sábado, 4 de novembro de 2017

Há mais um dia na cidade concreta.

Não vou dizer que os encontros não mereceram os sorrisos, mas já guardei tanta coisa por tanto tempo que viver assim, arredio e esquecendo, não vai valendo, cada centavo da tua presença.
Com meus medos e ignorância, eu amplio essa distância, que mede meu ser do teu olhar. Sei que podes me ver do outro lado do mundo ou do outro lado do quarto, mas cada vez que eu parto, partículas de solidão surgem dos blocos das paredes.

Fiz poesia do seu retorno, talvez você nunca tenha ido, fugido ou escapado, talvez meu coração apertado, sorrindo e amargurado, tenha vivido seu período barroco, talvez pouco que eu entendo de mim faz toda diferença quando contigo não me entendo - louco -.

Tenho certeza que as canções, cartas e poemas são esquemas montados num céu de estrelas, tenho convicção que em algum canto do planeta, descansa soberana a inspiração, chovendo mundo afora nas mentes e corações dos poetas desvirtuados, rima perfeita fora de época, pois na terra dos encantos quando o desvairado termina sua poesia, dança com alegria, os deuses do reencontro.

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