Livros na estante

2    Briguei comigo mesmo e perdi a luta, clamei por atenção, tudo bem , tive meu perdão, mas agora não sei pra onde ir. As pessoas estão distantes e cada vez mais assim, eu não sei delas e nem elas de mim, queremos mais sorrisos. Eu nunca tive nada, hoje acho que perdi muita coisa. Nunca tive um amor sincero, que sempre estivesse comigo, queremos sempre mais sorrisos.
    E por consequência ouço qualquer musica e essa faz tanto sentindo. Sei que está bem, distante, mas sei que está bem, mas até quando? E os que me olham, que me conhecem só querem mais sorrisos.
    Se você soubesse, amor, como a vida é frágil, pararia tudo que está fazendo agora e apenas choraria, fiz isso semana passada. Hoje não estou melhor, apenas sei da fragilidade da vida e de vez em quando choro.
    Pensei em te ligar, em te falar, sonhei contigo, de branco, de voz, em nós, clareia o principio.
    Olhe as praças, praias e poses, preciso mesmo te dizer essas coisas; tudo acaba, tão rápido que até as dores farão falta, me abrace antes que a noite acabe...
    Como eu queria que sentissem o que eu sinto, pelo que parte meu coração, não precisaria falar e falar, bastaria me olhar e me abraçar sem mais nada...
    Mas vocês andam ocupados, sem tempo pra viver, cheio de letras e livros, pessoas boas e ruins, arrependimentos e prosseguimentos, o que há de se fazer? Esperar o ultimo dia, e terminar como um livro, fechando, pondo no armário, mais uma vida muito interessante, que se perdeu num instante nesse mundo estante...

Espiral do Espirito

 

Parece que tenho andando mais triste que o comum. Não é difícil me pegar pensando besteira. Nesse mundo que se desloca lento, eu deslocado finjo estar desatento e pra meu alento não há sofrimento que compense tanto amor. 
    Eu posso não saber tudo, mas sei tudo que sei, e o que é meio duvida; nessa vida ninguém fica só?; é só a certeza de que acredito.
    Por que será que sinto teu sorriso forçado tentando me impressionar?
     E de maneira patética alguns se entregam à estética, numa espiral do espírito, descendo ao fundo, perdendo o brilho.
    Eu bobo, me iludo pensando “Ainda há jeito pra tudo ficar bem”.
    Sou um homem carinhoso e romântico, mas isso não faz de mim alguém fácil de se conviver.
    Ninguém é totalmente do bem, tem lá seus defeitos, eu resolvo fácil os problemas dos outros, enquanto os meus, bem, os meus, são tão complicados... 

As coisas que digo parecem simples e diretas, as coisas que ouço e leio são enigmas, que se decifram na minha cabeça e sempre da forma que quero... E como saber o que o outro quer e adequar isso ao que quero?
    Emaranhados de conclusões precipitadas e meias palavras fazem a vida passar mais depressa. Sei que dizes pra mim tudo que sente e é verdade tudo isso, mas as palavras vazias não arrancam sorrisos, só demonstra a fraqueza de quem só consegue falar, falar, falhar, falhar...
    Despedidas são sempre estranhas, ainda mais quando os olhos pedem o contrário. Quanta distancia há nesse mundo pequeno? E quantos corações diminuem, a cada dia, o próprio amor? Amor eterno, transcrito em cartas e canções, as promessas de “pra sempre” não apagadas do papel, triste realidade de uma ironia real.
    Quero ser feliz o suficiente pra te querer ao meu lado.
    Eu estou sempre esperando o que nem sei o que é, mas esperar algo é uma forma de fingir objetivo.
    Você deve estar vivendo sua vida passiva, enquanto espera providencia divina, na certa se cansou de esperar seu coração esperar.
    Como você espera ser daqui pra frente? Seguindo vagando, esperando o destino produzir as provas pra sua decisão.
    Acredito nas avenças de outros tempos, de meninos humildes, de coisas sinceras, simplicidade de não se preocupar muito. Sei que tem vivido errado demais, triste demais, mas não sei mais o que te dizer, pra te convencer a se compreender, ninguém mais que sabe e entende o que é preciso e do que precisa, mas talvez ainda não esteja preparada pra ouvir a voz que vem do coração...
     E pulando do céu sem paraquedas, espiral do espírito me faz respirar rápido, fechado os olhos quando chega perto o chão, não há ninguém de braços aberto a me esperar, e enquanto caíamos te dei a mão, você não segurou, não sei onde caiu, mas sei que poderia ter caído bem melhor... segurando a minha mão, se jogando pra qualquer infinito, na espiral do espírito.
   
 

LUTO PRA SOBREVIVER.

 

Por motivo força muito maior terei que postar aqui.

Ouço de manhã um passarinho a cantar no teto, não sei se acredito na força da vida, mas você se foi, como quem eu amei. E tens sorrisos, ou tinha, sonhos, ou tinha, medo todo nós temos. Como aprendi a brincar, descobrir a vida, pouco, mas sim, coisas estranhas e repetitivas, lembro de quem partiu deixando tanta saudade, posso, e isso não é orgulho nenhum, imaginar a dor de alguns e há algo aqui que incomoda, acordo cedo e percebo os passarinhos, com lagrimas começo a cantar, mas o choro atrapalha meu canto, e não há canto pra dor cessar, havia tua presença, mas não mais tinha. “Tinho” você sempre longe, mas sempre por perto, e a vida te levou, porque a morte não leva ninguém quando este alguém está aqui.

Saudades sem tamanho... Vai e encontrar Rael e diz pra ele que também o amo.