segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

A Bela e a Fera se foram.

Era um rapaz comum, de tão comum que era, chegava a ser esquisito.
Era uma menina linda, de tão linda que era, chegava a ser comum.
Dois destinos separados pelas circunstancias, quase tudo planejado.
Ele tinha fobia de elevadores, tomava remédios para diminuir as contrações musculares.
Ela fazia academia as terças e quintas, mas na verdade as quintas saia com seu paquera.
Todos os planos que tinham, em igual, só mesmo ser normal, viver dia após dia, tanto faz.
Fazia das suas obrigações lições intermináveis de bom senso.
Fazia das lições de moral que recebia dos pais pouco caso.
Mas um dia se esbarraram na fila para comprar comidas rápidas.
Ele pediu desculpas afoito.
Ela gritou que dele sentia nojo.
E os dois sumiram, nunca mais se viram. E essa história é uma lição para você, para que entenda que a vida nem sempre é uma história estranha e bonita, onde no final tudo se resolve.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Flores de Carvalho

Nem sei se tenho tanto tempo para sorrir assim, amanhã acorda cedo meus sonhos e minhas viagens para longe me distanciam de tanta coisa que queria por perto. Não somos o que esperamos, e as divindades que cultuamos nos fazem sorrir, às vezes, sem pressa e pressionando forte o peito sem lembrança certa. Minhas tantas perguntas, arrumo as flores juntas, influenciam o que vai pensar de mim. Que seja, certeza, copos coloridos na ponta da mesa, a beleza, incerta, calafrios dos teus cílios, desminta o arrepio que sentiu ao ver.

Essa semana que passou senti sua falta, estranho, pois bem, nem entendo. São tantos pássaros soltos descansando nas sacadas dos apartamentos, que me perdi no tempo, tempo que nem sei se tenho, por isso, me permita; uma poesia fora hora, um abraço sem pretensão, um olhar descuidado, e um algo a mais, que só saberei quando voltar.