domingo, 7 de agosto de 2016

A tua Luz

Estive aqui, em teus braços, ruas e esquinas, onde em tua cama se deita ventanias e hotéis.
Fugi do conforto do meu coração para andar nos trilhos da tua insensatez. Dure o tempo que precisar, pois como teus olhos viraram sonhos, tua perdição me custou noites à fio.
Senhora dos teus prazeres, com tuas vadias mentiras: são promessas caladas e sacrifícios velados, mesmo que teu silêncio seja estupido e esculpido nas mais sinceras desculpas, nos mais sinceros medos, nos mais inconsequentes arredios.
Mas você tem hora marcada para sumir na madrugada, tem sangue de arcanjos nos seios, incontroláveis dilemas de destino e arrependimento.
 Quando você culpou a noite pelo teu sono, me deu boa noite para que isso não fosse abandono.
E sem qualquer paciência ou espera, se foi... E talvez dessa vez para sempre, espero que sim.. Já que não tens meu retrato, finja, em qualquer noite dessas, que nunca esqueceu meu rosto.