terça-feira, 26 de dezembro de 2017

O Silêncio das Palavras

O silêncio das palavras que a todos dizia, fará noite, por mais que seja dia. Vencido o orgulho para estar prestes a perder o senso, de certo que será o que for, em algum dia maquiado para encontrar o sono.

Vou voltar daqui, fui até onde podia, onde nem deveria, mas arrisquei a pureza do amor, triste fim desse imbecil: os seres humanos tem uma vida pra viver.
Que besteira achar que gestos e sobrenomes misturam mundos tão diferentes e distantes.

O suicídio acorrentado do nosso ser, sabendo que ainda não é o ultimo capitulo da novela: "Olha, tudo bem, daqui pra frente vai ser desse jeito, com ou sem solidão, viverei minha vida até onde der."

Bobagem! Todas essas luzes assim, para quê? Não vejo nenhuma necessidade. Não é promessa nem ameaça, mas como as coisas mudam tão rápido, não me admira que de hoje pra amanhã meu dia não termine bem.

Quanta desconsideração, folhas amassadas e deixadas ao relento, frases longas e de efeito (mesmo com defeito) que sequer tiveram eco. Compareço pessoalmente em minha missa de corpo presente, pra dizer que me despi das minhas piores vestes, olhando no fundo dos teus olhos enigmáticos "Não era isso que iria fazer aquebrantar teu coração?".

Ora, o que mais faltou das dores e da solidão. Afinal, não era por isso que chorava? Quanto mais que teu sorriso revela que estais bem, mesmo por mim, deveria eu, insensato, acompanhar o descompasso dessa valsa vienense.

Termos tão tropicais e latinos, todos dóceis regados a vinhos e instintos, de repente um apartamento vazio, um colchão, um remédio e tudo aquilo que queria ouvir. Pouco importa: É QUE JÁ ESTÃO MUITO ACOSTUMADOS A VER O LADO RUIM DAS PESSOAS.

Se meu corpo vermelho me deixasse dormir, ai de mim se não fosse esse disco, que embala meu sono e é instrumento de esquecimento, que seria de mim, se na madrugada eu não apagasse sem perceber, sem sequer entender o período e o motivo de existir... Questões profundas demais para resolver, ainda mais quando nada anda bem.

E todas as mensagens subliminares da canção gritam aos teus ouvidos, tudo tão simples que chega a ser ridículo, caber num Ré maior mil e uma dores do mundo.

E de repente se dá conta que a tristeza, a melancolia e a depressão era tudo ansiedade e distância da verdade, as dores e dilemas são mais compreensíveis quando se toma consciência, pois nada vai mudar, e é isso que adoece (expectativa), quando se está perdido no mar, é melhor crer que o a terra firme não existe, e acreditar, cegamente, que ali, perdido e a deriva: É O TEU LUGAR.





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