terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

"O que fazer depois?"



Segundo 'capitulo':




Ao entrar na sala de aula viu o professor explicar coisas que ela não entendia, como não entendia o amor, a dor e milk shake.


-Cedo pra amanhã, né Júlia-  ouvi do professor, respondeu um "desculpe professor, imprevistos" com um gostinho de "vai se fuder seu nerd" e passou o resto da aula admirando o carregador do colega qual mal falava, querendo ler o sms, como se isso fosse mais importante que entender a física quântica da aula, que estranhamente se parecia com chinês.


Sua vida parecia desmedida, vontade de chorar presa no meio da garganta, mas não queria parecer uma fraca, e vários medos e vontades se manifestaram em seu intimo, e sem querer cantarolou " Já não sei dizer se ainda sei sentir meu coração..." e do nada foi acordada no final da aula.


- Me empresta seu carregador?- pediu a Maurício, seu colega do carregador, que sem comentar nada tirou e colocou o dela, que sentou perto da tomada, e na expectativa de ligar o aparelho e ver o sms, e viu... Sua mãe, que dizia "  Cuidado para não dormir no ônibus de novo e perder a hora da aula, sabe que eu te amo."
Desapontou-se por não ser algo inesperado, encheu-se do dia e disse "porra mãe" sentou debaixo de uma grande árvore da faculdade, longe da maconha, dos nerds, dos bonitões, dos tocadores de violão, e terminou de ouvir que " parece agora estar tão cansado quanto eu" e deitou, com restos de sono pesando o olho, e aquelas velhas vontades pesando o coração, e ela se sentia, realmente, tão só, e os que cantavam de longe com seus violões desafinados pela fumaça da droga cantavam "E dizem que a solidão até que me cai bem"


Pensou em traçar novos planos, largar a faculdade, ou algum lugar distante dela, perto de casa, e lembrou-se que estava distante de casa, e a faculdade era essa desculpa, e mais uma vez as dores... Pensamento bem ela só queria ser feliz, e quem não quer...


- Ei, você esqueceu de me devolver o carregador-
Ela acordou pensando que era Maurício, ela com vergonha apenas estendeu-o, tirando um dos fones do ouvido e voltando-se largada para o tronco da árvore, porém levantou o rosto e não era Maurício, era ele, será que veio de tão longe, custou a acreditar, olhou pro lado sem jeito, mas ele estava lá, mais lindo que nunca, fazia tanto tempo, tantos anos, ficou mais forte, mais bonito, mais inteligente, como ela sabia disso? Não sei... Mas sabia, o cheiro era de nostalgia de passado, levantou sem pensar, abraçou sem pensar, beijou sem pensar, seu coração batia forte, sua mão suava, sua barriga tocava a quinta marchinha de carnaval de 3 anos atrás, "Meu Deus, meu desejo se realizou, eu vi ele voltar pra mim" e atônita com a situação, beijou o mais longo e lindo beijo que podia, lembrou-se do primeiro beijo nos fundos da fábrica velha, da chuva no portão da sua casa e ele com vergonha, lembrou-se de tudo que passou, lembrou-se do pirulito e da praça, do show e da morte, das mancadas e besteiras, lembrou-se DO AMOR, da viagem pra longe, das viagens pra perto, da separação, da tristeza, das promessas, dos filhos imaginários, e outro beijo pra esquecer do mundo.


E de repente ela abriu melhor os olhos, estava abraçada com Maurício.


- Nossa, se tudo isso foi por causa de um carregador, na próxima vez te empresto meu celular-


DROGA ERA MESMO MAURICIO... SERÁ QUE TUDO QUE SONHEI ERA MESMO SONHO MEU?


OPS, e pera aí? Eu beijei ele..  E AGORA!!! PRA ONDE É QUE EU VOU????????




Então gente? O que acharam da segunda parte? Sei lá, acho que ta ruim... enfim vocês que vão dizer, continuo ou paro??

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Na certeza de um amor...

Júlia acordou cedo na manhã de terça, cheia de nervos a flor da pele descansou mais do que devia, ela precisou calçar rápido os sapatos para não lembrar do passado, na verdade, hoje não doía mais tanto, mas a lembrança fazia fisgar uma pontada no coração...
Como de costume, fez sua refeição seguindo os conselhos da mãe, é que cidade grande lhe enche o saco, às vezes, mas toda essa correria lhe faz sentir-se útil, pronto, notas mentais prontas para mais um dia, fez sua mãe feliz com outro pedaço de torrada e suco, maça mordida pela metade, nada mais atrapalha, agora, seu crescimento de morar sozinha.

Saiu do prédio que morava e se deparou com a correria de ônibus e micros, pessoas e micos, enfim, era aquele terror de não mais acordar com o namorado batendo na porta para tomar sorvete na velha pracinha, agora não era mais mocinha, agora é mulher, diga-se de passagem, sozinha. O que fazer? Júlia não sabia bem, e como, mais uma vez, de costume, colocou o fone de ouvido na sua música preferida, e enquanto Marcelo Camelo gritava perfeitamente seu nome, ela pagava o cobrador do ônibus, que cantarolava a música junto com ela, mas sem tirar o olho atento das moedas...

Fez questão de se jogar no banco de plastico exatamente como fazia, quando chegava cansada do colégio e queria assistir algo na TV da sala da casa da sua mãe, jogando a mochila no sofá, jogando o tênis no meio da casa, "Que saco essa vida feliz", e de repente ouvi "Tira essa mochila do banco" por um minuto insano viu na figura daquela estressada senhora, sua mãe dizendo o mesmo com seus pertences pela casa. E o irmão chato era o menino do banco da frente que chorava sem parar, atrapalhando a última passada dela na matéria dificil...

Na parte da música que dizia "Sei que você já não quer meu amor" ela adormeceu, o menino do lado rasgou o caderno na parte mais importante da matéria, a velha senhora, antipatica, pisou na sua mochila que caiu no chão, o cobrador não a acordou, ela passou do lugar que devia descer, "Droga, agora minha família é o mundo, e a outra era bem mais legal"

Pensou em ligar pra mãe, pra seu ex, pra seu atual, pra seu futuro, mas estava ocupada demais, e não queria incomodar, tratou de desligar a voz de Marcelo, decidiu desligar o celular, para não cair na tentação de ligar, e parecer fraca, percebeu que seu celular estava descarregando, um ultimo ponto de bateria, um ultimo apito, mesangem de texto, abriu pra ler... leu "EU TE AMO..."  quando desceu para ver o nome do remetente, "BATERIA BAIXA" o aparelho apagou de vez, guardou na bolsa com marcas de Sapatilhas 36 da velha senhora, e passo a passo entrou para sala de aula...



Pensei em começar a escrever uma história, talvez faça, talvez não, se gostarem posso tentar, se não? Partimos pra frente.!!!  abraço ( escrevam nos comentários se querem que continue) ^^