sábado, 9 de dezembro de 2017

Segredos do céu

Vou chorar as lágrimas de outono, lembrar e lamentar dos que reclamam do abandono.
Estão em sua agonia, recitando poemas e patologia, que as vezes ficamos assim; coração pequeno e abobado.

Hoje o dia foi estranho, choveu a maior parte, e como se nada fizesse sentido, o frio que havia sentido me mostrou, nas lentes embaçadas dos meus óculos, um horizonte cinza e carregado.

Ouço os pingos no telhado, e a distimia gritar alto aos ouvidos, repetindo que não há solução; vou seguir a minha vida, esse rumo não é para mim, mesmo assim, dói; prefiro ficar quieto e esperar a chuva passar.

No fim de tarde, à meia luz, céu desabando dando lugar a escuridão, fica parecendo que é maior a solidão.

Guardei o sono e aguardei calado o acontecimento previsto do que era inesperado, me tranquei no quarto por longas horas, ao amanhecer de um novo dia tudo, então, fazia redemoinho na minha cabeça, tudo fora do lugar, num mundo totalmente vazio, me via perdido, perdendo a consciência aos poucos, me sentia louco, o que já era demais; o amor é tolo e nos faz tontear, a tolice é opção do mais amargo ser humano que prefere não amar.

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