domingo, 21 de novembro de 2021

Imenso vazio

 

Se vem na lembrança aquilo que meus olhos nunca viram, se expiram a desesperança.

Fascinado pelo futuro, no peito um furo, só havia pregado o passado.

No meio das fotografias, teu sorriso amarelo, fazendo flagelo das poses que outrora seguiram.

O bocado de pensamentos, os mais impiedosos lentos, difíceis de acostumar.

Teu infinito  de vida, uma contra partida, de contas divididas.

O ouro agreste azulado, perfume doce dourado, dos manequins que te vestem.

Se dá memória se apaga, um grito rasga, o que nunca se desfaz. Primeiro tenho meu medo e meu orgulho, se ouço ou faço barulho pra mim tanto faz.

O mundo já acabou, vivemos apenas nos escombros, se tudo isso te faz assombro, por mim mesmo nunca o sol raiou. 

terça-feira, 16 de novembro de 2021

Está na recepção

 É bom quando contigo estou... bem, ainda que a distância, a saudade o tempo e todas as falhas nos façam mal. Tenho certeza que os sonhos e os pássaros estão no ar e que as surpresas do por vir, por ventura nos faz sorrir.

O doce da tua lembrança, nossas brincadeiras de criança, recebo no meu dia, ainda que tardia: pedido de desculpas.

Por outro motivo eu não tenho que sorrir... Mas há um cadeado fechado na praça abandonada, chave não se encontra e meu coração não sabe, mas a vida ainda não está pronta.

domingo, 14 de novembro de 2021

Aperto

 É por nada, por sonhos e espíritos. Pelo aperto no peito e o desejo, de só, continuar assim. De espertar uma vida sem espera e ter sorriso não cortado, abreviar as esperas e confirmar na solidão.

E o que seria melhor, entre noites mal dormidas e manhãs calmas… todos calmos, calados e até tristes, mas sem nada esperar.

Já não sei se, sóbrio e são, suporto o futuro, quão retido eu tinha meus olhos e podia estar tranquilo. Se já estou assim, posso continuar, já que não faz diferença.

É do nada, que a noite apodrece, e tua paz é preço cara… pois ainda existem os sorriem enquanto uns choram.

Como conseguem dormir sabendo que longe dali, alguém não dorme. 

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Quando fugimos do bar.

 De repente troveja e escurece na floresta, sob a mesa: bebida doce e intragável. O prato vazio não inspira ou decepciona... trovões na floresta... Pelo jeito o defeito dos que não prestam atenção serão ou são os peixes nos aquário dessa mata fechada.

O salto que dá teus pés alcança a rua, a corrida é necessária para que saiamos das vistas do senhor da floresta, que nos cobraria o preço de usar sua terra e seus mantimentos. Não que não pagamos, mas o preço baixo era descontento, mesmo assim nos escondemos e fomos embora: Já a salvo, na cidade e nas luzes: rimos, rimos sem preocupação; deu tudo certo... ao passo que deu tudo errado.



segunda-feira, 8 de novembro de 2021

O que perdi com a mentira

 Num sussurro e num silêncio, alguém não entende e de forma calada vai adiante.

Como um sopro um gosto ruim na boca, lembranças e pensamentos futuros, quase todos inesperados.

Por onde anda nossas promessas e desejos ? Alguém passa o dia inteiro sem sequer lembrar ?

Quais sinais de nossa vida são apontamentos do divino ?

E alguns de nós não se conforma, não aceita, mas mesmo assim segue adiante sem nada fazer.