quarta-feira, 5 de junho de 2013

Quando...

Quantos muros separam olhares perdidos? Quantas festas perdidas me fizeram sentar nos bancos de pedras chorando em meio aos esquecidos

Quantas vezes as palavras nos saltaram o sentido e fugiram sem sentido certo, de vários dias incertos com a certeza martelada no peito, de que, talvez, essa certeza seja unica. De quando  mandou guardar estas palavras e todas palavras guardei sem saber onde guardar, sem esquecer nenhuma uma palavra que me fazia chorar, chorei inocente, quase inconsciente.

Quanto tempo preciso preservar tudo isso? Alias, até quando posso nutrir como se verdade fosse, compartilhada, e até quando minha boca pode sustentar o que reside no peito teu?

Se é verdade, sei que não precisa ser dita, mas é que,ás vezes, só às vezes, precisamos alimentar o espirito, sabendo o que sabemos, ou, como estou tentando dizer, achando sei.

Parte II

Se os muros rompidos nos deixam olhar, e as festas por vir divertidas podem ser.. Que mais falta? além de aniquilar essa falta...Falta saber como seguir, falta encarar e não ter medo de conseguir, falta, simplesmente, se permitir...

Pois o mundo só é azul até pintarmos de outra cor, e o chão que pisamos são asas presas aos nossos pés, por isso, se acima for sim, aqui deve ser sim, pois tenha certeza, que quando abrimos o peito ao amor, tudo mais pode ser vencido, e deixado para trás, basta ser verdade, ser acreditado. Pois o vento abandonaria o mar para poder brisar de novo os cabelos da amada.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Partindo

Não vou compreender os espaços vazios e as palavras não ditas, os sumiços inesperados, e injustificados. Não por não querer, mas por não poder debruçar na janela e escrever poemas de amor, sem que o vento leve o papel, sem que a lágrima borre a letra primeira, sem que eu queria me proteger do frio, fechando a cortina, deitando como feto, e me cobrindo, estando sozinho, em qualquer fazenda beira colina no sul do país.

Não temos força pra continuar quando o caminho é longo, alias, quando não queremos continuar, construiremos casas ao longe desse caminho, para que não precisemos chegar ao final, afinal qualquer lugar pode ser onde a gente quer chegar, e todo meio pode ser o final, se assim quisermos.


Por fim, farei minhas canções, acharei bonitas, e esquecerei como se canta, mais na frente as lerei e direi "Não sabia que podia fazer algo tão bonito" E assim vai-se a vida, esquecendo do que passou e revivendo novamente, como se fosse a primeira vez.