quinta-feira, 15 de junho de 2023

Nas aulas de inglês.

 Eu morro nos moinhos, e moo e no topo do morro.

Daqui de cima vejo embaixo meus passo cambaleantes, tropeço bêbado de quem viveu e vive uma história.

Se do tambor que você ouviu e eu não pude sequer notar, se dos trabalhos feitos em encruzilhadas - do que me disse não acreditei. Hoje você não deixa rastros e vestígios, hoje eu vejo o que tanto de desperdício.

Não há nem houve, somente sonho e lembrança, de poucos certezas e dias, onde te encontro enquanto estende roupa no varal, que me conta seu dia e suas angústias.

Quantas viagens fez sem querer, forçadas e regadas à lágrimas.

Mas você tinha medo de casa, dele e de seus atos - queria proteger as suas, as duas e muito mais.

Já expedi cartas ao universo, ainda espero resposta, pois quem gosta deixa sinais.

Mas falando sério, onde está agora? Por que nenhum sinal? O que te fez tanto mal?

Sim, teu silêncio tem o preço e vai se pagando pelo resto da vida.

E alguém tirou foto de um cadeado, enferrujado, perdido numa praça, em que alguém, em promessas de amor, deixou a sorte do vento.