domingo, 28 de junho de 2015

Andorinhas de verão

Quando penso em te deixar assim nada me conforta, duro entender as incoerências da vida, mas acaba o meio dia e a gente decorre de flautas doces, recorre às loucuras para se compreender. Qual nosso erro injustificável? Por que não poderia ser nós? Em.momento algum estivemos a sós e de frase em.frase, fotos em fotos nos despedimos com.uma vontade imensa de nos encontrar. Que viagem linda essa de sair por aí, que bom dividir o dia todo com você. Sinto sua falta e se isso te consolar, eu realmente sinto por tudo que fiz.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Ausência.

Vou me acostumar com as esquinas vazias, com o silêncio cheio de intenções.
Com a casa calada, com a fala sumida, com a chuva fora de época, até com
o frio escaldante, mas jamais, jamais me acostumarei com tua ausência.

domingo, 21 de junho de 2015

A liz certeza das flores.

Não consigo entender porque veio assim e o porquê do frio não me deixar dormir, estranho foram os sorrisos as certezas, distantes foram os pensamentos e as palavras, pois se era incompreensível gostar sem se ver, mais ainda é partir sem tê-lo feito.

Quanto tempo se passou desde o último sorriso e como tanta vontade foi embora de repente?
Que horas são agora? Por que eu acordei tão tarde?

Quando o que eu queria, ao entardecer era te mostrar meu céu cinza, enquanto ouvia sua voz melódica, esse foi meu erro, te mostrar todo o meu mundo, desde aquele céu até o meu inferno, te dizer todas as palavras bonitas que sabia e querer ser diferente, mas inconsequente não vi que teu coração batia em outro compasso. QUE ÓDIO TENHO, QUE RAIVA ME DÁ, das coisas mais simples da vida que eu não posso controlar, pois o tempo e acaso sobrevém sobre todas essas coisas.
E se deitado, dedilhando violão, ouço o bater dos pingos de chuva no teto daqui de casa, miro longe o som cego de ter a certeza que nada é mais distante, nem a nossa distância, do que o teu adeus.

Coelhos e contrastes

Conto as horas do dia, e sua voz fria, faz ele durar mais de uma semana, conto estrelas deitado na cama, sob o teto escuro, pinto de verde o muro sem reboco, conto histórias de um rei louco que não fazia nada certo.
Condenados ao suplício de viver os dias abandonados, vagando sem rumo ou direção, encontrando em cada sorriso motivo para distração, sendo fiel aos sonhos perdidos e incertos, acreditando nas mais belas palavras de amor, fugindo, como se quer, o tempo todo do temor de temer o dia, após dia.
E quando as borboletas acordarem nessa manhã, me verei em um jardim desconhecido, com milhares de flores e roupas brancas no varal, me sentirei bem melhor que ontem, mesmo não sabendo onde estou, se no paraíso ou sonhando sob o teto escuro da outra noite.

terça-feira, 16 de junho de 2015

No interior do país das maravilhas



Eu vi bailarinas no teu olhar, silenciosas e sinceras, contudo tudo que via era incerteza e mistério. E o sorriso sério, sentido nos acrílicos instantes em que não tinha  tua atenção.
O silêncio fazia pausa para ouvir sua voz cantar, quando sem perceber, até cantava junto com você, pois você fazia a tristeza chorar de alegria, e os mágicos timbres que trazia tua paz interior, escalava as mais altas notas canção.
Não me contenta o penar, dos dias e das distancias contidas nas pedras de asfalto, nem o feltro fino pálido dos escombros do teu destino. Seu passado é controle remoto de televisão fora da tomada, teu presente é cobiça do gosto que tem tua companhia, mas teu futuro, ah! teu futuro, é pedra solta descendo a montanha, é rio quieto no fim da estrada, é mesa de centro nos motéis da florida, é janela de torre de castelo, teu futuro é tão intocável que, se por algum momento, algum louco momento, pudesse adivinhar, diria que ele é igual aos teus olhos, lindos, mas incompreensível.

sábado, 6 de junho de 2015

Aleia.

Não verei novamente o brilho dourado crescer, errar meu nome e ter consciência das palavras.
Não serei estritamente errante, pois o entardecer nunca soube das providências divinas.
Também não mostrarei fraqueza, pois o olhar sereno  é o esconderijo dos pensamentos angustiantes.
Olhe, como parece ser terra, pedra e granizo, perceba como o reflexo dá as costas sem olhar para trás.
Segure nas minhas mãos, se cure dessa inquietação, não me protejo do frio quando sinto que por dentro deveria ter mais poesia que inspiração.
Não terei certamente a certeza de que tudo pode ser transferidos ao papel, por isso controlo as luzes e as marquises, infantis perdedores de perolas e pergaminhos, que te alucinam os olhos e fazem mudar o contentamento.
E quando adormecido, rodeado por anjos, nos últimos penares, nos derradeiros olhares, o cheiro forte de urina e fezes, ferirem meu corpo, farei promessas e promessas, pedirei perdidos e pedidos, aquietem-se, eu não sou desse meio, pois quando chegaria ao 'gran finale', com a frase que marcaria minha vida, eu simplesmente fechei os olhos e me fui...  

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Adrio

Ele vai acabar com seus passos, pois perdeu o a si mesmo nos dias após os dias.
Quase se preocupou em estar-se bem, que mova o mundo, que se vá a vida, tardes azaléias e escuras, torres de concretos escondidos.
Ele era religioso, mas sabia qual deus seguiria, e mesmo destruído panfletos faziam as capas coloridas em asfaltos. Corro qualquer distância que ainda estarei perto.
Ele era destino e deu tudo errado, mas pouco importa, já aprendeu que equilibrio e tristeza são vinhos envelhecidos.
E quando ele lembrar só tempo que passou sentirá surgir desconfiança, pois tudo há de seguir adiante.