quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Aquarela démodé

Eu vou fazer deserto da minha espera, como um comboio sombrio de minha alma, ofuscando qualquer papel rasgado, jogado no emaranhando de tantas cartas, não tão vazias, não tão inúteis; faz um tempo que as palavras perderam todo o sentido.

Não me importa o passado, desde que ele não se faça presente, é como a gente poder olhar o sol sem perder o foco da visão, é a tranquilidade de saber que você me conhece por inteiro, interior do meu coração, sabe quando vem sincera a saudade, no ritmo louca dessa rua de domingo e sua tranquilidade- aqui dentro nada acompanha essa tarde tardia e tormentosa, lenta...


Vai que a gente não se recupera, e que a vida estúpida e insensata congela a dor e nos promete dias melhores, por mais que a gente entenda que tudo vem a passo lento, meu olhar é raiz de toda imediatez, centro crítico do meu problema: te quero agora, se demora, pois lá fora a eternidade dura bem menos que uma hora.

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