segunda-feira, 19 de novembro de 2018

medos e coragem

As palavras que marejam os olhos, folhas que se fossem destino seriam morada do passado; eterna idade que não passa e não precisa de explicação.
Não ouço o som da tua pele, já que preferi fugir para a cidade ao lado. Quantas canções do rádio me fizeram chorar sem querer, e mesmo quando quis, nem sabia o que fazer.

Há uma carta sem resposta no teu correio, mas havia tantas poesias escondidas. Incrível; eram só lembranças e bobagens do dia a dia, hoje, com disse: poesia!

Não há nada em teu pensamento que eu saiba, mas eu me joguei no mar, sem saber nadar, essa coisa louca de ser humano, de querer e preferir ter medo ou esconder debaixo do pano as coisas reais.

Uma lista enorme de pesadelos me acordam durante a noite. Faz tanto, mas tanto tempo, que quando quis ser outro alguém, fingindo dizer o que já estava dizendo, veja só, eu SORRI, me senti bem e feliz com as mentiras que inventei.

Já deveriam ter inventado a máquina do tempo.
Agora já haveria de ser. Seres desumanos e manhãs cegas.
Já passou da meia noite e a noite não passa, não que eu possa saber o que fazer, mas eu ainda imagino sua calçada e pés descalços.
Não é miragem, é um edifício real, em toda a América e suas onze estrelas.
Não orei para Santa Cruz em vão, mas vai ser difícil, mesmo que falte coragem.
Viver em silêncio ou cego, eu escolho a solidão. Ainda que não haja sinais eu deveria arriscar; rasgar os céus para ser ou não ter.
Queria só um sinal dos céus.

Já deveria ter inventado a máquina do tempo, ou desinventado o próprio tempo.



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