sábado, 24 de novembro de 2018

um silêncio

Seria a saudade uma urgência? Pior como conseguiria ser assim, fria ou forte, se já não há amor, sinto o cheiro da chuva no chão.
Não é que há ou houve felicidade, mas achei que perto não ficaríamos longe, mas hoje sei que se acostumou com a distância, e se sente tranquila... 

Já não estou bem, já não sei o certo... Por isso, fico em silêncio, querendo gritar

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Tempo, desperdício e conclusão.

Já havia silêncio, um dia inteiro perdido e parado. Era um encontro desesperado entre a sede, o sono e a solidão.
Não cumpri minha promessa, na cumprida avenida de pedras, desabei em choro, chuva e saudade.
Eram tantas coisas ditas que a verdade ficou em segundo plano, e a história deu lugar ao futuro.
Pobre diabo de nós, corrente de pessoas sem sentimentos e vontade, interpretando a inércia como desmerecimento e esquecimento, fazendo falir o arrependimento como algo que não vale a pena, fazendo cena, toda hora, pra quem não quer sorrir.

Quando era barulho eu me espalhava, cobria e cortava o espaço, era dono e palhaço, até que o tempo me fez aquietar.
Fazia todo sentido, de lua a qualquer sol, eu podia brilhar e me sentir melhor, precisava disso para me suportar.
Hoje nem tanto, se é só de amargura que minhas palavras sobrevivem, me culpo e no outro dia sigo em frente, não me arrependo, mas não quer dizer que não aprendo, é só que a consciência gente só adquire depois, não bastava o sentimento, era muito melhor ter ego, a plateia sorria, mas sempre ia embora.

Só me sobrou gritar ao lado da construção, a tenda desmontada e eu exausto, com um último suspiro eu sobrevivi, me arrependi! MUITO e de fato, era melhor ter ficado calado, mas agora nem importa, se disse o que queria, e o que quero, nem me desespero, desprezo também é forma de mostrar amor.
Por isso absorvo com paciência e pensamento, para que, com o passar do tempo, eu possa saber me entender comigo lidar.

Aguardo o coração bater

Em pouco tempo o tempo acaba, avião sobrenome que criou asa, um cavalo alado que discorre o sonho e sono.
Já tem mandei minhas impressões: frases congeladas e medrosas, mas não importa, se é silêncio ou solidão, tudo isso é invenção... O homem não sabe viver só e antes disso não sabe nem viver.


Se for responder cuidado com nós, se for silenciar vivamos a sós,  mas se por qualquer noite ou dia quente, de repente lembrou da minha voz, ah por isso não se acanhe, arreganhe um sorriso, lembre que o amor é lindo, mas todo errado, saiba que as pessoas mudam e melhoram, que o passado é sonho que enfeita árvore de natal, de todos os anos que vamos viver juntos...


Mas se há sombra na noite nossa clara, se a lua cheia foi interrompida pela canção de uma nota só, eu imploro, me deixe chorar quieto, que devo melhorar em alguns dias, ou morrer vivendo escrevendo todo tipo de poesia.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

A tristeza da madrugada

Um homem só, somente às 02:00 da manhã, a essa hora ele já tem medo da morte... E se lamenta da vida, um pesadelo sombrio e cinza acima de sua cabeça. O telhado não desaba como ele deseja e ele desiste.
Quanta amargura e choro, quanta dor e solidão, sólida e sorrateira. Se afogou no Rio que encheu balde por balde.
Quão triste e patético, chorando sozinho sentido pena de si mesmo.
Não acendeu uma fagulha de esperança, queria os pulsos vazios, igual ao coração.  E seus olhos, apagados e opacos, arremedo de gente e equilíbrio.
E quantos mais choram assim? Sabendo da contagem regressiva, chorando ao ver sorrir quem queria ali.
Aliás, quantos de nós pode dizer que é feliz, sem baixar a cabeça e repensar melhor.
A gente constrói um mundo que de tão pesado cai sobre nós.
Ah tempo, por que tão cruel, frio e sábio?

Ele já não aguenta mais, se amanhecer outra vez ele não vai mais querer sorrir...

medos e coragem

As palavras que marejam os olhos, folhas que se fossem destino seriam morada do passado; eterna idade que não passa e não precisa de explicação.
Não ouço o som da tua pele, já que preferi fugir para a cidade ao lado. Quantas canções do rádio me fizeram chorar sem querer, e mesmo quando quis, nem sabia o que fazer.

Há uma carta sem resposta no teu correio, mas havia tantas poesias escondidas. Incrível; eram só lembranças e bobagens do dia a dia, hoje, com disse: poesia!

Não há nada em teu pensamento que eu saiba, mas eu me joguei no mar, sem saber nadar, essa coisa louca de ser humano, de querer e preferir ter medo ou esconder debaixo do pano as coisas reais.

Uma lista enorme de pesadelos me acordam durante a noite. Faz tanto, mas tanto tempo, que quando quis ser outro alguém, fingindo dizer o que já estava dizendo, veja só, eu SORRI, me senti bem e feliz com as mentiras que inventei.

Já deveriam ter inventado a máquina do tempo.
Agora já haveria de ser. Seres desumanos e manhãs cegas.
Já passou da meia noite e a noite não passa, não que eu possa saber o que fazer, mas eu ainda imagino sua calçada e pés descalços.
Não é miragem, é um edifício real, em toda a América e suas onze estrelas.
Não orei para Santa Cruz em vão, mas vai ser difícil, mesmo que falte coragem.
Viver em silêncio ou cego, eu escolho a solidão. Ainda que não haja sinais eu deveria arriscar; rasgar os céus para ser ou não ter.
Queria só um sinal dos céus.

Já deveria ter inventado a máquina do tempo, ou desinventado o próprio tempo.



segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Mário Quintana

Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...