quinta-feira, 23 de maio de 2013

Tudo que há de ser de bom

Os dias e estradas entristecem as distâncias, e teu rosto puro escapa a infância do tempo que insiste em passar, passando lento em cada sorriso aberto e engraçado, quando estar velha é apagar a vela com a mesma intensidade, para dormir no escuro, ou simplesmente ficar de olhos fechados sentido o coração bater.
Abandonar antigos hábitos e costumes e seguir a vida, como se fossemos capazes, sendo criança quando podemos ser, ou fingir adultos quando queremos nos despedaçar em lágrimas, é a fuga de muitos, mas há os que fogem sorrindo, que fogem enfrentando, ou vivendo, vivendo mansa e pacificamente, tomando posse de todo bem querer possível, e impossível. Infalível retorcer a realidade, abandonando a vaidade, carregando-te no braços por entre praças, rabiscando nosso futuro no imaginário, colhendo presentes e presenças a cada ano, sem contar as datas, sem comemorar os aniversários, pois se assim fosse, tudo deveria ser perfeito, e pra confundir ainda mais, há os que não entenderão o que eu diga, hoje é meu dia, ou seja, "morde aqui não formiga!!!"

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Nenhum Sonho

“E as cartas coloridas se desviaram e desintegraram nas tuas mãos molhadas, e como engoliu as dores, passando pelas flores que mancham as calçadas, sem ver as arvores e os pássaros. Chora o poeta no canto da praça, no banco de cimento, chora por dentro, por chorar, pois motivos há para sorrir, mas chora porque sente que da felicidade surge tristeza, e confunde a beleza de um olhar com luminosas inquietações, vendo carregar, as formigas, as folhas das flores na calçada, do buquê que trouxe para você, no verão passado. Ainda estou parado naquela estação, e contemplo a imensidão deste lugar, e eu pequeno dentro de mim prefiro meu interior, pois assim estou, sabendo que da vida só nos resta esperar, o fim, enfim o poeta se levanta, enxuga as lagrimas, chuta as flores, e sai correndo, para onde, Deus sabe, talvez, chorar suas magoas longe daquela praça, onde ninguém mais possa ver.”
“Gravei em torno das faíscas dos meus pensamentos teu falar tranqüilo, e enquanto andava solto pelo tempo,me refiz intenso, portando pedras preciosas nas lições que aprendi. E recordei de quanto chorei, e me maltratei, em musicas e frases, das jóias do teu coração, pois me alegra a calmaria, e me desconcentra o frio, sendo certo, de todas as coisas que aprendi, descobri que aprender é sempre incompletude, e de tudo que sei, são, de certo, a vontade que guardei de abraçar teu corpo a mil, na pressa dos horizontes de qualquer cidadezinha do interior”

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Um mundo de Sensações

Sensações e sonhos, sonolência da lembrança,




Desconheço essa tua mudança, essa soberba que sobra nas sombras que teu olhar maldoso faz. Ademais, penso quem foi outrora, pois mesmo podendo fazer o mal não fazia, por ter no peito  a pureza de fazer o bem, bem , mas também não é assim, não tão bem assim, vamos crescendo e querendo provar para todos quem somos e do que somos capazes, e muitas vezes, esquecendo quem fomos de verdade.


Abre a porta da janela que eu quero te ver, da sacada da tua casa, da escada da casa que quase cascata de brilho, queimando meus olhos por onde quer que vá. Por mudo, sem palavras no mundo de sensações, me manifesto ao contrário, magoado por dentro e rindo desnaturado por fora, tendo lapsos de dor e inveja, sem querer ir embora, ou distanciar, distancio, pois os corredores e esquinas são demais, tanta gente, tanto carro, tanto prédio e perdas, poses, fotos e vinhos, vidas e vidas, tristes barcos à deriva no mar revolto.


Sei que pode não fazer sentido, mas quem faz muito sentido acabada recebendo ordens, pobres soldados de um mundo sem ações, sem palavras no mundo de sensações, sem animo, e os poetas, poucos, dão risadas, loucos, esquecidos dos seus poemas, cantam o que deveria ser uma canção de despedida " Se foi a inocência, e minha amada aquietou-se, acomodou-se, Se foi a paciência, de esperar, sua amada, amarrada em um cais de ilusão, ou, ela mesmo amarrou-se"


E por fim, fazendo questão de não ter nexo algum, arrumo a mochila velha e desbotada, bebo um pouco d'água e vou embora, me esquecendo completamente do que passou...

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Meus Medos

  Clareia o dia na porta do meu quarto, espanto e alarde, falta pouco tempo para o tempo faltar, folheio revistas e crises existenciais, nada mais, quase tudo isso importa, e rabisquei no bloco de notas que me deu, mais uma das poesias sem vida, que nunca leu:


"Teu pranto me esquece em meio as preces, nunca onde correr, deveria ser encantos, mas prefiro o recanto dos cantos circulares dos bailarinos invisíveis do meu pensamento. E nunca espero acordar desse modo, procurando consolo na distração, destemido dessa vida que amedronta sonhos meus e nem teus braços me suportam, e quando da busca, contrita do perdão, receoso, por semelhança, era a bonança, de fim de tarde, que, por incrível que pareça, veio antes da tempestade"
            Como poderia esquecer de tudo isso, mas estes conflitos me perseguem, e a esperança é conforto, maior que meu travesseiro, e quantos ficam loucos, quantos poucos procuram entender, e eu não entendendo, sempre me perguntava, que faz o sábio acreditar nessa besteira, mas não encontro resposta, na verdade, imagino algumas coisas, mas nada perto do que poderia ser.

         E agora o destino nos carrega, feito papel em correnteza de chuva, que vemos passar no canto da calçada, por trás do vidro da janela, imaginando o frio lá fora, dobrando a esquina da nossa rua e descendo ladeira abaixo, coisa, essa, mais sem sentido, chuva forte e eu perdido, sem saber em qual chuva estar, se estou faz anos atrás ou se estou velho demais pra lembrar.

Ilha Bela



Olhar baixo e tímido, escondendo o sorriso escondido pelo tempo, mareando os anos e os contatos mão-a-mão. Delineia os dedilhares das canções que te fiz, nesse voar dos invernos, sendo por acaso que a chuva molhou o mesmo chão que pisamos, e atravessamos o mesmo rumo de vida sem notar o norte que encontramos.

Correndo arco-iris, nos reencontros, colhendo lírios nos escombros, nos teus olhos de assombro, quando perdida nas poesias sem sentido, agarrada ao meu ombro, quando nada mais nessa vida faz qualquer sentido, não tendo rumo certo ou qualquer direção.

Não me recorde dos recortes das fotos e do tempo, tudo isso passa, e o destino, sempre fugindo, nos condena a pairar soltos no ar da imprevisão, e talvez te veja hoje, mês que vem ou no próximo verão, e se não mais te ver, terei certeza que sim, nesse desconforto interno, me dando a certeza que sempre será inverno.  

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Irmãos e Amores.

Ouvindo aquela coisa do coração, Raul Seixas embala a minha viagem por palavras soltas, de certo dedico este texto a um amigo, e as "Marias" do meu coração, e meu herói que se foi tempos atrás.


Miram as Marias, e os que vivem no passado, imaginando ser feliz com o que restou de lá, ser feliz é, antes de tudo, ser como se é sem se importar, muito, com o que queria ser. Talvez seja difícil viver neste mundo de ilusão e inveja, e muitos de nós, me incluo, remoem o passado, e tenta achar explicação, e preserva mágoa, raiva, até amor, sem necessidade, como havia ouvido "Isso não leva a nada", lembre-se que por mais que faça, diga, pense, fale, grite, chore, sorria nada disso volta, retroage ou se modifica, é, como diz uma musiquinha " É se aceitar e conviver", podemos deixar tudo de lado, quando necessário, claro, homenageando sempre o aprendido, pois sofrimento é antes de tudo aprendizado, e lágrimas, tinta que usamos pra escrever no papel da nossa alma o lembrete " Aqui houve dor, na próxima, por favor, contorne a esquina e evite o que te faz mal". Mas mais que isso, sei que muitos não conseguem, talvez, ainda, me inclua nisso, mas conforme seja a cabeça de cada um, deve-se ter maneiras diferentes de superar, de entender e perceber a vida, mas não há outro sentido pra vida, senão ser feliz, de tentar buscar a superação. E como as Marias do mundo gritam: Se abrir para o novo não é fechar-se para o passado, é dar passagem a este, deixando claro, "Aprendi, posso seguir em frente"




Sei que dizendo assim, parece -e não é- fácil, não é, acredite, perder alguém que se ama, sabendo que nunca mais irá vê-lo é das piores dores, perder alguém que se ama sabendo que sempre irá vê-lo doi do mesmo jeito, morte e esquecimento, binômio temerário, que o tempo faz questão de abraçar.


Mas meu conselho é esse: 


Ouçam as Marias, e seu coração, abrace quem está a sua frente, esqueça de tatear em vão o passado, à sua frente um sorriso sincero que te da carinho, amor atenção e aquele denguinho, e parecendo piegas, seja feliz, de todas as maneiras possíveis, o passado doí e machuca, as pessoas se vão, mas e dai? Se elas se forem vá também, movimento é vida, restrita a isso que a gente vê, se puder morra abraçado e sorrindo, falando palavras de amor e besteiras sem fim, sinta o cheiro das coisas, invente nomes estranhos, dialetos malucos, tudo isso faz parte dessa grande doideira que é a vida, e nós? não podemos devemos ser, também, mais um louco, que a sensatez ficou pra quem se entregou de vez, e na boa? Geralmente essas pessoas são muito chatas...






Saudade tem nome e sobrenome e adorava Black Style. rsrrsrsrs

quarta-feira, 8 de maio de 2013

O que me basta

Quero chegar ao fundo, ao frio do meu ser, sonho ser assim, leve e novato, em contrato de felicidade que me fizer parte.


Reclamam porque transpiro impaciência, e, às vezes, incoerência, queriam de mim, um pouco mais de serenidade, menos tristeza e mais vaidade, pobre de mim, ou melhor, louco eles, aliás, desvairados todos nós, afinal, já tentei ser diferente, mais converto minhas forças, quando não tento ser assim, a exatamente o que sou. E esse era para ser um poema feliz.


Sombreiros pintam toda a areia da praia, e o azul pincelou em mim teus olhos distantes, e quando invetaram todo esse mundo, esqueceram um modo de vencer a distancia, e quando nos deram olhos não nos deram capacidade de olhar o mundo inteiro de uma vez, e a gente só vê o que vê, veja você, se isso não explica porque somos assim, somos o que somos, simples desse modo, cada um com sua tormenta, e por mais que a gente não entenda, é assim porque é assim, e se duvidar de mim, me dê outra explicar melhor...

Melhor esquecer o mundo e o que pensa de mim, melhor seguir vivendo não tendo, inveja ou rancor, pensando que se faz melhor ou pior é a estrada à seguir, farei a minha, me importando em ser feliz, e não calculando minha felicidade nas conquistas alheias, afinal para o poeta basta a poesia, para o rico sua fortuna, para o pobre sua lacuna, para o intelectual seus títulos, para o louco apenas a alegria, para mim  tão somente a agonia, por enquanto, de não saber o que me basta.

E acreditem, esse era pra ser um poema feliz.

Tarde demais nos domingos


Queria que o ano passasse rápido como toda tarde de domingo, me atormenta, mais e por demais, essa inquietude.
É a inveja dos tempos mudos, das coisas não mudadas, das minhas verdades, verdes gramados que hoje se tornam chão batido.

E essa mistura de ternura e melancolia, começa mais uma noite sem sentido de domingo, começa comigo perdido dentro de mim tentando encontrar a saída que chega somente na madrugada perversa que me arranca lágrimas.

E mais uma vez começa a agonia do esquecimento, e não se da importância, impensável, toda aflição que faz parte da canção que componho sozinho, andando por essas ruas vazias, haja ser tarde, mais ainda cedo,  onde poucos se encontram sorrindo, amantes sem rumo nas tardes de domingo.

Eu sei e sei que sente, que a vida desmente aquelas poesias prontas, que na verdade, quando se é criança tudo é mais simples, e que quando a vida separa e há quem se acomode, por mais que incomode, deixa minguar o sentimento, agora é isso, depois aquilo e pro resto da vida, serão apenas lembranças de coisas boas, palavras atoas, soltas por acaso, e pregado na memória de quem sente, se arrasta ermo pelo tempo, sem muito animo, sem muito querer, por mais que se saiba, sabendo pouco do que deve saber, meninos e adultos se misturam no olhar e suas virtudes, várias vertigens à vista do que se passou, provando que cada lágrima é apenas sofrimento solitário, pois se lágrima valesse a dor que custa para sair, traria de volta tudo aquilo que traz o entardecer.

E por mais que queira, que tente, que persista, impossível passar para o papel, para letra tudo aquilo que se passa no coração e cada um tem seus dias de tarde de domingo, vezes no frio e aquecido, vezes no calor e esquecido, vezes com céu cinza, meio morte, vezes sem sorte e sem encontro, acorrentado no passar das horas, e hoje, todo mês é domingo, todo fim de ano tardinha,  dessa vida, que não sei o que dizer, mas fazer o que, se é assim mesmo, enquanto uns esperam outros se desesperam, e outros tantos seguem sem sequer notar...

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Avenidas e Aversões

Vejo cada ponto de luz, da estrada da cidade que, por algum motivo, não me seduz, é estranho, cada marca que fica nos lugares, e eu descontente, reparo de leve, que passar aqui me enche de vontade de chorar.


Chorei por dentro, vendo o movimento natural das coisas,  naquele exato momento e lugar que vi teu olhar cruzar outro olhar que não o meu, e há quem diga que esqueceu, pois me esqueço de tanta coisa, mas jamais, do frio que fazia ficar sozinho, no momento e lugar aonde se perdeu do caminho,


Mais preciso do que precisar, roteiros escritos no chão de concreto, e cada passo que dei na direção  contrária me trouxe até aqui, nas árvores encolhidas e enormes, nos postes apagados, no silêncio noturno da minha prece. Quando sonhei perturbado que havia chorado no banco da praça, enquanto as flores que te daria murchavam ao lado, e com toda calma e quietude, imagino nesse longe tempo, quantas coisas que eu não sei e não gostaria de saber, e talvez esse inferno astral nunca me deixe.


São meus carmas, e senti perdido, fingindo sorrir, sabendo que talvez não fosse fingimento, e quando reabro o baú do esquecimento, o primeiro pedaço de papel que vejo é o do sofrimento, mas qual pode ser o retorno meu, das ventanias e chuvas finas, que molharam meu rosto. Se fiz poesia em cada canto do desgosto, fornecendo ao meu peito calmaria, dando aos outros alegria, E TODA ESSA AGONIA ME CONSOME, do desespero dos dias, enquanto acordam os amantes nas manhãs ensolaradas a cidade me esquecia.


Da ladeira do terraço o horizonte me condena, cada feixe de luz corre depressa pelas ruas que observo, o sol invade cada quarto, e ilumina o asfalto frio,  e minha certeza; A NOITE É O PIOR DIA, É QUANDO AUMENTA MAIS AINDA MINHA AGONIA.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Não Entendo Ou Quantas Estrada Ando Vagando

Conservo assim no peito meu todos os sorrisos que até não vi, converso assim com o silêncio meu, quando senti que nada vi, com as janelas dos carros, e as lágrimas em forma de chuva, que a natureza chorou quando eu não podia, faria o esforço pra no retorno contornar os lagos de tristeza e provar que encontro nos teus braços os abraços que embaraçam todas as palavras ensaiadas ou não.

Foi assim que o tempo passou, entre todas essas coisas, poucas fáceis de entender, eu me encolhi e escolhi o frio dos verões e das madrugadas sem saber dos passos teus. E quando do fechar dos olhos, sei lá, do mar, mas a felicidade é sincera, mesmo sendo, podendo, ser bem mais feliz. neoqeav

Do outro lado do meu lado...


Senta no que sinto frio, do meu lado, todo arrepio, mesmo sendo eu um deserto, tão perto, mas tão perto de não poder tocar, e se meus limites me agridem, na dança do tempo, veja as horas passar, como se fosse verdade todo esse charme de sorrir com magoas a magoar o peito seu... Conforme a falta de espaço, recinto teu cheiro se torna, do perfumes na parede e re-sinto o frio do lugar, pois brincar com as palavras é mais fácil que do frio me esquentar sem te fazer rir.
Se lá nos cantos confins arrisca os falsetes sorrisos, preferindo consoantes e delírios rios, converso com todos os ares, fazendo pares coloridos com uma das mãos, falando aos companheiros, do que for verdadeiro, vale a vida um largo abraço, posto que desfaço, pouco a pouco, a má imagem que tinha, que fiz, que besteira minha, a tela que faço das pessoas pinto da cor que quero, dos olhos azuis da moça ao rancor dos olhos negros dos demais.
Sei lá arrisca, que é isso que importa, pois a dança do tempo é difícil de aprender, e pra ser sincero,o tempo acaba e a gente nunca aprende a dançar..

Sei lá arrisca.