quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Colírios coloridos.

Não vou chorar na sua frente, pois daqui pra frente tudo ficou pra trás.

Sinais de que os quartos foram trancados, que as coisas mudaram, mas por isso não há nó, nem laço, tenha calma, a vida é uma eterna falta do que fazer.
Se o corpo escorrega pela tela fria da pintura e tua foto da moldura sorri mais contente que agora... tudo isso é só questão de tempo, de esquecimento e memórias. Pode estar doendo infinitamente, mas de repente a gente se acostuma e amanhece outro dia, são outros discos para se ouvir e outras coisas para se preocupar.

Daria um livro, caso houvesse arrependimento tardio, num calabouço um calafrio; era teu íntimo em teu espírito, querendo muito admitir, mas há sempre em nós a esperança que tudo vai melhorar e outra vez, amanhã pela manhã, brindaremos tudo de novo.


Mas agora eu não tenho forças e nem vontade, se essa for a verdade, da vida que levo, se acha ou não feliz, tanto faz, cada caminho que nos levará pelos anos à frente, nos dirá se hoje erramos ou acertamos, em não perdoar.

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