terça-feira, 2 de julho de 2019

E quem venceu?

Olhos para os lados e não me vejo. Vi que existiam memórias e derrotas amontoadas no sofá.
É cedo e faz frio, em mim ou lá fora. Sei que nada fiz de errado, mas de tanto tentar acabei errando. O amor é mesmo sem explicação, aliás, os olhos humanos não podem enxergar isso. Por isso os que preferem não sentir, se sentem muito melhor... mas nem sempre.


Os dias e as idas, lidas e lutas são rudos, com ruído e raivosos, inexplicáveis e insuportáveis, chorar não é a última opção, estar sozinho não é decepção; quando queria gritar que não há nada de errado, eu preferi ser surdo aos meus próprios medos.


Talvez o talvez tenha menos indecisão que essa certeza de que tudo muda, todo momento e toda semana. Saber que o calor da cama nos aquecia há pouco e agora não há.


As horas são mais demoradas desse lado do hemisfério. E esse mistério de nunca ter a oração decorada, faz parte dos segredos que nunca tive e guardei.
Estou mais velho, nem por isso mais calmo, já não fico tá mal, mas nem tão bem. Prefiro focar a mente em coisas banais, esperar o sono para dormir e aguentar o sono ao acordar, viver cada minuto sem esperar o próximo, pensando bem, ando desligado e impaciente.


"Mas em uma tarde quente eu vou me embora de Brasília num submarino no lago Paranoá. Quer ser estrela lá no Rio de Janeiro. Qualquer dia mãe você vai  ter uma surpresa, vendo na TV meu peito quase arrebentar"

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