segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Fazia Frio na Terra das Flores

Hoje vi tua alma. Cartas espalhas pela cama e meu violão. Vi verde teu sorriso sem graça, o metal que escondia o pesado do céu.
Amanhã estarei ao teu lado, ainda que sob a forma de um pássaro, já que não me aguento em mim. Se falta sono ou sinceridade, por algumas folhas de papel e palavras sem fortaleza.
Menti, por muitas vezes, mas quem não. Errei tantas quantas podia, mas nem sempre fui um demônio, tive na poesia a promessa de juventude, mas que não param para ler mais.
Ninguém quer entender o sentido da sorte, por isso abandono as águas no mar, tanto que se mistura e o sangue latino escorrendo pelas minhas mãos...
 Fazia frio na terra das flores e lá seja o que fores, fariam de nós botões de rosa. Elas surgem e somem como o vento que desagrada o alto da montanha, que fecha a janela estúpida de uma casa que jamais porei meus pés novamente.
Como andam teu sorriso e tua voz? Quantas vezes cultuou o amor em nós quando nunca mais se dobrou de joelhos para orar.
Conselhos e carismas, qualquer coisa maior que o tempo e medo, já que não há relógio pra mostrar nos olhos a aflição  e nem aperto no peito que mostre o tempo passar.
Dorme calado, no muro da frente, um gato rajado, sem saber que distante dali alguém trama seu destino. Não faz sentido, mas faz parte de uma vida sem razão.
Continua frio na terra das flores, pois ninguém tem ao certo a razão, se quer os anos retornar, se o sul e o sal são tempestades no ar.
Quanto tempo tem que se foi, e para onde foi, mesmo sabendo busco a resposta, mesmo ela posta na mesa.
Limpo a poeira do violão e toco aquela canção que fala de saudade, quando não mais tenho forças, durmo ou sei lá.. acordo.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Dores de um anúncio

Se hoje eu visse ou ouvisse do céu teu canto, seria meu dia menos pesado.
Já que o dia passou com as horas em branco, prefiro me coroar de cores do asfalto.

A carta que te fiz hoje foi entregue e devolvida, mas sigo ainda com meu coração alegre. Um dia te verei, ainda que não saiba disso..




Sem muita inspiração e vontade de escrever hoje. Perdão.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Conversas apavoradas

O mal dito que sai do meu silêncio, maldito som que sai do ar.
Teus olhares soltos que só podem me falar, falta ar sempre quando tento me concentrar.
As palavras de um tempo ruim, quando tem possível chance de lembrar; certas coisas, não tão certas, regime regional de paciência do meu coração.
Se tremo as mãos ou me falta força nos músculos, deito gelado ao lado da cama, consciência inquieta de que ás vezes é melhor não saber.
Poderia girar e gerir meu mundo, fazer assombro das coisas simples e espalhar rancor, mas ao invés disso, espero sem qualquer paciência o momento exato de olhar nos teus olhos cansados.
Pode ser que as palavras tenham força e nós fraquezas para ouvir, vai ver alguém esqueceu de gotejar sensatez na água da vida.
Eu realmente não entendo os sons das folhas e as borboletas, nem poderia, não tive tempo para ouvi-los, mas falo como se tivesse propriedade.
Reconheço sua luta e a rima que essa palavra traz, antecipo seus gestos e a torpeza que isso faz, dedico meus dias a observar atento os erros, errando como se isso não fosse errado.
Mas devidamente munido de egoísmo procuro sedento o momento que possa me calar de vez.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Silêncio

O que falta pra ser feliz?

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Meu filtro de realidade



Você não acredita no meu choro, mesmo ele sendo sincero. Espero que que algum lugar esteja a luz que ilumina meus passos, parcos e no escuro, respiro sem compasso esperando março acabar de vez com meu verão.
Vejo atrás da porta a sombra torta do que um dia foi a felicidade, não raro eu me descambo em lágrimas, sem qualquer pudor ou oscilação.
Tenho teus passos em outro alguém, tua cor, pele, e timbre, como se a voz e o ar fossem carimbados com tua presença.

Teoria híbrida de saber, já que quanto mais se vive menos se dá pra viver; eu queria saber de tudo que tu pensas para nunca mais pensar assim, mas se fosse acordar em setembro de uns trinta anos a frente, diria que de repente;

" máquina do tempo me leve de volta para o tempo dos atrasos e tropeços, lá conheço as pedras e os percalços, por onde andei descalço hoje corro descompassado, agora que sei de tudo, faria das pedras muro para os que me perseguiam, pularia os abismos e buracos que cavaram e eu boco caí, mas eu não sabia, não tinha como saber: meu pior inimigo era eu, sempre culpado e sabotador, por isso, máquina do tempo, se não me trouxer tudo que passou, nem mesmo a juventude, traga-me meu amor"


Tua casa ainda cheira a espelho mágico, sequer ela sabe dese fim trágico, comédia louca e insana, fez da gente cabana no alto de um monte.
Daria tudo para não ter nada, trocaria todas aquelas noites por uma manhã. E um mar inteiro por esse céu sem distância.

Iria gritar aos aldeões sem cuidado para acalentar sua busca exotérica. Onde se criam rosas não florescem América. que já os aplausos são fictícios e as palmeiras reais, não oro perdido na tua santa cruz, pois quem me induz a errar sou eu mesmo, por mais que só bates um aceno da tua mão para dizer que então, faria a pintura do teu sorriso.

Conte:

Garças;
Gritos;
Geleiras;
Gergelim;
Gráficos e;
Grafias;
Grosseira;
Graça;
Gargalhando;
Gardênias;
Germinadas.

Agora que sabe onde se encontrar:

Nada debaixo do céu faz sentido;
Já que a direção eram teus próprios passos.
Se de olhos fechados nada existe,
queria sentir que quero permanecer assim.

Desta vez, desta última vez
não ouve minhas palavras, só o silêncio
Tem teu significado fazendo todo sentido.

Te farei feliz enquanto não o fores
Ainda que teus olhos digam sim
Sem pedir para esqueça a realidade
Virei em teus sonhos.

Quando essa noite passar
Gostaria de estar ao teu lado
Justamente quando tudo se acabar
Sem lamentar a vida ou o passado



segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Letargia II

As palavras foram escritas pelas minha mãos geladas, meus olhos atentos que observam.
Queria gritar muita coisa, rasgar minha alma de vez e sem voz, cuspir em teu rosto, fazer de mim cama vazia de pensão.

Seu santo dormiu no ponto, mas eu quero ir embora antes da semana acabar, e que se acabem teus olhos sem qualquer puder, em qualquer marquise de baixa meretriz.

Minha grafia desafia meu coração, escrevi cartas que joguei no chão, mandei entregar e depois desisti.


Mas ai, falta sono e sensatez, por isso essa semana durará uma manhã e na noite o fim do mês.  Quando você vem?