sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Crônicas de um problema

 O que arde no meu peito não é defeito... Pus o frio, mas sem convicção, te contei meus derradeiros medos e fui desconversando ao logo do tempo.

Quero saber se o calor de tua casa te faz lembrar do meu rosto. Quero saber se ainda moço terei as lembranças que um dia a idade me trará. Preciso saber se quando passa pela praça lembra dos dias de chuva e de fumaça.

Eu não pude prever que sentiria tanta falta da paz e da tranquilidade. E você? Certeza que vai escrever um poema:

"O mundo que eu tive, não me reconheci.

Todas as palavras me chegaram, mas nenhuma delas dei importância.

Fui pela minha estrada, que era minha só porque estava à minha frente; Nunca questionei.

Não sabia se isso era o desejo da minha mente ou do meu coração.

Para os demais, não sei se causei interesse. 

Na verdade, talvez, tudo que fiz foi por força do acaso, nada decidi, sempre fui covarde.

Pensando bem, acho que nada pus fogo, tampouco pus água.

Se o não existir do sentimento não é amor ou ódio, deixando bem claro, vivi em meu mundo transparente.

Não fiz diferença aos outros e pior, pra mim"


Encerrou o e-mail, sorriu, sentiu-se aliviada da saudade e foi ser infeliz.

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