores, li o final de uma carta dele:

"Eu olho para longe, vejo o mudar do mundo na totalidade da íris dos olhos dela.
Eu vejo seu abraço ir embora sem tocar meu corpo, sem se despedir ou olhar para trás.
Vejo o não na resposta que não foi dada, vejo o mal que faz deitar na cama com mais do que deveria no peito ou no corpo. A chamei para esquecer dos ardores da alma, dos apertos do peito e fez foi esquecer de mim. Vestida de branco, com o tempo passado, sei que inclinará os olhos para aquele dia, em que se deitou com frustrações e efemeridades, nunca mais irá se deter o olhar para o horizonte sem lembrar de mim.
Ela foi embora, companheiro, mas foi antes de partir, estava do meu lado com o pensamento, quiçá o próprio corpo, pensando e presente na liberdade (me permite palavras difíceis) da promiscuidade. Confesso que soube e descobri de coisas que as palavras não ajudariam a descrever, se deitou com vários. Desculpe, não era disso que falávamos, mas me deixe concluir: Ainda pensei em esquecer de tudo e tomar-lhe em meus braços, mas o embaraço era tão grande, NÃO! Não meu, mas dela, já se via liberta, distante, vencendo na vida, sentia prazer com corpos estranhos (sei que agora deve me recriminar por vistar de novo tais pensamentos, mas você precisa me compreender, sofri bastante...) mas o pior nem foi isso, o pior foi não mais querer deixar essa tal liberdade."

Admito que não senti remorso ou pena desse relato que nem li todo, mas por amizade, lembro que respondi:

" Larga de mão essa tristeza, larga a mão dela, suas cartas (desabafos) só falam dessa dita cuja, sei que nada tem efeito, mas teu defeito é remoer, deixa que se vá, deixa que se livre esta, livre esteja, livre já está, e tu, vais ficar ranzinza e mal vivido, quando sorrisos já invadem essa que tu diz amar, que deveras já nem te ama. Se tu mesmo me disse que admitiu e queria corrigir teus erros, até dos dela se desprendeu, a mesma não quis, a verdade é que o erro já é jeito que ela vive, se sente bem, e tu? Pobre diabo, agarrado a um passado. Vê se vive"

Pensando em como fui duro, sei que dessa vez mandei uma poesia do Antônio da Lua no final de uma carta que só falava de mesmices do dia-a-da:

"Corpo desfalecido já cansado, alma pendurada no lustre da sala, já incomodada.
Passou-se tantos verões e a dama agora cheia de si, argumenta com seu passado; a vítima vívida do que era tudo que gostaria, como se o cheiro do couro de sua bolsa e os instantes momentos já esquecidos sustentassem o sorriso de satisfação.
Mente atormentada de um belo penteado, unhas bem feitas e inveja de quem era há poucos anos.
Olho em torno, o adorno e as palafitas, admirada- ou ressentida, com queriam- esboçou raiva, lembrou-se que dela era a culpa, tinha tudo no canto escuro da sala, no quarto e o anel do dedo, era feliz-tinha que ser- era feliz-repetia para si mesma- mas más escolhas de longos anos refutavam essa certeza, tudo bem, admitiu, um pouco infeliz talvez, só que não tinha esse direito.
Mesquinho coração, decidiu agora voltar atrás, para onde nada mais tinha, nada mais existia, aquela casa, aquela rua, aquele sorriso, aquela sensação de lugar certo, quem sabe ventania desabou tudo, quem sabe a morte já levou quem lhe queria, e agora, noutra casa, noutra rua, noutro sorriso-todo sem graça- não era o lugar certo, por isso:
Agradeceu, deu até logo, pegou todas as roupas que tinha deixado e consigo levou o amor que dizia sentir"

Não sei nem se ele gostou, mas até hoje espero a resposta da carta.

E você? Espera que resposta do seu coração? que atitude do seu corpo? Vai ser feliz pro resto da vida ou ser feliz pro resto da felicidade?

domingo, 4 de dezembro de 2016

Se houver motivo.

A primeira frase termina com depois que me for.
Mas não vejo a cidade embaçada, pelas lágrimas dos meus olhos.
Veja, meu bem, o sol está quente, os pássaros estão voando lá fora, e você deveria estar aqui dentro.
Talvez essa minha insensatez de ir embora sempre que guarnece inverno, é pretexto pra não querer dizer que já te tenho dentro do peito como as flores e ventos tem algo em comum.
Queria poder ter dizer que tenho medo da morte e que isso me faria te dizer agora tudo que passa pelo meu estranho coração, mas eu ando ocupado com a vida, ando me distraindo com distrações que não me deixam esquecer esse aperto no peito.
Acho que já vivi o suficiente, acho que já senti tanta coisa.
Escrevi minha vida na palma da tua mão, como um recado rápido de "passa lá em casa".
Teu calcanhar sai da água, como tudo aconteceu não tenho do que reclamar.
E vai ser uma despedida até que tudo se resolva por si só.
Para os presentes e os que até aqui se esforçaram, não chorem em despedida de tempo.

Vou cacular a saudade em horas, para que o solidão dure mais ou menos minuto, para ver se em teu oceano é pacífico.

Pra falar da nossa distância escolhida, preciso ser covarde. Pra falar que não há culpa em nada que nós fizemos e descobrir que mesmo assim queremos pedir desculpas.
Não tenho como dizer que fugir seria melhor que fingir, mas todo poema é de despedida.
E eu estou indo embora, aos que sentirão falta, peço perdão por despertar tanto sentimento, desatento fui tecendo minha vida na alma de certo dias.

Mas o meu amor vai florescer calado até que desabroche flor e morra em tarde de outubro, em sentinela primavera, aos quarenta e poucos anos, arrependido de ter se deitado com outros, despedaçado por ter mentido, lido livros e ido para longe.

Mas meu peito turmalina, pulsante mais que o coração  pequeno e escondido no interior dos teus olhos.

Porém teu céu e tua voz, isso tudo de exatamente não saber o que fazer amanhã. E quando a vontade de vir falar for de certo a certeza que não há como, tudo está fechado.

Vem caindo lágrimas pelos meus olhos, esbarram em sorriso estranho, castanho de teus olhos no chão molhar, os pingos e praças. ESTOU PERDIDO, ESTOU SEM SENTIDO, VEJO TODOS E NÃO VEJO NADA.
E quão grande é um ser humano que arde amor e dor, tanta coisa em um peito só, e vive chorando com medo de chorar, e chora porque queria era sorrir, como somos fracos e frágeis, desregulados, tudo nos abala e nos afeta, mas vou e vamos viver, talvez um dia isso passe, talvez encontre o rumo, que agora o destino está procurando algo para  fazer, enquanto eu procuro esquecer o que já nem lembro mais.

 Por fim, e se você já leu até aqui, merece saber, que decidi parar de escrever aqui. SIM, DE NOVO  "que saco", mas já deu. As poesias aqui já cumpriram sua missão, estarão aqui PARA SEMPRE, um dia será esquecido no limbo da internet, mas eu sei que cumpriu sua missão. Não há motivo concreto, apenas decidi, agradeço a vocês anônimos e explícitos, por todos esses anos de companhia, discussões, brigas e etc.

Espero que tenham vivo tudo que foi escrito aqui, foi tudo carregado de sentimento e poesia, mesmo eu não sendo um poeta, mas tentei expressar da melhor maneira possível.

A verdade? Sim! gostaria de saber quem são todos os anônimos, mas admito que perderia seu charme, e até gosto rsrsrs... Só que agora começa uma nova fase deste blog, o de viver sozinho
Confesso que queria esperar chegar até aos 50.000, mas sei que vai chegar!

Pois é meus caros amigos, e por que não, LEITORES!

FORAM ANOS INCRÍVEIS!!


Adeus, enquanto houver despedida.







quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Quero teu sumiço em vão

acho que o esforço de dizer como me sinto é tão ruim como realmente me sinto.
Não é que eu não queria falar disso, mas me sinto tão só que isso me atrapalha o dia.
Ando vendo gente que não gostaria que existisse, gente que se permite ser pequena e sem coração.
Tenho percebido o mal em cada gesto, de certo as lágrimas não contentam o coração amargurado.
Quem nunca passou um dia inteiro com aquela sensação de pesar que amarra o sorriso e dilacera a alma?
Mas se descobre que quem a gente sempre quis por perto está num deserto, cercado de sua própria ingratidão.
E iria escrever mais, mas de nada adianta!
Quero teu sumiço em vão, pois fechada está minha alma, e tudo isso são nos pequenos detalhes, pois a raiva é só lente de contato, entre o grau do céu e o espírito na terra.

No mais, mantenha distância. Não tenho medo de viver sozinho.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Zodíaco

Tua pele e tua prece, tua mudança e teus carnavais.
Um ponto de luz cega nessa imensidão de nada.
Teu céu azul e castanho, me parece estranho nada disso faltar, um simples espaço entre um abraço e um sonho.
Não sombras nem duvidas, nas curvas da tua imaginação, percorre fria o que não podia, alias não pode, por escolha ter no gosto aquilo que te atormenta.
Não vai voltar o outono, nem as flores que caíram na primavera passada, não são as estações do ano, mas o ano que insiste em não mudar.
Vai ver que te encontrar, presa ou perdida nos mais difíceis maios desta semana, foi a desculpa do universo e seus signos para fazer teu sorriso mais libriano que qualquer mapa astral.
Mas teus Áries e cosmos são pedras brutas e perigosas, diria o poeta louco, preciosas, quando faltou, no todo céu estrelado, ou no teu imaginário, um peixe dentro do aquário.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Outra cidade.

Eu descobri o verdadeiro significado da palavra SAUDADE.
Só não consigo explicar.





"Rua, Colégio, Casa, Sexta, Sábado e Domingo.
Almoço, suco, bolo  e calçada.
Medo, vergonha e timidez.
Ônibus, Celular, Cama e chão.
Dinheiro, sapos e contramão.
Outra cidade, encontro inesperado.
Apelidos, roupa rasgada e a vida que tem tudo isso a gente nem nota."

Outro dia pra sempre

Foi bom ter aquele abraço suado e sincero, e dizem que a pior despedida é aquela que a pessoa morre e continua vivendo.
Ela gritou baixinho "está doendo, muito!"
Não duvidei, pois a vida é espinho e precipício, culpa a gente, quase sempre dos precipícios de nossa alma.
Você se esconde no medo de admitir que alguém pode te fazer sorrir, que o coração é morada de sonhos e ventania.
E vem a alma pura, de ouro e sementes, de repente viver um amor que não vive.
Agora é a hora, se vá, se vai veja o que me dizer, vez que nem sempre o que a gente vê da vida é o que a gente entende por viver.
E mais uma vez é de vez, definitivo e sem volta e espero eu, de verdade, te rever em outra encarnação, e espero que sem demora.
Sei que hoje é outro dia pra sempre.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Não diga mais nada

Eu não quero nada real, quero fantasias e coisas impossíveis.
Quero olhar pela janela e te ver...
E não consigo te imaginar lá, nos braços desse mundo.
Com o que coloco e altero meu sentidos te digo as verdades que não hei de concordar.
Depois, quando só depois, eu me arrependo, antes me sento com aquela vontade velha de chorar.
Você não pode ficar, em todos os sentidos mais dolorosas da palavra, você não pode ficar.
Desculpe e obrigado por dizer tudo isso.
É que as vezes brilha o ouro do teu nome nos convites que não deveriam chegar.
É que você mora tão longe de mim, como se fossem frutas azedas e seus filhos.
Como se você não tivesse a graça, não pudesse ser o sonho salvador dos meus delírios.
Não quero te dizer, mas mesmo assim digo, melhor a solidão dos que esperam, do que estar, outa vez, sozinho comigo.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Monólogo do mundo

Não adianta cantar canções de passagem de tempo. Ainda temos quinze anos. No tempo em que teu colégio era do lado de tua casa, no tempo que eu era distante e você de mundo não me cabia.
Me senti tão pequeno no teu passado, teu sonho forjado na nossa solidão.

Você sabe dos meus segredos e eu sei dos teus olhares.  Tem dias que a gente não acorda bem, que as soluções nos criam mais problemas. Já tem outros dias que nada nos abala, e no final das contas todos esses dias são iguais, o que mundo é a gente.

Vou te contar um segredo: Nem tudo é como a gente quer, mas tudo é exatamente como tem que ser.


Essa "poesia" comecei há 15 dias e não consegui terminar, nem tive inspiração! Então desculpem, acho que ta falando animo de escrever.

domingo, 30 de outubro de 2016

Nas minhas orações.

Eu não consigo me ouvir com tanto barulho lá fora.
Seus gritos e o domingo lento me deixam preso ás cinco da tarde.
Eu não quero e nem pretendo entender tudo ao meu redor, pouco me importa se a poeira baixar.
Essa semana foi muito confusa, todas as luzes da cidade estavam acesa, como se deixasse claro nosso medo do escuro.
É que tua ausência, cada vez mais presente, parece filme dos anos oitenta, quando se fecham as luzes e se apagam as cortinas, só vemos um acenar de mão ofuscado.
Quem nunca teve angústia e inquietude, ao se ver sem ter pra onde ir?
Qual de vocês não percebeu que qualquer rua que andava nunca dava em nenhum lugar e se sentou sozinho na praça vazia.
Essa semana vou buscar mais forças e quem saber me preocupar menos com meu estado de espírito, para que as tardes vazias de domingo sejam preocupação do tempo e não minhas.

Disse isso, terminou suas orações, prometeu para si mesma que nunca mais iria se sentir mal ou esperar por alguém que nada espera, pegou o cobertor e foi dormir às seis da tarde, de um domingo que teimava não terminar. E ela tinha, ainda, muito o que dizer.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Aurora e a cidade violenta.

Faltou tempo para gente viver tudo que podíamos.
Um segundo descarna e desnuda os meios fios das calçadas.
Temos sempre no sorriso uma pontada no coração, lapidado das horas mais sem sentido do dia.
É que a chuva não me deixou sair hoje!
Mas não somos crianças, mas temos medos, medos que só os adultos têm.
Abandonei as velhas lembranças e fui viver num presente mais meu.
Encarei minha realidade como quem encara um velho amigo, com sobriedade e elegância.
Fui convencendo meus defeitos que pior que tudo isso é a impaciência dos que nunca esperaram.
Acumulei meus desgostos do dia-a-dia e tomei tudo nas vertentes do entardecer.
Fiz do meu elo cerimônia de despedida, reencontrando o velho hábito de perder a esperança no primeiro soar dos sinos.
Porém, quanto afoito, calei-me primavera, sem receio ou sarcasmo, dando adeus aos lençóis vermelhos e apontando para o marasmo.
Afinal, todo ano tem um ano novo, para que eu, de novo, esqueça das promessa que fiz, de quem sabe, esse ano, me importe menos em tentar ser feliz.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Em mãos do Éden

O dia passou lento, eu vi as distâncias aos meus olhos, teus desconexos dizeres.
O coração da gente se aperta, sem motivo, outras vezes os motivos são tantos que nem queremos falar.
Já se sentiu assim? querendo vencer angústia num encontro premeditado pelo destino.
Quando o sorriso é só fachada, coisas dessa vida,duas portas de entrada, uma para norte outra para a saída.
Solidão que nada, somos insensatos demais para entender o que se passa em cada coração.
E quem se foi, ou pensou ter ido, está distante e arrependido, querendo decifrar poesias e saudades, pobres diabos, nós mesmos, reféns marcados dessas segundas, à noite, inesperadas, para que o resto da semana seja feita de filosofia barata.
E por fim, você não entende o que eu falo, afinal a vida é incerta, cada caso é um caso, e a gente pode ser feliz por um acaso?

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Brado

Quando a gente é obrigado a falar  o que pessoas querem ouvir, só vem da angústia que nos corrói por dentro, quantas e quantas vezes não destruímos os muros da nossa alma, só pra não desmoronar o sorriso alheio. Valeu a pena?.
Farei oração em forma de poesia para que tua noite fria não se transforme em solidão, que os ventos e as marés desaguem tuas lágrimas.
 Já que sei que você anda triste, sorrindo e apático, desconfio que te dói, assim como nos demais, saber da ingratidão e do abandono nas horas mais difíceis. Hey! Não existe hora certa para algo errado, cuidado, há sempre alguém esperando o momento de te fazer mal, mentindo e contemplando teu penar.
Vai com calma com a vida, vai com calma ao confiar nas pessoas, tem prudência quando depositar sentimentos e sonhos, todos nós temos defeitos, e os efeitos dessa imperfeição estão nos rostos tristes de todo dia.
Quando faltar força e animo se abriga em tua alma, pede refúgio para os teus pensamentos, e quando nada der jeito, fica quieto até a tempestade passar, pois o que não falta é gente que na falta de faz sentir a maior desilusão.
E como no final de qualquer oração, sabendo que são nossas dores também, agradeço ao infinito e digo... amém.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Pacto

Não precisa ficar, não se teu desejo era ir embora e dar as costas. Quanto tempo tem que a gente não se vê?
Como queria te falar dos meus cadernos e sonhos secretos, dos bilhetes amassados no fundo da gaveta, mas me prometa que não fará mudar a cor dos olhos, da pele e do cheiro de coco.
Muitas vezes fiz o que achava certo, me achava esperto, mas não espero que isso vá mudar esse passado que passa dias e dias a me atormentar. Não imagine que meu coração não tem janela que dá direto para teu olhar, pudera eu esquecer esse passado ou quem sabe lá viver.
Mas lembro do teu nome, de todo detalhes desimportante, lembro da falta que faz dormir de madrugada.
Tua canção é colírio, mas agora o impasse é travessão que atravessa meu peito, agora o disfarce é que não sinto tudo que sinto, que agora posso te dar um abraço sincero, como se isso fosse a coisa mais simples do mundo. Nossos mundos se separaram, disso eu sei,  mas o universo é tão grande, meu coração tão pequeno, que amanhã o sol e a esperança me acordam.
Ouvi no rádio que você virou estrela, e eu, bobo, só esperando chegar a noite pra ver se te vejo no céu.

E o rádio:
"Na vida a gente tem que entender que um nasce pra sofrer, enquanto o outro ri"

domingo, 9 de outubro de 2016

Carta e chocolates.

Rosa torpeza e púrpura pintada de asfalto e melancolia. 
Credora dos tempos e das horas que demoram de passar.
Faminta de alqueires, comemorando o fim do dia.
Veneza viva de alguns vinténs, forçando a barra do vai e vem.
Quando mais alcança a graça, mais praças e pedágios a lamentar.
Por dentro dos tapetes e cosmos teu rótulo de não saber o ninguém.

Varreu o décimo dia dado aos anjos, seguidores da divindade.
Dizendo assim que acabar a velhice no mundo, eu me cubro de santidade.
Reunidos em estardalhaço, no propósito de pedir desculpa.
Pois se atrasou pra chegar mais cedo, esperando ter mais tempo.
Agradou aos aldeões e que dos males nada tinham culpa.
Caiu a lágrima no lenço, que aguardava desatento.

Agora sorrio atravessado, um amarelo meio amargurado.
Pensando altivo ser esse aperto no peito só alerta.
Querendo estar errado que teu erro foi só descuido.
Pois minha santa não tem andor, sequer e quiçá carregado.
Tendo uma ponta de arrependimento a gente até releva
Mas fazendo sofrer quem a gente gosta, ah, ai é demais... é muito.

sábado, 8 de outubro de 2016

Libélula.

Pra fechar esse dia com chave de ouro.


São de ouro teus olhos, mas sem conduzir energia, são de sinônimos teus sóis e sílabas. Vai dizer pelo resto da vida que meu sorriso e abraço é encontrado em qualquer esquina, mas eu receio que é verdade tudo que digo.
Você é ferida dos longos dias cansados, na certeza de que a existência não mais existirá, a angústia de acordar a noite sem nada que console.
Qualquer dia desses dias especiais, mas ninguém se importa, quem está lado a lado e faz do convívio só conversa fiada.
Talvez não seja o melhor momento para dizer a coisa certa, mas a gente sempre, sempre mesmo, tem algo pra reclamar.
O que você faz quando descobre que a pessoa que você ama não é te ama tanto assim?
E quando o mundo desaba e você se sente mais escombro que sobrevivente?
Ah, eu não sei disso, sou criança que vai pra escola, que não sabe de nada, não sabe da vida, sou menino incoerente que só te vê finais de semana, não tenho medo da morte, ainda não penso nisso, tenho muita sorte, que a noite só penso em acordar no outro dia.
Sou adulto que constrói futuro que não há, querendo, ou queria, só estar perto de você, mas que agora tem medo das noites longas, e ora pra acordar no outro dia, já tendo consciência que algo, algum dia, pode e vai dar errado.
Sou velho, receoso e contrariado, arrependido ou frustrado, de não ter te visto no parque ou na praça de bairro, que sabe que mais cedo ou mais tarde tudo se findará. Sou mesmo aquele enfermo que nada pode esperar, senão o fim da vida e a profunda mágoa de não ter realizado seu sonho.
Agora? Sou todo mundo, mas ainda quero, só por um segundo, teu abraço.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Achou que ia ter tristeza?

Pensei muito em postar ou não no dia do meu aniversário, mas achei que seria legal, postar. Vamos comigo?


Gostei muito de ter 25 anos: Pude cantar com verdade a música "tenho 25 anos de sonho, e de sangue e de américa do sul" conquistei e perdi muitas coisas, mas amadureci de uma forma sem igual. Fazer aniversário, para mim, é sempre um dia emblemático, mas eu gosto, esse ano quis retirar a notificação do face, não por querer ser o "dark" rsrrs, nada disso, mas pq eu tenho preguiça de agradecer a todos ou postar uma frase agradecendo, acho isso tão piegas! E claro, só os que se lembram vão lembrar (rssrrs dã)

Viram que esse texto não teve poesia até agora? 
Sobre ter mais um ano de vida, prefiro ser mórbido: na verdade é um ano a menos rsrrsrs.

Até agora recebi dois parabéns, um não é da conta de vocês e o outro foi da editora juspodivm que me deu 35% de desconto! Que legal!!!

Passei muitas coisas nesse blog, desde 2010, muita besteira, conversa fiada, de verdade, ele foi/é MUITO importante pra mim! Mas sinto que esse ano será o último dele! Tenho que encontrar outra coisa pra desaguar meus desenganos (oxalá Vander Lee). Por isso resolvi postar até dezembro, depois disso, Jah sabe!Como dizia, ele é uma ferramente de desabafar, brincar, brigar, sorrir e chorar, mas ele é, sobretudo, meu "querido diário", acho que pra selar esse "fim" vou reunir os textos mais legais e publicar, sei lá, pra ter de lembrança.... Quem sabe daqui a 50 anos alguém não entre aqui e veja...sei lá. 

Obrigado todos anônimos e descrentes, inimigos e amores que perdem seu tempo para ler, às vezes comentar, aqui! Obrigado por estarem ao meu lado todos estes anos.
Parabéns para mim e, principalmente, para me aguentou todo esse tempo, e um abraço de luz para quem ficou pelo caminho.



quarta-feira, 5 de outubro de 2016

As músicas dos pelegrinos

Cavernas e tormentas, são os dias e as dores dos homens.
Pois não se querem ver os terrores dos olhos e dos precipícios. O poder que tem um sorriso de acabar com a alegria.
Não vejo vultos ou virtudes, folhas na copa da cerejeira, março mal contado, abandona o som quando nada se ouve. A falácia de ferir-se feito um sem rumo que procura o que nem sequer sabe.
Se teu corpo com vento balança, se não se ergues em força própria... bobagem, tudo se limita e imita os males do esquecer.
É verdade, se tão próximo a felicidade o ardor, que fugia em rumo estreito, quando amparei estrelas pelo céu nublado, mas o azul profundo do mar nos envolve, mesmo que o sol brilhe solto lá em cima, onde de cá não podemos ver estrelas, sequer do mar.
Se sorri, sem sombra de dúvidas, se fingi penar, sem a alegria disfarçar, pode ser que sim, manobrar-se em euforia, com toda a insensatez que parece, te deixar com as preces e os aplausos, se vai quando nada de bom na mente te vem, mas tudo bem, de nada se espera dos que nada reconhecem.
Mas nos pequenos detalhes a mudança, há mudança, os ventos e as vertigens nos abraçam em campo aberto, nos despedaçam próprios e prontos. Você sempre comete os mesmo erros, buscando sempre os mesmos acertos, mas quando ignora seus arrependimentos, terá sempre um para deixar o barco seguir sozinho maré adentro.
Não são covardes nem aproveitadores, seguiram seu clico de pessoas pequenas, fizeram de tua lembrança, ancora e arena, lutaram seus medos em teu campo de batalham, venceram e fizeram sangrar em teu terreno, para que pudessem voar, para onde forem ou façam sentido, e te sobra, não entender o que se passou, mas imaginar o que virá.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Um doce deleite que não se vê há muito tempo.

Um mês sem postar...


Não será uma poesia, acho que será mais uma reflexão.

Existem momentos na vida que a gente pensa não nos faltar nada, mas sempre aparece uma perda, uma lembrança. Agosto se foi, e se me permitem o trocadilho, com um péssimo gosto.
Já setembro destampa com um ar de inquietude, não é um bom mês...
Agora saindo desses meus pensamentos e aproveitar o setembro amarelo e dizer pra você:
A vida dura, a caminhada é longa, nem sempre temos o que queremos, estamos do lado de quem queremos estar, pois estas pessoas se vão, mas acredite tudo nem sem tempo e propósito.
Sei, de verdade sei, que é "fácil" falar, mas sentir é mais complicado, porém não há como arrancar dores com as mãos, não há como dirimir o passado a pó com notas de violão. O que passou.. PASSOU, o que resta em você é apenas sombra do que não te deixa descansar à noite.
Mas podemos continuar, ser felizes, e nas noites que o pensamento ruim nos domina, liga a TV, olha o facebook, fala abobrinha em grupos de whatsapp, passa um trote, escreve alguma coisa, liga para um amigo de madrugada e pergunta a hora, sei lá, procura uma briga desnecessária com alguém, mas não se sente sozinho(a).
E se teu problema tem solução, mas agora você não pode enxergar, tende calma, porque se houver de acontecer... bote fé... vai, então
Quem tem que ficar junto, ficará.
Quem tem que voltar, voltará.
Quem tem que partir, partirá.
Quem tem que dormir, dormirá,
Quem tem que sofrer, sofrerá.
Quem tem que sorri, sorrirá,
Mas quem tem que decidir tudo isso É VOCÊ!

domingo, 7 de agosto de 2016

A tua Luz

Estive aqui, em teus braços, ruas e esquinas, onde em tua cama se deita ventanias e hotéis.
Fugi do conforto do meu coração para andar nos trilhos da tua insensatez. Dure o tempo que precisar, pois como teus olhos viraram sonhos, tua perdição me custou noites à fio.
Senhora dos teus prazeres, com tuas vadias mentiras: são promessas caladas e sacrifícios velados, mesmo que teu silêncio seja estupido e esculpido nas mais sinceras desculpas, nos mais sinceros medos, nos mais inconsequentes arredios.
Mas você tem hora marcada para sumir na madrugada, tem sangue de arcanjos nos seios, incontroláveis dilemas de destino e arrependimento.
 Quando você culpou a noite pelo teu sono, me deu boa noite para que isso não fosse abandono.
E sem qualquer paciência ou espera, se foi... E talvez dessa vez para sempre, espero que sim.. Já que não tens meu retrato, finja, em qualquer noite dessas, que nunca esqueceu meu rosto.

domingo, 31 de julho de 2016

Alcateia

Vejo gente em movimento, por um momento fico a observar, quieto e calado, achando-me até superior, que sem sorte sou eu que não sabe de nada que passa em cada coroação.
Não vejo você em meu caminho, não sinto tuas promessas contemplar as lágrimas que outro dia derramei, sem nem saber o porquê.
Olha essa angústia que estraga teu dia, que te aperta o coração e te faz travar em amargura nas tardes mais solitárias de agosto. Presta atenção na solidão, que não sabe onde ir sem levar consigo toda essa inquietação. São dias difíceis não é? Quando tudo que vem na cabeça é seguir em frente, mas está sentado, cansado demais para se decidir, buscando a mudança, que te estende a mão para caminhar, só que não é tão fácil assim.
Ainda que se engane, que por segundos pense nada de ruim irá acontecer daqui pra frente, você sabe que o tempo é inimigo, que as oportunidades e as incertezas são hostis, e quando toda calmaria trouxer lembranças, ai sim farão-te mal de novo e de novo...
Não há como se resguardar, se trancar dentro de si ou tentar -fingir- esquecer, toda dor tem sua própria decepção para se preocupar.
Cada dia que passa é um dia que passou, sendo certo que a certeza que consome nossos peitos, não fará esquecer por um segundo os erros que podem durar uma vida...  . E aquelas promessas, nunca cumpridas, era tudo que eu tinha, e hoje, nelas não me apego, porque sei que a vida é muito mais que esperar das outras pessoas, é, sobretudo, esperar de nós.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Crimeia.

Sem distinguir a distância e o sono, o até logo ou o abandono, eu me desamarro fio de cobre, dessa saudade que me cobre da cabeça aos pecados.

Eu infantil e sofredor de minhas angustias, arredio e mal agradecido quando posso, me esforço para viver em dias e ruas esquecidas, para que ao andar de cabeça baixa não reconheça ninguém, tratando minha rotina como mulher amada, e cada passo dado como certeza de que não há o que esperar.
Não estou dizendo que me falta esperança, temia que dissesse isso, mas é que nos olhos dos que me viram as costas arde o indiferença. Errado nessa minha crença de acreditar no passar das horas, apressado em rimas fáceis para acabar o poema, me esqueço do que grita dentro do peito, feito sujeito fácil e de sorrisos comprados, me inclino a dizer tudo que queres ouvir, quando na verdade, de verdade, não queria dizer uma palavra sequer.
Se quer me ouvir depois das seis, me encontre no fim de tarde qualquer, lá estarei eu, por-do-sol, firme e sem propósito, lá serei eu, marinheiro de minhas próprias águas mansas, porque no mundo que eu criei para mim, tudo deu certo, só que de repente, nesse meu mundo- e foi quando tudo começou a desandar- muita gente começou a chegar...

domingo, 24 de julho de 2016

Ao ar livre.

Segredos do coração.

Quantos segredos trazem um coração... Quantos angustias escondemos dos outros e de nós mesmos. E tantas vezes sozinho(a) você sem saber o que fazer, para onde ir, quem ligar, quem chamar, desesperou demais para ter a solução. Nunca te disseram como arranca do coração a dor, nem como esquecer. Te disseram para sair com amigos, beber, orar, assistir TV, mas tudo que encontra pela frente te lembra o que sequer pode esquecer.

Mesmo que o coração esteja sem ritmo, apertado e ferido, o pensamento sabe que é melhor desviar, seguir em frente, mas é o próprio pensamento que nos leva de volta ao cinza, que nos coloca em cada palavra e poesia um corte profundo no coração. Se é verdade o que dize; que o coração não emite sentimentos, então por que a gente se apertar, apequenar e doer? O coração pode até não emitir sentimento, mas recebem muito, e na maioria das vezes não sabe o que fazer com ele.

Mas olha, quando não cabe mais nada no coração, e o pensamento não consegue fazer a gente esquecer, tudo transborda nos olhos, as lágrimas são todas as coisas do coração, que o pensamento não soube administrar, desta forma, temos a certeza que o orgulho pode nos levar para um lugar seguro ou levar quem é importante para longe.

Só que a gente sente, sabe e quer, porque nossos erros a gente sabe exatamente dizer o porquê, mas quando alguém erra com a gente, bom, o pior de tudo, muitas vezes não é o erro em si, mas a pergunta sem resposta: MAS POR QUE?.

E isso leva dias, leva tempo, talvez nem esqueçamos, o certo é que a gente vai sempre acumulando, mais e mais, segredos no coração.


quarta-feira, 20 de julho de 2016

Ar rogando por seu semelhante

Me procure no meu silêncio, irá encontrar calma e tranquilidade, olhos fixos e sem foco, direcionados para a incompreensão de todo esse nada.
Espero o sono vir como quem espera o dia passar, faço preces e aqueço meus pés semelhante a um andarilho sem fé.
Você me desconcentrou no meio da música, mas o dourado dessa luz não ilumina o caminho, pois das línguas saem palavras leões, dos corações saem amarguras e demônios.
Não se precisa saber quantas mentiras destruíram a sua vida, pois se a primeira já pôde fazer isso, todas as demais eram sinceridade em forma de arrependimento.
Não te obrigaram a se abrir, silhuetas e enfeites de paredes, ruas certas e apartamentos desalojados, seu caminho errante e sem escrúpulos, suas bebidas e devaneios, tudo isso é pedra e perdão, que atirou naquele que nunca errou.
Fim de noite os desesperados e solitários gritam por alguém para derramarem seus lamentos, mas nem todos os bosques com flores são seguros, nem todos os caminhos são sinceros e corretos.
No mais, Deus (o tempo) dirá os meios necessários para se amenizar os pensamentos que nos levam para lugares sombrios de nossa alma, mas se tua alma está em paz e tranquila, se tudo que fez foi de todo o coração, não tema, não se preocupe, ainda que falem e bradem aos quatro ventos ou entre quatro paredes, teu espírito é forte, e se nada disso der certo, sorria,  você fez o melhor que podia.



"Não há perdão ou culpa
  Não há chance ou desculpa
   Há um pouco de solidão
   Em todo e qualquer coração
  Mas teu corpo, sujo, não merece
  minha alma, por isso, que se vá,
para onde quiser, que se vá, para onde
puder, mas por favor, que se vá,
para qualquer lugar onde eu não esteja"




A pior poesia

Minha poesia me matou, me deixou sem o destino, mas me tirou a vida em tarde boa de quase novembro.
Vai dia e vem dia a gente acaba se encontrando com nossos medos,  ou tendo certeza que nada encontrará. Será a vida um grande vazio? 
Diz indeciso, egoísta ganhando ornamentos, acanhado de si mesmo, retorcendo seu sofrimento.  Frase feita e desfeita pelo teu olhar inquisidor e falso.
Seu abraço e as marcas de dor deixas no corpo não garantem um futuro perfeito, mas um presente cheio de tempestades.
E o que pesa na tua consciência aterroriza meu coração; a certeza das incertezas das coisas e que nada nunca mais será como era antes.
Sentiu entrando em seu corpo, sentiu carinho e plenitude, não fingiu estar fora de si, em um transe, apensa estava... queria... Mas se sua mente acompanhava seu corpo, suas mãos tocavam tudo que não via, e sentia, entrava profundo, e todos os olhares e vozes que tinha se transferia para outro.
E suas mentiras, monstros invisíveis que destroem tudo, que congela a par de todo esse fogo, que queima e paralisa toda nossa carne, não, não é a mentira e a verdade, sendo descoberta e despida, e mais envolta em mentiras, pois toda promessa de um novo remeço era um novo começo de coisas que nunca mudaram.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

3:00AM

Palavras soltas que saem da tua boca, tua presença e teu espírito tudo isso é sem explicação.
Estava aqui diante a porta, toda semana, após dia e após semanas, quando o primeiro trovão bateu na tua casa e eu fui o abraço em dia de tempestade, mas vejo que os sons que fazem minha voz não são os mesmos sons que chegam aos teus ouvidos.
E a poesia é a única forma de dizer toda a verdade, sem dizer exatamente desse jeito assim.
Mas o silêncio é a melhor poesia, o tempo é o melhor lição, pois cedo ou tarde os pássaros retornam do inverno.
Não é lamentação nem orgulho ferido, não é sequer arrependimento ou alegação, só consternação e falta de palavra pra definir.
Quantas vezes se perguntou que rumo tomou? E quais destas vezes soube que rumo tomar?
Não se preocupe, todos nós nos sentimos assim um dia.
Duro é achar que nada vai mudar, duro é seguir em frente sabendo que deixou tudo para trás, difícil é reconhecer que as coisas estão convergindo para infinitos e você nada pode fazer.
Mas não se lamente, nem encare tudo com tanta tristeza, contemple a vida passar, pessoas crescerem, saiba que para todo mundo é assim, aliás, você sabe, mas assim como eu, prefere -em noites que te acordas de madrugada com o coração acelerado de medo- fingir que está tudo bem.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Sério isso?

Matias era daquele tipo de pessoa que fazia o bem pra todo mundo, mas nem todo mundo queria o bem dele tanto assim.
Ângela era do tipo que preferia ficar meio chateada e deixar alguém sorrir em seu lugar, mesmo que a outra pessoa não fizesse isso por ela.
Dionísio, pobre Dionísio, tinha a coragem de pedir desculpas mesmo estando certo, tudo isso pra não magoar Patrícia, que de vez em quando torturava o coitado.
Mas Ataíde, era gente fina, morria e matava por Sabrina, que muitas das vezes preferia fingir que ele não existia.
Coisa era o Thiago, que sempre que a Marta ia contar pra ele de seus problemas, procurar um ombro amigo, ele contava os seus problemas, mesmo que fossem coisas ínfimas, porque parecia que o mundo girava em torno dele.
Já contei do Simão? Simão era daqueles que por orgulho afastava as pessoas, dava adeus querendo dizer "vem aqui", um incompreendido, frustrado e mau humorado.
Vitória, essa era uma das piores, dizia amar e na primeira oportunidade pegava um ônibus para 'distancolândia'.
E Mônica? Puts! Apontava erros como ninguém, julgava como poucos, mas quando errava, Ops! Apenas um deslize que se deveria relevar.
A Joana, era tão meiga, nada estava ruim pra ela, até que percebeu que todos a usavam para ter seu dia melhor.

Bom, e você? Quem desses você é hoje?

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Mais que um obrigado.

Não está faltando amor no mundo, está faltando gente disposta a amar.
A porta aberta e a calma de saber e poder viver sozinho, daqui pra frente.
Quero a fonte e a clareza dos pensamentos soltos, quero as fotos e velhice de teus dizeres.
Estou vendo pela luz que entra pela janela, naquele retrato está descrito: Teu sumiço em dias de neblina, não é mais abril, não tem sentido viver com esse aperto no peito.
As vitórias e as derrotas estão sentadas no mesmo banco de rodoviária, esperando calmas e ecléticas quem primeiro vai embora.
São contadas nos dedos todas as noites que dormem tranquilos e acompanhados, são loucos desvairados que costumam conversar sozinhos, mas os piores são os que mesmo em sua presença, continuam calados.
Não vou procurar abrir as paredes com socos, não vou procurar romper asfalto e granizo, pois se outrora me permito flutuar sobre montanhas, não há sorriso e flores que sustentem tal desilusão.
Quando em fim de tarde se despende para te dizer que tudo pode mudar, não, não era bem isso que queria falar:
Respeitou a mudança difícil ou se jogou em outros braços assim que a noite caiu?
Disse que dava pra ser feliz com o passar dos anos ou escondeu a verdade?
Queria por perto quem mandou para longe?
E quando longe pediu para que ficasse meio que por perto?

Então não és nuvem! Não pode ser a mudança que queria, não pode jogar para o alto as páginas em branco do teu esquecimento, pois como podes dizer que queres o céu limpo se insiste em fumar seu cigarro... Não basta dizer, precisa sentir...

Veja bem, não me interprete mal, o que quero dizer é que...Olha, se bem que.. deixa pra lá, você não vai entender mesmo...

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Conseguiu outra vez, poesia.

Meu coração fechado não compreende os finais e os sinais.
Meu relógio atrasado viaja no tempo e nos teus carnavais.
Voa de longe a esfinge que me pergunta bobagens.
Merecido descanso e sono, depois de uma longa viagem.

Silêncio, se trancou no quarto, fingindo quieto, sem conseguir dormir.
Queria atenção e palavras de saudade, conseguiu outra poesia.

Minha intenção era entender o começo dos delírios.
Tua situação era pior, acredito,
Só que que o vento é maior que o mar, por isso não há.
Não há o que definir, o mundo na nossa cabeça gira anti-horário.

Mas você prefere o silêncio, se trancou no seu mundo diferente, sem conseguir sorrir.
Mesmo ansiando por atenção, prefere se fingir de amargurada, conseguiu, outra vez, porra nenhuma.

Duzia e doces.

Fico procurando o que inventar, na rua o que perder, nos pensamentos o que salvar.
Acordando assustado com a certeza dos pesos em minha consciência, tendo a certeza que não há certeza...
Não me atrai ver teu rosto, ainda que por pouco segundos eu consiga descansar, problemas e perolas retiradas desse silêncio.
Me fez passar o dia preocupado, com um peso no coração, mesmo com essa chuva fina que nada molha, mas que pesa uma sombra me fazendo piorar a sensação de que nada dará certo.

É começo de mês e tudo que a gente fez foi viver dias e ocasiões, quando nós perdemos a esperança e anda de cabeça baixa, cumprimentando por reflexo.

Vai sorrir, vai passar os anos, vai ter em você essa estranha lembrança...
E com essa vontade de chorar e de dizer tudo que sente em palavras e poemas, vem também a frustração de faltar inspiração e alfabeto correto, pois parece que, às vezes, quando nada faz sentido a gente se sente sozinho, a gente descobre que pior do que estar mal é tentar explicar o que se sente.

sábado, 9 de julho de 2016

Instagran e seus Atos

Quando os sentidos estão alterados:

VOCÊ É DESPREZÍVEL e quero longe de mim todos os pensamentos que fazendo me recordar de um passado nostálgico e lírico.
Você seguiu todas as imagens do olhos azuis, que vira nos dias de febre, que se escreve teu passado que agora será um presente sem futuro. TÃO SEM ESCRÚPULOS você e sua maquina de fazer e ver fotografias, tão repugnante você e como era antes.
E quando vier, vai se deitar e se pegar, abraços e toques que vomitam a carne.
Te segui nos calcanhares de Aquiles, em todas as fotos e olhos azuis, seu passado mesquinho e debruçado, por mais que não veja meus olhos de álcool e cerâmica de giz.
Mas você é uma messalina coberta de arrependimento e desprezo, sua vadia imunda e surpreendente.... SE RETIRE DAQUI, minhas poesias não são pendulo ou matriz para suas vinganças, pequenas e insolentes, se apodreça por perto e ignorante.  Que ouvir do outro "Agora não perdoarei, nem terei consideração, transarei meus vícios com ela a noite e assim que ela chegar, pois ela me seguiu onde os quadros dos dia-a-dia, das fotos se puderem ver".

Exatamente, anfitriã do amor meu perdido, quando em mesa de bar, bêbado e desconsolado, seu antigo e talvez novo amor, ou dilacerador da tua carne me disser "Ela me quer, pois retornou" e eu só poderei sorrir e fingir não me importar, farei piadas e tomarei um drink exagerado.

Sua boca beija anfíbios e tempestades, não me veja dormir, não quero tua presença, tua renascença. DE VOCÊ DESEJO DESPREZO E DISTÂNCIA.

TEM IDEIA DO QUE É OUVIR "COMEREI TEUS CABELOS E OMBROS LARGOS"?

SE AFASTE DA MINHA POESIA, SUMA DAS MINHAS PALAVRA, AQUI, NÃO VENHA, NÃO LEIA, NÃO SE DELEITE, NÃO TENTE ENTENDER, PORQUE AGORA É ÓDIO E INQUIETAÇÃO, NÃO SE AMORTIZE COM MINHAS POESIAS, NÃO LEIAS MINHA DOÇURA, AQUI NÃO É SEU LUGAR.

Que eu irei em frente com porres e incoerências, se a sina do poeta é viver vivendo fora de si, eu não me importo, melhor do que ter dentro de mim pessoas- como você- que são piores que estrume, e se você esperou uma rima, sinto muito, não sou poeta, sou ser humano, e com tal, quero que me deixe em paz.


terça-feira, 5 de julho de 2016

Ande depressa

Ficou meu cheiro em teu cabelo, como se fosse de próposito o frio e a sinceridade.
Em mim ficou preenchido o vázio da noite passada, como se soubessem de nós toda a verdade.
Qual pontes que nos separam, aviões deslizando no céu anil, e os lábios sintiram sede e saudade de manhã de abril.
Como se teu perfume fosse de outra cidade, como se eu ainda fosse a válvula de escape, querendo eu mesmo escapar.
Como se nosso adeus fosse demorado e o reecontro inesperado, da mesma forma torta que você não imagina sua vida apartada dos meus braços.
Você só se diz calado, mas faz besteira como qualquer um de nós, vou escrever e depois tentar dormir, velar minha loucura e o barulho da minha cabeça, para não se esforçar em ser normal.
E temos em nós um labirinto chamado orgulho, um medo chamado saudade e uma vista para o mar das nossas solidões.
Certo que essa demora em ouvir tuas palavras são sentenças de precaução, em outros tempos choraria mágoas, mas o tempo é tão pequeno, o coração tão arredio, que eu me consolo das dores do peito e vou seguindo em frente, sem saber se estou no caminho certo ou voltando por onde vim.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Duas pedras na rede de peixe.

Há de ser a avenida dos teus olhos que irei passar, nem que haja pedras e tormentas, elas não irão fechar minha alma.
Mas é inconstante, redemoinhos e canções, o quanto passa tudo sem saber, no toque de teu corpo e teus.
Vai levar um tempo até as flores mudarem de estação, vai ser difícil encontrar a solução, para os problemas que inventamos de ultima hora.

E quando a gente quer só uma frase de efeito, não quer apontar os defeitos, mas não me importo, estou buscando me encontrar, antes que me encontre a solidão e o medo, pois mais cedo ou mais nos dirão que tudo passou, que chegou a hora de deitar e dormir tranquilo, que a tempestade já se foi, que o vento não balança mais as arvores lá fora.

Mas sendo muito sincero, tenho lá meus erros, que os acertos não podem apagar, mas abrindo o coração: Tudo na vida tem jeito. E eu ainda estou aqui, como no retrato e na frase "eu acredito em quem você é".

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Tonotomia.

Estou escondido por trás do meu óculos escuro, daqui ninguém me vê, ninguém me nota.
Fui ao banco, li um jornal, caminho calado, sem pressa e com determinação.
Apalpei meus bolsos, percebi que tinha esquecido a carteira, saí sem pagar o café, o filho do dono do café me olhou com a cara feia, pedi desculpas e voltei ao trajeto.
A chuva apertou meu passo, que agora era com pressa, molhou meu blazer, ensopou meus sapatos surrados, que há de se fazer? Por o jornal na cabeça, atravessar a rua corrento, rezando para que os carros parem.
Felizmente cheguei ao meu destino, trabalhei sem cansar, sem que me pudesse cansar, até meio dia, depois voltei para o ponto de ônibus (que não paguei, é claro, a carteira estava em casa), lá, agora, era hora da reflexão, agora podia filosofar e lamentar a vida, já que não iria trabalhar a tarde, teria a tarde livre para dormir, não iria me sobrar tempo para as angústias. Depois, lá pelas cinco da tarde, que acordei, liguei a TV nesses programas policiais e sem qualquer surpresa ou inquietação, vi a noticia de que um ladrão havia sido preso com várias carteiras roubadas, uma delas era a minha, e o ladrão, era o André, aquele, esse mesmo, o filho do dono do café.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Bailarina

Não verei, olhos e promessas.
Não pintarei, a imagem que me prometeu em tinta óleo.
Não faltou inspiração, não mudou a questão, e que agora eu tenho outras angústias e preocupações.
Você está aí, parece não me notar, e eu tento conviver com isso, com a incerteza.
São dias cinzas e horrorosos, chove quase a tarde inteira, durante a noite até entrar a madrugada, parece que o tempo copia minha alma...
Não sei como agir, falta as palavras certas, que outrora eu parecia ter, falta coragem para reagir e seguir em frente, amanhã é um novo dia, com ou sem chuva, terei muito o que fazer, e possa ser que eu faça, possa ser que eu disfarça, deve ser, a esperança ou o medo da desgraça... sem poder terminar ou ver o sol nascer  eu adormeci sem ver teus passos de bailarina.

domingo, 26 de junho de 2016

Aurora régia

A madrugada não acabou, pensamentos e meditações, sensações de insônia me envolvem mais do que deveria.
Quase cinco da manhã e o relógio tem defeitos que eu não posso descobrir, como se eu quisesse parar o tempo ou voltar atrás, no que fosse, no que pudesse.
Meus olhos pesados me entregam o sono, o frio lá fora me atormenta ainda mais, não há vinho ou conhaque que me desabafe tudo isso. Será que só eu que sinto um nó na garganta, enorme que espanta e atrapalha, daqueles que nos obrigam a falar e grita, xingar, cantar, mas que por mais esforço que seja, nada sai.
Nem tudo precisa ser rima ou justaposição, nem ter ou fazer coerência, muitas das vezes estamos afogados em nossa simplicidade e isso é a maior poesia que há.
E sem ressentimentos, não retiro minha culpa, mas a verdade é o que destino tem grande parte nisso tudo.

sábado, 25 de junho de 2016

As cortinas de Carolina seda.

Teu sorriso espelho e olhar incomum,
teu jeito sem jeito que não encontro em lugar nenhum.
As tuas palavras e pensamentos, que voam distantes me peito.
Não eram os dias ou teu silêncio que me faziam esperar, nem sei se é, na verdade, o que seja pior, tua partida ou a certeza que não vais voltar.

Não vou contar das mágoas que tive e o que fiz pra suportar, nem guerrear com o destino feito lobo menino
faminto a se lamentar.
A vida há de passar, os dias hão de esmorecer, em teus sonhos e sono profundo, que carrega a certeza maior do mundo: NADA É EM VÃO.
Se os amores te prendem e surpreendem o inquietar das horas ardidas. Perdão, não era assim que deveria ser, devia ter um sorriso a mais na madrugada, esquece então,se não era pra ser a vida nos ensina que a calmaria e a distância não são inimigas, que em cada esquina há uma nova história pra contar, mas por hoje, por enquanto, no entanto, fico com o encanto que é me descobrir.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

E ela ouvia vozes

Talvez você esteja certa, não há direção certa quando o rumo é um horizonte sem cores.
E que se acabe a fantasia das mudanças, quase todas as distâncias são vis cobras corais.
Não sabia como te falar, mas ontem a noite tive um pesadelo horrível- vi a vida desmoronar,
o equilíbrio fugir por entre os meu dedos, senti as promessas e as belezas me serem rancorosas-
Segurou a minha mão trêmula, olhou nos meus olhos e não disse uma palavra, ou não sabia como falar- Está tudo bem, esse dia logo termina-

Eu vejo a luz diminuir, o embrulho no estomago me fazer ter medo da vida, quão é terrível ter mil coisas a dizer e as palavras não surgirem- OBSERVO, PERPLEXO E CALADO, TUDO AO MEU LADO NÃO FAZER O MENOR SENTIDO-
É o que tenho sentido, solidão e marasmo, agora indiferença e cansaço; de tanto tentar fazer tudo mudar, desisti, serei o mesmo de outra vez.

É natural, sabíamos que isso iria acontecer, é como o tempo, ruas e moinhos, por algum motivo inexplicável, todos ficam diferentes a cada ano que passa.


Para terminar, me entrego aos meus erros, mais que aos meus acertos, e sabendo, claro que teu medo era que saísse pela porta que você deixou aberta.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Escudo





No meio da canção eu não me ouço, sequer repouso no olhar, nos pensamentos que mais incomodam mu coração do que os dias que virão. Penso inquieto e indiferente que se eu olhar de repente para porta, sairei em dia de abril, como se tua garganta não gritasse os males e as grades da prisão que fazem na varanda solidão e sombra no teu quintal, de tua casa e de tua semana vejo horizonte e distância, mas estou aqui, ao teu lado mesmo quando não se entende, mas sou eu, quem sem saber nada o que dizer farei do silêncio minha melhor palavra, do abraço mais que apertado o maior refúgio que teu desespero vai encontrar. Mas não se apressa, tenha nessa, ou em todas, as lembranças a certeza que os campos e as colinas são paisagens que só teus olhos podem ver, veja nos ombros dos mais velhos o seu tempo decorrente, sinta no sol ardente do meio dia qualquer besteira ou vã alegria, e quando entardecer domingo, vou te ver sorrindo, sem chuva ou nublado, mesmo que há chegado novembro, que sentando nas árvores ou na praça, estarei sem graça, olhando e pensando que o sol correndo tímido pelo chão, se escondendo para noite, é relógio invisível, eis que passe o tempo que passar ainda assim, estarei pronto para te encontrar.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Cartas ao remetente.

O dia que não choro com tua lembrança me sinto mais leve.

Agora que tudo se acalma, é melhor o silêncio.
Hoje um dia tenso, angustiante, em que a noite, descanso, melhor é contemplar como sobrevivi a toda essa tormenta.
Agora tudo se acalma, eu percebo que ainda sinto arritmia, e vontade de não ter vontade.
Sempre some na noite nossas virtudes e esperanças, até que a gente cai no sono e vai viver outro dia como outro qualquer.
A gente tem nossos problemas e isso é como se fosse o fim do mundo todo fim de semana, pensa que as vezes não tem saída, que a tempestade num copo d'água, uns dizem, não é nada, mas já pensou se o copo d'água for tudo que a pessoa tem? Pois bem, tem gente que não sabe lidar muito bem com os transtornos, e faz do retorno ao silêncio noturno, ao menos, fuga sem saber. Alguns, até, em seus afazeres diários, do nada, se pegam pensando no que não gostariam de pensar, fazer o que, a mente da gente é meio assim boba.
E no final da carta tinha escrito: Te vejo por ai.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Se de alguém em montanhas e praças.

Triste é não ter ninguém, mais triste ainda é ter alguém e não poder encontrar.
Tudo isso míngua e mistura essa sensação de distância e solidão.
Tarde interminável que segura o choro no meio do peito, dia sombrio que faz sobrar a falta.

Triste mesmo é ter alguém que não tem ninguém.

Ainda espero a chuva passar para poder te ver, e a estrada perigosa que agora é deserta, e a praça fria onde eu via teu olhar, é lembrança e dormência, nas expectativa dos minutos em te ver.

E a lágrima embaça a visão, não há como escrever.

O que dói, dói mesmo é não conseguir por nas palavras tudo aquilo que está no peito.


Triste, e agora é de verdade, triste mesmo é toda essa saudade.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Onde se escondem as dores.

Tuas faces e enfeites, fontes falidas de frentes de guerras intermináveis.
Se passas e pensas a vida inteira em desventuras sem a presença da amada.
Eis que escondes nos cílios e os sonhos as sortes que despontam nas piores manhãs de segunda.
A flamula vagabunda que faz enfeite tem teu quarto, no mais amargo teor de saudade.
Coroando tudo que se foi em tua vida, rainha das desilusões, que o medo de esquecer e deixar o medo
Fez com que o amor de toda uma vida, voltasse da esquina, com agouro de se aproximar.
Se o mundo lhe fez e se faz diferente, de repente, no batente dessa escada, com toda tua descendência, já vida feita, sem receita para o sorriso que travou na lembrança.
Ainda já juventude, e por isso perdoa os demais, aceita os de menos, deixa cintilar o som do silêncio, pra que algum dia, qualquer dia que seja, não se arrependa, ou pior, que nem mais consiga se lembrar porque é tão triste assim.

sábado, 21 de maio de 2016

Onde era o sonho

E minha sina me elege, mais uma vez dormir descontente com promessa  de um sorriso sincero.
Mais um arrepio espero quando o encontro nas ruas vazias e cinzas das nossas existências se cruzarem, não sei te cumprimento, ou se te ignoro com o demorado abraço.
Não sei o que faço quando os mundos são diferentes, quando por tantas e tantas vezes as coisas parecem fugir do controle.
-sempre isso de querer voltar pra casa no fim de tarde, fim de colégio, dias adolescentes e sol poente, como se eu quisesse que nada mudasse-

Olha só a folha verde que grudou na janela no meu quarto, pra olhos desatentos e sem poesia, não quer dizer nada, para mim, a prova que o tempo passou e por muito tempo vai passar.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Equilíbrio Latino: Vida Nova.












Se você sentisse a mesma saudade que eu sinto, jamais me deixaria falando sozinho.
E se soubesse, em poucos instantes, que me sacrifico para seguir nesse caminho,
Não teria a coragem de abandonar meus abraços por sonhos e delírios de fins de semana.
Quando teus anos passarem verás que a longa distância, e o arredio de aproveitar apenas o momento,
Eram sentinelas frágeis do teu olhar, que outrora nunca pensava em fazer chorar e ferir sentimento.
Mas não há do que se espantar, ora, é a vida, sempre acontece, as pessoas se vão, conhecem outros frios e feitiços, saem do equilíbrio latino, de um reduto pequeno para ganhar o mundo inteiro, sem saber que no seu interior tudo se perdeu, É COMUM, sempre acontece, os que não se reconhecem diante dos espelhos das horas, pois a rua la fora te convida a ser mais duro e insensível, pois não me convém todo saber me por à prova, nem que isso seja, por assim dizer, VIDA NOVA.

domingo, 1 de maio de 2016

Estoy volviendo

Se há guardado em meu peito o sol quente e a tarde fria, o grito e a agonia de não querer ver o tempo passar. No esquecimento do que se traz, por trás dos sonhos que te fazem acordar sozinha à noite.

Estou sentado vendo os apressados, querendo impiedosamente voltar no tempo, e rancorosamente sorrindo.

Se me vêm as lágrimas nos olhos e choro na garganta, menos de tristeza e mais de saudade, pois pode  ser muito ruim o bom que se passou.


Não fomos ai cinema, não fomos ao fundo da loja de doces, não fomos no cristo redentor e nem fomos ver suas fotos de 15 anos, na verdade, nem sei onde fomos, mas o melhor.. ESTÁVAMOS JUNTOS.

domingo, 24 de abril de 2016

Sua falta.

Não posso deixar que se despeça de mim, que se despedace assim.
Sem a sombras paradas e as gaivotas batendo asas no céu, meu infinito é precoce, tão quanto uma abertura no céu.
Me vejo estranho daqui de cima, mas me vejo rodar solto pelo ar, luzes e perguntas difíceis.
Encontros cartesianos nas rosas do vento, prumos e moinhos nas naves espaciais, e todos nós temos um defeito, ou vários, ou sei lá o que.


De vez em quando eu dou um passada lá, converso com as árvores e as pedras, faço as pazes com meu passado, saiu com dever cumprido.
Não é sempre que eu me recordo com nostalgia, ou que finjo estar tudo bem, mas quando posso me controlo e não demonstro interesse.

Ponho no caderno poesias sem sentido, alguns destetam, outros não tem tempo pra ler, mas eu sigo afoito e tranquilo, fingindo gostar e saber do que digo, mas quando eu duvidar de tudo que vivi até agora, lembro que hoje, estou vivo e olhando para o futuro, mas não de olhos fechados para o que passou.


Amanhã é outro dia, hoje é o mesmo dia, ontem nem sei... Mas eu, Eu não sei absolutamente nada dessa vida, por mais que eu esteja dizendo que sei o que fazer.

Oncetilário

Pensei que fosse cedo, pode isso crendo em poder cantar nas manhãs de setembro, vi que minha voz continua do mesmo jeito.
Seus olhos ordens, e origens, cantarei lírico areias e aviões, planos, panos, vasos e quimeras.
Não vejo o redentor e teu abraço, coloco o cansaço de lado podendo outro dia melhorar.

Ando sem inspiração, ando preocupado, ando pensando na vida e estava com saudade, que deve ser o mesmo que sentindo sua falta.

Eu gosto de conversar com você, mas isso não é ter 15 anos, não é lembrar do colégio, é ter o privilégio de estar vivo.


Mas o dia está perigoso, o céu está se movendo rompante em estrela calada e uniforme, mas qual a distancia que me leva até esse aperto no peito? Por que o defeito dessa vida é a imperfeição, se todas as vezes que  olho para o mundo ao redor ele me rodeia sem sentido? Mas não esqueça de olhar aquelas cartas que te mandei, nelas podem não ter tudo que deveria, mas tem algumas luzes de eternidade, e mais que isso, um pouco de sinceridade.


Por isso, e de hoje em diante, faça suas preces e me inclua nelas, pois nas minhas, sempre estarão você.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Avidouro

Faz 21 graus, meu peito dói como nunca. A sensação é de tempo frio, de dias curtos e esquecidos. Queria  deixar o sono me levar, queria me deitar ao teu lado e ver o dia amanhecer de olhos fechados.
Faz 21 graus, e isso nem é tão importante agora.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Divina Luz

Em teu céu vi mais estrelas que as do mar, que parou meus dias que demoravam de chegar
Quando outrora primavera reluz, dos teus cabelos negros que a brisa conduz
Fez pairar saudade em meus porões, inquietos rodeados de solidões
E o perfume que habita em teu sorriso, faz nascer em teu olhar paraíso
Mas se toda palavra for em vão, calo-me em silêncio,que nele tenho certeza que meus poemas te encontrarão.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Essa menina.

Em teu olhos vejo a porta fechar, mesmo que teu sorriso deixe toda a sala iluminada, desde que não seja para sempre essa agonia de querer dizer tudo que eu queria.

Mas tua voz não está distante, distorce só essa realidade, de não sair jamais do pensamento qualquer que seja teu toque em dia que amanhece.

Eu chorei, pode acreditar, eu chorei, mesmo com esse sorriso estampando, mesmo engasgado, querendo dizer algo que você já sabia.


As luzes, essa menina, que está longe, mas sempre ao meu lado, que me ouvi em músicas que lhe ensinei a ouvir, que me fala em poesias que lhe ensinei a gostar.


Chega o tempo e o sono, que desperta-me vontade imensa de te ver, te beijar e te sentir, e essas palavras melosas não são mais que uma declaração de amor, de ausência e de vontade, pois todo dia eu gostaria de ser melhor, mesmo não sendo.


Desse jeito, reconheço que tua casa vazia precisa de mim e meu coração cheio de ti, precisa, mais do que nunca de você.

domingo, 3 de abril de 2016

Minha cura

Esse domingo sem sangue, esse meu sono sem sonho, essa distância inquieta, me disseram e eu não acreditei: A saudade faz chorar!
Chorei, quando não mais pude, me declarei, só que não vejo teu sorriso de manhã de setembro, nem relembro nossos dias que se foram.

Há muitas maneiras de dizer "eu te amo" e uma delas é em silêncio.

E quantas vezes as palavras foram tão ineficazes que delas rimos? Mas não sei o que fazer quando, agora, nada posso fazer. Sei como se sente, amordaçado e acorrentado, preso na impotência de esquinas vazias e cheias de gente, comumente pensando que tudo está bem.

Olha, não é sentimentalismo bobo, é tudo que preciso te dizer em poesias inexatas.

Tantos azuis o céu esconde, nos salões os sintomas de fim de festa, da dama e seu salto na mão, andando em vão para asfalto escuro do caminho de casa. Tantos medos o coração responde, de que a fábula de ter e não compreender é mais verdadeira que a vontade imensa de saber que você poderia estar aqui.



Não sendo assim, acolho os abraços de despedida e seu afago, para que mais tarde, eu possa dormir tranquilo, sabendo que você também pensa em mim.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Sobre ancoras, delírios,vitórias régias e outras flores.

Em teu céu rasgado eu me divirto em azul marinho, nesse teu colar de ancora me escondo e perco o caminho.
Sai do teu olhar a neblina que deixa a estrada longa, da certeza que teu sorriso vem sempre com uma amargura, que queria para si o que não te quer para sempre, sentado na tua cama nas manhãs adormecidas de setembro, quando seu pra sempre se transforou num final de semana.
Teu olhar ou tua voz ,vez o que me esquece, dos delírios e movimentos que teus cabelos faz, tanto faz, se quando para pra pensar na pressa que os dias correm, que os erros dos próximos te destroem menos do que sua expectativa de que tudo pode ficar bem, sempre e sem querer parando no mau-me-quer, brincando com flores, para quando fores sentimento, tendo em si a certeza que dias curtos e felizes são um pouco raros.

               Esquivando dos olhares e das conversas, como se cada um tivesse de você algo pronto para comentar, como se todos soubessem tudo aquilo que você jamais foi, te dando rótulos, quando dentro de você, há, na verdade, um jardim de lótus.

quarta-feira, 2 de março de 2016

E As de mim já estão elas.

No espetáculo hostil desses malabares sem fim, quando já que pressionei o botão do elevador que despencou para baixo, caramelando as palavras que diria para um e para outro, nesse sufoco de não poder dizer diretamente. São coisas imperceptíveis, senhores de pouca união e atitude, não vi em toda ação um descontrole sutil, ora, mas que péssimo hábito me cortejar em dança, porém, era na verdade nos cachos e pés descalços. Que talvez tua beleza seja da pele que te cobre, do que do teu coração.
Está a entender o que o erro os loucos é o mesmo erros dos ditos normais? SIM! AMBOS NÃO RESPEITAM O QUE O OUTRO PENSA, SONHA E SENTE!
E agora, não irei pedir desculpas, e que de nada adianta, nem agradecer em vão tuas duras palavras de soldado miliciano em combate interno eterno, pois melhor mesmo é fundir os forros de cama e os anzóis.
Já que no silêncio dos anos que passam, teu brilho e dança serão esquecidos, teu dicionário incompleto de palavras de alento e tuas noites curtas irão se findar, as ruas largas e o paralelos rentes, mostrando que seus dentes, apesar de rangidos não trazem mais sorrisos.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Poeira

Não tem do que pedir desculpas, nem das palavras, que agora já não adiantam mais, pois o tempo não vai curar nada.
 A gente sabe sempre o rumo e quando desconfia da direção para de repente, olha ao redor e só se tranquiliza com quem está do lado, mas, por vezes, não há ninguém.

Mas com toda verdade vem, com toda vaidade tem, efeitos e defeitos de nós, seres humanos sozinhos e mal acabados.
O céu está mentindo pra mim, ele não é sempre azul e estrela, e não tinha um dia que não chorava, mas quando a gente gosta do infinito todo canto o é.
Meu coração pede para se acalmar, para terminar de contemplar o por do sol, mas não conseguia, algo me distraia, preocupado com o fim de tarde, esqueci do por do sol.
Nada é em vão, nos vãos da escada e nos vem das calçadas... tudo incoerente assim.
E se eu for embora? Pela rio ou estada de ferro... Para qualquer cidadezinha, qualquer paraíso e me sentar em praças vazias?
Lamento, todos temos nossos caminhos, todos são solitários, a gente nem sempre chega e vai por querer, pois uns fazem seu caminho, outros já acham pronto.

E por fim, ele disse que não te deixou, só foi tentar viver, mesmo que isso seja muito estranho.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Quero o melhor título do mundo.

Vou te confessar: Não há limite para a lua e a neblina da noite.
E por mais que eu tente ser coerente, de repente me bate uma saudade imensa.
Como estará teu sorriso e teus abraços?
Como farei quando um dia o vento cruzar teu perfume... mesmo aquele de faces controvertidas.
Não, não, não é saudosismo- Que é isso, chorar? Claro que não! Só estou meio conciso e calado-
Tudo bem, hão de perceber certo momento.
Iria procurar o caminho correto, mas encontrei pelo caminho pedras de descanso, e mesmo não estando cansado, desisti.
-Não é remorso, falta de amor ou de vontade... quem sabe vergonha, é sentir pena de si mesmo... é... de verdade? É tanta saudade que eu nem sei por onde começar-

Pronto, e no fim dessa frase veio a lágrima, o choro, o sentimento preso na garganta. E assim lá vai se vai mais uma semana...e que eu nem sei pra onde

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Subúrbio de Passáros.

Há passado esses dias sem passar as madrugadas.
Quão fores em meu íntimo sombreado de teus tons.
Fazei de mim seus delírios precoces, e as preces interrompidas.
Não me tires o sono e o abandono dos sonhos infalíveis.
Nem me cortes o coração de águas marinhas, que preciso de alento.
Mas se souberes que estou à deriva em céu aberto, faria disso loucura.
Digas que não sente nisso eternidade, nem que já desejou ser distante.
Assim, jamais iria perder a esperança de encontrar-te em bares de subúrbio.
Já que morastes em outros timbres menos coerentes com os teus.


Que fostes terna e eterna quiçá sempre minha, mas assim que passar o inverno
ou a revoada dos quero-quero, saiba, que se bem-te-vi eu, sim, te quero!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Esconde

Lutando único incansável, Zaratrusta anti-herói.


Quero te ver sorrindo, sabendo que isso não irá me desconcertar. quero ouvir teus dilemas sem precisar o passo apertar. Pois hoje, especialmente hoje, senti sua falta como nunca havia sentido.


Na tua fala simples e cotidiana, aprendi a me esquecer dos medos e toda aquela coisa boba que travava a garganta, essa insegurança em tocar teu rosto. Sei que tua alma mora longe, sei que em teus sonhos esconde a claridade que cobre, que mais cedo ou mais tarde, em gesto nobre, se despedirá e ficar ao dispor, mas que, no momento, prefere viver intensamente qualquer coisa, menos um amor de verdade.


Que não existe! Que não encontro! Amores de verdades são como o vento, nos tocam, nos trazem sensações, mas de vez em quando a gente duvida que exista.

Por fim, tenho todo o tempo do mundo para apreciar a vista dos teus olhos.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Você

Não vou poder segurar sua mão, não vou poder dizer que tudo está bem, poderia dizer que as palavras que diríamos no plural são o que sobrou dos poemas empoeirados.
Cada dia é uma demência lenta, as cores vão perdendo, pouco a pouco, a cor, as ruas- pobre delas- não estão mais noturnas e salientes. Falta você, melhor, falta nós.

Não no teu rosto ou tua voz algo mais indistinto que o sonar sonhar dos teus delírios de uma vida feliz e poética. Há nisso tudo um desconcerto sem qualquer explicação. Não é má vontade, não é coração ruim, apenas desgosto e descontento- não se iluda, dessa vida que sempre e sempre acaba, me entrego ao melhor sol do dia, sabendo que a noite, cedo ou tarde virá- prometo não cair, de novo, em meus devaneios, me comprometo a jamais repetir os erros que me fazem e me constroem.

Sei bem o que me espera e me espanta, sei dos versos e desta esperança, amarga e fria de que um dia, eu ainda volte -consiga- te encontrar.


"Quando vieres a minha casa, não precisa despir os pés, entre devagarinho, olhe o tapete vinho que nunca saiu do lugar, a mesa que nunca é 'desposta', pelas sete da manhã, tudo quieto e inquieto...me perceba dormindo, me abrace, acaricie e me dê um beijo... Saia como entrou, sem deixar vestígios, mas deixe uma lembrança sua... seu cheiro, que quando acordar me agarrarei intimamente à ideia de que não era só um sonho"

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Angela, e a busca do sonho

Nada existe, sim, mesmo em meio a tudo, nada existe.
Quando for melhor atribuir ao futuro tudo de melhor
Se é que é possível não ter o que se tem ou o que precise
Você tem na suas mãos esperar ou não.. buscar o pior

Estrago e estranho, falta o rancor que te tirou o sono
Mas não esqueça, talvez quando desabrochar flor
E todos os sentidos e senhores pede e perdem seu dono
Farei letargia dos espaços em aberto, e não mais irei onde for

E agora o desabafo não é critica; é só reação
Dos tantos momentos que reconhecido o desvio
Que não encontrei o caminho e a consolação
Mas que seja eterno o sorriso para aquele que nunca viu

E de mais a mais, toda essa falácia faça Angela buscar seu sonho
Mesmo que isso faça com que Angela deixe de ser o sonho de muita gente.

Difusão

Mesmo que teus olhos jamais encontrem os meus, e mesmo que os dias entristecidos entardeçam tarde, tudo isso não faria sentido se não fosse esse teu sorriso solar.
Vejo atrás de teus sonhos montes e neblinas, esse olhar de menina que declina e desloca minha retina, para toda essa distância.
Não te conheço, não mais, com letras e arrependimentos debruçamos sobre os joelhos, nas terças feiras mais cinzas do ano, nos pores do sol mais vermelhos. Baixo a cabeça, pois o tempo, a dor, a saudade, a tristeza e o destino são invenções humanas, mas nem por isso não deixam de doer.
Nem sequer quero decifrar todas as sombrias e dementes preocupações da sua alma, mas que possa, ao fim dos dias -dos quais mais nada espero- florir a certeza de que nem tudo precisa ser assim tão... tão... concreto.

Octometria

Olha, talvez seja mesmo o correr das horas o certo. Vê, mesmo o tempo... deverei cumprir essa sentença. Alguns não percebem que a vida passa, que tudo segue em frente: eis o que são angustiados e nostálgicos; é a vida, sem rigores ou deveres, eterno seguir em frente, alguns do lado, outros para trás e outros para frente, mesmo que isso ignore todas expressões que fazem minha face.


Aguardo, ansiosamente, pelo dia em que a monotonia não seja tão empolgante, porque se, deveras, eu quero sempre estar preparado para as reviravoltas que a vida dá, devo também, estar preparado para as coisas nunca mudarem.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Homonimo

Não se trata de tratar-se a si como centro, nem perceber que sua angústia interna é tormento que não consegue se expressar.

-Comecei a ouvir músicas antigas-

A resposta mais sensata é o tempo, mas falta tempo para entender toda essa evolução interna.
Quando a gente percebe que isso realmente ajuda, nem faz tanta diferença; o tempo não cura nada, o que se passa nesse meio tempo, talvez.

-Fiz cartas que jamais enviei-

Aproveito para me despedir do meu alter-ego, que faz muita confusão com o eu poeta, fazendo contratempo nos meus ouvidos desafinados, conquanto não tenha essa real dimensão, mas para fazer diferente, recito meus melhores poemas.

-Agora tenho que desligar, até um breve adeus-

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Trem das 11:45

O adiantar do relógio me fez perder o horário. Agora é tudo verdade, todas aquelas mentiras que nos dissemos... Vai em paz, não mais com esse pesar, sei que fica pedra em ruas e ladrilhos escondidos no espinho que machuca a garganta e faz perder as vozes internas. Malabares ao som da madrugada silenciosa e quente, voltando todos para casa, do lugar de onde nunca deveriam ter saído, sentido o peso dos seus erros nas costas e ombros daqueles que jamais gostariam de machucar.
Calei-me e tudo que era sincero me fez perceber, os gritos dos que só sabem olhar ao redor é a pior sinfonia da praça vazia. Lembro e tenho memória, vejam as pessoas que aqui não, eram crianças e adolescentes que aqui corriam, o tempo passou, nenhum deles mais aqui, alguns para sempre, outros de repente, mas todos não.
Era a farda branca que envergonhava, mas que daria tudo para vestir novamente, atrasar o relógio em dias, meses, ANOS! Consertar as coisas erradas e arrumar os músicos, CONCERTAR... Não, não sou desse lado dos aflitos, dos "desescolhidos" estava prestes a te contar: EU NÃO SEI CONVIVER COM ESSA DOR, só finjo, só imito sorrisos, Sim! Claro! Parece, e é, tão sincero.
Não perca seu tempo com essas besteiras, saudosistas e nostálgicos são sempre esquisitos e trágicos, e tudo isso que ouviu deveria ser só uma representação mental de tudo que viveu, ou fantasia pura, da mente obscura, daquele que se arrepende de tudo que já viveu.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Simão e a Bola de neve

Te prepara coração para o que há de vir
Te sustenta solidão para o abismo que procurou
Me distrai semana e os dias a me iludir
Me disseram dessa mágoa que jamais me apavorou.


Mas hoje a vontade de chorar é maior que o sorriso
Porque era assim que eu fazia meus poemas
Mas quando os fazia sentia abrigo
Porque fingia não entender meus dilemas

Agora que me resta nada que restou
Aglomero meus sentimentos no ultimo andar
Andando a passos lentos faço medo em altar
Avisando aos demais que o sonhou acabou.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Se eu estou bem?

Falo com você pela mente, plenamente incapaz de me compreender. Te chamo para esquecer a vida e perder os sentidos, você se esconde nos entrelinhas dos acontecimentos. Não me torture nem fale dessa dor de cabeça infernal. Te trago flores em finos vasos de cristal, alecrins dourados esquecidos no jardim.
Não quero atenção nem presépio, faço só as contas do quanto tempo falta para que acabe... seja o sábado ou a vida toda.

Outros tempos.

O vento quieto, mas nem tudo parado, dentro de mim tempestade e chuva.
Velhas lembranças e um medo sem igual do futuro, este presente atormentado.
Caminhando por ruas vazias que jamais me levará a lugar algum, e a mente turva.
Imaginando onde estará seu lindo sorriso, se ele ainda existe e no que esta pensando.

Não fazia parte dos meus planos viver a vida sem você.
Não fazia planos que era por resto da vida.
Sim, todos nós vivemos um porquê.
Sim, sempre iremos chorar em qualquer partida.

E distorcendo a métrica a vida não tem equação
Faz da gente menino que chora e faz birra
Mesmo estando errado sem coragem de pedir perdão
Volte o quanto antes para minha vida.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Quando segurei o choro

É o agora que dóis mais, são os dias daqui pra frente que não farão mais qualquer sentido, é o que eu sinto arder dentro do peito, a falta sem jeito de quem ainda nem sequer se foi.
Talvez eu tenha o destino de viver em dores, talvez não seja o caminho de flores que eram postas para mim.
Eu vou sentir tanto sua falta, aliás, já estou sentido. Mas tanto, tanto que se eu pudesse chorar em palavras teria lágrimas por toda poesia.
O espaço e o tempo me consomem, a luz do fim de tarde, mais que covarde, é fonte de ilusão, esses dias que me fazem pensar na certeza que não te verei mais, que por mais que procure que dure essa busca, não adiantará.
É uma sensação que destrói a esperança, que faz os sonhos serem risíveis, tudo bem, sem mais lamentos, é que hoje, especialmente hoje, melhor, é que agora (que dói mais e que mais dóis) eu não queria existir sem você.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Aquários e aquerelas

CUIDADO: PALAVRAS SOLTAS.


Não há rima que aguente, métrica que suporte um coração transbordando de qualquer coisa.
Toda coerência se esvai e vai jogando no papel tintas e borrões, tal qual este que marca minha vista.
Me fez visita o limbo e o enredo, da mais profunda e insensata distância, quando me envergonha nós e atitudes. Quantos dias eu mesmo não irei poder me ver no espelho tentando me desculpas ou desdizer aquelas coisas que, pode ter certeza, jamais queria dizer. NÃO SENTE AO MEU LADO, siga seu rumo falando alto, incomodando meu juízo, dia e noite sem dormir, mas não volte a sorrir, não se despenque ao longo, porque se algo acontecer, eis que sim, tudo isso me dilacera e consome.
Mas é isso, as coisas dão errado assim mesmo, é o certo. Como havia te contando a vida tem uma matemática incerta, tem dessas coisas, diria alguns.
E se você visse meu choro e desespero querendo renunciar aos meus sonhos e a própria vida, não sentiria remorso ou pena, se você visse quanta angustia ainda resta e sobra, ainda teria olhos inquisitores, tens toda sua razão, fostes um véu sem rasuras, deixe minhas lágrimas, arredias, mas sinceras rolarem, são mais de torpeza por não conseguir mudar do que qualquer outra coisa.
E sobre te perder? Já nem sofro... Nunca fostes minha.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Mais um mês

Ainda estamos aqui, mas parece que você já foi, perdida nos sonhos e nas miragens de me olhar sem futuro. Acho que você tem um sorriso lindo e sincero, mas penso e espero que isso não seja motivo para não ver nos anos que se passaram os passarinhos do céu.
Talvez fale e ouça coisas estranhas, ou sinta em suas entranhas forte amargor, de se procurar em ruas desertas a presença e tua alma.
Não se conforte com o pouco tempo de frente ao espelho, nem com seu vestido vermelho, afinal as manhãs cinzas que me fazem falar mal deste dia que finda, me fazem, igualmente, esperar qualquer marca de carinho em tuas palavras, porém; eu prefiro fazer um trato, dou tudo de mim para você, tudo aquilo que me sobra, enquanto você se despede sem me olhar nos olhos, antes que todos os anos se passem e eu respire outro aroma, depois e quando você retoma, toda essa coisa que é só sua: IMPERFEITA PERFEIÇÃO.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Orminadi

Me incomoda... Sem rodeios, frases prontas, egoísmo ou medo de parecer ranzinza, apenas me incomoda.
Não há solidão nas letras dos poetas, não há esperança nos que sentam beira estrada em sextas de chuva fina, esperando passar o primeiro ônibus que lhe leve direto para qualquer lugar.
O capim fino e molhado, rasteiro corre...corre... depressa lá fora, enquanto eu parado vejo descer no vidro a chuva que me transporta de volta para não sei onde.

Me incomoda, mesmo que seja por pouco tempo, mesmo que me irrite, as insistências e os toques renitentes, quase sem perceber os gestos desnecessários. E o mundo continua desajeitado, eu continuo seguindo em frente, seguindo em frente... e de tanto seguir em frente já me encontrei pelas costas.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Roupa de dormir

Você repete minhas palavras, as que não pude dizer, se deita em meu silêncio, se fecha em suas lágrimas. Mas sei que me visita poesia, toda noite. Agora deitada ao meu lado só pensa na distância, e não tem importância a insônia e o arco íris.
Faltam jarros para tantas flores, cartas rainhas e marcadas, um exército imenso de amargura, e nós, campos de batalha, somos todos ridículos, pois, quanta falta você faz agora, mesmo estando aqui.