quarta-feira, 30 de maio de 2012

Essa ferida.

Ela longe, eu longe.. E essa distância.


Não acredito no futuro, não espero, não confio e muito menos tenho paciência, não sei aguardar, porque simplesmente o futuro naõ existe e eu não deposito minha fé no que não existe.

Eu minto, Eu sinto.... E essa mentira.

Diz-se que o amor é superior, que o amor vem do interior, e amor há quando há, as se a boca profere e profana o amor, e o corpo e tudo mais desmente a boca, saberemos, que teu peito revela mais que tuas palavras, revela a verdade que tua boca insiste em mentir.

Ela sente, Ela mente... E essa mentira.

Como?

"Como não te ver? Como deixar escapar de mim, qualquer migalha de presença tua? Como deixar de ter aquela vontade da semana passar pra que no cair da noite eu me aqueça e sorria com a simples lembrança que em poucos instantes cairei em teus braços? Como saberei, eu, negar a mim tua presença? Se não sou eu quem decide te ver, mas minha alma que não aceita que me afaste"

segunda-feira, 28 de maio de 2012

De leve ao fim...

Sorri para mim a flor mais bela do jardim, a unica que sorri assim, flor que meados de estação desabrocha, flor que abre a porta do mundo inteiro lá fora. Sei que há lágrimas e pior que estas, a vontade de chorar, pior que isso, chorar em si. Não vejo d'alma alegria tua, e de canto, refresco-me, cabisbaixo, saíu cansado, sem conseguir andar, sinto que não deveria ter vindo, sinto que não é meu lugar.
Fala baixo e ao meu olhar "Sou assim única, como qual flor abre o sorriso". Perfuma meus dias, alegrias e, de repente, silêncio, a festa acabou, o escuro cobriu, amanhece outra vez, e a flor, balança ao vento da manhã gelada do inverno, com gotas de orvalho nas petalas, se irá suportar, ninguém sabe, mas poder ter tido, rapido, mesmo com espera, na primavera, tua presença, foi meu alento, e sei que nunca mais te verei, te terei, te abraçarei, mas assim, de leve, te fiz, um pouco, flor do meu jardim...


"Quero amar e calmamente amar, nao quero um amor de faz de conta, quero fazer de conta que tudo tanto faz, que só importa teu sorriso e nada mais. Doi ver teu sorriso e saber que nem sempre eu sou o motivo dele..."

domingo, 27 de maio de 2012

Começo senil

É nas pioras hora e nos piores barulhos que eu encontro paz e sossego dentro de mim, fugo dos outros, me escondo em mim, não é tão simples assim... Não posso afirmar que consigo, mas é melhor isso do que a certeza que não estas comigo...

O que abre as portas para que;

Eu vejo vultos e vicios,  vacilo ondulados, teus cachos, crises e conformes, calei-me lúcido e lentamente. Chorei triste e calmamente, a passo que se alarga qualquer sorriso, e de risco improviso alardes e alteres, pesos  alterados cobiçar tranquiladade, quando não certo, estremeço o peito, tremento vou à angustia, de leve, sem querer, lágrima escorre, e não há rua, lugar ou abrigo que afage a dor de ter um peito ferido.


A poesia é convencional, a felicidade mentirosa é como as festas de jovens, regada a secos e molhados, e gastos, no dia seguinte, só a espera do próximo dia, que terá terminando no outro dia...

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Rodoviária de Camaçari


Eu vi aqueles olhos tristes, abatidos e deitados no chão, vi mãos inquietas e semblante sem vida.
Aberta a boca sem grito, apenas o lamento latente de um inconformismo.  Se choras por perder aquele GRANDE amor, entristeço contigo pela tua pequena alma.
Perceba a vida, lenta e desmedida, não espera por nós, não apaga as feridas, a vida é cidade morta, cidade longe, é rodoviária e despedida, ah a vida, desmedida...
Quero me lembrar do caminho sem a musica que me faz chorar, sem o vento frio, sem as pessoas indiferentes, e ao chegar ao portão da tua casa, desistia, não quero isso pra minha vida, não essa mentira, talvez nunca mais nos encontremos, nos abracemos, mas talvez... Por que o que sei dessa vida; que é desmedida...

domingo, 20 de maio de 2012

Manhãs do meu mundo

Desligada ao mundo de surtos inesperados, retidos aos contentos dos olhos teus. Outro dia acordou tarde, limpou o rosto e me disse que precisava ir embora, não há certas explicações certas pra vida, mas o mundo é grande e a porta de casa não cabe tudo que há lá fora.
Temos cobertores e meias pra aquecer o frio, e os de nós longe, esquecidos, e sem querer ela derrama uma lágrima, dia ruim talvez, dia cheio talvez, é pouco pra esquecer.
É pouco, mas me contento, saber que aqui estou seguro, que mesmo que esteja escuro, atrás deste muro há alento pros sonhos meus.
Sinto cheiro de lavanda, é ela que passou pela janela de manhã bem cedo, de olho semicerrado vejo apenas seus cabelos que ficam pra trás como estrada, e esqueço do mundo lá fora.
Se fosse tudo que pudesse pedir, pediria tua presença, com surtos, abalados e inconstâncias, afinal antes a areia da tua alma do que o vento da tua ausência.



sexta-feira, 11 de maio de 2012

Maldade é dormir com uma linda lá fora


           


 Não me acorde o belo, me entregue as pedras da tua alma, deixe que eu lapido conforme meu entendimento. Não digo de inspiração, às vezes, escrevo para me conformar com o amargo do peito, me confronto perfeito, de não poder me consolar, escrevo apressado, por sentir o coração apertado, alivia pouco, mas o suficiente pra conseguir dormir. Amanhã quando acordar, abrirei os olhos e guardei menos magoas, que eu não me recordo de tudo que já passei, mas do pouco que me lembro me fazem saber quem eu sou... E quando durmo esqueço de tudo, perdoo tudo, quando durmo deixa as pessoas para trás, quando durmo, me culpo menos, quando durmo não me sinto ódio de ninguém, quando eu durmo, mas quando não consigo dormir...

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Plataforma R2

Que eu sei que pesa, e quero voltar pra meu mundo. Essa inquietude que me isola no meu silência, calado sinto vergonha de chorar. Me apresso a perguntar somente como chegar, onde, não sei,qualquer que seja que não esse aqui. Despercebido quase não percebo a beleza azul que me salta aos olhos, olhos outrora fechados...
A força do hábito de reclamar da vida, habita em mim, mas sei que não reconheço conta gotas, a minha mente é descrente das coisas reais.
Mas hoje eu não estou inspirado, me encontro parado,é tanto cansaço e desilusão, que sorriso e imaginação é controle de movimentos.

Me esqueça por esses dias, que eu mesmo já havia esquecido de mim...

segunda-feira, 7 de maio de 2012

De mãos dadas

Me incomoda meu corpo frio, como se repousasse gelado no fundo do rio. E paro, riu, do momento, do lugar, da luz que produz a lua nos cantos da praça que estamos a esse tempo todo somente a andar.
Talvez você não lembre e pode até achar ridiculo gostar de coisas simples, mas eu gosto de me sentir assim, feliz, pela noite azul, por estrelas, por lua, por luz, por praça, por caminhar de mãos dadas, talvez nada disso importe pra você, o porquê eu não sei, mas pra mim, importa sim, o porquê eu não sei também, mas fala a verdade, não foi uma noite linda?

terça-feira, 1 de maio de 2012

Só (mente) meu pensamento


Foi tão lindo quanto inesperado, céu limpo, chão nublado, risos altos, altas risadas. Complicado é um termo simples de se quebrar, quebra fácil com um sorriso seu, que desperta outro meu, de repente não é seu nem meu, já é sorriso nosso.
Tão pequeno é meu consolo, tão rápida é a partida, de leve cura esta ferida, que água fria pode curar, pegando em teus cabelos limpos, arranca toda essa angustia com teu jeito, que só há tu em meu pensamento, toma conta de todo meu peito.
Arranco das flores pétalas e passado, que perfuma o que resta, sombreando com contorno a lápis o canto da tua boca, falseando harmônico um sorriso. Se alinha a mim como brisa e arvore, se encosta em mim como sol e mar, se completa a mim como noite e luar, que eu não abraço mais o esquecimento, que sei que só há você em meu pensamento