sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Veja ( + 1ma *)você

Eu lendo e tendo paciência passo o dia parado com pena de me preocupar com pessoas, essas coisas patéticas que me fazem acreditar na TV.  E de vez em quando lembro de você, veja você, apagaram o teu sorriso como uma chama de vela, e o escuro te cobriu, veja você, este escuro que se encontra foi por causa da falta da tua luz própria, isso bem, se agora não esta bem, se se vê mal, é porque algo dentro de você não está bem, somos vela, cabe a nos iluminar tudo ao nosso redor, e resistir aos sopros dos que nos querem mal- sopro que, ás vezes, transformamos em vendaval- e não há mal, nada de mal nisso, pois até que se consuma uma vela pode ser acesa.


Perceba como choveu fino hoje, como não deu trégua, como a régua que mede o amor se quebrou ferindo a mão de quem segurava... Vejo como você se vê distante, no trópico ou no sertão, aperta a mão no peito, com receio de chorar de saudade, sei que a estrada está molhada e a pista escorregadia, cheia de curvas, perigosa, noite ou dia, mas a distância não é o pior, ruim mesmo são os dias, que passam lentos, que a cada mês aumenta o tamanho do asfalto, que alonga o percusso, e ainda lembro de tempos atrás, quando só bastava levantar a cabeça e te via no horizonte, acenando e dando tchau. 


Sei que procura qualquer motivo pra falar, e ainda mais pra esquecer, mas veja você, o que fizeram como você, alias o que deixou que fizessem, hoje rezo e faço preces, mesmo que em vão, pra que se torne nuvem que desaguam minha cidade, que alaga topo de arvore, seja simples e sutil, molhe meu rosto, rápido e antes, que ele se molhe pela lágrima, mas seja sutil ao me molhar, me traga brisa mansa, e não mais uma vez apague minha chama.


( se ficou brega e ruim, desculpa, até eu estou sentindo faltar inspiração)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Sal há idade! E o doce Jovem.

E tanto tempo se passou, um ano, vários dias, milhares de horas, sei lá, não te esqueci um dia de todos estes, não tem o que dizer irmão, só que Te amo, te amo muito e estou vivendo... Porque a dor, só quem sente, e não ouvir “Black style” vindo lá de longe, é difícil, não ver você rebolando fazendo um bico horrível é péssimo, não ouvir suas histórias do trecho, de como foi difícil sua vida, de como “Eu venci parceiro” de como “Pode crer pivete” dessas coisas, das suas cachaças enjoadas, dos seus charminhos, de você mano, de tudo que você representa pra mim... Por isso dedico esse texto pra você, mas engana-se que será de todo triste, pois  o que me conforta é que você viveu na mais “louca alegria”.

Vejo o cantar dos pássaros e solto um sorriso no ritmo das asas que batem, é que sinto que vem de longe, um suspiro na brisa, a voz de quem me sente, a voz de quem me ama, conheço esse respirar, e por isso abro o sorriso, escancaro a risada mais gostosa, que nos dias de folga me deixou apenas sem penar. E por um minuto esqueço as dores do mundo, e quando o mundo me esqueçe, gasto apenas um minuto pra fazer ele lembrar “O MUNDO SÓ POR MIM EXISTE” e não é difícil viver, difícil mesmo é sorrir quando o choro travou a meia garganta, e eu como criança, passei correndo pelos medos abraçando quem podia e escondia a cabeça no abraço e olhando pra trás, com certa demora, lentamente, percebi que estava tudo bem, e voltei a brincar lá fora...

Não é mais vai em paz, irmão, é SINTO TUA PAZ.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

(v)Mal-Queria!



Eu vejo tua imagem no reflexo do espelho, quase me relevo nos teus defeitos, descobri que minha fraqueza não era tão só minha, e quem perde sofre, quem tem medo de perder sofre também, e o amor de quem se ama é estranho, poeira que fica sobre o móvel, que vento fraco passa e leva, se eu correr as lágrimas correrão mais rápido pelo meu rosto, e não sentirei o gosto delas quando cair, em movimento o sofrimento é mais tranquilo, por isso não fique parada, se não se amar é tua desculpa para amar,  ame calada, chore na madrugada, pois nem todo mundo sabe entender o choro de quem ama. E se daria tua vida por um alguém, tudo bem, a vida é sua, mas o que esse alguém faria da sua vida? Será que trataria tão bem quanto te trata agora, e não demora, procura um sentido pra viver, antes que deem a sua vida o sentido diferente daquele que te faz feliz.
São tantos os caminhos que a gente se apega ao mais seguro, com medo de correr riscos, que nosso maior inimigo mora dentro do peito, é o receio, receio bobo de nunca mais ser feliz... E se puder,  levanta a cabeça  e lava o rosto, deixa que pensem que está tudo bem, você não deve nada pra ninguém, e se deve, é hora de pagar...Mas de cabeça erguida e rosto limpo é mais fácil de encarar e olhar nos olhos, porque , por mais pesado que pareça, a gente sabe que até urubu olha a gente por cima, mas quando desce ao nosso nível com é carniça.



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Mulheres e Abraços (sim(se) vão)




Se eu fosse um poço não teria forças pra mudar, teria preso em mim o defeito de errar, mas quantos de nós sofre por sofrer, e acha ridículo chorar para todo mundo ver. Como é mesmo que você me dizia “ Fica bem que tudo melhora um dia” só que hoje vejo que a melhora é diferente de outrora, percebo que o pior de antes é o melhor de hoje, e me acostumo com essa confusão que teu sorriso provoca, e toda hora me pergunto que horas posso te encontrar...

Você parece tão feliz nas fotos, parece tão sincera nas palavras, mas no fundo do fundo do teu olhar, vejo algo que parece te incomodar, talvez a certeza das incertezas, aquela principal que a vida é fugaz, que nada mais é pra sempre, que hoje podemos admitir que qualquer um pode sumir pra nunca mais voltar, talvez seja só o sol, impressão minha, e quando fecho meus olhos para abrir e ver os teus vejo só o horizonte, e não há abraço, o horizonte é vazio, teus rosto não se esconde atrás de mim, não há abraço, teu corpo fugiu do meu, e não te sinto me tocar de surpresa por trás me tapando os olhos pra adivinhar quem é, pois é, realmente não há abraço.

Quanto tempo vai passar até passar essa dor? E quanto tempo demora pra admitir que os caminhos se separam? Não sei, tenho tanto pouco tempo pra tentar ser feliz que tenho me habituado a guarda as dores pra mais tarde, e tarde da noite, remexendo nas lembras, vez ou outro, encontro uma dor perdido no peito, como queda de criança, na hora dói, choro um pouco, mas levanto ( da queda e de manhã) e vou seguindo, procurando os abraços que perdi quando fechei os olhos...


Dedico esse texto a mim mesmo e a Áurea Manuele, Fátima, Gilneide, Harii Santos, Íngride Ohana, Illy Queiroz, Janaína, Jessyca Matos, Kelly Almeida, Laiane Oliveira, Leidivania, Marinna, Monique, Maria Leda, Neia Cruz, Pamila Nogueira, Raylla Roberta, Simone Portugal, Tania Miranda.


Mulheres, seja lá qual for o sentido da palavra, e por conhecer uma ou outra TA EM ORDEM ALFABETICA, pra que não haja ciumes

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Aqui dentro.



Eu tenho em minhas mãos um silêncio de dias, tenho em meu sorriso teu abraço gravado, por isso contorno as dores da vida como água de rio que contorna a pedra, por isso, deixo disso ou daquilo e vou vivendo, vivendo antes que não mais possa. Em troca do teu abraço sou feliz, mas tem os dias calados,de céu pesado,de nuvens negras, dias que escurecem as praças, que fazem crianças correr e deixar os balanços a balançar, dias ruins, pelo próprio frio, e quero, em dias assim, correr para teu corpo, me esconder um pouco, sinto a terra molhar e de todos os lados vejo o vazio, aperto o peito.
Após o sonho amanheci cansado com o corpo dolorido, e  teu olhar colorido se animou ao me ver bem, falou da febre e do delírio, e me contou que sentiu medo de me perder, se assustou e que pensou que nunca mais ia me ver, e sentiu nas mãos tremendo o quanto a vida é frágil, e como inconsciente, pulei de repente e chorei em teus braços, e falei “ por um segundo achei que também nunca mais iria te ver” 
E os dias se foram, como o vento que balança as folhas das arvores,como olhar de quem vê os pingos de chuva descendo pelo vidro da janela...E eu me pergunto “por onde anda agora, quem eu queria perto de mim?”
Tudo se vai, os dias, as dores, as cores, as flores, mas algo aqui dentro...

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

São sentidos...

Os medos mudaram as cores do quadro, rabiscaram na pintura a íris dos teus olhos, e o desejo de que tudo fosse como sempre foi. E cada quadro é um quadro diferente a depender de quem olhar, e as cores vivas, ficam mais vivas com lágrimas por cair, borra toda a tela, saltam e invadem, borrando toda maquiagem, cuspindo vertigem de saudade nos que passam sem nem notar.

Se desconcerta sentada no banco do ônibus, faltando espaço no campo aberto, não cabe dentro de si, e eu atrasado, reclamo do relógio, e os dias me sufocam, me apavoram, pois a saudade é maligna, aparece quando você some, e de vez em quando, se esconde no pano, do teu vestido, quando sinto que é chegada a hora de partir.

Perdemos um pouco de nós, e fomos catando qualquer coisa, preenchendo essa falta, e agora a sujeira que puxamos, damos por ser parte própria, mas quem era eu, senão um completo vazio de ti, e me contentava assim, reclama nada ou quase nada, hoje amargado, amarguramos a soma do que completamos, dessa enorme falta de ser a gente...



Quando o beijo, vi tua face cair, teu queixo tremer e olhou pra mim, procurou abrigo, era aquele amigo, sem poder acreditar, fica bem, eu sei que viu, mas seja lá o que for lá, aqui sou eu, prometendo que jamais encontrará brisa ou vento quando quiser apertar minha mão... E quando quiser chorar, vai dividir o caminho da lágrima comigo, quando ela sair do seus olhos, percorrerá também metade do meu rosto..

sábado, 8 de setembro de 2012

Faça comigo, o que pensou em fazer...



Não é desgosto, não só, é desanimo, e um nó, não só, na garganta, mas na planta do pé, que faz raiz, sobe pela perna passa do nariz, invade o corpo todo, me deixa cansado quando deitado. É aquele abatimento dos que enfrentam o monstro que renova sua cabeça. É a (in)certeza de que tudo vai mudar, mas quando tudo muda, volta a não mudar, do que era antes, e sempre uma reprise dos ladrilhos da porta, dos azulejos do banheiro, que nunca vi ser azul.
E ouvir do que falam de quem você ama, e sorrir, achar engraçado, porque tudo na vida pode nos tirar o sorriso, mas a gente pode escolher o momento certo de não sorrir, lágrimas é tão fraqueza quando um sorriso forçado.
E se eu pudesse falar das coisas ouvi, sem um travo na garganta, não choraria pode dentro, no silencio dos gritos que ecoam pelos meus labirintos, e eles me fazem encontrar, a angustia onde lá está, me vejo sem saída, esperando você entrar, poderia me dizer, o que faço dessa vez, quando tudo parece sem sentido, até as pedras imóveis, agora são quadros pintados a mão, de quem não sabe pintar...
Por favor, hoje é dia escuro, e antes do sol nascer esconda de mim teu passado, porque o mais escuro dos lugares são os olhares que sabem esconder a dor de quem se engana.
E agora: Esperando, de algum jeito, de alguma maneira, esperando você me fazer esquecer de tudo que fez...