domingo, 31 de dezembro de 2017

A verdade é que... Foram anos incríveis.


"Enfim veio a verdade, meio tarde, quase escurecendo. Vejo você se mexendo buscando fugir de tudo isso, em vão.

Fila do banheiro, quatro e quinze da manhã, todos bêbados e com a língua cheia de veneno. 

-Ela? Ela já está com outro e você ai pensando nela-

Que besteira, nem deveria te contar isso, mas confesso, se tudo fosse simples esse ano eu teria sido alguém melhor.
Como se não me importasse, com o órgão que te falta, com a dança mal feita, nos dias mais quentes de maio.
De novo recaio no meu maior medo, daqui pra frente a solidão é filme que passa na sessão da tarde, e eu me apaixono cada vez mais por essa saudade, sei que nunca vai me largar.

Vejo sua família sendo e falando coisas terríveis, vejo dias apáticos e sonos intermináveis. QUEM NÃO TEM MEDO DA VIDA NÃO PENSA NUNCA EM MUDAR. Eu mudei! Queria te mostrar isso, mas não dá tempo, o avião partiu em direção ao oceano. Que bobagem, longas praias de neblinas quente.

Me falta memória e inspiração para contar toda minha vida numa poesia. Me falta paciência, e ás vezes até agonia, para reduzir tudo em palavras, nem sempre consigo, mas se despertei nos outros qualquer sentimento que foi, valeu a pena.

Eu tentei, venci meu orgulho, fiz muito barulho, deixei cartas na porta de sua casa, fiz amizade com o carteiro, mas é tempo de fechar os olhos, ou olhar para baixo. Acredito no futuro tanto quanto acredito no passado, mas faço desse desterro uma canção.

Mas a gente sabe que tudo pode não ser como a gente pensa, mesmo que eu diga que daqui pra frente tudo pode mudar, que seríamos pessoas melhores, que até os anjos poderiam abençoar, ora, trata de secar essa lágrima, você nunca se importou.

Os ingratos e os desgraçados, todos sorriem pra mim, me manda felicitações me diferentes épocas do ano, até me visitam, ás vezes. Eu também não sou a melhor pessoa do mundo, mas o mundo nunca foi tão bom assim."


OPa! Leu até aqui? QUE BOM! Espero que estejam gostando, sim, é meio que uma despedida! Vou me dar férias, não sei porque quanto tempo, mas espero conseguir sair desse vício que é escrever aqui, enfim... Pode ser um ano, dois, três, quatro, algo sabático, sei lá...não sou hedonista.

Enfim... essa será longa, mas não vai durar o ano todo rsrrs. Não iria expor minha dores, sonhos e mais nada, na verdade, tentei expor isso de outras pessoas, para aproximar os leitores... A verdade é que as visitas do blog estavam diminuindo, e acreditem, isso me deixava FELIZ, pois talvez não seja uma boa leitura, aquela que nos deixa a alma triste... Vamos a outra poesia.. volto já já ( ps: nunca contei, mas eu sempre escrevo assim, começo do nada, sem roteiro, sem nada, vai fluindo, penso mais no nome do que na poesia rsrs)

"Será que vai se arrepender dos passos dados? Quando os dados do destino, jogados no tabuleiros marcavam quatro e você não ganhou essa rodada.
Te assusta a solidão do futuro ou meu rosto nele para sempre?

Caminhos cortados e estradas quilométricas, incensos e piadas sem graça. Tudo isso pode te fazer lembrar de mim, mas o que te faz não me esquecer?

Olha, doce criança, por detrás das lágrimas dos teus olhos tem um rio, uma ponte  e um semáforo, sei que não faz sentido, mas aquela árvore enorme que tem raiz pra gente sentar. Todos os sonhos são memória quando a gente não está dormindo, todas as visões são escuridão quando fechamos os olhos e todos os amores são só dores quando não aprendemos a perdoar"

Então, é muita distração para terminar isso! VAI FICAR ENORME, mas ainda tenho umas duas horas pra terminar, SIM! VOU PASSAR A VIRADA DO ANO TERMINANDO!!!
Deu pra perceber que a parte eu eu falo é de outra cor? rsrsrrsrs
Eu estou deitado aqui pensando onde poderia estar, com quem poderia estar, quem se foi e ficou em 2017, quem nunca mais vai voltar ou quem daqui pra frente vai fazer parte da minha vida... Não é egoísmo, estou te convidando à pensar nisso. AS PESSOAS QUE ESTÃO, QUE ESTIVERAM, QUE ESTARÃO NA SUA VIDA DAQUI PRA FRENTE... VAMOS LÁ?


"Quando olho e penso que fiz do consenso meio aberto de abrir os corações, e de vez em quando desconectei minha esperança. Fiz cores dos olhos negros, preguei um papel no muro e quando estava escuro descontei em quem não merecia.
Tuas mãos estão nos meus ombos por onde quer que eu vá, e meus olhos marejam quando aquele muro pintado de amarelo me faz lembrar que não sou mais o mesmo.

Olho para o lado e quantos lados tem meus olhos... Derramo o copo da mesa, falta de certeza de quem está sorrindo pra mim, se a lua que brilha fará chover daqui a trinta anos, quando aos prantos eu me calar, se é teu cheiro ou teu sorriso quem vai me abraçar; lembrança.

Oh! Inquieta lembrança, dos meninos e meninas que se perderam há tanto, mesmo quando fiquei acordado me destruindo por respostas que ninguém tem. Depois de falar tudo isso, fechei forte os olhos, a ponto de cair uma lágrimas, orando com toda fé que não tinha, com tantas imagens na cabeça, pedindo desesperadamente para que me sumissem da mente e da frente, sem saber porque comigo não tinha ninguém, e já de olhos abertos disse.. Amém"


UAU! essa foi pesada! Acreditem, me vieram lágrimas nos olhos, algumas poesias tem mais sentimentos do que outras, algumas falo tudo que sinto, sem ninguém perceber, outras só quero conectar palavras bonitas e frases de efeito, no que final fazem até sentido. Depois de tempos leio uma poesia minha e digo "POrra, eu quem fiz. SHOW" porque além de lerdo eu esqueço das coisas.
Hoje é o ultima do ano ( tá sei que isso é invenção humana) mas não é por isso que não existe. Sabe como é, isso mexe com a gente pow. Mesmo sendo invenção e tudo mais, fica um clima, uma coisa, uma esperança, vc espera que tudo melhore, que venha um milagre... por falar nisso, vamos lá.


"Hoje eu queria um milagre, o sol quente ou a chuva fria, mas estar em casa. 
Teus braços solícitos, me fazem companhia, destemido na calma de viver mais um dia.
Oriente e coisas do além mar, meu corpo fraco é minha divida não paga, quem dera eu saber voar.
Rumo aos rumores de que eu me perdi na primeira esquina, que nada... descobriram minha rotina... tive que improvisar.
Quero conter meu contento, meu medo e minha hemorragia, sangra pelos olhos, flores e cortesias, olha só, quem veio me visitar... Eu mesmo"

Confesso, essa acabei antes do tempo. rsrrsrs Queria conversar mais um pouco com vocês rsrrsrs. É porque daqui a pouco da a hora de ir. E aqui tem muita poesia.

Bom, vou sentir falta, eu imagino. Mas tudo tem um começo e um fim, talvez eu precise entender isso, pra vida. Nem sempre se ganha, NEM SEMPRE AS COISAS DÃO CERTO! Natural. POrra de natural rsrsrs, eu não penso assim, mas acontece sempre, é foda. Mas me afastar daqui seja o melhor a se fazer, talvez monte outra coisa, escreva sobre outras coisas, tenho ideias em mente, mas melhor não divulgar, se algo tiver né. Queria fazer para 2018 aquelas promessas legais de fim de ano, mas sei que não consigo cumprir.. tipo, não acreditar muito, pensar mais em mim, essas coisas... AH! Já estou ficando sem ideias para poesias pra hoje.

"São verdes teus olhos, e cada cor que me sai do arco-íris. São de vidro teus cabelos e cada memória que inunda teus noites. Quanto vale a distância que percorre, quando dorme ou corre em vão? São de luminárias teu chão, mais um radar que um percurso. É de verdade ou devaneio?  Esse teu discurso? Se dos céus já veio teu perdão, por que não perdoar na terra? Quantas vezes? Uma mais..."


Não é impressão, as poesias estaõ ficando menores rsrrsrsrs.... É meu povo, time to go! 

OBRIGADO!! DE CORAÇÃO, VOCÊS, SEJA LÁ QUEM FOREM, FORAM ÓTIMOS, QUASE 59.000 VISITAS!! EM SETE ANOS DE BLOG. SEM DIVULGAÇÃO

OUVI ELOGIOS, CRÍTICAS.. TEVE GENTE QUE EU NUNCA ESPERAVA ME DIZER QUE LÊ MEU BLOG E PORRA ME CHAMAR DE POETA CONTEMPORÂNEO. ME ACHEI É CLARO, MAS NÃO SOU POETA, SOU POESIA... ESPERO QUE O BLOG NÃO MORRA, ESPERO QUE DAQUI A HÁ 20 ANOS, SEI LÁ, ALGUÉM ABRA ISSO AQUI E VEJA, SEI LÁ... COISAS DE FILME.

Nem eu sei porque to escrevendo em caixa alta, foi mal. rsrrs

Mas foram anos incríveis, sei que ás vezes transformei isso aqui num "querido diário", abandonei ele, ( sei lá que ano foi) depois voltei com força total, teve anos (meses, ou dias) que foram MEGA produtivos, outros meses que fiz uma poesia só... a verdade é que eu me acostumei a ter ele para conversar, esse blog sempre me ouviu, e me respondeu da forma que deveria responder... Sei que tem gente que me odeia e me ama e que visita isso aqui! a procura de uma fraqueza ou de uma lembrança... Se te faz bem! VENHA! visite ! Comente! Eu SEMPRE vejo os comentários (não pq olho, mas pq recebo email rsrrs)  Sei de gente que diz não entrar, mas sempre entra rsrsrs... Não sinta vergonha, prometo não contar pra ninguém...

Adeus ou até logo...


"Fechei meus olhos, não há nada, é como eu pensava, tudo se acabou. Não havia sentido e essa era a graça, nada para se importar. Veio no meio de um março bobo, por motivo escroto. Simples assim: Fechei os olhos e não mais abri.
Deixei mil coisas pra fazer, mas não importa, no fundo não queria fazer... Morri sozinho, abandonado até mesmo por mim, como previram por ai, afastei todos. Não foi tão ruim, afinal nunca pintei de verde o quarto da minha esperança. Dia após dia conformei, e o que era praga ou profecia, se tornou meu café da manhã, minha janta, ou parte do minha vida; se pensa que desesperei? Até que sim viu, mas nos primeiros anos, depois relaxei, estava ocupado tentando me acostumar.
Por onde todos andam? Ora, não sei, não me importa. Fui na esquina comprei um pão, voltei pro quarto, comi e pensei como o teto tem telhas disformes.
Mas era pra falar da minha morte, mas ela estava presente em minha vida, que é a parte mais cômica e divertida.
Tenho muito tempo para pensar agora, mesmo não existindo ou não pensando. Sobre Deus? Isso é segredo! Só você pode entender, quando for sua vez, mas vou dar uma dica: DEUS EXISTE ENQUANTO ESTAMOS VIVOS!
Você pode até perguntar que quando a gente se vai Deus "para" de existir? Não! ou sim! ou ele pode até parar de existir enquanto estamos mortos, mas vivendo.

São muitos degraus até o porão da nossa alma, mas a casa está em ruínas, e eu prefiro não pensar em como deixe tanta gente ir embora, pois não amanheceu  e eu continuo ali... Esquecido."



sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Silício

Tudo bem, já entendi que as coisas vão ser assim... Mas eis que você chega como música de quem já se foi, me olha com olhos de tarde de sexta feira, me mostra seu sorriso e diz que tudo tem seu plano certo debaixo desse céu.

É o divino que nos divide e nos aproxima, mas para que não falte rima, pra ninguém reclamar, hoje, só por hoje... eu não vou chorar.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Colírios coloridos.

Não vou chorar na sua frente, pois daqui pra frente tudo ficou pra trás.

Sinais de que os quartos foram trancados, que as coisas mudaram, mas por isso não há nó, nem laço, tenha calma, a vida é uma eterna falta do que fazer.
Se o corpo escorrega pela tela fria da pintura e tua foto da moldura sorri mais contente que agora... tudo isso é só questão de tempo, de esquecimento e memórias. Pode estar doendo infinitamente, mas de repente a gente se acostuma e amanhece outro dia, são outros discos para se ouvir e outras coisas para se preocupar.

Daria um livro, caso houvesse arrependimento tardio, num calabouço um calafrio; era teu íntimo em teu espírito, querendo muito admitir, mas há sempre em nós a esperança que tudo vai melhorar e outra vez, amanhã pela manhã, brindaremos tudo de novo.


Mas agora eu não tenho forças e nem vontade, se essa for a verdade, da vida que levo, se acha ou não feliz, tanto faz, cada caminho que nos levará pelos anos à frente, nos dirá se hoje erramos ou acertamos, em não perdoar.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Com toda força que tinha

E se eu disser que chorei? O que importa se eu chorei, só tenho a mim e meus pensamentos, fracos e opacos.

Se essa fase de descontento fosse minha opção, teria lavado no rio dos teus olhos o tempo que faltou pra gente reconhecer a cor das roupas no varal.

Fale por você, meu bem. Se a felicidade que esconde, escolhe e encobre os dias nus que nós fizemos, nos estampidos mais escorregadios do clarão da tarde.

Sim, são 17:35, falta quase nada pra você chegar, do calor, da agonia, do caminho perto da tua casa, corpo suado, removido e apático: Uma pedra em vários caminhos, se movendo com nosso movimento, fazendo a gente refletir demais, todos abobados.

Hei, me abraça forte, por favor, e se eu chorar, acredite, era só pedindo atenção ou força aos céus para que mude as circunstâncias, as coisas, se bem que força não me abstraí, queria um milagre ou quem sabe algo mais, um desterro de tempo e ternura, uma última ceia de natal.

Eu só gostaria de me despedir, mas me despedaço se fizer ruir, meus sonhos e sonetos em plena luz do dia.

"E de quantas vezes eu disse seu nome em silêncio, por quantas até tive que aceitar que não seria ouvido. E mesmo que a gente deseje do fundo do coração, nem tudo pode mudar ou voltar, realmente, deserto ou paraíso, o correto é caminhar.
As chances que produzimos, reduzimos a desesperança, e tudo que jogamos fora, foi talvez, ou quem sabe, de alguma forma com medo ou sem jeito de perdoar.
E agora teu nome esqueci, só tenho um rosto pálido na frente do espelho, como uma lembrança vaga do que fui.
Se é que isso é dor, eu tenho muito do que reclamar, pois a distância é medida em vontades e não me quilômetros, a parte disso tudo eu só gostaria de me encontrar hoje, confesso e quero, saber quem eu sou, sem essa de ser feliz ou melancólico.
E se tudo foi sem sentido, abandonado e sem abrigo: acredito que foi verdadeiro, até o dia que começamos a duvidar"

trecho final inspirado em: aqui

O Silêncio das Palavras

O silêncio das palavras que a todos dizia, fará noite, por mais que seja dia. Vencido o orgulho para estar prestes a perder o senso, de certo que será o que for, em algum dia maquiado para encontrar o sono.

Vou voltar daqui, fui até onde podia, onde nem deveria, mas arrisquei a pureza do amor, triste fim desse imbecil: os seres humanos tem uma vida pra viver.
Que besteira achar que gestos e sobrenomes misturam mundos tão diferentes e distantes.

O suicídio acorrentado do nosso ser, sabendo que ainda não é o ultimo capitulo da novela: "Olha, tudo bem, daqui pra frente vai ser desse jeito, com ou sem solidão, viverei minha vida até onde der."

Bobagem! Todas essas luzes assim, para quê? Não vejo nenhuma necessidade. Não é promessa nem ameaça, mas como as coisas mudam tão rápido, não me admira que de hoje pra amanhã meu dia não termine bem.

Quanta desconsideração, folhas amassadas e deixadas ao relento, frases longas e de efeito (mesmo com defeito) que sequer tiveram eco. Compareço pessoalmente em minha missa de corpo presente, pra dizer que me despi das minhas piores vestes, olhando no fundo dos teus olhos enigmáticos "Não era isso que iria fazer aquebrantar teu coração?".

Ora, o que mais faltou das dores e da solidão. Afinal, não era por isso que chorava? Quanto mais que teu sorriso revela que estais bem, mesmo por mim, deveria eu, insensato, acompanhar o descompasso dessa valsa vienense.

Termos tão tropicais e latinos, todos dóceis regados a vinhos e instintos, de repente um apartamento vazio, um colchão, um remédio e tudo aquilo que queria ouvir. Pouco importa: É QUE JÁ ESTÃO MUITO ACOSTUMADOS A VER O LADO RUIM DAS PESSOAS.

Se meu corpo vermelho me deixasse dormir, ai de mim se não fosse esse disco, que embala meu sono e é instrumento de esquecimento, que seria de mim, se na madrugada eu não apagasse sem perceber, sem sequer entender o período e o motivo de existir... Questões profundas demais para resolver, ainda mais quando nada anda bem.

E todas as mensagens subliminares da canção gritam aos teus ouvidos, tudo tão simples que chega a ser ridículo, caber num Ré maior mil e uma dores do mundo.

E de repente se dá conta que a tristeza, a melancolia e a depressão era tudo ansiedade e distância da verdade, as dores e dilemas são mais compreensíveis quando se toma consciência, pois nada vai mudar, e é isso que adoece (expectativa), quando se está perdido no mar, é melhor crer que o a terra firme não existe, e acreditar, cegamente, que ali, perdido e a deriva: É O TEU LUGAR.





domingo, 17 de dezembro de 2017

Na vida e na saudade.


Olha pro céu e veja quem se foi, olho pro chão e veja os caminhos que te levam a quem ainda está aqui.

Um sopro e um milagre que mostram a distância entre uma lágrima e a eternidade.

 Mesmo que abra olhos e não te ache mais, mesmo que sinta falta assim, ainda te tenho dentro de mim. E com tua volta: a alegria, onde o barco iria, incontáveis toques em tua pele.
Agora vivo dentro da prisão de não saber o porquê das coisas profundas, e eu não vejo o vulto que está à porta; não vou te achar mais, não vou te achar nunca mais...
Eu te guardo e te aguardo, mesmo enquanto se vai, ainda vou falar dessas dores.
Quantas coisas são incompreensíveis para gente? Sabe como vai doer saber que não estará mais por essas ruas? Sabe, minha querida, como vai ser ruim sem você aqui? Não importa o quanto dure a vida, ou o quanto ela seja dura, durará essa dor dentro de mim.
E quando acho que encontro sentido ou resposta para tudo- eu só sei dizer que vou sempre te esperar- mas como sou impaciente, ciente de que nada faz sentido: acordar domingo com um gosto amargo na boca, com a voz rouca de não poder gritar, te amo e sei que sempre irei te amar, mas nada disso importa, ou suporta, pois frases e canções não vão mudar o futuro.

E nada posso fazer, a não ser olhar pro céu e ver nos olhos o sorriso de quem se foi, ouvindo as lágrimas dos que estão aqui.

sábado, 16 de dezembro de 2017

Medo do futuro.

Essa poesia é inspirada no link abaixo:

Clique aqui e me escute.


Com lágrimas inconsoláveis:

As respostas não vem fácil, nada vem, e nós vivemos, mesmo sem se sentir vivo.
Quando a memória nos trai e nos traz lembranças, sussurram no ouvido.
Tudo que sou é tudo que não sei definir, incompreensível.
Será que será igual?
Já que vai, não adianta pedir...
E quando penso em coisas do mundo, lembro do meu mundo, e sinto falta de andar pelas ruas e praças.
Se ouço os gritos e acordo assustado, são tuas gargalhadas lá foram, mas já distantes.
"na, na não" a mãe repete pro filho, que, claro, nada entende.
As nuvens azuis mostram seu rosto perfeito, sei que está por ai, por aqui.. bem.
Do que preciso, não necessariamente preciso dizer, mas meus olhos me traem e confessam:
Não tenho aonde ir.




terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Pedrinhas na janela.

A dor tem sinônimos, as ruas semânticas e a saudade sobrevive das sobras.

O silêncio que perturba o barulho que vem das pessoas que caminham apressadas, entre paralelas e promessas; um céu azul e cinza, esperando se levantar para poder ir embora.

O tempo frio acoberta essa sensação de estar perdido, pior que isso, ajuda a piorar, mas assim que o sol se por eu me ponho em outro lugar.

Sei que estará em cada folha e árvore que balança no vento, no tempo e nessa praça, e a gente nem disfarça, fica sem graça e prefere não chorar.
-Vou embora! cansei dos meus dias terminarem pela manhã.-
- Calma sono ou insônia não faz diferença-

Ainda durmo pensando, cansado e com medo de dormir.

Mas mesmo assim, gostaria que quando lesse essa carta, mandasse um sinal, pelas ondas do rádio, ou quando tarde, pedrinhas na janela.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

É grátis

Um tratado de gratidão:


As pessoas não se lembram do que você fez por elas. Evidente que quando você erra qualquer sentimento de gratidão se abala, mas claro, certas coisas não se confundem, ou não deveriam.
Quantas vezes não nos apequenamos, querendo gritar tudo que está em nós, não estamos falando de outro sentimento, senão gratidão.
Ora, quantas vezes você já se privou de algo, se desdobrou, sacrificou-se, quanto mais, para poder diminuir o sofrimento de alguém ou trazer-lhe sorriso, mesmo que isso custasse o seu. Talvez tenha provido alguém de algo que na hora não pensou, por ser de coração, mas depois pensou "E agora, o que eu farei para que fique tudo bem?".
Imagino que essas coisas piorem quando você se depara com ingratidão. Seja pelo passar sorrindo por você, você está na pior, seja por não agradecer com um aceno de mão, ou pior - imagino -  fingir que nada foi feito.
Gratidão passa por retribuir, ao menos tentar, ou até mesmo mostrar que se importa com que o outro fez, tentou, ou quis fazer/dizer,  já seu inverso é negar tudo isso.
Os anos são os violões da gratidão; mas como os mais velhos nos ensinaram "Quem bate esquece...". Pois bem, quem ajudou até pode esquecer, mas depois de "apanhar" mais na frente, talvez nunca esqueça.
Imagino que o sentir não seja o fato de alegar, ou mesmo apontar, pois isso seria mesquinharia, tampouco querer de volta o mesmo ou em sua proporção, vai mais além, talvez seja toda a carga diária de "Por quê?", todo o sentimento de "Não é justo", seja a desproporcionalidade das coisas.
São perguntas sem respostas, mesmo sendo o ser humano um sujeito de estímulos, ajudamos e buscamos ser ajudados, quando não o reconhecimento. Na multidão dos comuns se destaca o sorriso de "Muito obrigado, por tudo que fez".
Talvez gere orgulho, vontade de fazer mais e de novo, o inverso do inverso é bom.

Dê importância aos pequenos gestos, não discrimine, abandone ou negue as pessoas, se importe com seus sentimentos, elas sobrevivem mais de sorrisos e apertos de mão do que de alimentos. E quando os anos se passarem, passe a limpo as mágoas, a não retribuição só infecta, parta pra outra, veja que isso não é para você, os ingratos serão ingratos para sempre e isso só fere seus corações, já você? Exercite a gratidão até não ter mais forças pra se levantar.

domingo, 10 de dezembro de 2017

Ultimo suspiro semanal

Não vai sentir saudade? nem se fizer sentido, o senso comum da presença e do sorriso, faz tanto tempo e tanto...

Que era o sonho mil, se encostasse caminhasse no solo, envelhecerá o orgulho e assumo que não vai doer; quantos mais passos que der, sozinho na estrada, mas por quê?

Há uma lagrima na visão, um capitulo interminável, coisas estranhas para todos. Quando guardou um segredo, que sei, que estaria à volta, que não sei.

É puro e quase que não era, hoje não tem sono, e aquilo que começou ali não tinha do céu azul a sensatez de ser sensato.

Na primavera há força de vida, como as coisas daqui. Amor não é feito de vento, nem toca no piano a sinfonia certa para tu.

As certezas que mais não há, nem chama de amor os males hoje te escondem. Tu! ai de Tu!

E ouvi (houve) o silêncio para nós- pode falar- mas nem isso quer mais.

E eu tenho caminhado, por onde? Não volto mais, quando encontrar o que perdi, se souber o que é, isso desde criança.



sábado, 9 de dezembro de 2017

Segredos do céu

Vou chorar as lágrimas de outono, lembrar e lamentar dos que reclamam do abandono.
Estão em sua agonia, recitando poemas e patologia, que as vezes ficamos assim; coração pequeno e abobado.

Hoje o dia foi estranho, choveu a maior parte, e como se nada fizesse sentido, o frio que havia sentido me mostrou, nas lentes embaçadas dos meus óculos, um horizonte cinza e carregado.

Ouço os pingos no telhado, e a distimia gritar alto aos ouvidos, repetindo que não há solução; vou seguir a minha vida, esse rumo não é para mim, mesmo assim, dói; prefiro ficar quieto e esperar a chuva passar.

No fim de tarde, à meia luz, céu desabando dando lugar a escuridão, fica parecendo que é maior a solidão.

Guardei o sono e aguardei calado o acontecimento previsto do que era inesperado, me tranquei no quarto por longas horas, ao amanhecer de um novo dia tudo, então, fazia redemoinho na minha cabeça, tudo fora do lugar, num mundo totalmente vazio, me via perdido, perdendo a consciência aos poucos, me sentia louco, o que já era demais; o amor é tolo e nos faz tontear, a tolice é opção do mais amargo ser humano que prefere não amar.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Um beijo de bom dia.

Você mora em meu sorriso, fez morada na minha certeza, fazendo a clareza do dia acabar na imensa alegria de te esperar, quem sabe até em vão.

Mas não se precipite, o precipício também é céu para quem sabe voar.

Segurei a tua mão e fugi de mim mesmo, mesmo pensando em certas vezes desistir, de sentir; o chão frio e o corpo gelado, faz tudo isso parte de algo maior, mais certo ou mais errado, incompreensível até mesmo para quem escreveu essa história.


Vou esperar o fim da primavera, para ver quem era que escondia e escolhia as flores que iriam cair, pois talvez, caso tudo dê errado, a gente saiba que, ao menos uma vez, possa dizer: Foi bom ter te encontrado.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Cortesia.

Estranha as torres e maltas, mazelas prontas, mas por que você não fala comigo?
Quando fez ao longe, sinônimo de sabedoria e cinismo, esperto e aflito como qualquer amigo.

Vai fazer tanto tempo. Vai fazer desfeita? A mala pronta e a saudade refeita, como a receita dos olhos e teu colírio, como delírio correto, esfumaçado e delirante. Sabe lá, Deus é mais, porto de tua cama, ou lençol de teu cais, para que nunca mais, se tu cais, cair assim em armadilhas.

Os planos e planilhas que deixem embaixo de tua mesa, a sobremesa posta pós jantar, para nos fazer crer e acreditar que o melhor sempre vem, como o heroico amém, nos avisando que já acabou a oração.

Te peço perdão, se abre minha boca e disse com voz rouca, palavras duras de perdão, eu exagerei quando te desejei tudo de bom, o que saia  da minhas palavras não era som, era, silêncio.

sábado, 2 de dezembro de 2017

Sons que e se houve.

Bom, chegamos ao último mês do ano, possivelmente o último mês de postagem, ates de um período de parada reflexões.
Pretender dar um tempo do blog e duas formas de poesias, pode ser que invente outra coisa pra escrever, pode ser que não, o certo é que minha missão aqui, por ora, acabou. Quem sabe 2019 não retorne.
Não é um a adeus, é um "vou ver como estão as coisas lá fora, qualquer coisa, eu volto"


DICA: coloca música italiana no SPOTIFY e ouça, vai amar. VAMOS A poesia? (ps: o mês é grande, talvez poste mais)


"Quando me acompanha o sonho da América, falta um pouco de nada.
Se não pode se jogar dentro dos amores que te dá, não é assim que a vida te devolverá.
Nada importante, antes que sai, rumo a vida e andará, pois eu não conheço quem me acompanha.
Onde devemos começar, só sinceridade, e a vida que será e porque será, doce e tornará serenamente o que sempre quis ser de nós."

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Mario, cantava mais

E se a primavera não chegar?
Se o amor é imenso há mais do que dar:

"Dias de céu azul
Sem as tranças a mesma não é mais.
Chove silêncio entre nós
Gostaria de te falar, mas você vai embora.
Somente ao final do dia de ontem
Me tinhas como amor
Mas nos seus pensmentos
Hoje não existo mais.


Classe segundo B
O nosso amor começou lá.
Dias de céu azul
Sem as tranças não é mais você.

Dias de céu azul
busco nos seus olhos o carinho que não tem mais
Mas nos seus pensamentos hoje não existo mais

Classe segundo B, quem teria dito que depois terminava aqui? Chove silêncio entre nós, gostaria de te falar, mas você foi embora.

A primavera é finda, mas talvez a vida começa assim.
O amor feito de vento, o primeiro lamento foi você
A primavera é finda, mas tavelz a vida começa assim.
O amor é feito de vento, o primeiro lamento foi você"

 Dagli Occhi Blù

Quando o inverno dura o ano todo.

Qual sorriso te veste melhor e te inspira mais calmamente.
Quantas rosas que te expira, seus sons e odores que respira, nas noites quentes que machucam teu corpo frio.
Seu pior calafrio esbarra no no som do opaco silêncio, dando guarda-chuvas nos teus incêndios, calando e contornando qualquer tempestade dessa tua vida curta e comedida.


As músicas me fazem lembrar do teu sorriso e quando não as ouço, vejo teu olhar no silêncio.

Ainda espero tua ligação no fim do dia.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Quase meia noite.

Ela anda por ai e não retorna aqui, finge que esqueceu e que não deveria sorrir.
As insanidades de suas mãos tropeçam na sua voz, nenhum de nós é capaz de dizer o que ela sentiu.
Sobrevoando plantações e rios de águas rasas, nosso navio parte esse mês, para alguns tanto fez que tempo fará.
Estava olhando os botões de rosa do jardim, fragilidade e tempo, só isso me vem na mente, enquanto contemplo a natureza, me sinto parte dela, para que ela se sinta parte de mim.
Pequenas coisas, como batente de madeiras nas portas, chão gelado e sofá inabitado.
Como correr do chuveiro direto para o cobertor, aqui nunca faz calor, nesse frio que corta os lábios e os labirintos mais perdidos de nossas lembranças.

Eu ainda era criança quando tudo isso aconteceu, por sorte não tomava conhecimento das verdades do mundo, pior, sequer concebia mundo, aliás, quis mesmo me deixar em paz, para a vida fosse mais importante que o dia de amanhã.

Vou desligar agora, meu filho acordou e está chorando desesperado. Até outro dia.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Aquarela démodé

Eu vou fazer deserto da minha espera, como um comboio sombrio de minha alma, ofuscando qualquer papel rasgado, jogado no emaranhando de tantas cartas, não tão vazias, não tão inúteis; faz um tempo que as palavras perderam todo o sentido.

Não me importa o passado, desde que ele não se faça presente, é como a gente poder olhar o sol sem perder o foco da visão, é a tranquilidade de saber que você me conhece por inteiro, interior do meu coração, sabe quando vem sincera a saudade, no ritmo louca dessa rua de domingo e sua tranquilidade- aqui dentro nada acompanha essa tarde tardia e tormentosa, lenta...


Vai que a gente não se recupera, e que a vida estúpida e insensata congela a dor e nos promete dias melhores, por mais que a gente entenda que tudo vem a passo lento, meu olhar é raiz de toda imediatez, centro crítico do meu problema: te quero agora, se demora, pois lá fora a eternidade dura bem menos que uma hora.

domingo, 19 de novembro de 2017

Plano cartesiano

E o que te impede de dizer o que teu coração grita alto aos teus próprios ouvidos?
Vai esperar a dor tomar conta de teu corpo para ver florir no rosto sorriso sincero.

Ontem à noite vi ervas daninhas e pequenos pontos de luz branca no céu; teimei que era você me mandando um sinal, ou acreditei que seria eu te mandando um boa noite.

Acredite, se fosse por mim eu já teria estado em teus braços por todo o verão, mas durante o passar dos dias acontecem coisas tão insanas e sem explicação, que a última oração da noite a gente deixa pra outro dia.

Olha o retrato na parede e os movimentos curtos, a vida ou um cigarro- ou o que acabar primeiro-. Quando a pele que toca é áspera e cratera, não me contento e talvez repita isso, infortúnio, por resto da vida.
Sim, talvez tenha perguntando de ti apenas por curiosidade, ironia ou silêncio, costume e despretensão, mas eu não queria ter que me preocupar com o tempo ou o dia dez de cada mês, outra vez, prefiro ficar quieto e orgulhoso, solitário e infeliz.

Garanto que a resposta pode ser aquela que nosso coração implora, porém não posso prever o futuro e o silêncio, quiçá como única solução e alento.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Desembarque "A"

Faz tempo que não vejo o tempo virar, via a chuva fria e o sol que volta a brilhar.
No escuro dos teus olhos não via a nuvem que acompanhava o voo dos pássaros fugindo do inverno.
De tão longe e tão desconcentrado vi num vulto- e coisa rápida- passar a juventude por aquela esquina que dava na tua rua, e as estações- frio, frutas, flores e calor- de trem tinha destino e distância certa.
-Ora, claro que sim, arruma meu cachecol, esse vento gelado é insuportável-

Vem como a leveza de uma carta, um bilhete ou uma lembrança, fazendo valer os cabelos brancos e a mudanças da árvore da minha rua, que hoje, vai saber, nem é mais minha.

Ela iria se despedir ao entardecer, tinha hora marcada, deixou marcas do compromisso pelas ruas de pedras da cidade. Vai partir na hora exata, partiu no caminho e meu coração, fez morada eterna no horizonte que faz desaparecer nos trilhos e na fumaça.

Ele ainda fala de saudade e de coisas do cotidiano, vez outra esquece, reconhece que a vida tem dessas coisas.. O velho desembarque "A" de passageiros, assim como toda a Estação de Trem, está desativado, não que isso lhe deixa preocupado, mas nunca conseguiu desativar as memórias daquele lugar.

Como faz todo fim de estação (saindo da estação, pois do nada o tempo virou- seu inimigo- trouxe tempestade) olhou mais uma vez pra a curva no fim do olhar-horizonte- deu tchau para ninguém e saiu correndo, protegendo-se da chuva, deixando outra vez, para trás mais um ano que não volta mais.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Teorema de Pitágoras

O exagero me cabe o nu, retilíneo e descompassado, olhos azuis embaçados mirando a janela simétrica do qualquer amanhã.
Como pode o poema ser tão preciso, fazer tanto sentido se as palavras não traçam exatamente o que a gente tem dentro do coração?
Alvenaria e reboco, fazendo pouco com quase nada, de um tempo sortudo e ingrato, mancando os traços, sombreados e sem graça, sem regra e agrados. Correspondendo cantigas cômicas de uma rua que cheira e transpira infância "Que era só descer e dava no teu colégio, que era só dobrar a esquina e o prédio, no clube de piscina vazia que fazia a praça encher de gente... mesmo quando só tinha a nós".
Olha que bobagem comprar o terreno ali ao lado do céu preto, cinza e nublado, sem estrela dessa tua nova morada.
Serão, serias e sérias promessas, cada uma com sua própria corrente, fugindo da correnteza em pedra, qual não foi teu pior sorriso de primavera, a espera e no espanto de tanto e quanto, sem entender, temer a morte e os marinheiros.
Não se precipita no precipício, próprio dos fins de vida, ora corre desenfreado, ora se retraí esquecido e distraído. Sei que tem medo de deixar de existir e que se aguarda na vida, todos os pontos de luz da rua, como se fosse cada um lembrança e sorrisos.
 Teve um sonho de pousar e pausar os anos, continuou argumentando "por esse caminho daria certo"  mas como saber... se de lá ninguém jamais voltou.

domingo, 12 de novembro de 2017

O som da tua voz.

Eu esperei tua ligação, a luz e o sol do meu sorriso iluminar o teu caminho de volta.
Volta, já não há mais tempo para temperar essa distância com saudade.
Vai dizer que não pensou em mim quando pensei em ti, que não deu a menor vontade
De quando eu falei tudo que queria, me calei nas palavras e a na poesia... gritei horrores e contemplando painéis e portos, praças e aeroportos onde você passou, empurrando sua mala, fazendo cara feia para o calor.
E com minhas manias de coisas inacabadas, termino por aqui... inacabado.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Breve momento e relato

Se não for pelo barulho não quero ver as coisas mudarem.
Troco essa dose pelo teu abraço, essa ressaca pelo teu encontro.

Não deu certo nenhuma canção, por isso não daria certo poesia fora de hora.

sábado, 4 de novembro de 2017

Há mais um dia na cidade concreta.

Não vou dizer que os encontros não mereceram os sorrisos, mas já guardei tanta coisa por tanto tempo que viver assim, arredio e esquecendo, não vai valendo, cada centavo da tua presença.
Com meus medos e ignorância, eu amplio essa distância, que mede meu ser do teu olhar. Sei que podes me ver do outro lado do mundo ou do outro lado do quarto, mas cada vez que eu parto, partículas de solidão surgem dos blocos das paredes.

Fiz poesia do seu retorno, talvez você nunca tenha ido, fugido ou escapado, talvez meu coração apertado, sorrindo e amargurado, tenha vivido seu período barroco, talvez pouco que eu entendo de mim faz toda diferença quando contigo não me entendo - louco -.

Tenho certeza que as canções, cartas e poemas são esquemas montados num céu de estrelas, tenho convicção que em algum canto do planeta, descansa soberana a inspiração, chovendo mundo afora nas mentes e corações dos poetas desvirtuados, rima perfeita fora de época, pois na terra dos encantos quando o desvairado termina sua poesia, dança com alegria, os deuses do reencontro.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

O retorno da primavera

Senti teu cheiro em alguém que passava, mas sei que está tão distante, longe do alcance dos meus sentidos.
Às vezes a gente se embriaga com sensações do mundo tentando lembrar ou esquecer, sendo fortes e espertos, porém só nós sabemos o que de noite acontece, ou mesmo de dia, quando a maior alegria - ou não - é sentir o cheiro de quem não se vê mais.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Cinderela Sono

Quanto tempo não te vejo aqui, será que já esqueceu de tudo assim?
Como tem passado? qual teu presente? acende a luz ou dorme no escuro, temendo a sorte ou o desejo do futuro.
Será que vem a mente, no meio do dia, angustia e, por incrível que pareça, alegria de lembrar do meu rosto fazendo desenho na luz do sol que encobria os teus cabelos?

Não creio que o sono e os sinos me distanciam do sono, acordo tarde para que o dia diminua, para que eu veja nua a lua que teimosa insiste em varar minha madrugada, como se nada, nada mesmo, fizesse efeito.

domingo, 29 de outubro de 2017

Colserto

Na sua cabeça ele era o rei do mundo, parecia vagabundo.

Daria um tempo, um suspiro no relento, eu estou no limite do meu ser, minha alma rasga meu sentidos.
Qual a falta que faz, que tanto faz,  um ser sozinho, que olha tudo ao redor, que se sente menor, nos disfarces dos farsantes e fantásticos vestidos de fantasia.
Quem sabe que será algum dia, muito de nós nem saberia, todas feitiçarias e feiticeiras são anônimos marcados pelo destinos.
Sozinho em mesa de Bar, insurgente em dias a repensar, que eu sinceramente preferia fugir de mim mesmo.

Adeus meu eu, pois eu, não sei qual o dia certo se ser feliz.

sábado, 28 de outubro de 2017

Cavaleiro negro.

Um pacto ou um ensaio, com o diabo ou Nostradamus, todos cegos sem saber para onde vamos, romeiros sem dúvidas e certezas, numa corrente de oração. Viajantes perdidos olhando o horizonte fervendo, tremendo de medo, frio e solidão, uma multidão de gente solitária e sozinha, fazendo gracinha com a TV, para fingir esquecer que há algo de estranho no fim da procissão.

Alcateia de amaldiçoados, pobres desgraçados sem inspiração, tomando quedas quando acha que já cheirava o céu, fazendo escarcéu com o pior das horas semanais. Beijando bestas e animais para fazer sacrifícios involuntários, alguns mais afoitos; otários, outros menos acurados; retardados, mais de maio, mesas e mezaninos, enforcando deuses e meninos, crucificando selas e cavalos, montarias que nos levam para eternidade, tudo isso é vaidade de chegar a certa idade e achar que pode se salvar.


Quando menos se espera, um se retira, vai embora sem dizer adeus, esperando em Deus ou  de um ateu respeito e afago, atirado no profundo dessa lição dada. Vamos reformar nossa alma, para ter um muro que torne impossível ver além da gente mesmo, precisamos acorrentar nossa lógica, criar uma história mais bem contada, queremos ser menos racionais, clarividentes e esperançosos, devíamos ler menos, aprender menos e se possível, esquecer que existimos.


quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Cartolina e Sombras






Alguém em algum lugar respira saudade, o povo quieto e as ruas paradas, jeito de lugar pacato que mais inquieta meu coração.
Passaria em frente à sua casa, poderia ir a outro lugar, mas vai que dou a sorte de te ver perdida na frente de casa novamente.

E quanto tempo sem sua voz e sua presença, sua descrença que as coisas podem mudar, quanto tempo sem essa distância, a gente vai vendo o mundo ter menos pressa.
Olhar o céu e a rua deserta, mas cheia de gente, que desperta memória, chuva, lembrança e tantas outras coisas mais.

Mas o mar se acalmou, já sei que os tempos mudaram, já não devo insistir ou sair solto, embriagado e descoordenado.
Vai faltar luz hoje à noite e se o céu estiver iluminado vou mandar partículas de solidão, para teu olhar refletido no céu, vai chegar além das montanhas.

O sinal de telefone vai cair, se todos estiverem consternado, a tal ponto, e tanto, de ficarem calados, vou gritar e o som da minha voz vai cruzar os ventos, e veloz você vai ouvir o sussurro, abrir  a cortina, ver pelo vidro opaco a rua vazia e não entender que ali ninguém passou, nem vai passar.




terça-feira, 24 de outubro de 2017

Palidez

E é insegura, minha vida é uma ruptura entre te querer demais e querer viver. Nada segura minhas lágrimas quando, que merda, penso em você.
Mas não tem necessidade de fazer promessa interna, não tem compressa de gelo ou passado ariano.
Controlei o interesse e ímpeto, mas nem por isso me sinto perto, prefiro cambalear a dizer que caí, mas assim que tiver inspiração escrevo coisas ao teu coração

sábado, 21 de outubro de 2017

Vou contar loucuras e felicidades, para onde eu for.
Sou cantor de doçuras e inverdades, mentiras de amor
Vou cantar arrependimentos e promessas, nada disso me resta.
Te olharei perdido no tempo e abraçado nas horas, pouco importa agora, onde você está? em c am d (cap 5)

E eu me despedi, (te abracei vocalizando) querendo ficar.  G transição C D C AM D
Me resolvi, olhei pra trás, disse adeus sem querer falar
Sabe lá Deus, quando a gente se perdeu, querendo se encontrar.
Sei lá eu, GCD o que me deu C. madrugada e te ligar AM D?

Vou estar a tua procura por toda cidade, seja lá onde for.
Sou ator, de amarguras e complexidade, tudo culpa do amor.
Vou andar sem sentimento e depressa, nada disso me interessa.
Te abraçarei no espaço vazio, ou no seu corpo frio, pouco importa o que sentiu e onde está?


quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Colenda saudade.

Está escuro e silencioso, mas ouço sua voz, vejo teu rosto, muito a contra gosto me descanso nessa solidão.
vejo tudo rodar, sinto as pontas do meu corpo geladas, incomodo no estômago, sinto o coração pequeno e apertado, sinto votnade de chorar, mas não choro.

E o mais difícil é o que sinto e não sei explicar.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Memória minha

Escondo meu rosto, as marcas no meu corpo, preocupações intermináveis que abalam meu sistema nervoso, quando minto para mim, quando canto assim, querendo chorar.

Outro dia a gente se encontra, hoje estou sem coragem de sair de casa, talvez quando tudo melhore, ou eu implore sua atenção, você irá entender que quando segurou minhas mãos tremendo eu só quis ser eterno em seus braços.

As coisas têm me causado preocupação, sequer consigo dormir e finjo ser outra pessoa, mas no bater da porta de casa, me deparo, dou de cara, com minha própria imaginação.
Queria ser louco ou sem memória, para não me dar conta de tudo a minha volta, aprender o segredo das coisas, depois ficar maravilhado por não saber.
Queria ser tolo, sem medo e coragem, fazer da ignorância carruagem e poder desfilar por essas ruas, que chamo ironicamente de vida.

Mas cada noite é uma noite a menos, onde destilo pros outros tranquilidade de paciência, mas minha crença concreta me empurra para o sono... Luto quase sem forças, só pra dizer que jamais quis lutar. Te peço perdão do que nunca fiz, e se te faz feliz, te quero de volta.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Horizontes calados

Se estou feliz ou não, se conheço meus medos ou não, nem importa. Se queria muito te ver ou te falar, se agora você está distante em tempo, espaço e pensamento, quando na verdade a gente se conecta com a mente.
No fundo eu sei que os dias não querem passar, mas não houve erro, mesmo assim a gente se machuca demais.
Se conseguir olhar o horizonte sem lágrimas nos olhos e saudade no coração, não me procure, mas se as horas também lhe pesam o coração: me procura que eu te encontro.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Tremendo

A noite não acaba, o sono não chega, sinto meu corpo gelado e tremendo. Queria a segurança de ser criança e não entender de nada, queria a calçada e meu sonho sintético.

E eu sei que seria melhor se eu parasse de pensar em tudo isso, mas não consigo.



Por hora, só isso.

domingo, 8 de outubro de 2017

Não lembrei...

Existem pessoas que mesmo vivas morrem pra gente, existe gente que não se importa com você.
Alguns dias são fácies de saber quem realmente para pra pensar em suas escolhas e dilemas, gente que você sempre lembra e estar rente, mas que de repente, se quer se lembram.


Por isso, e dianto disso, de hoje em diante, não olhei para trás, nem para essa gente, que só se importa consigo mesmo, que só querem te sugar alegria e tudo mais. Mesmo sendo duro, é foda saber que você é útil quando pode dar algo.



Desabafo? Talvez.. mas isso não é da conta de vocês.



Avisar aos meus queridos amigos leitores, se é que ainda tem, que em dezembro me despeço do blog.

sábado, 7 de outubro de 2017

Vai ser só mais um dia

Como de costume, sempre tem uma postagem no dia do meu aniversário.

Fiquei tentando lembrar de como foram as outras dos outros anos, quem eu era, como era, o que pensava, sinto que a mudança me foi trazendo até aqui, mas sendo MUITO SINCERO, queria voltar no tempo e ser e estar naqueles anos. AS COISAS NÃO DEVERIAM MUDAR, o tempo não deveria passar, há, sei lá, qualquer coisa de cruel nisso, mas vamos lá? Tentar fazer essa postagem de 2017!!!


Olha quantos lírios perdidos no chão.
Quantas horas loucas jogadas na cara.
E essa distância toda que maltrata nosso coração.
Sei que assim como o ponteiro desse relógio, ele dispara.
Um par de meias novas, portas abertas e coisas simples do cotidiano.
Essa gripe infernal, esse medo anormal, o mês que não acaba.
As frases mais simples e idiota do nosso dia, quem já devia estar voltando.
O calor e o consolo de caminhar na chuva, dando tchau de mãos atadas.

Veja como nada faz sentido, note a mancha no seu vestido, logo nesse que você mais gosta, alguém grita e até aposta que sai com sabão de coco, e eu bobo, sem entender nada dessa coisa de fazer uma coisa pequena fazer o dia, a semana, aliás, o mês valer a pena. Eu tenho, acredite, tenho lutando com todas as minhas forças para fazer a vida ter sentido, mas confesso que nem sempre consigo.
Não tenho a resposta e desculpas para as minhas mentiras, afago para os meus medos, como tudo do destino é imprevisível, agora mesmo queria o teu abraço, raso, simples e sem custódia. Só pelo fato de que tua carne me acalma, que o calor dos seus pulsos me fazem sentir melhor. Mas a gente só sente e sobra quando está trancado, preso sem poder sair, do próprio quarto, da própria alma.
Não vai chegar ninguém e dizer que está tudo bem, pra ser honesto, por vezes era eu quem era essa pessoa.

Começo a desconfiar de mim mesmo, ou admitir, que nunca acreditei.


E vou por frases dos outros dias "sete" dos outros anos:

"Que os dias venham e que eu nunca me deixe levar.."
"Procuro sentado um sentido para minha vida, e sinceramente já nem me importo mais, me preocupo em conseguir acordar."
 "Os que me olham enxergam pouco, me entendem como louco"
" mas se me faltar equilíbrio, quando eu me descarrilhar dos trilhos, bom, se isso acontecer, que eu olhe para trás e veja todos que passaram por minha vida, me olhando, e dizendo, vai, vai em frente que a gente torce por você..."
"Vamos em frente que o presente é meu...."

"Deus me deu tudo que eu pedi, na medida em que eu podia receber o que pedia, do jeito que podia."

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

As paranoias do meu dia

Quantas vezes o silêncio e a chuva me fizeram pensar bem antes de qualquer palavra. Quantas vezes pensei em desistir de tudo e dizer a verdade ao mundo, mas como o tempo passa eu pensei melhor e hoje desisto e insisto mais nos pensamentos do que nas pessoas. A verdade é que a gente sente e tudo pode nos fazer chorar.

Faz um tempo que eu durmo cedo, que eu tenho medo e que tudo isso me faz repensar: Se mudo meu jeito, se sumo de vez ou se reflito um pouco mais.

Eu sempre tive a resposta pra tudo, sempre fui seguro, agora por pouca coisa me desespero. Como se faltasse algo que não tivesse ideia do que fosse, ou se tivesse tanta certeza do que seja, que escondo a resposta de mim mesmo.


As paranoias do meu dia não me afetam, ao contrário me equilibram, entre ser um sujeito despojado e alegre, arrogante e sarcástico, eu sobrevivo mais como um ambulante, que passeia entre sorrisos sinceros e risadas falsas, alegrando bem pior os que não fazem questão de fazer o mesmo, e causando inveja em quem tem o espírito tão pobre quanto o meu.


Vou mentindo de tudo a tudo, enquanto posso, porque se a verdade não faz sentido, também não faz efeito, e talvez se a sinceridade for meu defeito, sem dúvida, essa é mais uma mentira.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Tudo pago

Acabei de pensar em você, veio como um estalo, um sopro. Você apareceu na minha mente como uma lembrança inesperada, logo embrulhou meu estomago e apertou meu coração. Na pensamento choro preso  e sorriso contido.
Difícil dizer ao certo o momento certo qual pensamento foi, sei que veio a lembrança de um lugar cheio de gente, andávamos apressados e outrora cansados, ouvindo as músicas ruins na TV, mulheres cantando coisas incompreensíveis.
Começo a desconfiar que não foi o pensamento que me trouxe você á mente, mas essa tarde quente. Este clima de distância e silêncio me lembrou tua presença, e ao escrever presença mais uma vez tive que controlar em rédias minhas lágrimas, tiranos e que atiram em mim conclusões cruéis.
Será que estava pensando em mim também? É possível. Qual canto te encontrarei? e sei que se pudesse sairia correndo pra te encontrar, chorar em teu ombro, pedir perdão, ou melhor, nada dizer. Sei que está sofrendo, a casa vazia parece que duplicou de tamanho e cada dia que chega, exausto e confuso, me olha ausente em tua cama, baixa a cabeça e volta pra cozinha, onde a lembrança também ainda é viva.

Cuida do nosso destino, ele se perdeu e dormiu na calçada em frente a tua casa, onde faz tanto frio.
Arruma um jeito de me ligar, nessa correria do teu dia, e faz aquela voz, que quando faz eu rio.
Vem me ver qualquer final de semana qualquer, vem fazer o mundo ser colorido de tanto perder a cor.
Queria de volta teu carinho , mas pelas voltas que o mundo dá, acabei sozinho.
E agora procuro inspiração para escrever esse poema depois que essa tarde acabe.

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Leia as notícias

Estou ouvindo todo o barulho que meus ouvidos não estranham. Deveria me sentir poeta e melhor que todos, mas só estou velho, Ressentido e acomodado. Essa juventude que perdi nunca esteve comigo e me sinto estranho onde deveria ser rei.

Qual dia me acostumei em ser pacato e frígido? Eu tenho certeza que tua pele e meus lábios são soníferos e paralelos inconstantes. Fiz algo de errado, e sei que todos meus erros me fizeram ser pior do que gostaria de ser.
Você não era o tipo de pessoa que eu esperava, mas de tanto esperar espirrei atônito em mais um setembro sinistro.

Amanhã esqueça, nada vai valer o fim de festa.nem o que não resta
Porta trancada e alucinações que acabam coma realidade
Os corpos se mexem se movem e não fazem sentido. Queria viver para sempre e nunca vou entender o movimento dos astros e das tuas mãos, que me não deixam certeza. Se tudo fosse assim como eu penso.
Aeroplanos e métodos, coisas inúteis bem invisíveis.
Eu quieto e calado não estou bem triste, só observando .... Não vou fechar meus olhos para o que aperta meu coração. Não vou sentir pena dos pinos e pontos. Acho que todo papel do mundo não vale a mais miserável poesia.
Talvez não seja a pessoa certa, nem a pessoa errada. Talvez eu tenha entendido os sinais errados. Bom, ainda sou antigo e sonolento.
Estou triste e essa festa alheia me incomoda. O brilho que fez teu beijo no som falho e teu modelo de felicidade não me faz sorrir.

De todas a mentiras eu prefiro a que não machuca, ainda que ela seja ilusão. De todas as verdades eu espero as que não maqueim sentimentos.

Mas de todas as noites, eu espero que essa acabe logo

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Morango e Chocolate

Sei que tem nessa tristeza qualquer coisa de esperança, feito a bailarina menina dos teus olhos que quando chove se tranca em casa, que passa e não observa a beleza da praça, do vazio dos bancos e da cruz pendurada no meio do caminho.
Em cada sorriso forçado, retirando os escombros e entulhos da alma, como se fosse fácil fazer o mundo acreditar na sinceridade de uma solidão, era mais que isso... A gente tinha muito o que dizer.
O desespero de querer dar certo sufoca e constrange, talvez seja essa a verdadeira dor;  aquela saudade que acomoda a solidão nos braços, um medo desgraçado do "como será daqui pra frente", sempre em frente olhando para trás com olhar pesaroso. Fugi o quanto pude dessa lembrança, mas está consumado, em minha cabeça dei fim ao que meu peito ficou meio balançado, por mais que eu escolha a razão, eu ainda tenho muito o que saber dos caminhos do mundo.

Ontem lembrei de você, queria te falar das noites que chorei pensando, dos dias que perdi lembrando, das horas que me pegava perdido mirando o nada, do tempo que pregava que o tempo era meu escravo e eu dono do meu destino. Hoje, fraco e esquecido, admito, o tempo é meu senhor, meu dono e diretriz, e enquanto puder, vou sentir muita falta sua e ainda assim fingir que sou feliz.

domingo, 24 de setembro de 2017

Indubitavelmente.

Como seria teu sorriso hoje? Faria sentido pensar nele e derramar a lágrima que agora derramo?
Teu rosto lindo arranca uma lembrança boa, tua alegria atoa me deixa feliz, quando aquela tristeza sem noção me aperta o coração, tanto espreme que derrama lágrima.
Faz tanto tempo que não te vejo chegar, que não vejo você inquietar tudo ao seu redor, não vejo mais o brilho do teu sol, esse teu jeito e olhar. Queria ouvir que está tudo bem, queria saber que está tudo em paz, afinal, por aqui está tudo igual.

O Céu não deixa a chuva te mandar notícias suas, e olho pro sol com a mão no rosto, fingindo não ter desgosto, depois que passa agosto entra a uma saudade pela porta dos fundos do meu coração.
É um ciclo e um ciclone, todos anos distante agora não fazem sentido, se teu toque de pele nunca mais estará perto da minha.
Ouvindo aguçado, sei que teu sofrimento descontrolado, e olhe que ainda hoje pensei como bom seria o futuro calmo e tranquilo, mas não era isso, o destino, às vezes, nos alerta, melhor viver de porta aberta do que trancar a janela por fora.

Adeus e obrigado, fez valer o canto mal falado, do mais estúpido gemido. Escondido nos escombros a gente agasalha nossos corpos, esperando que a infância seja alento na velhice lembrando do "quem disse" que tudo poderia ser mais divertido. E a cada erro e tropeço eu escorrego sem propósito, fingindo tirar disso aprendizado, quando na verdade eu só queria tocar meu violão assim que o sol nascer, mesmo estando esses dias em terna e eterna escuridão.

sábado, 23 de setembro de 2017

Calma e respira

Eu sinto que minhas noites estão acabando. Talvez o amanhã nunca chegue e um dia nunca chegará, não nada, nem esquinas, nem bebidas que farão com que eu esqueça que um dia não estarei aqui para sorrir ou para te ver sorrir.

Se passam os dias e eu desesperado e contestado que sabes que estamos perdendo tempo pensando numa solução para esse medo terrível de um dia fazer falta.
Minhas desculpas e promessas, remessas de nossas  manhãs do tempo que passou.
Tuas perguntas, inunda minha memória de lembranças rabiscadas nos sóis sorrindo no parede.
No final de tarde não tarda de tudo mudar. Para onde nossa vida andou que desandou a gente de não se encontrar?
Quantas vezes mirei teus olhos na esperança que fosse tudo eterno e quando me desconcerto tentando explicar toda essa distância, você sorri, feito criança, dizendo que tudo vai ficar bem.
Vou me despir e despedir dos lamentos, lamúrias e gravetos do chão, dos bancos dessa praça, do quarto dos meus pais.
Faz tantos anos que nem lembro mais..
Mais calmo, respiro algo, sensação de frio e solidão tomam conta das paredes dos apartamentos, as cidades grandes contemplam e vomitam saudades, e você acorda cedo para pegar a estrada, deixando a porta aberta, deixando tudo dar errado, fazendo questão de se esconder desconcertada.

Vem, que teus olhos me chamam, e não sei onde está, mas te encontrarei, sentindo que nada foi em vão.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Sete esquinas

Há quanto tempo não te vejo. Queria ver gasta minha paciência com sinônimos e sinais, algo a mais que mereça minha motivação.
Março e marcações, miragens que mostram a gente criança.
Será que teu sorriso vai saber o quanta saudade faz, quando lembrança traz.
De repente pousou ao meu lado um espirito que falava sem parar de ti, dizia de tua idas e vindas, flores e tormentos, querendo me descrever cada detalhe teu que tinha mudado, por onde você teria andando, quem você era agora, de verdade. O nome desse espírito era SAUDADE.
Nada do meu passado, nada, acredite, NADA MESMO, me dói mais do que nosso presente.
Agora peço sua ajuda para te esquecer, não, sua presença não aguça imaginação, amarga a realidade.
Decidi que vou ficar na dúvida.



quinta-feira, 24 de agosto de 2017

NEOQEAV

Passei pela morada dos teus olhos, como encontro matinal em calçada terna. Te desejei boa sorte, como velho amigo que deseja uma longa conversa. Não procurei rimas no meio dia, nem fantasias durante a noite, foi consciente-tal qual esse bole de vinho- que, incoerente ou não, tive nos anos da juventude controle, fugaz, de toda a minha vida. Como a gente erra quando não sabe que os erros são tão nocivos, e hoje temos noção, mas agora não adianta mais.
Diamantes e delírios fazem com que o céu pesado desabe nos escombros das nossas memórias, lágrimas como portais que abrem as portas das mais inacreditáveis saudades. Quando criança tudo fazia um sentido que não precisávamos explicar, pois, claro, já fazia sentido. Hoje, até as coisas óbvios, nos derrubam sem sentido, pois é, sem sentido algum.
Cartas e convites jogados na caixa de correio, aquela casa enorme, como afronta as demais, aquele teu parente que se ausenta em todas as presenças.
Já pensou se tudo fosse mentira? E ainda fosse meio dia, e tua blusa branca em frente ao espelho do banheiro te apertava a cabeça na hora de vestir. Pensou por um minuto  aquele restaurante de primeiro andar ainda tivesse aquele simpático garçom? Ou então, se você se lembrasse da velha brincadeira do NEOQEAV...Que cruel... Que cruel...

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Assombra

Era uma quarta calada, consumida pela sua distância e silêncio.
Vou te encontrar nas folhas que caem com a luz do sol, vai restar de mim esse sorrisos, e a vontade que tudo desse certo, que tudo fosse diferente.
Queria voltar ao passado, ficar lá parado só observando o tempo passar.
Volta, que faço tudo diferente, não espera que a gente decida pelo destino.
Cada curva do teu paradeiro me desmonta inteiro, porque não soube subir em passos para te dizer e rever  que nas noites do meu dia eu sobrevivi entres sonhos e agonia. Quando foi deixando uma carta:
"Tuas minas e pedras.
Desatinos e retinas.
Flechas que te darão nada entender.
Deixas que não deixarão claro tua intenção.
Certo que tuas ausências farão falta.
Como cortina e pirâmide que ostenta um faraó."

E a gente sabia que a carta só dizia "fui, mas não queria ir."

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Camareira de luz.

Debaixo de um teto segurando minha mão, conheço tua dor no peito como conheço essa solidão.
A verdade é que a gente vai mentindo e descobrindo que as pessoas que tanto nos cobraram lucidez são, de tudo uma vez, pessoas sem pudor ou sensatez. 

Migalhas de tempo, cronometrando um destino infiel, suportando o frio, mesmo com sol no céu, adormecendo no relento.

Para que entres na vida pela porta de frente, negando ser desse mundo, se contorcendo de medo de tristeza, vendo o tal do amor fugir pela porta do fundo.

E verás, nas veredas das frestas e das janelas que o compasso marcado da distância, e o barulho das distâncias, escolhas e escolas, que ensinam que a infância é facínora quando a gente descobre que o mundo é cruel e as pessoas se divertem com isso.

Que esteja pronto nos meus lábios o desatino e o desencanto, e pegando fogo nos meus olhos a coragem de deixar tudo de lado e seguir em frente.

A noite vai acabar, e que com ela se acabe as angústias, amores, férias e precipitações, pois essa semana vou estar escondido no som surdo das palavras não ditas.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Quando partiu sem direção

Não compreendia o fim da dor como o fim do existir, não via nas pessoas nada que me alegrasse e sabia que a chave de todo esse conflito de tristeza era eu.
Só cabia a mim decidir, não queria te afastar você estando perto, e em cada triste despedida, me doía ser eu por toda minha vida.
Em outros tempos eu era infeliz, desse mesmo jeito, só que não admitia.
E eu contei tudo, disse tudo que meu corpo desnudo e minha alma sórdida quis e podiam dizer.
Até as dores mais incompreensíveis, e eu resolvi fugir, para encontrar meu caminho e contar que me perdi várias vezes, mas alguém já está dormindo em silêncio, despreocupado, trabalho cedo no outro dia, ao teu lado, besteira, só queria dizer que fiz o que podia, o que devia, o que prometi e nunca deveria ter feito.
Agora olho para os quatro cantos do quarto com olhos cheios de lágrimas procurando uma solução para tudo que eu criei de problemas, vai ver que a vida não respeita certos momentos da nossa vida.

Mas há um gosto de gim na sua boca, já conhece o mundo por outros olhos, mesmo deixando de vir todo fim de mês para seu mundo, a destino vagabundo, pra ver o sol menos forte na ponta das montanhas.

Tudo bem, era de se esperar, pra quem tem um olhar profundo e opaco qualquer luz solar incomoda as vistas.

Mas não há fim para o que a gente traz no peito, por isso faça as coisas por você, que pelos outros a gente só pode fazer falta.

Ao teu lado.

Respire baixo, pode acordar quem está ao seu lado-do seu corpo- mas seu coração bate em silêncio, compasso lento, ladrilhando as paredes em que estão pousadas as borboletas do teu estomago.
Seu tempo precioso, receoso e ressentido não pode ser perdido com fantasmas cheios de sangue quente e mãos vazias.

Como porres, valentes verdadeiros, o sistema nervoso se desloca errante pelo corpo, um respiro morno, matutino, mostrando que o frio nas extremidades do corpo é pura falta de controle.

Quanta vontade de chorar, quanta vontade de chorar... quanta vontade de chorar.

E por essa noite não chorarei, pois o dia tem universos durante as horas e a gente é só poeira cósmica no passar dos minutos.

Quando você chegar ou eu for.

Queria te dar um abraço agora, apertado, como não faço há muito tempo.. e chorar como criança que tomou uma queda.
Porque é difícil saber se isso que sinto é dor na alma ou no corpo, saber se o frio que sinto no rosto é o vento gelado ou lágrima querendo sair.
Teu primo, teu sino e sotaque, velas de um barco aceso. Como se lesse Vitor Hugo todo dia 12 do mês de julho, como ato espúrio de mentiras e manivelas.
Mas mesmo com o corpo paralisado arrisquei um "olá", sem saber conviver com essa coisa aqui dentro, querendo ser sútil e direto nas palavras, como das vezes que a gente se recusa a sorrir- e quer dizer "não estou bem, me deixa dormir"-
Quando alguém que sabe da tua história te conta algo que te destrói por dentro, que te tira a pintura do sorriso-mesmo estando pendurado na parede de teu quarto- e você por dentro sentido amargura e vontade de ficar só, mas tem que fazer sala, com um selo invisível escrito "não me importo mais, já estou bem." Que bem que nada, a gente lembra e se depara com coisas que nos fazem tão mal, mas tão mal que se as pessoas soubessem evitariam de dizer besteiras e saudades.

Um desabafo de meio de semana, doença inesperada de retina pura e clara, inocência de quem não faz ideia de que as palavras dilaceram mais que navalha- como é difícil-

Quando você chegar, me fala da tua saudade, dela quero me alimentar, seja em sonhos ou em pouca distância. Mas se não vier, me avisa, que eu paro de achar esse tempo de solidão bom, já que iria acabar.

E quando nada fizer sentido, para mim ou para você, se desveste dessas coisas do mundo, que nos apertam e nos corrompem, já que a morte vem, e como a vida vai a gente passa desapercebido, sem ter certeza se viveu ou só esperou a tudo terminar.



segunda-feira, 26 de junho de 2017

Verão a única

Teu cheiro morando em meu passado, arquitetura dos teus olhos ensolarados, brise forte desse teu sorriso sensível, que tanta falta fez, que tanta falta faz, que tormento fará, sua falta e tempestades em finais de semana atônitos de setembro.
Entra julho puro e piramidal, e teu corpo no espelho em espiral, dos maiores e desconcertantes desencontros. Faz tanto tempo que a gente não se vê.
E quando cair a chuva desacostumada no para-brisa do meu carro, eu vou arrancar uma lembrança desse teu sorriso, pois as ruas do meu mundo tem mais estrelas pra gente olhar e te dizer que é preciso:

-Volta, volta sem pressa que a vida é essa volta toda que nos dá, que cada tempo que gente perdeu se perdeu na falta de tempo que a espera costuma aguardar.-

Conserva calado, o som dos passos apressados, daquela praça e dos semblantes dos andantes, que ninguém tem 15 anos pra sempre, mas sempre vai ter do que lembrar. Outra hora a gente descobre que amanheceu, que amadureceu, que reconheceu que queria ficar um pouco mais, com um pouco mais de sorte a gente também descobre que se descobrir foi a melhor descoberta dessa semana.

As escadas e os escombros que moldaram teu corpo e espírito, os esconderijos e âncoras, que crucificaram as primaveras, compreendiam melhor que nos teus medos e mantras, quando se escondia debaixo da cama com medo de o mundo e as coisas de repente mudar, tinha um pouco mais que saudade.

Quando olhei pro lado vi muitos fugindo da chuva, ri desconcertado, não vi vantagem alguma; fiquei sentado no banco sendo maestro das flores do chão, perdendo a conta, nos cantos, dos pingos que caiam ,  balé muito bem ensaiado, como se eu mesmo fosse bailarino dançando com a menina dos teus olhos, por tudo que eu tenha pensando, veja... orando para que tudo isso eu não tenha sonhado ou que novo te veja.

E eu entendi cada palavra que me disse, mesmo quando não disse uma palavra, quando me contou que mudou de acordo com as notas frias do tempo, que precisou ter o rosto sereno quando o mundo desabou, que teu cais e porto seguro não segurou tão firme sua mão, que de novo teu castelo estava em construção e você não sabia a direção, saía na contramão, erguendo o braço para quem vinha, que não se reconhecia até se conhecer, mas que alguma coisa, e até para ser forte era difícil, quando o melhor era chorar, e nos vendavais das semanas solitárias se esculpiu em solidões, tendo a rua companheira confidente desconfiada. É verdade, todas as mentiras e poemas desperdiçados com a maturidade, te fizeram outra pessoa, mas algo não mudou, seja lá o que for, ainda está lá, não em nada mudou, a gente vê nos teus olhos, acho que o nome dessa coisa é amor.


sábado, 10 de junho de 2017

Sete ondas de outubro

Em meu nome são os tempos da igualdade, por mais feridas que eu tenha. Marco no calendário o mesmo dia que a luz acende.Você foi a erva daninha que danificou meu jardim, sugou a paz que havia antes de qualquer ventania, por isso meus olhos não mais pousaram em você, por isso fingirei que não existe, porque, na verdade, você nunca existiu.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Metálico

Mesa de bar, um rosto surrado e um cigarro à meia luz se apagando como o brilho do olhar e a lâmpada que o garçom fez questão de desligar para me por para fora...
Varrendo o chão lentamente e me olhando, em seu pensamento; misto de 'pobre diabo' e 'diabo pobre'.
Essa resquício de uma tarde melancólica e parada, com o vento soprando o próprio vento para frente.
Nas casas as placas de "vendo" no meu peito o maior descontentamento que existe.
Onde você está agora? Qual rua? Qual praça? Qual esquina? Imagina se eu soubesse... não iria te ver, mas me tranquilizaria qualquer noticia do seu paradeiro.
O garçom compadeceu da minha tristeza, estampada no meu semblante estúpido, mas estava mais consternado com seu sono e cansaço, me deu um abraço, a conta e um até logo.

Eu vaguei por horas, e cada demora em um bar, um copo do pior conhaque me fazia sentir melhor, perto do dia, amanheci...adormeci largado na sarjeta, me poupem dos seus medos e penas, eu estou onde queria estar...

Já recuperado e sujo, em casa sentando na cama com um vinho barato no chão, não me arrependo de nada, as feridas e frustrações que trago na pele poderiam me inibir de repetir, mas a noite o corpo implora para alma deixar sair, quando não dele mesmo, de casa.

Enquanto a tarde não acaba, eu grito essa merda toda, misantropia e distimia, arritmia do meu coração sem cadência, compasso e interesse. Quero que esse  mundo e e esse vinho acabe num gole, que a vida me implore perdão e paciência.

E o que me traz dor também me alivia, mesmo a fonte das lágrimas é onde limpo minha alma, deixa eu traduzir: o mal que vem de você também me traz paz, ora me faz rir. E o barulho da tua voz, e esse meu desejo imundo, daria sim, meio mundo por um abraço mudo.

A promessa de um amanhã melhor não fará o hoje melhorar, ainda assim alivia saber que amanhã chegará. Mas que besteira eu estou pensando... o vinho acabou, nos teus dedos o desejo é colocado na boca, e eu com a voz rouca penso nunca ter visto isso antes. São os desenhos que teu corpo tem na escuridão que deveriam tocar minha pele, e quando besteira em tão pouco tempo a gente já se sente eterno...
Perdão, quando chega o fim da bebida a gente pensa como se fosse no fim da vida, procurando correndo outro bar, antes que alguém nos encontre.


terça-feira, 6 de junho de 2017

Cromado.

Os céticos e os cínicos, cães que guardam a sete chaves suas mentiras, tocando em ré maior os motivos que os distanciaram, como se deixasse claro que nunca deveriam ter se aproximado.
Senhores e senhoras do abandono, do sorriso amargo e do olhar falso, distêmicos, distantes e pálidos, tentando Thanatos tomar consciência que as coisas costumam dar errado sempre.
E seu silêncio constrangido no pior momento, temido, esperando que volte ao normal o mal que não deveriam fazer tudo se desequilibrar.
A distância nunca foi a melhor opção, deixar um barco sozinho no oceano perdido, à deriva delirando, jamais fará com que ele volte ao cais.


Ágatas e agouros, festejos fúnebres, quando nós fingimos que acreditamos em nós, nos nós da garganta, na gargalhada estéreo e opaca, que denuncia que aqui há um velho rancor. Ranca de mim essa precipitação de poupar, acredite em mim, tudo que digo é sincero, ainda que espero que não entenda, mentiras e verdades querem dizem a mesma coisa. Meu pior disfarce não tem nada a ver com o que tenho por dentro, mas sim o que não quero passar por fora...

Por fim, vejo que sua distância me faz bem, ainda que hoje eu não perceba isso.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Quando se foi no dia dificil

Vou dizer sóbrio que sobrou coragem.
Coisas e começos causais, improváveis.
Tua presença inconstante e semanal.
Nossa pseudo promessa silenciosa e irracional.
A verdade que escondemos e nossa vontade insondável.
Que essa sensação ao te ver é desespero e vertigem.

Todos sabem que o tempo e a distância são pontos cegos no céu de estrela rajado, que o peito sabe bem como adiantar o tempo, rodar o relógio mais rápido... transformar milhares de quilômetros visíveis ao olhar.

Mas na pedra meu silêncio se contenta, observar a cidade adormecer, sob as luzes dos postes a gente descobre que era melhor nada descobrir

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Um monte de montagens

Sei o que vai parecer, é que o sol do teu braço e teu abraço me faz pensar 'tinha saudade de te conhecer'.
A e menina dos teus olhos, bailarina, tem os sonhos do mundo, se encantou, veja só, pelo soldadinho de chumbo, que insiste em aparecer no meu melhor sorriso.
É que vejo que de vinhos e versos você compõe a sua vida, chegando em cada despedida a sentir que a partida é parte de um plano pouco confiável.
Acho que sente na tua pele, a flor e quase, quase espinho, como rima barata, forçando a dizer que há algo em teu caminho.
É estranho marcar a distância pelo tempo e passar o tempo matando a distância com tua presença, por hora.
Ainda anda o céu pesado, a chuva fina que separa e esvazia a rua, com a luz do poste e tua espera, de olhar distante, constante a decifrar mistério, que não há, a verdade é que queria, ir para onde for, meia-luz ou meia noite, ver teu sol se por.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Envelhecer na cidade.

Pisei em falso no batente da porta, alma de leve me corta... quase fiz barulho.
Cheguei atraso, mas de surpresa, no melhor dia, fazia escuro.
Clarinetas tocavam no meu peito, incontido de felicidade, veria teu sorriso.
Não foi assim que escreveram a canção, o tempo movido por dinheiro e aviões, falhavam nossas memórias.
A pior pergunta, se chegará o dia em que o dia não chegará?
É sorrir e aceitar que o que passou- passou(?) ou chorar pelo que virá...
Desaguei aeroportos, voei navios, embalado pela saudade dos verões, quentes, ascendentes assombrados pelos portões, frios, gelados, quando a verdade me guia pelas ruas empoeiradas e pessoas incompreensíveis, insensíveis...diria no mais tardar da minha solução.
O asfalto cobre todo o chão, olho para os quatro cantos, pássaros encostados no pé do muro, e eu quase que sussurro "vem aqui, vamos voar".
 Por fora não abre, por dentro não tem ninguém, grilhões de ferro e uma escada em caracol, o que sobrou dessa lembrança, uma vizinhança  silenciosa e um senhor que vive sentando na porta, pessoas que, talvez, nunca mais verei...
Cheguei ao topo, já quase vendo seu rosto, engoli um seco, por um instante pensei em voltar, imagine só, sem nunca ter ido, e passado o susto de ter desistido...
Pisei em falso no batente da porta...

Gostaria de dizer e fazer mais do que minha voz e meus movimentos podem, impedem que o teu sorriso e teu furação baguncem meus cabelos e levem todos os papéis e preocupações da minha mesa.
A gente já se sentiu abandonado, com abono e superstição, pensando na vida longa e nessa distância eterna.

Foi num sábado sem sentido que sumiram no ar os poemas mais coerentes que fiz no fim de ano, daquele dia em diante tudo desandou.

Por isso calado e mudo, mudei meus pensamentos, lembranças suicidas que me levam para querer não esperar a vida passar, medo de um dia acordar e não acordar, pois a vida é tudo isso que eu não sei explicar, só que antes, eu não precisava fazer isso, estava feliz demais pra me preocupar com explicações.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

06 dias

A chuva me deixa alegre, alegria perdida que não encontro aqui dentro.
A água caindo, tremula a luz do sol e deixa a tarde mais escura e silenciosa, tudo se movimenta mais devagar, e o vento completa a sinfonia.
Quando vai diminuindo, aos poucos pingos poucos se precipitam do telhado, batendo lento e apavorado no chão molhado, mostrando que as coisas estão se acomodando no firmamento. E em meu pensamento um pouco de tristeza, tão rápido já passou, olho relutante as coisas paradas, plantas e horizontes orvalhados, rindo de mim. Outras valentes gotas d´água se olham covardes à beira da folha, e pulam para determinar que a chuva passou, que a alegria passou, que o chão molhado, agora tanto faz, é só a lembrança do que foi o festejo dos céus.

Pelo calor que vingava, meus poros denunciavam, toda alegria dura pouco e nem todo sofrimento é eterno, mas talvez 06 dias duram mais que uma vida, e uma vida, muitas vezes não vale um dia.

E no final, há quem guarda a chuva, ou usa guarda-chuva, medo da alegria ou medo de se molhar?

terça-feira, 16 de maio de 2017

Naldo e Natália

Ele gritou:
Me sinto só e vazio, quanto mais chove mais faz frio, e os dias vão acumulando fraqueza e peso em minhas costas.
Olho o solar solto do outro lado da rua, como se as nuvens cinzas, que agora anunciam chuva, fossem só preocupação de ter que apertar o passo para procurar o que fazer.
Viver com esse aperto no peito não é bom. E vejo nas imagens seu corpo precipitando no precipício da solidão. Está claro: seu corpo se retorcendo em outros corpos desnudos e celestes, talvez isso nunca saia da mente, nem a saia listrada que usou no dia quente e longo de abril.
Dentro da banheiro de um quarto de motel, como se fosse o céu, desabando no inferno, falta de contorno e moral, no interno, inteiro e intocado, agora não há como dizer, se porque contou a verdade, essa deixou de doer, se assim é melhor do que nunca saber, se quando fecho os olhos posso ver melhor, ou se de olhos abertos nada enxergo, lágrimas e lembranças turvam minha visão.
E eis que no pior momento, sim, à parte disso tudo, pois a vida é natura e ventura que se vai em vãos de tempo e eucaliptos, eu quis recriar nosso caminho, mas parece destino; quem mais ajuda, sempre no quando precisa, tem que se virar sozinho, para mostrar que não era nosso, mas sim meu caminho.

Ela gritou:

A culpa é sua.

sábado, 6 de maio de 2017

Conversão

Tem certos momentos que a gente para e pensa que nada faz sentido, nem a dor que trazemos no peito, nem as alegrias, porventuras pairantes no nosso pensamento mais esquecido. Tem horas que a gente pensa que tudo é sem sentido e em vão, queremos um abraço, apertado que aperte e faça a gente sentir o mundo parar. Tão pequenos somos e nossos desejos tão grandes, quantas e quantas vezes a gente já não se pegou pensando, parado, no quarto, na noite mais fria e solitária de um fevereiro amargo.
Esses momentos nos fazem sentir pequenos, covardes e temerosos, a gente ora e espera que a noite passe tão rápido quanto essa vida ingrata e vazia.

E a justiça pode não fazer sentido, senso ou sensatez, as pessoas não fazem, não foram, não ficam não fogem e não permitem.

Nossa fragilidade desumana, nossos medos mundanos e insanos, de perder e de ganhar, de erguer a mão para bater e apanhar, se proteger do frio e temendo se queimar, sorrir forçado e se segurando para não chorar, amando, mas não querendo amar. Cheio de pecado capital em seu interior.

Mas seguimos em frente, cabisbaixo ou não, errando ou não, porque a vida é sempre incerta, tanto que a gente nem se importa a direção o importante é seguir em frente!

domingo, 23 de abril de 2017

Rindo ao telefone

Meu sonho encantado e distante, quanto tempo eu me perdi...
'Quando eu era sem ninguém e não tinha amor nenhum, meu coração batia...tum, tum, tum'
Como vou ouvir a rótula do céu, fazendo sombra no arco seco das pontes esqueléticas e coloridas.

Você vai rir de mim, mas um dia cada sorriso seu será uma lágrima, na tela desse computador irá transbordar meu silêncio sem poesia, para quem dia você veja que esteve na sua mão a espada e o escudo, e você preferiu não lutar. Não lutou, e eu, tanto que fiz por você...

Essa semana não vai chover, vai ter muito relatório e eu não vou poder te ver, mas domingo vai ter circo, e eu vou me perder por ai.

Vários tons e timbres, nos planos cartesianos da mesa de jantar, onde demora de engolir engasgado, travado com amargura e comida, vários vinhos tintos e tontos nos derrubam para fora da porta de casa, como fruta desconhecida que vem de longe, como folha que adormece a boca, como o frio do maio que te deixa rouca.

Roupa, louça, tudo isso te deixa louca ter que terminar o estudo do corpo, do rosto e ter coragem para levantar, arrumar a casa e a vida, esperando que cada partida seja regada com menos um adeus. A propósito deixei a lista dos codinomes que enfraqueceram teu armário, como se nada fizesse sentido nas mais longas tardes de outono, por onde começava as flores frias que te entregam com buque.

No dia do teu ano, um belo presente "eu te amo" e escondia outro poema deselegante, no pedaço de papel pouca rima e coerência, métrica nem se fala, mas mesmo assim a cama partilhava desconserto e nojo e virar a noite com ânsia de vomitar.

Quando de repente surge e irrompe manhã de setembro, e eu relembro que a vida (como ela for) não pode parar, que o novo vem e que assim virá, que o passado ficou perdido no meio de junho, e eu cerrando o punho (seja lá por que for) grito: HOJE, SÓ HOJE, NÃO VOU CHORAR.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Na vida, Na caSINHA.

Quando a tarde parece tão vazia quando a casa, quando o sol entra manso pela metade da porta aberta e eu tenho essa descoberta que aqui dentro o vazio é cheio de alguma coisa.
E esse aperto que incomoda me faz perder o gosto da comida, me faz sentir que a vida está andando pelo rumo contrário, sentido que falta alguma coisa.
E todas as palavras sem sentido que sentem que desperdiço tempo e poesia, com bobagens e distâncias incompreensíveis, dilatando escritas e cartas pueris, querendo dizer sabe-se-lá o que. 
Só assim então para eu me aliviar, desde que teu cheiro não encontre meu paladar e que teu retrato não amarele com o tempo, quando eu me engano pouco e estranho do sorriso fraco fingindo chorar.
Fazendo gestos de longe dizendo "não", se esconde, ele está prestes a chegar, fechando os olhos com a dor profunda, orando e só dizendo "quero te abraçar".
Talvez isso porque é tudo muito estranho e impiedoso. Quando começamos a nos perder? e não fosse todo esse chão poderíamos discutir melhor o que aconteceu, quem sabe até nada resolver, mas ainda assim fim de lua na beira da cancela sabia que o sentimento era verdadeiro, por mais que no derradeiro dia do mês de maio eu me atraso e me atraio por bebida de beira de estrada.
Por mais que seja pouco, a gente canta rouco o melhor timbre para despedida, um sol qualquer, desafinado e fora do tempo, e você perdida no pensamento, onde eu estaria...
E eu cheio de palavras prontas te deixei tonta, com a certeza que tudo isso é passageiro, ou sei lá, ninguém me disse o jeito certo de viver, pior que isso, nunca me disse o jeito certo de errar.

Falta eu explicar o que não te expliquei, mas sei que TUDO ISSO é concreto, não sabendo o que é digo, deve ser alguma coisa.

sábado, 15 de abril de 2017

Chuva na praça.

Sua voz não quis me ouvir e eu quis chorar silencioso, meu óculos escuro e a chuva me faziam 'desambientar' e o que molha meu rosto, seja desgosto ou lágrimas de chuva.
Olha como floresceu, lírios e flores do campo, alecrins e tantos outros que não sei o nome.
Em planície aberta, muitas rosas ao alcance da mão que quer tocar o passado, já que havia chorado por não conseguir ter voltado e quando tudo muda, a vida fica muda e a gente não se resolve.

Quando puder te encontrar e dizer em todo esse silêncio; que o mundo tem andando louco, tem me deixado dormir pouco e me afastado do sorriso, por isso, quanto mais eu puder me calar e falar nos braços que trago esses traços de rancor e solidão, toda a poesia não foi em vão, mesmo que teu corpo esteja completo, repleto ao espelho das vivas águas marinhas do oceano pacífico.

Venho apanhando da vida, com a barba cumprida ou sempre por fazer, por falar nisso, quando passei por aquela praça, aquela que a gente ficava, eu senti o perito arder, apertar e doer, mas ninguém viu, baixei a cabeça e passei despercebido e desapercebido, caiu a chuva me molhando, preferi ficar sentando no velho banco, pouco me importa se gritam que estou louco, as flores não iriam murchar facilmente.

Não vai acreditar no meu poema, mesmo com esse dilema de solidão sozinho, eu vou fazendo fé no destino, apostando que qualquer menino vai te entregar essa carta, para que mais tarde eu possa saber, 'com a certeza ventilada de poesia' que você sorriu lendo, mas o dia não amanhece e quase que a gente se esquece de dizer boa noite.

E sempre que eu ver os teus, que eram meus, irei com gosto de saudade amarga na boca, sentir que a vida é louca, e você vai saber e por mais se não achar o que procura, toda essa loucura ainda vai nos enlouquecer. 

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Limão e lembranças.

Olha esse barulho e esse vento, algo de estranho e perturbador por dentro. Sinto minha solidão me fazer companhia e desejar ir embora.
E não virá na próxima semana, como não veio na semana que passou, o copo sob a mesa, sobre as coisas que eu jamais gostaria de conversar; a poesia me salvou nesse dia.
O lapso de loucura e liberdade e o nosso apego infantil ao passado e esse medo, bobo, do futuro disso tudo o que é menos real e coerente é sempre o próprio presente.

Vou continuar meus passos, talvez não no meu caminho, olhando o portão entreaberto esperando sua entrada, nesse sol forte, nesse calor intenso, que não explica esse frio que tenho por dentro, que em nenhum momento tem explicação; a poesia me salvou essa semana.
Como eu vou viver com esse aperto no peito pro resto da vida, se cada despedida minha é uma dor passiva, aquela que aparece no meio do sorriso de sábado a tarde,

Quando pensar em mim me avise que, olha o quanto é cruel toda essa situação, gente andando na rua de cabeça baixa, com o coração doendo sabe-se-lá o porquê, e eu tentando entender essa dificuldade de esquecer; esse mês a poesia me salvou.

Agora que eu desconheço descalço o sabor amargo dessa noite distante e calada.
As coisas não são tão simples, há um mundo lá fora e um universo aqui dentro, por isso prefiro o tempo passar, sei machuca enquanto puder, mas se é assim que deve ser, melhor seria como quisermos, mas que confusão essa de não saber como as coisas acontecerão, espero que dê tudo certo e que tudo de errado seja esquecido, daqui pra frente ou até essa distância se conformar. Esse ano a poesia me salvará.


Por essas e outras que eu prefiro não reagir no calor do frio da madrugada, quando a gente tem a certeza que tudo que diz pode criar uma mágoa enorme num coração frágil ou pior, fazer todos os bons momentos serem motivos para lágrimas, bom, a gente pensa duas vezes. Quanto mais a vida passa, e esse medo cresce, eu queria dizer, tudo bem que entre lágrimas e choro, que eu não tenho culpa de nada, queria ser diferente, mas agora, sou igual, a mim mesmo quando estou sozinho, e daqui pra frente, e em cada despedida, Espero que a poesia salve a minha vida

sábado, 25 de março de 2017

Na colina dos dons arcais.




Dizia a carta que eu li, tua roupa escura não cura tua alma, impura dos pecados que rondam as esquinas. Tão fácil foi te levar para onde queria ir, surtar e ouvir, fingir que não gozou o dia como poderia se tocar que o som e a sombra da parede e a meia luz do quarto, quase uma fresta que olhos cansados te olhavam. Sabendo e suando que aquilo não tinha como voltar atrás, aliás, somos animais enjaulados em corpos coerentes, mentes pensantes que fingem ter controle. Foi essa a suposta primeira vez.

Lia nas palavras, que a felicidade era um bicho enorme e peludo entregue no fim de maio, e no leito, deito que deitara outrora primeiro som dos cardeais. Eram as montanhas geladas que germinavam em teu corpo, apodrecendo as mentiras mais sinceras, de que os "eu te amo" não faziam sentido ou sentimentos, que o cimento que concreta tua casa é mais sólido que esse sorriso falso na tua cara. Foi essa a segunda vez.

E não podia acreditar, se de outras tantas aconteciam, se naquela semana, maldita por sinal, o mar descontente não queria me ver, se bem que certo eram os embrutecidos, gritavam horrorizados que  eu havia me desgastado, pois quem estava com teu sangue levou alguém pra te beber, por isso dizia, nada podia fazer, que a lua e sol eram 'desastros' que te fariam espairecer, que reviver que nada, a gente tem um longo caminho pela frente, que pode ser tão curto quanto nosso pensamento, que perceber que nada, o sexo e as paixões são imãs de solidões, a gente tem mesmo é que se acostumar, porque pode ser a última vez ou nunca mais parar.

E quando estava debaixo da árvore, quase indo embora, puxou pelo braço, como um afago, fogueira, fogos e frio, e como um arrepio "tudo pode acontecer, mas antes que aconteça, ou vire página o destino, não quero ser menino nas avenças de Deus, faz disso meu pedido desculpas, que já tens o meu, diante da vida a gente pode não ter regresso, por isso te peço, daqui pra frente sermos um".
Mas tão sábio é o tocar das estrelas, que naquela noite o silêncio tomou conta da mata, esfriou a brasa... a mão escapou, graças aos bons reis, que não me fez, mais uma vez acreditar em minhas próprias palavras..

E mandei uma carta desaforada, dizendo, "olhe, agora chega":




"Se sobrou tempo, sol e essa semana
Se está frio e solitário, o mundo em tua cama
Não precisa de pistas ou propósitos, se há destino.
Se for pra ser será, mesmo que seja jamais como estará.
Meia Luz, fim de tarde, chuva e lágrimas molhando lá fora.
Quero sair enquanto ainda há sol, para que em mim não chova durante a noite.
É o entardecer que angustia, não essas ruas vazias, não minha direção sem rumo.
E se não me vir por ai, não pense que sumi, é que sua cidade é distante e eu, como disse, estou sem rumo.

O clima não acalma e a gente coloca nos braços do universo a nossa vida, o por vir, o mesmo que a gente sente, sendo muito cruel acreditar que o destino que nos separou vá nus juntar novamente."