quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Coisas do Cotidiano

 O que é essa angustia invadindo teu peito? Que medo é esse que atrapalha até teu sorriso?

Encare, menina, essas horas difíceis e essas quimeras, a vida não tem pressa, mas de tão rápida nos arrasta sem notar. Se são sim, coisas do cotidiano; a alegria incomparável e o pavor (de repente), a gente se encolhe e se acostuma. Tudo que é vivo perece, seja o pátio frio das incertezas, seja teu peito quente (quiçá amargurado).

Se hoje acordou com vontade de sorrir e achou capaz de sonhos, preciso que saiba que nenhuma felicidade é fácil, quantas pedras carregamos para ver os castelos prontos e ainda assim o vento pode derrubar.

Não que eu faça da certeza morte a apatia de viver, essa tônica de deixar à própria sorte, esperando o que for acontecer, não é estilo de vida nem parâmetro, mas conta muito ser e saber limitado. Na vida nem tudo tem um recomeço, se pensarmos que a chuva passou e a nuvem branca (da cidade do interior) está enfeitando o céu, ainda assim as praças abandonadas estarão para o eterno como nós estamos para o que passa nos nossos corações.

Eu sinto tua presença, mais ainda (e não ria) sinta teu pensamento, forte e focado; nos momentos em que a mente esquece toda essa imundice mundana, toda essa humanidade que nos acoberta e desaba sob nós. 

Quando o dia-a-dia se tornou tão normal, que até aquela pontada de saudade passa despercebida sem importância? 

Sendo assim, se puder, sempre esteja em contato com o amor, seja a forma que ele tomar. Sempre que possível, ouça a voz e o silêncio do que te acalma. Se aproxime e não desgrude do que não é rude e te arranca os mais sinceros sorrisos (mas nada é perfeito e os defeitos fazem chorar. Nunca te prometi plenitude, mas instantes raros). E se não puder nada disso; olhe onde está e vejo o que vale/valeu à pena... Lembre-se: uma poesia não salva a alma, nem conforma o coração, a poesia é só uma dose de dor e saudade que parece acalentar, mas lá no fundo a poesia é maneira com que eternizamos o sofrimento da alma.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Crônicas de um problema

 O que arde no meu peito não é defeito... Pus o frio, mas sem convicção, te contei meus derradeiros medos e fui desconversando ao logo do tempo.

Quero saber se o calor de tua casa te faz lembrar do meu rosto. Quero saber se ainda moço terei as lembranças que um dia a idade me trará. Preciso saber se quando passa pela praça lembra dos dias de chuva e de fumaça.

Eu não pude prever que sentiria tanta falta da paz e da tranquilidade. E você? Certeza que vai escrever um poema:

"O mundo que eu tive, não me reconheci.

Todas as palavras me chegaram, mas nenhuma delas dei importância.

Fui pela minha estrada, que era minha só porque estava à minha frente; Nunca questionei.

Não sabia se isso era o desejo da minha mente ou do meu coração.

Para os demais, não sei se causei interesse. 

Na verdade, talvez, tudo que fiz foi por força do acaso, nada decidi, sempre fui covarde.

Pensando bem, acho que nada pus fogo, tampouco pus água.

Se o não existir do sentimento não é amor ou ódio, deixando bem claro, vivi em meu mundo transparente.

Não fiz diferença aos outros e pior, pra mim"


Encerrou o e-mail, sorriu, sentiu-se aliviada da saudade e foi ser infeliz.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Egípcio.

 Eu não vejo mais fim, pois sei que sempre esteve aqui.

Por isso eu vou continuar, eu sei que nunca me deixou.


O processo criativo é curioso, muitas vezes me forcei a fazer algo e que não saia bom (aos meus olhos), contudo outras pessoas gostavam, outras odiavam. Na verdade qualquer coisa que escrevamos, SEMPRE, terá alguém que se identifique, mas a quem escreve, tarefa ingrata, é traduzir um sentimento que tem.

Muitas vezes escrevi que sentimentos que não tinha, às vezes, roubei sentimentos de outros e coloquei nas minhas frases. Também já senti algo MUITO forte e tentei esconder, em metáforas e paráfrases. 

A exemplo, sonho com algo específico, estar com alguma pessoa em um determinado lugar... uso, de toda força imaginativa, para esconder a pessoa e o lugar, mas lá no íntimo, busco mesmo que essa pessoa reconheça-se e reconheça o lugar. Mais ou menos assim:

Se sonho com minha mãe em uma estação de trem, minha fase ficaria:

"A quem me trouxe a este mundo, peço que não me deixe partir, pois onde estou é onde não posso estar por muito tempo".

Com toda essa baboseira, só quis dizer "Estou com minha mãe em uma estação de trem". Claro que o processo de criação é só divagação, e confesso que a parte mais divertida é "esconder" as intenções. Proporcionalmente ruim é a parte de não saber se as mensagens chegaram aos destinatários.


Escrever é uma arte solitária em que você sempre quer companhia e eu estou longe de ser um artista.

Quem lê com frequência o blog vai encontrar sempre "saudade", "tristeza" sentimentos de perda e de solidão, e claro, tudo sob o manto do "amor". Afinal, corações que sofrem buscar alento. Imagine, se eu escrevesse aqui só coisas alegres, ninguém viria aqui. Quem está feliz não busca tristeza. Então você quer dizer que quem tá triste procura mais tristeza? NÃO.

Eu quero dizer que quem está triste busca alguém/algo pra se reconhecer, pra entender essa "dor" e o blog, reconheço traz coisas desse estilo. Pense comigo. Você está com saudade de alguém (ou com vontade de ver/ter algo ou alguém). Então você tem um amor que, por qualquer motivo, não está contigo, você quer ler:

"Hoje estou feliz como se não fosse caber em mim, o sol brilha e as nuvens estão me chamando para uma bela caminhada".

Ou preferiria ler:

"Por mais que ande, em todo canto, vejo teu rosto. Os dias quentes não me aquecem, e minha caminhada começa por onde quer partir"

Eu respeito e entendo as pessoas que, diariamente, vem aqui. ÓBVIO que devem ter alguma ligação comigo, seja amizade, amor, raiva e etc. Já me disseram "Por que escreve no blog? Só tem coisa triste... para com isso". E eu sempre me perguntava o real motivo e mentia pra mim mesmo. E era tão claro:

É porque eu TAMBÉM ME RECONHEÇO nas minhas palavras, eu também quero encontrar tristeza quando estou triste, quero ler coisas que façam meu coração pensar "existem gente igual a mim" ainda que essa pessoa seja eu mesmo.

Mas preciso passar por um processo de 'repensar' as coisas. Então, caros leitores, estarei, gradualmente, deixando de postar. Não to dizendo que não vou postar nunca mais, mas com o tempo irei parar, aos poucos, com calma, sem traumas.

Para não perder o costume vai uma (tentem adivinhar para quem e onde e o que?):


"O tom do sol na pele sentada na cama, uma trama que trai minhas melhores lembranças. Eu preciso ser forte e suficiente, ainda que não aguente mais um dia com esse incomodo.

Eu sempre tive medo de tudo e fingindo forte, fui superando isso. Mas quero e me permito ser fraco, pois por onde eu passo ouço risos, risadas e abraços, tudo bem, mais um cara do bem, mas não é sempre assim. 

Olhei revoltado meu passado híbrido, lutando para ser o que todos acham que sou, sendo exatamente o que todos esperavam, mas meu bem, pelo amor de Deus, seja orgulho ou solidão, saudade ou sorte, lógica ou precipício, mande teu melhor abraço para os cantos de cá.

Eu sinto meu corpo vulcão, tua presença furação, mas de hoje em diante me espera melhor a solidão que o abandono. Já que nunca mudamos, teus planos são os mesmos. Viva a vida sem pressa que eu, sem remorso, vou remando contra minha maré"



segunda-feira, 12 de outubro de 2020

A terra das pedras

É como se faltasse algo. Me dói demais, estar no tempo e no espaço,  perdido e querendo teu abraço.  Mas sei que quer e me quer  fora dessa via láctea.

 

Esse desgosto e inquietude, há anos que isso nunca acontecia, mas hoje é um dia diferente; tenho preso na garganta um choro que sequer tenho coragem de soltar, a sensação de que agora é de vez e pra sempre. Quanto medo, meu Deus, eu tenho da vida... E preciso chorar, e enquanto penso em ter lágrimas, já tenho meu rosto molhado.

 

Feito criança penso em teu rosto (distante, mas nem tanto) balanço a cabeça e me inclino a ir, mas não vou. A vontade imensa de perder-me, de saber-me e sei lá...

 

Mas já é passada a hora, e agora queria saber o que passa na tua cabeça, se sabe ou soube, para todos os efeitos colaterais.

 

Oh Deus, de onde estiveres, mande a resposta, um sinal, aliás, se não for por mal, manda aquele sorriso ou me manda embora.

Mas por que o céu não tem nuvens? Se o senhor me prometeu paz depois da tempestade.

 

Vejo que teu rosto é uma criança, mas meu bem, perdoe-me por ser um completo alucinado, sem juízo e complicado. 

 

Sei que ao poeta lhe restam suas palavras, mentirosas e desimportantes, e eu que nunca fui poeta, me restam as palavras e todas as mentiras, quando muito me resta algo, mas hoje as palavras também me faltam e as mentiras, ditas e impensadas, agora me revelam a tua falta... 

Pobre diabo, todo ser humano condenado a ser sozinho.

Quanto de tristeza cabe num peito arrependido e condenado a viver de hoje em diante? Nada é interessante, pouco importante, diante da saudade dos domingos, dos dias quentes na sala de estar, da praça e dos momentos que esqueci.

Não lembro das minhas promessas, foram tantas, algumas nunca cumpridas e se agora pareço melancólico, tenho meus motivos.

 

Mas se eu te fiz chorar, preciso que me diga que também te fiz sorrir, pois o fim da vida é certo e eu não consigo carregar o peso dos meus erros. Se teu desejo, e intenção, é que eu morra só e não seja nunca melhor, por favor, não faça isso em oração, meu coração está perdido e não tem ideia de como seguir.

 

Se sentir nas minhas palavras, alguma verdade, de verdade, dê um jeito de me avisar. Não é que a distância seja a pior coisa do mundo, penso eu que a solidão dos pensamentos, a demoníaca solidão de estar dentro de si, isso sim, para mim é o fim. Não pior que a agonia de querer fugir de tudo que te habita.

 

Por isso mande uma carta, para mim ou meu passado, escreva no papel o que tua alma não diria nem ao céu. Olhe pra mim, diga que se importa e dessa vez bata a minha porta, só dessa vez, seria e será a última!

 

 

Peço desculpa por escrever tão sem métrica, tão sem rima, tão sem ritmo, as batidas do meu coração descompassado ditam o rumo da escrita, hora acerta, hora palpita, daí, por isso, que no meio da rima eu me preocupo com o sentido da frase, e quando a frase fica sem sentido, rimo para compensar. Estou falando de sentimentos, confusos e obscuros, imenso medo e amor, de viver assim, desse jeito ou do jeito que for.


sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Já que a vida segue.

 Olho o vento daqui da minha janela, sem pressa peço perdão por tudo. Sem coincidência prefiro me esconder em minhas incertezas. 

O problema está em mim, em nunca ter que ter para si o sonho de viver a realidade. Assisto meu tempo e meu propósito, mantenho ao meu redor essa aura de indecisão. Mas se há fogo no chão, também respira o céu a fumaça, daí porque, de hoje em diante, serei sereno.

Queria no adeus ter paz, queria saber que a distância e o silêncio não querem dizer e não são nada. 

Mas não dá, teu coração é pequeno e eu sou incerto. 


A verdade é que ninguém quer dizer adeus, diz porque não tem outro jeito, sinceramente adeus não deveria ser dito, cada um deveria virar pro lado e seguir seu caminho. O adeus é um ponto de interrogação que fica no exato momento e lugar onde tudo deu errado... Como se o espírito deixasse uma mensagem para os corações sensíveis:


"Olhai a mais os medos e as mentiras, poucas promessas que pairavam por sobre nós. Ilusão certa, coração abobado, firme na esperança de qualquer sorriso te fazer feliz. Ah! pendulo maldito que habita o oráculo do destino, é infame e intolerante, não dá a direção e cobra plenitude. Se fez serenata na luz pouca da lua, arruinando os passos do velho e do cansado, corroendo os palpites da pobre moça na janela. As ruas de pedras formigam fantasias, passou mais um carnaval, fez frio na tua casa. 

E não te esqueces, não te apreces, findo novembro ou iniciado fevereiro, todos esses sentimentos, ainda derradeiros, farão nenhum sentido na corda bamba da existência. Falando em promessas, aguardo meu bonde, embriagado e desconsolado, vi todos cantarem e eu mesmo não cantei... mesmo sabendo a letra de cor eu preferi prestar atenção nos que passavam e para pior, eu quem não passei."

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

O Deus e o menino

 Estranhamente estou postando  nas primeiras horas do dia 07. Novidade nenhuma; meu aniversário.

Hoje faço 30 anos. Não lembro onde estava há  10 e nem há  20 anos. Sei onde estou agora, e com certeza  os meus "eus" de anos atrás também não adivinhariam. Onde estou física e psicologicamente. 

Nunca passei meu dia longe da família e dos amigos, exceto 2019 e 2020, dois anos atípicos. Em 2019, estava na academia nacional de policia em Brasília,  passei numa terça feira como outra  qualquer  ( naquele inferno de calor inigualável  que é  a secura de Brasília) na sexta, como de costume, disseram meu nome como aniversariante  do mês. Na sala bateram Palmas. Assim como 2019, neste ano, também por causa da PF, estou longe,  mais precisamente  Imperatriz /MA, longe de ser o lugar ideal para comemorar meu niver. Pois bem, mesmo longe, foram dias felizes, será um dia feliz. Pois estou realizado, profissionalmente. 

Tenho amigos do trabalho e a Internet  para me aproximar dos meus. Embora esse dia sete ficarei um pouco incomunicável.  Já imagino o povo me ligando  e eu não podendo atender  ( lembrar de por o celular no vibra, para tocar a música do chaves no meio do serviço).

Mesmo nessa escuridão, tendo que acordar cedo, eu me sinto feliz, honrado por Deus ter me posto onde estou. Mas claro, 2020 não foi um ano fácil, longe disso. Arrisco que o melhor e o pior ano da minha vida.

Tive problemas horríveis, perdas imensas, fora toda essa distância.  Que ano!

Mas também construí  e consegui tantas outras.

E tudo no meio do covid.

Mas sem lágrimas e até sem sorriso, digo, repito, sou feliz, apesar de tudo, tenho muito a agradecer.

Ja recebi presente, já (agora) recebi o primeiro parabéns ( sim, alguém ficou até meia noite esperando parar dar os parabéns)

Que Deus conserve minha jornada, para que no fim da vida eu não lembra dos 10,20,30,40 ( como hj não lembro) mas que não  importa a idade eu possa dizer FORAM ANOS INCRÍVEIS.



Vou tentar escrever alguma coisa... deve sair uma merda, pq to sem inspiração 


O Deus do tempo tem sono e pressa, levou minhas preces consigo; colheu dos meninos e das árvores tudo que precisava. Há em mim calor cotidiano, do tipo que espera sem pressa a chuva passar. Daqueles que nos dias de sol, senta na calçada admirando o nada acontecer.

Alguém subiu a escada, quem disse que queria silêncio e distância, bate hoje à  porta, explica-se remançoso, aceita e acata suas dúvidas,  promete esperar nascer o sol para dizer o que irá fazer do dia, porém sem agonia agita e cogita não atrapalhar minha vida, nem buscar meu nome nas cartas.

Prometeu chegar cedo e escolher as palavras certas, quis saber quando voltaria, pois podia voltar atrás, já que o carteiro  não mora aqui, nunca iria entregar... Eu já conformado, com esse amor de invenção, calei o som do meu coração 'se for para casar com a moça furacão, faço todo gosto' ja tenho  consciência, já sou bom homem, com  experiência, não falta amor, falta paciência.

Mas o Deus não é bobo, corre solto pelos campos da nossa vida, mais rápido e mais destemido, quando acorda  solta um gemido. 'Hora de ir embora' e a gente vai sem querer  ter partido.


O Deus  sou eu.

domingo, 4 de outubro de 2020

Derrota

 Orquídeas e promessa, na fonte prata dos primeiros momentos. Quando vi o sonho partindo e a vela acesa em tuas mãos. Sei que o vinho diverte e desvia, que a morte é senil e sábia.  Sei que a idade não tem sentido  e as coisas, a lógica das coisas, são qualquer coisa sem explicação. 

Se sempre quis um sorriso e por isso precisou chorar, se sempre me disse adeus e percebeu que sempre quis ficar. Viu a vida torta fazer voltas, nos levando para o mesmo lugar. Com teus olhos cheios de lágrimas eu me desconcerto, busco entender o universo, sem saber, sequer, me explicar.

Hoje tenho certeza que estar só e ter solidão  é  a pior coisa da vida.

Mas é  que na vida não temos certeza de nada.

sábado, 3 de outubro de 2020

Em frente ao meu rosto

 Vai ficar tudo bem, já conheço essa tristeza que sempre me acompanha. Sei que vai ficar tudo bem, basta eu ficar quieto, por uma música e olhar fotos antigas.

Não vejo as notícias ruins, não vejo se lá  fora chove, se aí faz calor.

Mas queria falar contigo, muito e mais que tudo, mas me encontro mudo, mudado e sem chão, queria ter coragem e compaixão, de mim mesmo.


Eu queria  muito não ser eu mesmo. Sequer existir. Queria muito não ter fraquezas, mas também nenhuma força, queria ser o vento, ir e vir sem ser notado.

Mas que fardo pesado é  existir. 

Última ligação da noite

 Toda lágrima tem seu motivo. Teus olhos não são vazios; se saudade, remorso ou frustração.  Sei que tudo passará e eu ainda estarei  aqui.

Mas o sorriso vem cortado, falido ou faminto, das lembranças, do porto seguro, e do futuro  que havia planejado, vem na mente as mesas dos bares, os jantares e os prazeres.

Mas a chuva  aperta, e a gente aperta o passo, não era só garoa e não vai passar tão cedo, procuramos abrigo  na sacada do prédio  ao lado, batem os pingos nas poças  que se formaram  no chão,  cada gota um pensamento, cada pensamento uma solidão,  a água escura pela noite faz a gente ter medo, o frio  transpira a certeza... hoje só queria  estar deitado na minha cama.

Não vai amanhecer ainda, e quanto mais tempo eu levo para entender, mais difícil  se torna; a vida é  assim, uns vão e outros chegam, mas e você? Pra onde vai ?