domingo, 21 de junho de 2015

Coelhos e contrastes

Conto as horas do dia, e sua voz fria, faz ele durar mais de uma semana, conto estrelas deitado na cama, sob o teto escuro, pinto de verde o muro sem reboco, conto histórias de um rei louco que não fazia nada certo.
Condenados ao suplício de viver os dias abandonados, vagando sem rumo ou direção, encontrando em cada sorriso motivo para distração, sendo fiel aos sonhos perdidos e incertos, acreditando nas mais belas palavras de amor, fugindo, como se quer, o tempo todo do temor de temer o dia, após dia.
E quando as borboletas acordarem nessa manhã, me verei em um jardim desconhecido, com milhares de flores e roupas brancas no varal, me sentirei bem melhor que ontem, mesmo não sabendo onde estou, se no paraíso ou sonhando sob o teto escuro da outra noite.

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