domingo, 31 de dezembro de 2017

A verdade é que... Foram anos incríveis.


"Enfim veio a verdade, meio tarde, quase escurecendo. Vejo você se mexendo buscando fugir de tudo isso, em vão.

Fila do banheiro, quatro e quinze da manhã, todos bêbados e com a língua cheia de veneno. 

-Ela? Ela já está com outro e você ai pensando nela-

Que besteira, nem deveria te contar isso, mas confesso, se tudo fosse simples esse ano eu teria sido alguém melhor.
Como se não me importasse, com o órgão que te falta, com a dança mal feita, nos dias mais quentes de maio.
De novo recaio no meu maior medo, daqui pra frente a solidão é filme que passa na sessão da tarde, e eu me apaixono cada vez mais por essa saudade, sei que nunca vai me largar.

Vejo sua família sendo e falando coisas terríveis, vejo dias apáticos e sonos intermináveis. QUEM NÃO TEM MEDO DA VIDA NÃO PENSA NUNCA EM MUDAR. Eu mudei! Queria te mostrar isso, mas não dá tempo, o avião partiu em direção ao oceano. Que bobagem, longas praias de neblinas quente.

Me falta memória e inspiração para contar toda minha vida numa poesia. Me falta paciência, e ás vezes até agonia, para reduzir tudo em palavras, nem sempre consigo, mas se despertei nos outros qualquer sentimento que foi, valeu a pena.

Eu tentei, venci meu orgulho, fiz muito barulho, deixei cartas na porta de sua casa, fiz amizade com o carteiro, mas é tempo de fechar os olhos, ou olhar para baixo. Acredito no futuro tanto quanto acredito no passado, mas faço desse desterro uma canção.

Mas a gente sabe que tudo pode não ser como a gente pensa, mesmo que eu diga que daqui pra frente tudo pode mudar, que seríamos pessoas melhores, que até os anjos poderiam abençoar, ora, trata de secar essa lágrima, você nunca se importou.

Os ingratos e os desgraçados, todos sorriem pra mim, me manda felicitações me diferentes épocas do ano, até me visitam, ás vezes. Eu também não sou a melhor pessoa do mundo, mas o mundo nunca foi tão bom assim."


OPa! Leu até aqui? QUE BOM! Espero que estejam gostando, sim, é meio que uma despedida! Vou me dar férias, não sei porque quanto tempo, mas espero conseguir sair desse vício que é escrever aqui, enfim... Pode ser um ano, dois, três, quatro, algo sabático, sei lá...não sou hedonista.

Enfim... essa será longa, mas não vai durar o ano todo rsrrs. Não iria expor minha dores, sonhos e mais nada, na verdade, tentei expor isso de outras pessoas, para aproximar os leitores... A verdade é que as visitas do blog estavam diminuindo, e acreditem, isso me deixava FELIZ, pois talvez não seja uma boa leitura, aquela que nos deixa a alma triste... Vamos a outra poesia.. volto já já ( ps: nunca contei, mas eu sempre escrevo assim, começo do nada, sem roteiro, sem nada, vai fluindo, penso mais no nome do que na poesia rsrs)

"Será que vai se arrepender dos passos dados? Quando os dados do destino, jogados no tabuleiros marcavam quatro e você não ganhou essa rodada.
Te assusta a solidão do futuro ou meu rosto nele para sempre?

Caminhos cortados e estradas quilométricas, incensos e piadas sem graça. Tudo isso pode te fazer lembrar de mim, mas o que te faz não me esquecer?

Olha, doce criança, por detrás das lágrimas dos teus olhos tem um rio, uma ponte  e um semáforo, sei que não faz sentido, mas aquela árvore enorme que tem raiz pra gente sentar. Todos os sonhos são memória quando a gente não está dormindo, todas as visões são escuridão quando fechamos os olhos e todos os amores são só dores quando não aprendemos a perdoar"

Então, é muita distração para terminar isso! VAI FICAR ENORME, mas ainda tenho umas duas horas pra terminar, SIM! VOU PASSAR A VIRADA DO ANO TERMINANDO!!!
Deu pra perceber que a parte eu eu falo é de outra cor? rsrsrrsrs
Eu estou deitado aqui pensando onde poderia estar, com quem poderia estar, quem se foi e ficou em 2017, quem nunca mais vai voltar ou quem daqui pra frente vai fazer parte da minha vida... Não é egoísmo, estou te convidando à pensar nisso. AS PESSOAS QUE ESTÃO, QUE ESTIVERAM, QUE ESTARÃO NA SUA VIDA DAQUI PRA FRENTE... VAMOS LÁ?


"Quando olho e penso que fiz do consenso meio aberto de abrir os corações, e de vez em quando desconectei minha esperança. Fiz cores dos olhos negros, preguei um papel no muro e quando estava escuro descontei em quem não merecia.
Tuas mãos estão nos meus ombos por onde quer que eu vá, e meus olhos marejam quando aquele muro pintado de amarelo me faz lembrar que não sou mais o mesmo.

Olho para o lado e quantos lados tem meus olhos... Derramo o copo da mesa, falta de certeza de quem está sorrindo pra mim, se a lua que brilha fará chover daqui a trinta anos, quando aos prantos eu me calar, se é teu cheiro ou teu sorriso quem vai me abraçar; lembrança.

Oh! Inquieta lembrança, dos meninos e meninas que se perderam há tanto, mesmo quando fiquei acordado me destruindo por respostas que ninguém tem. Depois de falar tudo isso, fechei forte os olhos, a ponto de cair uma lágrimas, orando com toda fé que não tinha, com tantas imagens na cabeça, pedindo desesperadamente para que me sumissem da mente e da frente, sem saber porque comigo não tinha ninguém, e já de olhos abertos disse.. Amém"


UAU! essa foi pesada! Acreditem, me vieram lágrimas nos olhos, algumas poesias tem mais sentimentos do que outras, algumas falo tudo que sinto, sem ninguém perceber, outras só quero conectar palavras bonitas e frases de efeito, no que final fazem até sentido. Depois de tempos leio uma poesia minha e digo "POrra, eu quem fiz. SHOW" porque além de lerdo eu esqueço das coisas.
Hoje é o ultima do ano ( tá sei que isso é invenção humana) mas não é por isso que não existe. Sabe como é, isso mexe com a gente pow. Mesmo sendo invenção e tudo mais, fica um clima, uma coisa, uma esperança, vc espera que tudo melhore, que venha um milagre... por falar nisso, vamos lá.


"Hoje eu queria um milagre, o sol quente ou a chuva fria, mas estar em casa. 
Teus braços solícitos, me fazem companhia, destemido na calma de viver mais um dia.
Oriente e coisas do além mar, meu corpo fraco é minha divida não paga, quem dera eu saber voar.
Rumo aos rumores de que eu me perdi na primeira esquina, que nada... descobriram minha rotina... tive que improvisar.
Quero conter meu contento, meu medo e minha hemorragia, sangra pelos olhos, flores e cortesias, olha só, quem veio me visitar... Eu mesmo"

Confesso, essa acabei antes do tempo. rsrrsrs Queria conversar mais um pouco com vocês rsrrsrs. É porque daqui a pouco da a hora de ir. E aqui tem muita poesia.

Bom, vou sentir falta, eu imagino. Mas tudo tem um começo e um fim, talvez eu precise entender isso, pra vida. Nem sempre se ganha, NEM SEMPRE AS COISAS DÃO CERTO! Natural. POrra de natural rsrsrs, eu não penso assim, mas acontece sempre, é foda. Mas me afastar daqui seja o melhor a se fazer, talvez monte outra coisa, escreva sobre outras coisas, tenho ideias em mente, mas melhor não divulgar, se algo tiver né. Queria fazer para 2018 aquelas promessas legais de fim de ano, mas sei que não consigo cumprir.. tipo, não acreditar muito, pensar mais em mim, essas coisas... AH! Já estou ficando sem ideias para poesias pra hoje.

"São verdes teus olhos, e cada cor que me sai do arco-íris. São de vidro teus cabelos e cada memória que inunda teus noites. Quanto vale a distância que percorre, quando dorme ou corre em vão? São de luminárias teu chão, mais um radar que um percurso. É de verdade ou devaneio?  Esse teu discurso? Se dos céus já veio teu perdão, por que não perdoar na terra? Quantas vezes? Uma mais..."


Não é impressão, as poesias estaõ ficando menores rsrrsrsrs.... É meu povo, time to go! 

OBRIGADO!! DE CORAÇÃO, VOCÊS, SEJA LÁ QUEM FOREM, FORAM ÓTIMOS, QUASE 59.000 VISITAS!! EM SETE ANOS DE BLOG. SEM DIVULGAÇÃO

OUVI ELOGIOS, CRÍTICAS.. TEVE GENTE QUE EU NUNCA ESPERAVA ME DIZER QUE LÊ MEU BLOG E PORRA ME CHAMAR DE POETA CONTEMPORÂNEO. ME ACHEI É CLARO, MAS NÃO SOU POETA, SOU POESIA... ESPERO QUE O BLOG NÃO MORRA, ESPERO QUE DAQUI A HÁ 20 ANOS, SEI LÁ, ALGUÉM ABRA ISSO AQUI E VEJA, SEI LÁ... COISAS DE FILME.

Nem eu sei porque to escrevendo em caixa alta, foi mal. rsrrs

Mas foram anos incríveis, sei que ás vezes transformei isso aqui num "querido diário", abandonei ele, ( sei lá que ano foi) depois voltei com força total, teve anos (meses, ou dias) que foram MEGA produtivos, outros meses que fiz uma poesia só... a verdade é que eu me acostumei a ter ele para conversar, esse blog sempre me ouviu, e me respondeu da forma que deveria responder... Sei que tem gente que me odeia e me ama e que visita isso aqui! a procura de uma fraqueza ou de uma lembrança... Se te faz bem! VENHA! visite ! Comente! Eu SEMPRE vejo os comentários (não pq olho, mas pq recebo email rsrrs)  Sei de gente que diz não entrar, mas sempre entra rsrsrs... Não sinta vergonha, prometo não contar pra ninguém...

Adeus ou até logo...


"Fechei meus olhos, não há nada, é como eu pensava, tudo se acabou. Não havia sentido e essa era a graça, nada para se importar. Veio no meio de um março bobo, por motivo escroto. Simples assim: Fechei os olhos e não mais abri.
Deixei mil coisas pra fazer, mas não importa, no fundo não queria fazer... Morri sozinho, abandonado até mesmo por mim, como previram por ai, afastei todos. Não foi tão ruim, afinal nunca pintei de verde o quarto da minha esperança. Dia após dia conformei, e o que era praga ou profecia, se tornou meu café da manhã, minha janta, ou parte do minha vida; se pensa que desesperei? Até que sim viu, mas nos primeiros anos, depois relaxei, estava ocupado tentando me acostumar.
Por onde todos andam? Ora, não sei, não me importa. Fui na esquina comprei um pão, voltei pro quarto, comi e pensei como o teto tem telhas disformes.
Mas era pra falar da minha morte, mas ela estava presente em minha vida, que é a parte mais cômica e divertida.
Tenho muito tempo para pensar agora, mesmo não existindo ou não pensando. Sobre Deus? Isso é segredo! Só você pode entender, quando for sua vez, mas vou dar uma dica: DEUS EXISTE ENQUANTO ESTAMOS VIVOS!
Você pode até perguntar que quando a gente se vai Deus "para" de existir? Não! ou sim! ou ele pode até parar de existir enquanto estamos mortos, mas vivendo.

São muitos degraus até o porão da nossa alma, mas a casa está em ruínas, e eu prefiro não pensar em como deixe tanta gente ir embora, pois não amanheceu  e eu continuo ali... Esquecido."



sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Silício

Tudo bem, já entendi que as coisas vão ser assim... Mas eis que você chega como música de quem já se foi, me olha com olhos de tarde de sexta feira, me mostra seu sorriso e diz que tudo tem seu plano certo debaixo desse céu.

É o divino que nos divide e nos aproxima, mas para que não falte rima, pra ninguém reclamar, hoje, só por hoje... eu não vou chorar.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Colírios coloridos.

Não vou chorar na sua frente, pois daqui pra frente tudo ficou pra trás.

Sinais de que os quartos foram trancados, que as coisas mudaram, mas por isso não há nó, nem laço, tenha calma, a vida é uma eterna falta do que fazer.
Se o corpo escorrega pela tela fria da pintura e tua foto da moldura sorri mais contente que agora... tudo isso é só questão de tempo, de esquecimento e memórias. Pode estar doendo infinitamente, mas de repente a gente se acostuma e amanhece outro dia, são outros discos para se ouvir e outras coisas para se preocupar.

Daria um livro, caso houvesse arrependimento tardio, num calabouço um calafrio; era teu íntimo em teu espírito, querendo muito admitir, mas há sempre em nós a esperança que tudo vai melhorar e outra vez, amanhã pela manhã, brindaremos tudo de novo.


Mas agora eu não tenho forças e nem vontade, se essa for a verdade, da vida que levo, se acha ou não feliz, tanto faz, cada caminho que nos levará pelos anos à frente, nos dirá se hoje erramos ou acertamos, em não perdoar.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Com toda força que tinha

E se eu disser que chorei? O que importa se eu chorei, só tenho a mim e meus pensamentos, fracos e opacos.

Se essa fase de descontento fosse minha opção, teria lavado no rio dos teus olhos o tempo que faltou pra gente reconhecer a cor das roupas no varal.

Fale por você, meu bem. Se a felicidade que esconde, escolhe e encobre os dias nus que nós fizemos, nos estampidos mais escorregadios do clarão da tarde.

Sim, são 17:35, falta quase nada pra você chegar, do calor, da agonia, do caminho perto da tua casa, corpo suado, removido e apático: Uma pedra em vários caminhos, se movendo com nosso movimento, fazendo a gente refletir demais, todos abobados.

Hei, me abraça forte, por favor, e se eu chorar, acredite, era só pedindo atenção ou força aos céus para que mude as circunstâncias, as coisas, se bem que força não me abstraí, queria um milagre ou quem sabe algo mais, um desterro de tempo e ternura, uma última ceia de natal.

Eu só gostaria de me despedir, mas me despedaço se fizer ruir, meus sonhos e sonetos em plena luz do dia.

"E de quantas vezes eu disse seu nome em silêncio, por quantas até tive que aceitar que não seria ouvido. E mesmo que a gente deseje do fundo do coração, nem tudo pode mudar ou voltar, realmente, deserto ou paraíso, o correto é caminhar.
As chances que produzimos, reduzimos a desesperança, e tudo que jogamos fora, foi talvez, ou quem sabe, de alguma forma com medo ou sem jeito de perdoar.
E agora teu nome esqueci, só tenho um rosto pálido na frente do espelho, como uma lembrança vaga do que fui.
Se é que isso é dor, eu tenho muito do que reclamar, pois a distância é medida em vontades e não me quilômetros, a parte disso tudo eu só gostaria de me encontrar hoje, confesso e quero, saber quem eu sou, sem essa de ser feliz ou melancólico.
E se tudo foi sem sentido, abandonado e sem abrigo: acredito que foi verdadeiro, até o dia que começamos a duvidar"

trecho final inspirado em: aqui

O Silêncio das Palavras

O silêncio das palavras que a todos dizia, fará noite, por mais que seja dia. Vencido o orgulho para estar prestes a perder o senso, de certo que será o que for, em algum dia maquiado para encontrar o sono.

Vou voltar daqui, fui até onde podia, onde nem deveria, mas arrisquei a pureza do amor, triste fim desse imbecil: os seres humanos tem uma vida pra viver.
Que besteira achar que gestos e sobrenomes misturam mundos tão diferentes e distantes.

O suicídio acorrentado do nosso ser, sabendo que ainda não é o ultimo capitulo da novela: "Olha, tudo bem, daqui pra frente vai ser desse jeito, com ou sem solidão, viverei minha vida até onde der."

Bobagem! Todas essas luzes assim, para quê? Não vejo nenhuma necessidade. Não é promessa nem ameaça, mas como as coisas mudam tão rápido, não me admira que de hoje pra amanhã meu dia não termine bem.

Quanta desconsideração, folhas amassadas e deixadas ao relento, frases longas e de efeito (mesmo com defeito) que sequer tiveram eco. Compareço pessoalmente em minha missa de corpo presente, pra dizer que me despi das minhas piores vestes, olhando no fundo dos teus olhos enigmáticos "Não era isso que iria fazer aquebrantar teu coração?".

Ora, o que mais faltou das dores e da solidão. Afinal, não era por isso que chorava? Quanto mais que teu sorriso revela que estais bem, mesmo por mim, deveria eu, insensato, acompanhar o descompasso dessa valsa vienense.

Termos tão tropicais e latinos, todos dóceis regados a vinhos e instintos, de repente um apartamento vazio, um colchão, um remédio e tudo aquilo que queria ouvir. Pouco importa: É QUE JÁ ESTÃO MUITO ACOSTUMADOS A VER O LADO RUIM DAS PESSOAS.

Se meu corpo vermelho me deixasse dormir, ai de mim se não fosse esse disco, que embala meu sono e é instrumento de esquecimento, que seria de mim, se na madrugada eu não apagasse sem perceber, sem sequer entender o período e o motivo de existir... Questões profundas demais para resolver, ainda mais quando nada anda bem.

E todas as mensagens subliminares da canção gritam aos teus ouvidos, tudo tão simples que chega a ser ridículo, caber num Ré maior mil e uma dores do mundo.

E de repente se dá conta que a tristeza, a melancolia e a depressão era tudo ansiedade e distância da verdade, as dores e dilemas são mais compreensíveis quando se toma consciência, pois nada vai mudar, e é isso que adoece (expectativa), quando se está perdido no mar, é melhor crer que o a terra firme não existe, e acreditar, cegamente, que ali, perdido e a deriva: É O TEU LUGAR.





domingo, 17 de dezembro de 2017

Na vida e na saudade.


Olha pro céu e veja quem se foi, olho pro chão e veja os caminhos que te levam a quem ainda está aqui.

Um sopro e um milagre que mostram a distância entre uma lágrima e a eternidade.

 Mesmo que abra olhos e não te ache mais, mesmo que sinta falta assim, ainda te tenho dentro de mim. E com tua volta: a alegria, onde o barco iria, incontáveis toques em tua pele.
Agora vivo dentro da prisão de não saber o porquê das coisas profundas, e eu não vejo o vulto que está à porta; não vou te achar mais, não vou te achar nunca mais...
Eu te guardo e te aguardo, mesmo enquanto se vai, ainda vou falar dessas dores.
Quantas coisas são incompreensíveis para gente? Sabe como vai doer saber que não estará mais por essas ruas? Sabe, minha querida, como vai ser ruim sem você aqui? Não importa o quanto dure a vida, ou o quanto ela seja dura, durará essa dor dentro de mim.
E quando acho que encontro sentido ou resposta para tudo- eu só sei dizer que vou sempre te esperar- mas como sou impaciente, ciente de que nada faz sentido: acordar domingo com um gosto amargo na boca, com a voz rouca de não poder gritar, te amo e sei que sempre irei te amar, mas nada disso importa, ou suporta, pois frases e canções não vão mudar o futuro.

E nada posso fazer, a não ser olhar pro céu e ver nos olhos o sorriso de quem se foi, ouvindo as lágrimas dos que estão aqui.

sábado, 16 de dezembro de 2017

Medo do futuro.

Essa poesia é inspirada no link abaixo:

Clique aqui e me escute.


Com lágrimas inconsoláveis:

As respostas não vem fácil, nada vem, e nós vivemos, mesmo sem se sentir vivo.
Quando a memória nos trai e nos traz lembranças, sussurram no ouvido.
Tudo que sou é tudo que não sei definir, incompreensível.
Será que será igual?
Já que vai, não adianta pedir...
E quando penso em coisas do mundo, lembro do meu mundo, e sinto falta de andar pelas ruas e praças.
Se ouço os gritos e acordo assustado, são tuas gargalhadas lá foram, mas já distantes.
"na, na não" a mãe repete pro filho, que, claro, nada entende.
As nuvens azuis mostram seu rosto perfeito, sei que está por ai, por aqui.. bem.
Do que preciso, não necessariamente preciso dizer, mas meus olhos me traem e confessam:
Não tenho aonde ir.




terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Pedrinhas na janela.

A dor tem sinônimos, as ruas semânticas e a saudade sobrevive das sobras.

O silêncio que perturba o barulho que vem das pessoas que caminham apressadas, entre paralelas e promessas; um céu azul e cinza, esperando se levantar para poder ir embora.

O tempo frio acoberta essa sensação de estar perdido, pior que isso, ajuda a piorar, mas assim que o sol se por eu me ponho em outro lugar.

Sei que estará em cada folha e árvore que balança no vento, no tempo e nessa praça, e a gente nem disfarça, fica sem graça e prefere não chorar.
-Vou embora! cansei dos meus dias terminarem pela manhã.-
- Calma sono ou insônia não faz diferença-

Ainda durmo pensando, cansado e com medo de dormir.

Mas mesmo assim, gostaria que quando lesse essa carta, mandasse um sinal, pelas ondas do rádio, ou quando tarde, pedrinhas na janela.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

É grátis

Um tratado de gratidão:


As pessoas não se lembram do que você fez por elas. Evidente que quando você erra qualquer sentimento de gratidão se abala, mas claro, certas coisas não se confundem, ou não deveriam.
Quantas vezes não nos apequenamos, querendo gritar tudo que está em nós, não estamos falando de outro sentimento, senão gratidão.
Ora, quantas vezes você já se privou de algo, se desdobrou, sacrificou-se, quanto mais, para poder diminuir o sofrimento de alguém ou trazer-lhe sorriso, mesmo que isso custasse o seu. Talvez tenha provido alguém de algo que na hora não pensou, por ser de coração, mas depois pensou "E agora, o que eu farei para que fique tudo bem?".
Imagino que essas coisas piorem quando você se depara com ingratidão. Seja pelo passar sorrindo por você, você está na pior, seja por não agradecer com um aceno de mão, ou pior - imagino -  fingir que nada foi feito.
Gratidão passa por retribuir, ao menos tentar, ou até mesmo mostrar que se importa com que o outro fez, tentou, ou quis fazer/dizer,  já seu inverso é negar tudo isso.
Os anos são os violões da gratidão; mas como os mais velhos nos ensinaram "Quem bate esquece...". Pois bem, quem ajudou até pode esquecer, mas depois de "apanhar" mais na frente, talvez nunca esqueça.
Imagino que o sentir não seja o fato de alegar, ou mesmo apontar, pois isso seria mesquinharia, tampouco querer de volta o mesmo ou em sua proporção, vai mais além, talvez seja toda a carga diária de "Por quê?", todo o sentimento de "Não é justo", seja a desproporcionalidade das coisas.
São perguntas sem respostas, mesmo sendo o ser humano um sujeito de estímulos, ajudamos e buscamos ser ajudados, quando não o reconhecimento. Na multidão dos comuns se destaca o sorriso de "Muito obrigado, por tudo que fez".
Talvez gere orgulho, vontade de fazer mais e de novo, o inverso do inverso é bom.

Dê importância aos pequenos gestos, não discrimine, abandone ou negue as pessoas, se importe com seus sentimentos, elas sobrevivem mais de sorrisos e apertos de mão do que de alimentos. E quando os anos se passarem, passe a limpo as mágoas, a não retribuição só infecta, parta pra outra, veja que isso não é para você, os ingratos serão ingratos para sempre e isso só fere seus corações, já você? Exercite a gratidão até não ter mais forças pra se levantar.

domingo, 10 de dezembro de 2017

Ultimo suspiro semanal

Não vai sentir saudade? nem se fizer sentido, o senso comum da presença e do sorriso, faz tanto tempo e tanto...

Que era o sonho mil, se encostasse caminhasse no solo, envelhecerá o orgulho e assumo que não vai doer; quantos mais passos que der, sozinho na estrada, mas por quê?

Há uma lagrima na visão, um capitulo interminável, coisas estranhas para todos. Quando guardou um segredo, que sei, que estaria à volta, que não sei.

É puro e quase que não era, hoje não tem sono, e aquilo que começou ali não tinha do céu azul a sensatez de ser sensato.

Na primavera há força de vida, como as coisas daqui. Amor não é feito de vento, nem toca no piano a sinfonia certa para tu.

As certezas que mais não há, nem chama de amor os males hoje te escondem. Tu! ai de Tu!

E ouvi (houve) o silêncio para nós- pode falar- mas nem isso quer mais.

E eu tenho caminhado, por onde? Não volto mais, quando encontrar o que perdi, se souber o que é, isso desde criança.



sábado, 9 de dezembro de 2017

Segredos do céu

Vou chorar as lágrimas de outono, lembrar e lamentar dos que reclamam do abandono.
Estão em sua agonia, recitando poemas e patologia, que as vezes ficamos assim; coração pequeno e abobado.

Hoje o dia foi estranho, choveu a maior parte, e como se nada fizesse sentido, o frio que havia sentido me mostrou, nas lentes embaçadas dos meus óculos, um horizonte cinza e carregado.

Ouço os pingos no telhado, e a distimia gritar alto aos ouvidos, repetindo que não há solução; vou seguir a minha vida, esse rumo não é para mim, mesmo assim, dói; prefiro ficar quieto e esperar a chuva passar.

No fim de tarde, à meia luz, céu desabando dando lugar a escuridão, fica parecendo que é maior a solidão.

Guardei o sono e aguardei calado o acontecimento previsto do que era inesperado, me tranquei no quarto por longas horas, ao amanhecer de um novo dia tudo, então, fazia redemoinho na minha cabeça, tudo fora do lugar, num mundo totalmente vazio, me via perdido, perdendo a consciência aos poucos, me sentia louco, o que já era demais; o amor é tolo e nos faz tontear, a tolice é opção do mais amargo ser humano que prefere não amar.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Um beijo de bom dia.

Você mora em meu sorriso, fez morada na minha certeza, fazendo a clareza do dia acabar na imensa alegria de te esperar, quem sabe até em vão.

Mas não se precipite, o precipício também é céu para quem sabe voar.

Segurei a tua mão e fugi de mim mesmo, mesmo pensando em certas vezes desistir, de sentir; o chão frio e o corpo gelado, faz tudo isso parte de algo maior, mais certo ou mais errado, incompreensível até mesmo para quem escreveu essa história.


Vou esperar o fim da primavera, para ver quem era que escondia e escolhia as flores que iriam cair, pois talvez, caso tudo dê errado, a gente saiba que, ao menos uma vez, possa dizer: Foi bom ter te encontrado.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Cortesia.

Estranha as torres e maltas, mazelas prontas, mas por que você não fala comigo?
Quando fez ao longe, sinônimo de sabedoria e cinismo, esperto e aflito como qualquer amigo.

Vai fazer tanto tempo. Vai fazer desfeita? A mala pronta e a saudade refeita, como a receita dos olhos e teu colírio, como delírio correto, esfumaçado e delirante. Sabe lá, Deus é mais, porto de tua cama, ou lençol de teu cais, para que nunca mais, se tu cais, cair assim em armadilhas.

Os planos e planilhas que deixem embaixo de tua mesa, a sobremesa posta pós jantar, para nos fazer crer e acreditar que o melhor sempre vem, como o heroico amém, nos avisando que já acabou a oração.

Te peço perdão, se abre minha boca e disse com voz rouca, palavras duras de perdão, eu exagerei quando te desejei tudo de bom, o que saia  da minhas palavras não era som, era, silêncio.

sábado, 2 de dezembro de 2017

Sons que e se houve.

Bom, chegamos ao último mês do ano, possivelmente o último mês de postagem, ates de um período de parada reflexões.
Pretender dar um tempo do blog e duas formas de poesias, pode ser que invente outra coisa pra escrever, pode ser que não, o certo é que minha missão aqui, por ora, acabou. Quem sabe 2019 não retorne.
Não é um a adeus, é um "vou ver como estão as coisas lá fora, qualquer coisa, eu volto"


DICA: coloca música italiana no SPOTIFY e ouça, vai amar. VAMOS A poesia? (ps: o mês é grande, talvez poste mais)


"Quando me acompanha o sonho da América, falta um pouco de nada.
Se não pode se jogar dentro dos amores que te dá, não é assim que a vida te devolverá.
Nada importante, antes que sai, rumo a vida e andará, pois eu não conheço quem me acompanha.
Onde devemos começar, só sinceridade, e a vida que será e porque será, doce e tornará serenamente o que sempre quis ser de nós."