sábado, 14 de dezembro de 2019

Mas um atalho

Para hoje estamos sós, essa guerra dentro de mim, me faz assim.
Estou  sem sentido, e as pessoas na minha frente contentes, mas isso não  é problema...

As músicas  repetidas, as frases  conhecidas, conversas  sobre  dinheiro  e mulher... um cidadão  qualquer  nesse mundo... sóbrio  ou embriagado  a vida vai seguindo  louca e sem freio  e eu, por hoje, com  toda  sinceridade,preciso  fingir que estou  feliz.

sábado, 26 de outubro de 2019

Quando aprendi inglês.

Não sei para onde ir, mas sei que essas palavras me perseguem. De olhos abertos me encher muito menos que antes.
Começou sua carta sem cortesia, direito, mas ainda assim preocupado como seria interpretado.
Ainda o que o sangue solto se enrole em panos sujos, e mesmo que tenha certeza que aquilo não era certo, mesmo depois de tantos erros; pensou em saber se a presença seria respeitada ou querida, respondida por meio de imagens, talvez.

Essa semana descansou sereno achoando estar tudo bem, mas de fato estava; estamos todos ou bem ou fingindo.

Olhando para meu interior, me sinto capital, doente terminal em plena saúde, e ainda que meu plano mude, e que o homem seja rude, com consciência não te chamo, não te clamo; as águas devem ficar quietas enquanto passa a chuva.

Quanto tempo não recebo sua visita, já o chão está colidindo, e as nuvens estão falando a sua própria verdade, pois é céu em mil cores e lugares, é mesmo de suas várias formas.

E quando os corpos enfeitados não fizerem sentido, e com sentido, sentirei o peso dos dias, da falta e da felicidade, mas sem você do lado.


Onde estiver ou como estiver, saiba que estará sempre no meu coração.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Alma nua

Há  um poeta morto que vive em suas poesias. Que de alma nua cantou coisas  que nem eram suas, que rimou quando nem  podia, que embala meus sonhos  e agonia.

Mostrou o belo, as janelas  e leões  que nunca habitam no medo. Confundiu  o céu  e sempre esteve  iluminado. Olhando sem jeito  esperou pousar os aviões.

De fato viveu menino  e morreu poeta.


segunda-feira, 7 de outubro de 2019

7G

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas…
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

Mário Quintana

Um dia a mais

Hoje comemoro mais um ano de vida, engraçado ser o ano mais feliz da minha vida, mas por outro lado um ano de afastamentos. Faz parte do crescimento, conseguirmos a felicidade e a satisfação de um lado, mas por outro estar distante de pessoas que amamos.

A vida é assim, aprendi muito, mas também como não aprender diante de TANTOS erros.
Ainda fala um caminho enorme para percorrer; aprender a dizer não, e aprender a dizer sim, reconhecer erros e culpas (acho que todos nós) aprender a valorizar aquilo que tenho, as conquistas e pessoas, mas estou seguindo.

Confesso que preciso me reaproximar de Deus (espero que isso não esteja virando um "querido diário") de fato só quando as coisas estão ruins ou preciso dele que o chamo, mas isso é comigo e com ele.

Acho que virou costume todo ano eu postar algo sobre meu aniversário, mas confesso que não lembro absolutamente NADA dos anos passados. Claro que eu não tenho a pretensão de que essas postagens serão as "campeãs" de visualização, até porque as poesias são pouco vistas também rsrrrr, mas é uma maneira de fazer uma autocritica, escrever pra relaxar, e exercitar esse senso de amadurecimento (ou não rsr).

Hoje faço 29 anos, pode não parecer uma idade emblemática, mas pra mim é, afinal é o nome da música que eu mais gosto. Segue:
"Perdi vinte em vinte e nove amizades
Por conta de uma pedra em minhas mãos
Me embriaguei morrendo vinte e nove vezes
Estou aprendendo a viver sem você
Já que você não me quer mais
Passei vinte e nove meses num navio
E vinte e nove dias na prisão
E aos vinte e nove com o retorno de Saturno
Decidi começar a viver
Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar
E a pedir perdão
E vinte e nove anjos me saudaram
E tive vinte e nove amigos outra vez"

Estarei, esse ano, distante de todas as pessoas que amo, por um propósito maior, certamente alguns vão lembrar, outros não, mas isso não é importante; importante é saber que o resto ano as pessoas se importam com você.


quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Sombra

De olhos fechados ouve-se uma canção; das palavras sem sentindo entendo todas, mesmo as poucas que quase não escuto.
Que seja o destino ou mesmo o universo, que nos une e nos cala, que sejam nossas atitudes, durante toda essa vida desordeira, que nos façam ser quem somos ou quem nunca queríamos ser.
Nunca paramos para pensar na nossa história por completo, afinal sempre falta algo a fazer.
Ontem tive um pesadelo, que só fui lembrar no meio do dia, mas senti a mesma agonia como se tivesse acabado de acordar.

Se fez frio ou não  não  importa, nem quem hoje bate a tua porta, mas quando der manda um cartão  postal.

domingo, 15 de setembro de 2019

Seis e meia

Por onde andas, que não me espantas a solidão? Por que se esconde do claro na escuridão.
Te procuro nos quadros fora da parede, na rede e na distância. Quem te geriu, gerou confusão, e fez silêncio fora da tua compreensão.

Já leu minhas palavras em silêncio, já fez a prece e meia oração, aliviou o peso do sentimento o que mais tinha preso no coração.

Agora desfazem as malas, dobram as roupas e encara a vida  louca, como  se tudo  fosse fácil.


domingo, 25 de agosto de 2019

Entre a côrte e o corte

Sempre confie no tempo, mas agora ele quem desconfia de mim.
Olha eu quem tinha receio das palavras, parei de escolher, logo eu, que me cercava  de luzes na madrugada; já  estou acostumado  com o silêncio  que faz minha voz.

Eu quero  acordar mais cedo, perder o medo e as medidas das minhas fraquezas.
Não  tem memória  que  resista, sentimento  que desista de ler minhas miragens, tão  forte e tão  indefeso, somos  nós, plenos e pasmos... vida inteira  e uma morte  pela metade, ao mais feroz e o menos  covarde, ninguém  tem a carta natal do universo.
Se soubéssemos  o que vem hora  após  hora... tu ficaria aqui ou iria embora?

terça-feira, 20 de agosto de 2019

O nome do teu apartamento

Não se apaga da memória um amor que só foi canção, esse céu é tão lindo, pesado e visível ao chão. Não tenho vergonha de ser poeta, nem de cometer erros.
Não consigo andar por sobre águas profundas, e não confunda medo com falta de fé.
Sim, assim eu tinha a verdade nos meus olhos e meu medo no olhar. Mas há tanto tempo que o silêncio é quieto, há intermináveis dias os dias insistem em não terminar.

Agora, nesse mesmo instante, um grito ecoa dentro do vazio de nossas almas, por mais que minhas palavras não atinjam o céu do sul ou claridade do norte; conheço teu peito, sei do que sente, se é o mesmo que sinto.


Não se agarra na hipótese, de esperar a morte rogando que a sorte nos encontre por ai.
Não quero ter palavras prontas pra situações que eu jamais esperava.
Não  sou simetria e coerência, mas a minha crença é que se tudo deixar de existir eu ainda estarei aqui, e a isso se dá o nome de fé.
Sim, somos nós pecadores e medíocres, jogados no chão com bebida e cigarro, com sua dor no peito no passo, olhando pro céu no refrão e quando a música termina, pro chão.


Agora, por um instante, eu ouço tua voz, tão longe, tão fraca... justo agora que eu não tinha forças pra levantar, mas sei que já sente o infinito chegar, porque eu sei que exatamente o que sinto.

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Colibri

Olha os barcos fugindo da costa, tantas coisas soltas; teu vestido branco na areia, teu pé descalço. O mar está pedindo perdão por não ter tanta beleza.

Não há saudade que te apavore, nem medo da morte que te estime, teu sorriso sublime tem meios próprios de sobreviver.
Vai ter por-do-sol vermelho, pegadas e canções, quem -bem e muito ao longe- abaixa a cabeça não tem certeza se sofre e chora teu coração, vai só imaginar onde estará teu céu e teu olhar.
Não é sobre dor esse poema, nem sobre saudade esse dilema. A gente vai sorrindo pouco a pouco, dia a dia, pra ver se um dia admite que esqueceu, das manhãs de sábado e das noites de domingo.

Ainda vejo o som que faz tua sombra, o mar está como sempre esteve, as ondas como se ruminassem à falta que faz teu balanço. Quanto tempo passa entre uma lembrança e outra, quem faz ideia das coisas que passam -milhões e milhões- na cabeça de qualquer pessoa, que onde esteja, estará presa em si mesma; e que agonia é estar-se preso em si todos os dias.

Vem ver o fim do dia, na cabana de praia, na sacada fria de tua janela, vem ver ela; a lua em sua falta de habilidade, encantar a noite.


domingo, 4 de agosto de 2019

Você vem me ver?


Não há espaço para essa saudade, nem essa distância, não há como saber se as palavras são reais ou blefes, nem eu sei quanto tempo perdi sendo alguém perdido.
Quando o relógio apontar para tristeza, veremos as horas de solidão fazer sentido, no meio da noite quem está calado pode ver com mais clareza, mesmo eu com o rumo perdido ainda tenho agora vontade de saber a direção.
Por mim meu peito não ardia, meus braços não pendiam para o meu lado mais fraco: medo e tua ausência.
As flores do jardim estão dançando ao sol, todo dia de manhã os pássaros cantam e nos deixam calados: a vida segue seu rumo normal, tudo acontece em cada canto, querendo a gente o não. Pois se toda folha cai no chão, seja aqui ou no japão, acredito que vou te ver, um dia vou te ver.
Já é meia noite na minha alma, hora dos passos e precipícios deixarem de fazer sentido, meu azul turquesa roubado dos meus olhos colorem as curvas de um qualquer caminho.
Meu bem, quando posso te encontrar? Pra falar de tudo que fiz... pra dizer que ainda quis rever meus erros... Meu amor, qual teu maior desejo? será que ainda vejo, ou posso ver, meu rosto em teu futuro.
O quarto escuro ainda te abria? ainda briga com os demônios de tua alma? A morte, nada calma, te acalma ou faz chorar? Não se preocupa, me abraça e finge esquecer, que eu faço o mesmo.

sábado, 27 de julho de 2019

Voar

Amanheceu, o sol está sozinho, o céu está vazio, meu coração adormeceu, e o dia convida meu corpo a queimar nas horas as coisas a fazer. Vou sair para andar pelas plantas, ver um pouco a vida la fora.
Você quer estar sozinha e isso não é defeito, seu corpo imóvel na cama quer mover-se dali, quer estar longe, mas perto onde tudo te faz bem.

Não tenho seu bom dia, não tenho bons dias. As pessoas e suas orações, os contornos dos teus olhos que não  choram, quanto tempo não  visita minhas palavras? Será  que um dia, algum  tempo, no futuro  e antes  da morte,você  pode, enfim  me perdoar.

Já  que o amor  é  ponte, meu rio  está  seco, já  que o sonho  é  fogo, meu ar secou, pois se tudo é  estranho, tenho hoje mais um dia  normal.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Andorinhas e verões




Havia um verde no céu, que confundiu o dia, eram teus olhos que sorriam.

Quem gere não sabe, mas vamos por caminhos estranhos e em época estranha, lugar estranho, camas estranhas e um calor que chega a dar frio.

Andar por andares e andorinhas, jaquetas e fábricas desconhecidas, correios e carros que não conhecemos. Milhos e milhares de sorrisos, sábado em interior, não desgruda de mim...
No meio do dia havia na mesa meditações e tranquilidade, estamos no tempo do ócio e de não pensar NUNCA no que virá.
Vai cair a noite, antes que a gente caia no sono, a calha e as telhas, com pingos de chuva nos convidam para não sair.
Não sei onde mora o som, na praça ou na ponte, não sei qual a fonte das chuvas e dessa terra molhada.
Ao encontrar a fila, banheiros não haviam, e o salto alto não faz sentido nesse meio de gente.
Alguém cantou Belchior e as coisas boas permaneceram. A fome não atrapalhava o palco e as pernas cansadas.
Cachorro-quente, qualquer coisa pra beber:
 baladas de uma saudade, fazem Helena ser de troia, quando encontrei ela e castelo, não era do meu querer dar tchau. Mesmo que eu olhasse além do espelho, do 15º andar, amanhã, sem amnésia, e em outras estações eu sei que amo mais você do que eu.



No meio da estrada o telefone fez falta, esquecido em algum lugar, perdido ou não achado, mas por algum acaso, ele chegou... o correio que era desconhecido, dessa vez; foi amigo.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Retorno

Já não quero a cidade assim, ruas presas e pessoas com pressa, já não espero a possibilidade de a música parar. Já não quero pensar em velhice e final de vida se ainda não sei como estou.

 Não me vejo dobrando a esquina e com sol na ponta das árvores. O metal frio fere meus dedos, meus medos iguais me fundem com as pedras da calçada.
Meus ombros pacatos me apontam a cabeça para baixo, aguardo o dia acabar para acordar no dia seguinte, seguindo o sonho de estar vivo por fim.

Qual a medida e o meio dos erros? Se a gente aprende a como sobreviver, a gente vai querendo sentir e não sofrer.

Há tanto tempo deixei de ser,de estar, e do teu lado.
Fui, lágrimas e saudade.
Ainda que distante não estive constante, inconformado.
Acredite que quando fiz não havia vontade.
Se teu carinho me fizer caminho; por ele eu volto.
Nem todo tempo é infinito, alguns nunca passam.
Anoitece e amanhece no meu peito, sem qualquer por-do-sol bonito.
Está escuro e teus olhos abrem meu sentido.
E me guio basicamente pelo teu sorriso.
Coisas que se foram, que não se foram, do passado que não passa
Dói, mesmo sendo coisas alegres, isso é virtude de quem ama.
Não venci a solidão, nem encontrei teu abraço.
Não venci o espaço, nem nunca encontrei abrigo.
Mas te amo.

domingo, 7 de julho de 2019

Já que você não está aqui

Hoje o frio é  maior, e a sensação  que a vida perdeu o rumo  e o sentido.  Ferros e as feridas já  não  tem qualquer  ligação, a gente  aproveita pra pedir mais tempo na cama, seja pra chorar  ou pra dormir. Com esse aperto no peito um defeito  da máquina  que eu nunca quis ser, me confundo e me defendo fingindo não  ser saudade essa vontade  de estar pensando em ti.
Meu caminho está  mal iluminado, mas sempre escuro enquanto estou de olhos  fechados, procurando o certo no quanto  fiz de errado.
Mas meu signo e sonhos  estão  só  nas estrelas, pois os papéis  e as semanas  são  mais reais.
Passei esses dias somente com você  no pensamento, mas por um momento eu podia sentir você  aqui

terça-feira, 2 de julho de 2019

E quem venceu?

Olhos para os lados e não me vejo. Vi que existiam memórias e derrotas amontoadas no sofá.
É cedo e faz frio, em mim ou lá fora. Sei que nada fiz de errado, mas de tanto tentar acabei errando. O amor é mesmo sem explicação, aliás, os olhos humanos não podem enxergar isso. Por isso os que preferem não sentir, se sentem muito melhor... mas nem sempre.


Os dias e as idas, lidas e lutas são rudos, com ruído e raivosos, inexplicáveis e insuportáveis, chorar não é a última opção, estar sozinho não é decepção; quando queria gritar que não há nada de errado, eu preferi ser surdo aos meus próprios medos.


Talvez o talvez tenha menos indecisão que essa certeza de que tudo muda, todo momento e toda semana. Saber que o calor da cama nos aquecia há pouco e agora não há.


As horas são mais demoradas desse lado do hemisfério. E esse mistério de nunca ter a oração decorada, faz parte dos segredos que nunca tive e guardei.
Estou mais velho, nem por isso mais calmo, já não fico tá mal, mas nem tão bem. Prefiro focar a mente em coisas banais, esperar o sono para dormir e aguentar o sono ao acordar, viver cada minuto sem esperar o próximo, pensando bem, ando desligado e impaciente.


"Mas em uma tarde quente eu vou me embora de Brasília num submarino no lago Paranoá. Quer ser estrela lá no Rio de Janeiro. Qualquer dia mãe você vai  ter uma surpresa, vendo na TV meu peito quase arrebentar"

segunda-feira, 1 de julho de 2019

Sem norte






"Eu disse adeus e a Deus eu disse sem razão; que a minha companhia era a solidão"

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Alguém

Tenho minhas palavras escondidas nos olhos.
Perco o foco e ponto, parti de mim, ou partiu assim... todos os sonhos de alguém.
Estava frio e fez sombra, um passado gritando louco, uma lembrança que me deixa rouco, não me deixa esquecer; a vida e suas mil esquinas, tanto faz onde todos vão.
Há uma marcha e um música, um cortejo de corpos surrados, ao mesmo caminho, não no mesmo passo, mas exatamente na mesma direção. Poucos- e talvez eu- olham para trás, medo e susto no rosto, como se dissesse com a face que não dá pra entender, tentando parar todos com a mão apontando, em vão, "Olha ali! alguém ficou pra trás".
Não dá pra ser assim, feliz só por tentar esquecer. Não tem como, supor que isso tenha sentido, pois se assim naõ for, não faria sentido algum, não dá pra esperar para saber, mas mesmo assim não resta outra coisa a fazer.

E assim; desisto de acordar os marchantes, dou tchau aos ficantes, me considero errando e continuo no mesmo caminho de antes.

sábado, 9 de março de 2019

Meu inimigo

Esse desespero me afasta da janela. Até às as coisas se acalmarem eu busco solidão e sentido.  Viajei por meus pensamentos em alguns segundos, para que eu não seja surpreendido pelas minhas falhas.


Eu venci... o frio e o tormento, os dias quentes e barulhentos; hoje caminho feliz sem desperdiçar meus sentimentos, sem saber a que horas chegar ou que horas devo ir, pois eu venci, e posso andar livre, o senhor o fracasso e das desilusões, virei flor sem fuligem, no caminho feito por mim, venci
quem pude e quem pôde me derrubar, venci, sobretudo, a mim mesmo... meu pior inimigo.


As sombras dos olhos dos que me miram na escuridão não são de luz, qualquer alienador de capuz perseguindo meus passos, eu sou água e manobra de vento, não faço mais do meu lamento um lamento, lamento se isso não é o que esperam,  ser uma pessoa melhor nem sempre é fácil, sem pre-conceito com meu ser, mas eu consigo ser melhor, mesmo não sendo tanto assim, já disse, logo eu, maior inimigo de mim.


Mas antes que amanheça ou que percebam que eu sumi, deixo meu sorriso, pois nunca estive aqui.

Já é dia e eu caminho solto por ai, de braços dados, claro, com o pior de mim.

sexta-feira, 1 de março de 2019

Um céu colorido

Venho ver você toda vez que você vem no meu pensamento. No céu tua imagem sorri, mas a falta é dura e sentida. Esse vazio que ficou foge da minha compreensão. 
Ja não é hora de olhar para trás, mas depois de algum tempo a gente sente que nunca deveria ter esquecido

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Boas aventuras.

Você tem o som do passado assentado em meus ouvidos.
E essa alegria triste que insiste em barrar um sorriso no meio da frase, no meio da tarde, no meio do por do sol.

Um nó e uma nave, desfaz quilômetros e quimeras, uma quase espera silenciosa de todas as vidas que temos... Todos os Jardins têm flores, mas nem toda flor tem seu jardim...  E ai de mim, que não termino uma canção.

Esotérico e excêntrico, o paladar da juventude, caminho aberto para pensamentos de futuro e frustração, passando pelo corrimão da escada, todas as portas fechadas, as fardas e os fichamentos; todos nós sentimos falta do que se foi ou do que fomos, mas ninguém esconde a dor de não saber o que seremos.

Convido as estrelas para o baile dos cegos na noite, que talvez não tenha sua presença, mas por alguns instantes eu me senti seguro.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Tuas coisas

Não é um dia cinza, mas nada verde ainda. Não tem paciência no sul e nas capitais, mas há algo a mais. Copos e metais, verdades irreais e um arrependimento, meus sentimentos traduzidos em planetas.

Aquário secos mostrando a casa vazia, um leve cheiro de desespero. Os suicidas são loucos que só erram uma vez, mas todos nós, loucos de todo dia!

E eu estou contente em não ter que ser coerente, basta esquecer toda manhã de uma noite longa e sofrida, com essa eterna briga entre ter razão e esquecer...



Hoje, escolho esquecer, amanhã... não sei.

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Enquanto o Sol brilhar

Amanheceu e ela se esqueceu do por do sol.
Seus olhos já claros e mareados, e essa dor insana no peito e na minha mente repete a música que mais gosta.

Dia a dia é bom viver, e a vida se encarrega de nos separar as mesas e essas cervejas empilhadas no chão.
Jamais cansa a vida assim? A vida cansa, sim, não assim, mas um jeito qualquer, com o embriagado do novo.
Como as nuvens lá do céu eu semeio meus medos e passados, queria você ao meu lado, mas não assim.
E ganhar da vida em si; inexperiência e esperar, os poros e os palos os ouvidos e os gargalos, vejo o tonel cheio de álcool e minha própria alma bêbada se afogando nela.
Esperança de amar, mas como um deserto minha alma está, muitas razões para desistir. QUE VONTADE DE CHORAR!
Rosa louca dos ventos, me mostra o caminho ou a diferença, me tira essa crença de querer um abraço onde não há.
Presa à copa do meu chapéu, tem um céu, mas eu sei que não devo descansar as mãos.
Sei que tudo se transforma, mas o amor prevalecerá, e que toda transformação seja sem pressa e propósitos, que o amor que fique, mistifique e não machuque a saudade de quando não houver minha presença.

Enquanto o sol brilhar
E o dia amanhecer
Eu sei que o meu querer
Será sempre você
Enquanto o sol brilhar
E agente percorrer
Por essa estrada onde o
Medo nunca teve um lugar
Será nossa história
Enquanto o sol brilhar


Nosso amor vai prosseguir, todo vai recomeçar, em palhas e promessas, fogos de artifícios em fim de ano de qualquer cidadezinha do interior.
Sei que a vida é assim, não quero lembranças sei, perdi tantas vezes, não tentei, por orgulho, pelos gritos e pelas meias verdades e mentiras, por nunca entender essa tua dor tão grande, por ser tão pequeno e ter em mim dores também. Só quem sente e chora.
Mas atiro em suas mãos, distraídas, uma flor, a rosa do sonhos meus e assim terás o meu amor, que nunca deixará de ser teu, algo de Deus ou qualquer santo, mas te ver assim me machuca tanto e tanto, que preferi não te ver.

Eu não vi e nem quis perceber que por dentro tudo se desfazia em teu peito, feito dor devagarinho, sei lá se já havia outro caminho já aberto e o peso dos que não andam, em tuas costas e até as apostas de um futuro distante. Essa fronteira fechada e infeliz, dessa vida ou quase vida, se é que me diz; Deus me promete que essa dor é só por essa noite?

Quando não for pior, eu prefiro não saber, se o sentido dessa embriaguez é deixar tudo sem sentido, eu sei que estou errado, mas ninguém nunca esteve certo, e com você por perto, batendo a porta sem abrir, sabendo que ninguém abrirá.

Teus imãs, portos e palácios, o tempo que não marca as horas, que não pesa meu braço, um traço do que pode ser um amor materno... O chão que não pisa espinhos, tudo isso não me faz bem e não posso suportar.

Quando me vejo sozinho na rua, sol ou lua, não quero ser reconhecido... Quero passar solário e calado, ninguém para ver ou sorrir, pior ainda cumprimentar, acho que esse é um dia em que a gente só quer ficar quieto, parado, enfim hoje é mais um dia que queria esquecer sem tirar você da mente.