sábado, 8 de setembro de 2012

Faça comigo, o que pensou em fazer...



Não é desgosto, não só, é desanimo, e um nó, não só, na garganta, mas na planta do pé, que faz raiz, sobe pela perna passa do nariz, invade o corpo todo, me deixa cansado quando deitado. É aquele abatimento dos que enfrentam o monstro que renova sua cabeça. É a (in)certeza de que tudo vai mudar, mas quando tudo muda, volta a não mudar, do que era antes, e sempre uma reprise dos ladrilhos da porta, dos azulejos do banheiro, que nunca vi ser azul.
E ouvir do que falam de quem você ama, e sorrir, achar engraçado, porque tudo na vida pode nos tirar o sorriso, mas a gente pode escolher o momento certo de não sorrir, lágrimas é tão fraqueza quando um sorriso forçado.
E se eu pudesse falar das coisas ouvi, sem um travo na garganta, não choraria pode dentro, no silencio dos gritos que ecoam pelos meus labirintos, e eles me fazem encontrar, a angustia onde lá está, me vejo sem saída, esperando você entrar, poderia me dizer, o que faço dessa vez, quando tudo parece sem sentido, até as pedras imóveis, agora são quadros pintados a mão, de quem não sabe pintar...
Por favor, hoje é dia escuro, e antes do sol nascer esconda de mim teu passado, porque o mais escuro dos lugares são os olhares que sabem esconder a dor de quem se engana.
E agora: Esperando, de algum jeito, de alguma maneira, esperando você me fazer esquecer de tudo que fez...

Um comentário:

  1. "lágrimas é tão fraqueza quando um sorriso forçado."

    verdadee :/

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