Ao dia inteiro fez sol, com tantas sombras e inquietude, pois na mente, e a gente sente, um barulho que faz todo sentido, que faz todo silêncio: um corpo que não precisava estar ali...
Há no céu manobras e meios de vida, pois o chão calcário nos arrebenta cinzas nos piores carnavais... Não faz festa no calvário dos amantes, pior ainda nos solitários poemas esquecidos todas as sextas-feiras do mês.
Toda uma vida pedindo perdão ou um final de semana à beira do lago, já que eu não trago ornamentos nas palavras, só esqueço o que escondo, aliás, nem sei se já estive ali.
Há no espírito do jovem o medo das ruas desertas, das cidades vazias, dos dias movimentados e do por vir, há na cidade solidão, mais do que um filho forjado no calor e poeira de um vinho barato.
Memórias e momentos, tudo invenção de uma mente confusa e inerte, procurando defeitos e desculpas em todas as calçadas do país, postos e postagens, promessas que nunca seriam cumpridas
