sábado, 21 de dezembro de 2013

FIM, desses anos!

Última postagem do ano e a última do Blog....


Decidi parar desde o começo do ano, e sabendo que esse ano seria o último, então vai ficar aqui para a eternidade, cada palavras, cada sentimento que elas representam, e quem sabe, daqui a 30, 40 anos, alguém entre e veja, eu já poderei não estar mais nesse mundo, e vão sentir o que senti, e quem sabe esteja vivo e eu mesmo quem releia, e diga " Nossa que estranho, eu era assim", o certo é que as palavras são espelhos da alma e a poesia é a expressão VIVA do que os sentimentos querem dizer.

E estamos vivendo, dia após dia, sentindo dores, amores e qualquer coisa que faz sentir a vida.
Eu sentirei falta, claro, mas não deixarei de escrever, pois sei que isso é minha VIDA, mas encerrou, de verdade, o ciclo desse canal de expressão, e tudo que ele representa. Foi ótimo cada linha, cada comentário, cada briga, cada anonimo ( às vezes conhecido), uns tantos me indicando tratamento psicológico, os que gostam e pedem para postar, os que não gostam mas sempre estão dando uma olhadinha, enfim, todos, até os que nunca entraram aqui, mas de alguma forma estão contemplados.

Ah, avisar que iria parar de postar perto do natal foi uma forma de ninguém saber, pois só entrarão aqui, por acaso, lá pro ano que vem, quando pensarão "Nossa, nem vai dar mais tempo de pedir para voltar a escrever" E de fato, esse foi o pensamento. Foi uma alegria, ainda que triste, compartilhar meus sonhos, verdades e mentiras aqui, agradeço aos que escreveram junto comigo algumas postagens, peço desculpas se em algumas fui rude, meloso demais, mas, como disse, isso ficará para posteridade, e espero que meus filhos não encontrem rsrsrsrs.

Difícil abandonar algo que nos acompanhou por anos, mas assim é a vida, esse blog está sendo meu psicólogo desde 2010 e me "ouviu" tanto que é quase um amigo, um filho, um ser vivo. Mas precisamos abandonar certas coisas ao longo da vida, e chegou a hora dele, ( não chore!)

Odeio despedidas, então, adeus blog, até logo gente amiga ( inimiga) que leu ele, que gostava dos poemas, poesias, cronicas e etc. A vocês o meu MUITO, MUITO OBRIGADO, e por fim  a ultima poesia:



"Como rabisquei meus desenhos favoritos no caderno de desenho de quando eu era criança, decalquei o recalque das minhas vergonhas nos sorrisos sem graça que tive que dar. Olhei pelo muro, meio muro aliás, daquele lugar estranho, a lancheira pesando a consciência, de não ver nenhuma outra criança com esse treco horrível pendurado, mas de qualquer sorte, depois seria minha única companheira. Sabia que os sorrisos das maldades que faziam comigo não eram motivos para minhas tristezas, ia muito mais além, era meu medo de crescer e começar a entender a dureza do coração humano, e deixar de me preocupar só com a maçã das dez e meia. Fui embora e os muros ficaram maiores, as filhas chegaram em minha vida, e com ela as velha tristezas, coitada da minha mochila, chutada e arremessada, como cada lagrima do meu olhar, mas não me importava, era diversão, quem dera eles me convidassem para chutar ela também, e então pior que isso, veio quem chutasse meu coração, dai por diante as coisas começaram a doer, e vi que a dureza do coração não era por querer, era a vida mostrando quem mandava por ali. De tristeza em tristeza me endureci também, coitado de mim, outrora queria o iogurte da sexta como prêmio das boas notas, depois boas notas era segundo plano enquanto suava no campo, de gol em gol ficava sorrindo ao sol escaldante. E de repente, cresci, procurava alguém com a mesma dureza de coração, pra poder encostar o ombro, enquanto minhas lembranças não eram escombros, dos muros que fizeram minha vida.
Do nada me perdi no nada que era não entender NADA dessa vida, de criança inocente que só apanhava virei adolescente que achava entender do mundo e que pensava que bater era normal,AH DEUS COMO MACHUQUEI CORAÇÕES QUE SÓ QUERIAM MEU BEM, e perdoe senhor, pois sequer tenho coragem de pedir a eles mesmo. Mas tudo bem, tudo passa, alguns amigos deixei pra trás, algumas pessoas importantes também, pois nunca fui bom em entender das coisas, e quem começou a perceber que eu era egoísta demais, se afastou por conta própria, mas mudei, e quem estava longe por la continuou, o que foi bom, afinal recompensa quem por aqui ficou, mas a verdade é que só ficou quem não podia ir embora, mas e dai, penso demais em besteira,
Alguns com  a vida ganha outros ganhando a vida, outros, deixaram a vida ganhar deles, morreram, enriqueceram, tiveram filhos, alguns feios, engordaram, viraram puta ou gay, nada disso é defeito, uns continuaram a bater nos carinhas de lancheira e chutar mochilas, umas arrumaram seus amores de verdade, outros continuaram com amores de mentira, uns nem lembram mais de mim, outros fazem questão de não lembrar, a maioria sabe meu nome, outros apenas dizem "era danado" mas eu nada podia fazer, era meu jeito de mostrar que existia.
Bom e eu? Não fiquei rico, nem virei gay, nem puta, to engordando, e sempre fui o filho feio, não tive filhos, ainda, e para ganhar a vida, deixo, às vezes, ela ganhar, outras eu ganho, pra não fica chato lembro sempre dos que passaram na minha vida, de certo que de alguns esqueço, mas nunca esqueço o que senti no peito, mesmo na dureza que hoje está, e agradeço a Deus a cada manhã, por ainda ser aquele menino que às dez e meia comia sua maçã"

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

de tarde

 Como Assim? é Você Sem Mim Naquele Retrato? Sorrindo Sem Ser Do Meu Lado? E Eu, Arrasado, Sorriu, Pois Mesmo Sem Mim, Me Encanta Esse Teu Sorriso EncantaDo.


 Se O Sol Nasce Sem Poesia Os Afoitos Grita Que é dia, Mas Os Poetas, Cansados E Calados Sabem Que A Noite Se Estende Por Toda A Primavera, Até Que Esteja Pronta No Papel Tudo Que Pensou Seu Coração.


Ps Escrito No celular

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Azulado

Seu sorriso sério não apaga o mistério que é olhar seu olhar, mesmo que perdido faz parecer qualquer direção mundo seguro para por a mão. E que distante é estar ao teu lado, que difícil é poder ficar concentrado,quando sua presença me altera os tons,  quando o horizonte perde a cor, o céu deixa de ser azulado, no minuto exato que teus olhos estão fechados,  esperando abrir e iluminar todo o resto do caminho, não  falo de conhecer, não falo de viver, falo apenas  o que grita meu coração, e agora, ele grita em silêncio, FIQUEM EM SILÊNCIO, POIS ELA DE NOVO VAI ABRIR O OLHAR.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Exímio Sentidor

Em mil lidas e controvertidas distâncias, dos adultos presos em suas crianças escondidas, me reviro de saudade, das terras que o sol nunca se põe e se opõe a minha vontade de entender o quanto se estende nos meus olhos o verde do chão, e quase verde do teu olhar, que me confunde, como espelhos, o quanto troca de cor teu cabelo.

E as construções, são escombros de corações, mal feitos de muros tortos, e antes que tal tristeza se espalhe, abro os olhos para os detalhes, que assim me acho em dias sombrios, pois cada um sabe de si, da dor que por suportar, e talvez, de tudo que pode fazer para deixar essa dor se dissipar, mas eu,exímio “sentidor” de saudade, de distância e dor, me queixo sem jeito, me deprimo sem sentindo, achando que sentir tudo isso é a melhor maneira de não mais sentir nada.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Sobre querer.

Sobre verdades e mentiras sei contar minhas visões, sei da confiança metade das decepções, e dos sábados ensolarados, quis apenas tua presença.

Queria muito, o verdadeiro sentido da vida, e de longe pedia ao Deus dentro de mim, que todas as pessoas fossem felizes, mas das minhas atitudes as que mais me orgulho são as omissões, e de todas as controvérsias quis apenas apenas retirar as desavenças.

Sobre meninos e lobos, e filmes que nunca vi, e tantos outros que fingi assistir, me sobrou as folhas loucas dos livros que nunca li, mas a maioria sabia a história do começo ao fim, e pra onde vão as lembranças quando fogem da nossa cabeça, mesmo as mais felizes e mais intensas.

Queria menos o tempo presente, por ser inconstante, feri várias vezes meu ego e ideologia, e me enfraquecia ter que ser como alguém queria, só pra ver sorrir quem podia sorria sem mim, e sofria cada vez mais, como um condenado sem sentença.

E, por fim, quando queria falar sobre tudo isso, me calei, pra não ser ignorante ou ressentido, jogando tudo por ar, pois calado era como se nada tivesse acontecido, ninguém tivesse sofrido, e na mesma dor dos sorrisos, nos compassos descompreendidos, eu não quis ver, mais uma vez, ninguém sofrer, mas não teve jeito, um sofreu, e por azar, esse alguém era eu.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Os Barcos da vida





Se me faz a poesia esquecimento, dos meus juramentos sangrentos, sangrando por merecer, sem pena, imposta por provas, quanto mais assim se estende meu andar vazio.


Os que me julgam se debruçam na janela, pontes feitas da minha cela, fingindo me entender, mas tudo que corro é passo lento, todo sorriso é mero descontento, sei lá, acho, eu, que tudo deveria ser arredio, e como me arrepio, eu, "queredor" de mim mesmo, distante, escondido nos vales da minha alma, trancado no imenso vazio do meu passar do dia.


E o buraco abaixo se faz maior, minhas unhas doloridas de tanto que cavei, encontrando o pote de ouro brilhante que me deu toda amargura, agora prefiro distancia, não sou maniaco, nem criança, mas confesso que convivo mal comigo mesmo, e, por vezes não me entendo, e me desprendo dessa realidade, começando canções em notas dó, e sem dor, faço surgir ré, revés a mais dos meus menos e feito Si, cínico, sorriu o maior Sol que puder, pra ver se as notas se encaixam com a tristeza das lágrimas que molharam a partitura da canção que acabei de jogar fora.

Não sou poeta sem amargura, mas não faço da tristeza fonte segura de inspiração, contudo descobri que minha alma é banhada a lamurias, e, quando me fizer ausente, os presentes serão agraciados com meu silêncio, mas não se engane, não pense que sou assim por querer, cada um nasce com sua cruz, outros já nascem pregados nela, por poucos acabam se entregando, e eu faço, até onde posso, das dores, poesia, que das lembranças, costumo fazer alegria.



terça-feira, 15 de outubro de 2013

Por tanto tempo sem falar...

O passado sentou ao meu lado, me olhou desajeitado, sorriu pra mim, mas não passou. Convergi em sorrisos solenes, saltados em toda nostalgia constrangida, e toda agonia me fazia descontrolar o que dizer, e quanto mais dizia, menos me fazia entender.

O perfume que invade a presença, talvez desculpa, talvez culpa, assim que guardarei rancores, não por acaso devam ser cores de um amor azul de céu. Que não se diziam em papel, os poemas em branco que não dançaram por longos verões, e nas primaveras, as feras eram as que estraçalhavam rosas, sem querer, fugindo dos seus medos, e mais ainda, dos que tinham medo delas ter.

Se teu sorriso denuncia a felicidade, e todas as verdades que fingi não compreender me enfurecem as saudades, desconcerto o desconcentro os elogios improváveis, tão quanto minha retina, retirando a atenção dos pontos de neblina, que afetam meu olhar perdido no teu olhar desencontrado, que vai ver, provavelmente, não sente, nada além de distância do passado.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Meu dia (s)

Mais um ano, ou, como dizem os mais darks, menos um ano.

Seja como for ( será assim pra sempre o meu amor) eu estou vivendo, e esse ano, porra, esse ano, foi, como diria, alias como digo no rock, DO CARALHO. Mas ainda virá mais,.


Felicidades para mim, para você, para todo mundo, que eu seja feliz todos os dias do ano, como ser(ei) hoje...  Mas com um plus ! rsrsrs VOU GANHAR PRESENTE.....




No mais, um poesia:

"Que eu aprenda, e me desprenda dos pêndulos que balançam minha cabeça para impaciência e na falta de crença. Que eu desperte perto dos prazeres de quem amo, que alivie quem desencanto, que todo pranto, meu, ou de quem for, seja de alegria, que me renove a cada dia, que passará, que não voltará, que eu possa ter a exata dimensão do tempo e sua falta de exatidão, mas se me faltar equilíbrio, quando eu me descarrilhar dos trilhos, bom, se isso acontecer, que eu olhe para trás e veja todos que passaram por minha vida, me olhando, e dizendo, vai, vai em frente que a gente torce por você..."

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Quando se menos ...se.

O frio foi e me deixou sozinho sem ter com o que me preocupar, sem tremer por motivos, me deixando descoberto, sendo descoberto que tremia de outra coisa, que não era o frio.

Não me impedem os que me pedem poetizar, não me poetizam os que pulverizam saberes no ar.
Nos corredores, correm as dores, do lugar puro, por trás do muro da imponência humana, há a fraqueza e o esbanjar saber, só pra que saibam que sabem, sabendo que não faz diferença.


É a essência  e a aparência em uma guerra contra a carência, quando se ganha os puros e os impuros, poetas e promíscuos, todos fazendo corrente de oração, de mãos dadas... caminhando na mesma direção.

domingo, 8 de setembro de 2013

Das poesias que eu não escrevi.

Se vão nos vãos vazios, dos vasos de flores,  e por onde forem, se fizeram esquecer. Se atormenta a lágrima que chega, e a distância é paciência sem sofrimento é agonia ainda que calma, é a tardia solidão da tão sonhada liberdade. ESSE MUNDO JÁ NÃO ME PERTENCE, ESTE MUNDO JÁ NÃO É MAIS MEU, de tão meu que era conheço suas falhas e seus medos, meu medos e nas minhas mãos sobram espaços limpos para enxugar meus olhos, no que me induz não te importa, as portas abertas estão trancadas, lá fora há chuva, e a chuva me faz querer ficar.

Não conheço todos os segredos da vida, mas de partida em partida desaprendi a chegar sem ter pressa. Não me reconheço mais no meu lugar, e os que, agora não mais, me conhecem me olham torto, e com água nos olhos me olham partir. A saudade é vontade de ter de novo, de ver de novo e de novo sinto vontade de chorar. E assim, sendo o que sentimos, me redimo das minhas culpas, observando a inercia passar correndo, debochando da minha dor, olhando pra mim sem paciência, passando por mim sem pedir licênçaa.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

No chão das alturas

A distância mora ao lado,a saudade é vizinha, e seus sorrisos são portas fechadas, sem fechadura, que impedem que vejam nossa alma, se chora ou se implora, por qualquer outro lugar no mundo, sozinha.

As monossilabas do teu silêncio consertam a má impressão, do perfume doce, que se senta ao lado, conciso e concentrado, quase calado, dando o passo que retarda sua andança, e os calafrios da noite são enigmas que te refizeram os sorrisos novamente, mas nem tão sozinha.

Queria camuflar o resto das amarguras, das mágoas e das figuras, coladas na beira das minhas paredes, pois o teu olhar esconde qualquer pensamento,inertes, e é difícil falar destas coisas, sem suspirar remorso, sem poupar esforços, sem esconder sonhos, sem descansar da andança, e acima de tudo, sem perder, diante da dureza da vida aquele sorriso de criança, que mesmo que, sozinha.


domingo, 1 de setembro de 2013

Po(azalfa)ema

Po(azalfa)ema

Te apertei dos meus sonhos, nos destroços do dia chorei.
Os carros loucos acabam com o tempo e todas as fantasias.
Quando enfim me refiz o sol voltou a soar o som que sonhei.
Me movi, locomovi, por caminhos que tinha meu coração sem vias.

Não sei se acreditas em alegria, pois  o medo nos tomou
Mas não por isso deixamos de querer sorrir
Que de poemas o mundo se sufocou
E aos sufocados sem emoção só restou fugir

Encontram-se estranhos no topo dos sentimentos
Cada um com seu problema e conclusão
Tendo e contando para si os outros lamentos
De viver os dias chorando, sem encontrar solução.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Assim me construíram

Bem ou mal estamos aqui!


O silêncio,
                                                                                                           novo milênio,
                                              preocupações de crianças,
                                                                                 atraso nos ônibus,
                       lotados,
                                                                                                          chuva fina que quase não molha,
      O barulho do motor,
                                                                  calado,
                                                                                                     calafrios,
                        frio intenso debaixo do sol
                                                                                                                                                  escaldante,
                                                                              nada era como antes,
                            mesmo se fosse não deveria ser,
                                                                                                              e você finge não me entender,


Onde estão o mal e o bem?

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Primeira Poesia Feliz. ( amizade)

Quando me contaram das dores do mundo, lembrei que quando pequeno reguei flores, largado e sentado na calçada, embriagado pelas conversas com amigos. Dei-me conta que com o passar do tempo poucos ainda vejo, mas quando/e os avisto, me embaraça a vista e choro com um largo sorriso no rosto. No peito um gosto de saudade de alivio, abraço meus amigos, como se não houvesse um mundo lá fora pra me julgar.

Hoje somos crescidos, mas nem por isso mais maduros, na verdade aprendemos a ser um ser em cada lugar, por imposição social, mas em nós há um animal, especificamente uma hiena, que nos faz rir quando juntos.

Nada separa o que o tempo juntou, e se hoje longe, amanhã disso faremos humor, mais amor e debochando do mundo, da sua dor, observando como a calçada floriu.



( viu que eu sei fazer uma poesia feliz?)

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Coisas assim..?

"Como eu quase todos os lugares a gente se encontra, nas pontas do destino, na rebarba que a vida fez sem querer. São por essas e por outras, que as coisas se mantém, nesse vai e vem maluco todo esquecimento é esquecido quando meu sorriso encontra tua voz. E que mundo maluco de "vais e nunca vens" e desencontros marcados, de coisas estranhas que não encontram explicação, somos tão humanos que erramos sem querer, e quando finalmente acertamos, se olhar direito... erramos. Mas o que fazer? Se tudo é contra(-)tempo, e a gente corre contra o tempo em direção das pessoas que amamos, abraçados vemos ele passar na nossa frente, e o mundo maluco se equilibra na corda da vida, e tua voz perdida, desta vez tenta me encontrar.  Não poderia, nem se quisesse, explicar os sentimentos, os descontentamentos e os apartamentos, coisas grandes que abrigam as pessoas, que se abrigam nas pessoas, que brigam com as pessoas e fazem as pessoas brigar, não sei de nada, sou mais um, dando explicação pra tudo, quando na verdade não sabe nada do que vai falar, e é mais seguro fingir que está no controle da situação, quando, de verdade, meu Deus, de verdade, só quer ser feliz, se for junto, então, melhor ainda..."

sexta-feira, 26 de julho de 2013

...

Melancolia, por azar parece com melancia, e deitado tanto tempo não tenho mais contento no que me contentava.

Era preguiça, depois virou falta de vontade... E agora quero que tudo acabe, bem ou do jeito que for...

Sem mais a dizer, me calo, doido pra gritar!



CARALHO, MAS QUE TÉDIOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

quinta-feira, 18 de julho de 2013

For dar a si

Quando ela, sem paciência, usou suas reticências fazendo nascer nas minhas palavras coisas que eu sequer imaginei, imaginei que seria delírio repetir desentendido o que havia dito, mas pouco adiantaria se, ninguém sabe porque, ela não acreditaria nas minhas palavras. E a cada passo dela, eram dois para trás meus, o abismo próximo, ainda lembro que gritei “ Calma é tudo simples” Mas mesmo assim se afogou seu olhar cego no meu desentender e por pouco não fiz besteira, mas o abismo em mais um passo se infinita, e eu olhando pedi em todos os verbos “É hora de parar” e quando caindo iria , eis que ela entende, me abraçou forte a um palmo do chão de vento, e eu, louco ali, perguntei o porque de tudo isso, sem mais um dizer, me abraçou e se jogou e no meio da queda... Foda-se

sábado, 13 de julho de 2013

Portais de cristais



Que antes do sol se faz em nós, perfumes de tempo frio
da nossa solidão escondida debaixo do travesseiro, daqueles olhos de
sorriso fácil.
E quando flores fosse fora do inverno, brilhando cada gota de chuva que molhar,
que a vida é menina de vestido rodado, e aflora nas manhãs mais nubladas de abril.
Se o tempo é invenção humana, os dias são paráfrases de uma música divina, que, sem querer,
sem perceber, sem ser notado, faz dançar aquela menina, aquela do vestido rodado

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Corpo solto

Quando a sua tristeza se tornar dor, procura se entender,  sei que é difícil, assim só por dizer, mas é a única coisa que podemos fazer, quando o desespero nos paralisa, nos toma conta, e a aquele aperto, faz parecer os segundos parecer fagulhas de uma brasa acesa no seu coração.
E quando o silêncio vem, a quietude me abala, me desconcentra e me faz pensar no que me espera.  Pergunto a Deus como tudo ficará, qual a lógica disso tudo, e porque dos sentimentos fazerem a gente perder o rumo e o gosto por tudo, que não tem lógica.

Me acabo em frases prontas e vinhos vagabundos, e no alto da embriaguez torço que tudo se exploda e vá pelos ares, você, seus sentimentos e o mundo.

domingo, 7 de julho de 2013

Todas as noites que me lembro

Queria poder te falar as palavras que me causaram medo, mas tive medo dos que as palavras poderiam causar, causei frio e fome na minha alma, e com toda calma gritei de desespero por tudo que suportei sozinho.
Se as lembranças desconhecidas, arrancaram feridas em meio aos sorrisos, foram discos e canções, roupas que usaram minha pele.Falando baixo de todas as vezes que recorri aos desconhecidos quando teu sorriso não me fazia mais presente.
Talvez daqui pra frente não haja mais perigo, saudade e rancores, mas seja como for, sempre terá uma magoa amargurada no peito, do medo, do receio, das palavras e de qualquer coisa que me fizer lembrar de você

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Teu derradeiros olhares



Todas as formas de amor são visíveis, mas nem toda forma de amar faz arder o peito. E certas coisas com o tempo não passar e o tempo passa nos levando sem rumo pra onde rumo não há.

E sei o quanto fui bobo, pareci bobo, para fazer as pessoas se sentirem melhor, muitas vezes, olha só, me fazendo sentir mal. E já gostaram do meu sorriso, mas sequer imaginaram o quanto ele podia esconder lágrimas, ou imaginávamos o mundo melhor e sempre nos fazendo bem. E se estou com mágoas, travos e amarguras, ainda assim posso sorrir, pois coisas ruins nunca me impediram/ão.

E te vejo sem foco, e com muito esforço, me vejo, esboço, nas fotografias que o tempo levou.
Tudo mudou, agora já é tempo de não perder tempo, olhar pra frente, porque, de repente, a frente, é a única coisa que há á nossa frente.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Quando...

Quantos muros separam olhares perdidos? Quantas festas perdidas me fizeram sentar nos bancos de pedras chorando em meio aos esquecidos

Quantas vezes as palavras nos saltaram o sentido e fugiram sem sentido certo, de vários dias incertos com a certeza martelada no peito, de que, talvez, essa certeza seja unica. De quando  mandou guardar estas palavras e todas palavras guardei sem saber onde guardar, sem esquecer nenhuma uma palavra que me fazia chorar, chorei inocente, quase inconsciente.

Quanto tempo preciso preservar tudo isso? Alias, até quando posso nutrir como se verdade fosse, compartilhada, e até quando minha boca pode sustentar o que reside no peito teu?

Se é verdade, sei que não precisa ser dita, mas é que,ás vezes, só às vezes, precisamos alimentar o espirito, sabendo o que sabemos, ou, como estou tentando dizer, achando sei.

Parte II

Se os muros rompidos nos deixam olhar, e as festas por vir divertidas podem ser.. Que mais falta? além de aniquilar essa falta...Falta saber como seguir, falta encarar e não ter medo de conseguir, falta, simplesmente, se permitir...

Pois o mundo só é azul até pintarmos de outra cor, e o chão que pisamos são asas presas aos nossos pés, por isso, se acima for sim, aqui deve ser sim, pois tenha certeza, que quando abrimos o peito ao amor, tudo mais pode ser vencido, e deixado para trás, basta ser verdade, ser acreditado. Pois o vento abandonaria o mar para poder brisar de novo os cabelos da amada.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Partindo

Não vou compreender os espaços vazios e as palavras não ditas, os sumiços inesperados, e injustificados. Não por não querer, mas por não poder debruçar na janela e escrever poemas de amor, sem que o vento leve o papel, sem que a lágrima borre a letra primeira, sem que eu queria me proteger do frio, fechando a cortina, deitando como feto, e me cobrindo, estando sozinho, em qualquer fazenda beira colina no sul do país.

Não temos força pra continuar quando o caminho é longo, alias, quando não queremos continuar, construiremos casas ao longe desse caminho, para que não precisemos chegar ao final, afinal qualquer lugar pode ser onde a gente quer chegar, e todo meio pode ser o final, se assim quisermos.


Por fim, farei minhas canções, acharei bonitas, e esquecerei como se canta, mais na frente as lerei e direi "Não sabia que podia fazer algo tão bonito" E assim vai-se a vida, esquecendo do que passou e revivendo novamente, como se fosse a primeira vez.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Tudo que há de ser de bom

Os dias e estradas entristecem as distâncias, e teu rosto puro escapa a infância do tempo que insiste em passar, passando lento em cada sorriso aberto e engraçado, quando estar velha é apagar a vela com a mesma intensidade, para dormir no escuro, ou simplesmente ficar de olhos fechados sentido o coração bater.
Abandonar antigos hábitos e costumes e seguir a vida, como se fossemos capazes, sendo criança quando podemos ser, ou fingir adultos quando queremos nos despedaçar em lágrimas, é a fuga de muitos, mas há os que fogem sorrindo, que fogem enfrentando, ou vivendo, vivendo mansa e pacificamente, tomando posse de todo bem querer possível, e impossível. Infalível retorcer a realidade, abandonando a vaidade, carregando-te no braços por entre praças, rabiscando nosso futuro no imaginário, colhendo presentes e presenças a cada ano, sem contar as datas, sem comemorar os aniversários, pois se assim fosse, tudo deveria ser perfeito, e pra confundir ainda mais, há os que não entenderão o que eu diga, hoje é meu dia, ou seja, "morde aqui não formiga!!!"

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Nenhum Sonho

“E as cartas coloridas se desviaram e desintegraram nas tuas mãos molhadas, e como engoliu as dores, passando pelas flores que mancham as calçadas, sem ver as arvores e os pássaros. Chora o poeta no canto da praça, no banco de cimento, chora por dentro, por chorar, pois motivos há para sorrir, mas chora porque sente que da felicidade surge tristeza, e confunde a beleza de um olhar com luminosas inquietações, vendo carregar, as formigas, as folhas das flores na calçada, do buquê que trouxe para você, no verão passado. Ainda estou parado naquela estação, e contemplo a imensidão deste lugar, e eu pequeno dentro de mim prefiro meu interior, pois assim estou, sabendo que da vida só nos resta esperar, o fim, enfim o poeta se levanta, enxuga as lagrimas, chuta as flores, e sai correndo, para onde, Deus sabe, talvez, chorar suas magoas longe daquela praça, onde ninguém mais possa ver.”
“Gravei em torno das faíscas dos meus pensamentos teu falar tranqüilo, e enquanto andava solto pelo tempo,me refiz intenso, portando pedras preciosas nas lições que aprendi. E recordei de quanto chorei, e me maltratei, em musicas e frases, das jóias do teu coração, pois me alegra a calmaria, e me desconcentra o frio, sendo certo, de todas as coisas que aprendi, descobri que aprender é sempre incompletude, e de tudo que sei, são, de certo, a vontade que guardei de abraçar teu corpo a mil, na pressa dos horizontes de qualquer cidadezinha do interior”

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Um mundo de Sensações

Sensações e sonhos, sonolência da lembrança,




Desconheço essa tua mudança, essa soberba que sobra nas sombras que teu olhar maldoso faz. Ademais, penso quem foi outrora, pois mesmo podendo fazer o mal não fazia, por ter no peito  a pureza de fazer o bem, bem , mas também não é assim, não tão bem assim, vamos crescendo e querendo provar para todos quem somos e do que somos capazes, e muitas vezes, esquecendo quem fomos de verdade.


Abre a porta da janela que eu quero te ver, da sacada da tua casa, da escada da casa que quase cascata de brilho, queimando meus olhos por onde quer que vá. Por mudo, sem palavras no mundo de sensações, me manifesto ao contrário, magoado por dentro e rindo desnaturado por fora, tendo lapsos de dor e inveja, sem querer ir embora, ou distanciar, distancio, pois os corredores e esquinas são demais, tanta gente, tanto carro, tanto prédio e perdas, poses, fotos e vinhos, vidas e vidas, tristes barcos à deriva no mar revolto.


Sei que pode não fazer sentido, mas quem faz muito sentido acabada recebendo ordens, pobres soldados de um mundo sem ações, sem palavras no mundo de sensações, sem animo, e os poetas, poucos, dão risadas, loucos, esquecidos dos seus poemas, cantam o que deveria ser uma canção de despedida " Se foi a inocência, e minha amada aquietou-se, acomodou-se, Se foi a paciência, de esperar, sua amada, amarrada em um cais de ilusão, ou, ela mesmo amarrou-se"


E por fim, fazendo questão de não ter nexo algum, arrumo a mochila velha e desbotada, bebo um pouco d'água e vou embora, me esquecendo completamente do que passou...

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Meus Medos

  Clareia o dia na porta do meu quarto, espanto e alarde, falta pouco tempo para o tempo faltar, folheio revistas e crises existenciais, nada mais, quase tudo isso importa, e rabisquei no bloco de notas que me deu, mais uma das poesias sem vida, que nunca leu:


"Teu pranto me esquece em meio as preces, nunca onde correr, deveria ser encantos, mas prefiro o recanto dos cantos circulares dos bailarinos invisíveis do meu pensamento. E nunca espero acordar desse modo, procurando consolo na distração, destemido dessa vida que amedronta sonhos meus e nem teus braços me suportam, e quando da busca, contrita do perdão, receoso, por semelhança, era a bonança, de fim de tarde, que, por incrível que pareça, veio antes da tempestade"
            Como poderia esquecer de tudo isso, mas estes conflitos me perseguem, e a esperança é conforto, maior que meu travesseiro, e quantos ficam loucos, quantos poucos procuram entender, e eu não entendendo, sempre me perguntava, que faz o sábio acreditar nessa besteira, mas não encontro resposta, na verdade, imagino algumas coisas, mas nada perto do que poderia ser.

         E agora o destino nos carrega, feito papel em correnteza de chuva, que vemos passar no canto da calçada, por trás do vidro da janela, imaginando o frio lá fora, dobrando a esquina da nossa rua e descendo ladeira abaixo, coisa, essa, mais sem sentido, chuva forte e eu perdido, sem saber em qual chuva estar, se estou faz anos atrás ou se estou velho demais pra lembrar.

Ilha Bela



Olhar baixo e tímido, escondendo o sorriso escondido pelo tempo, mareando os anos e os contatos mão-a-mão. Delineia os dedilhares das canções que te fiz, nesse voar dos invernos, sendo por acaso que a chuva molhou o mesmo chão que pisamos, e atravessamos o mesmo rumo de vida sem notar o norte que encontramos.

Correndo arco-iris, nos reencontros, colhendo lírios nos escombros, nos teus olhos de assombro, quando perdida nas poesias sem sentido, agarrada ao meu ombro, quando nada mais nessa vida faz qualquer sentido, não tendo rumo certo ou qualquer direção.

Não me recorde dos recortes das fotos e do tempo, tudo isso passa, e o destino, sempre fugindo, nos condena a pairar soltos no ar da imprevisão, e talvez te veja hoje, mês que vem ou no próximo verão, e se não mais te ver, terei certeza que sim, nesse desconforto interno, me dando a certeza que sempre será inverno.  

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Irmãos e Amores.

Ouvindo aquela coisa do coração, Raul Seixas embala a minha viagem por palavras soltas, de certo dedico este texto a um amigo, e as "Marias" do meu coração, e meu herói que se foi tempos atrás.


Miram as Marias, e os que vivem no passado, imaginando ser feliz com o que restou de lá, ser feliz é, antes de tudo, ser como se é sem se importar, muito, com o que queria ser. Talvez seja difícil viver neste mundo de ilusão e inveja, e muitos de nós, me incluo, remoem o passado, e tenta achar explicação, e preserva mágoa, raiva, até amor, sem necessidade, como havia ouvido "Isso não leva a nada", lembre-se que por mais que faça, diga, pense, fale, grite, chore, sorria nada disso volta, retroage ou se modifica, é, como diz uma musiquinha " É se aceitar e conviver", podemos deixar tudo de lado, quando necessário, claro, homenageando sempre o aprendido, pois sofrimento é antes de tudo aprendizado, e lágrimas, tinta que usamos pra escrever no papel da nossa alma o lembrete " Aqui houve dor, na próxima, por favor, contorne a esquina e evite o que te faz mal". Mas mais que isso, sei que muitos não conseguem, talvez, ainda, me inclua nisso, mas conforme seja a cabeça de cada um, deve-se ter maneiras diferentes de superar, de entender e perceber a vida, mas não há outro sentido pra vida, senão ser feliz, de tentar buscar a superação. E como as Marias do mundo gritam: Se abrir para o novo não é fechar-se para o passado, é dar passagem a este, deixando claro, "Aprendi, posso seguir em frente"




Sei que dizendo assim, parece -e não é- fácil, não é, acredite, perder alguém que se ama, sabendo que nunca mais irá vê-lo é das piores dores, perder alguém que se ama sabendo que sempre irá vê-lo doi do mesmo jeito, morte e esquecimento, binômio temerário, que o tempo faz questão de abraçar.


Mas meu conselho é esse: 


Ouçam as Marias, e seu coração, abrace quem está a sua frente, esqueça de tatear em vão o passado, à sua frente um sorriso sincero que te da carinho, amor atenção e aquele denguinho, e parecendo piegas, seja feliz, de todas as maneiras possíveis, o passado doí e machuca, as pessoas se vão, mas e dai? Se elas se forem vá também, movimento é vida, restrita a isso que a gente vê, se puder morra abraçado e sorrindo, falando palavras de amor e besteiras sem fim, sinta o cheiro das coisas, invente nomes estranhos, dialetos malucos, tudo isso faz parte dessa grande doideira que é a vida, e nós? não podemos devemos ser, também, mais um louco, que a sensatez ficou pra quem se entregou de vez, e na boa? Geralmente essas pessoas são muito chatas...






Saudade tem nome e sobrenome e adorava Black Style. rsrrsrsrs

quarta-feira, 8 de maio de 2013

O que me basta

Quero chegar ao fundo, ao frio do meu ser, sonho ser assim, leve e novato, em contrato de felicidade que me fizer parte.


Reclamam porque transpiro impaciência, e, às vezes, incoerência, queriam de mim, um pouco mais de serenidade, menos tristeza e mais vaidade, pobre de mim, ou melhor, louco eles, aliás, desvairados todos nós, afinal, já tentei ser diferente, mais converto minhas forças, quando não tento ser assim, a exatamente o que sou. E esse era para ser um poema feliz.


Sombreiros pintam toda a areia da praia, e o azul pincelou em mim teus olhos distantes, e quando invetaram todo esse mundo, esqueceram um modo de vencer a distancia, e quando nos deram olhos não nos deram capacidade de olhar o mundo inteiro de uma vez, e a gente só vê o que vê, veja você, se isso não explica porque somos assim, somos o que somos, simples desse modo, cada um com sua tormenta, e por mais que a gente não entenda, é assim porque é assim, e se duvidar de mim, me dê outra explicar melhor...

Melhor esquecer o mundo e o que pensa de mim, melhor seguir vivendo não tendo, inveja ou rancor, pensando que se faz melhor ou pior é a estrada à seguir, farei a minha, me importando em ser feliz, e não calculando minha felicidade nas conquistas alheias, afinal para o poeta basta a poesia, para o rico sua fortuna, para o pobre sua lacuna, para o intelectual seus títulos, para o louco apenas a alegria, para mim  tão somente a agonia, por enquanto, de não saber o que me basta.

E acreditem, esse era pra ser um poema feliz.

Tarde demais nos domingos


Queria que o ano passasse rápido como toda tarde de domingo, me atormenta, mais e por demais, essa inquietude.
É a inveja dos tempos mudos, das coisas não mudadas, das minhas verdades, verdes gramados que hoje se tornam chão batido.

E essa mistura de ternura e melancolia, começa mais uma noite sem sentido de domingo, começa comigo perdido dentro de mim tentando encontrar a saída que chega somente na madrugada perversa que me arranca lágrimas.

E mais uma vez começa a agonia do esquecimento, e não se da importância, impensável, toda aflição que faz parte da canção que componho sozinho, andando por essas ruas vazias, haja ser tarde, mais ainda cedo,  onde poucos se encontram sorrindo, amantes sem rumo nas tardes de domingo.

Eu sei e sei que sente, que a vida desmente aquelas poesias prontas, que na verdade, quando se é criança tudo é mais simples, e que quando a vida separa e há quem se acomode, por mais que incomode, deixa minguar o sentimento, agora é isso, depois aquilo e pro resto da vida, serão apenas lembranças de coisas boas, palavras atoas, soltas por acaso, e pregado na memória de quem sente, se arrasta ermo pelo tempo, sem muito animo, sem muito querer, por mais que se saiba, sabendo pouco do que deve saber, meninos e adultos se misturam no olhar e suas virtudes, várias vertigens à vista do que se passou, provando que cada lágrima é apenas sofrimento solitário, pois se lágrima valesse a dor que custa para sair, traria de volta tudo aquilo que traz o entardecer.

E por mais que queira, que tente, que persista, impossível passar para o papel, para letra tudo aquilo que se passa no coração e cada um tem seus dias de tarde de domingo, vezes no frio e aquecido, vezes no calor e esquecido, vezes com céu cinza, meio morte, vezes sem sorte e sem encontro, acorrentado no passar das horas, e hoje, todo mês é domingo, todo fim de ano tardinha,  dessa vida, que não sei o que dizer, mas fazer o que, se é assim mesmo, enquanto uns esperam outros se desesperam, e outros tantos seguem sem sequer notar...

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Avenidas e Aversões

Vejo cada ponto de luz, da estrada da cidade que, por algum motivo, não me seduz, é estranho, cada marca que fica nos lugares, e eu descontente, reparo de leve, que passar aqui me enche de vontade de chorar.


Chorei por dentro, vendo o movimento natural das coisas,  naquele exato momento e lugar que vi teu olhar cruzar outro olhar que não o meu, e há quem diga que esqueceu, pois me esqueço de tanta coisa, mas jamais, do frio que fazia ficar sozinho, no momento e lugar aonde se perdeu do caminho,


Mais preciso do que precisar, roteiros escritos no chão de concreto, e cada passo que dei na direção  contrária me trouxe até aqui, nas árvores encolhidas e enormes, nos postes apagados, no silêncio noturno da minha prece. Quando sonhei perturbado que havia chorado no banco da praça, enquanto as flores que te daria murchavam ao lado, e com toda calma e quietude, imagino nesse longe tempo, quantas coisas que eu não sei e não gostaria de saber, e talvez esse inferno astral nunca me deixe.


São meus carmas, e senti perdido, fingindo sorrir, sabendo que talvez não fosse fingimento, e quando reabro o baú do esquecimento, o primeiro pedaço de papel que vejo é o do sofrimento, mas qual pode ser o retorno meu, das ventanias e chuvas finas, que molharam meu rosto. Se fiz poesia em cada canto do desgosto, fornecendo ao meu peito calmaria, dando aos outros alegria, E TODA ESSA AGONIA ME CONSOME, do desespero dos dias, enquanto acordam os amantes nas manhãs ensolaradas a cidade me esquecia.


Da ladeira do terraço o horizonte me condena, cada feixe de luz corre depressa pelas ruas que observo, o sol invade cada quarto, e ilumina o asfalto frio,  e minha certeza; A NOITE É O PIOR DIA, É QUANDO AUMENTA MAIS AINDA MINHA AGONIA.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Não Entendo Ou Quantas Estrada Ando Vagando

Conservo assim no peito meu todos os sorrisos que até não vi, converso assim com o silêncio meu, quando senti que nada vi, com as janelas dos carros, e as lágrimas em forma de chuva, que a natureza chorou quando eu não podia, faria o esforço pra no retorno contornar os lagos de tristeza e provar que encontro nos teus braços os abraços que embaraçam todas as palavras ensaiadas ou não.

Foi assim que o tempo passou, entre todas essas coisas, poucas fáceis de entender, eu me encolhi e escolhi o frio dos verões e das madrugadas sem saber dos passos teus. E quando do fechar dos olhos, sei lá, do mar, mas a felicidade é sincera, mesmo sendo, podendo, ser bem mais feliz. neoqeav

Do outro lado do meu lado...


Senta no que sinto frio, do meu lado, todo arrepio, mesmo sendo eu um deserto, tão perto, mas tão perto de não poder tocar, e se meus limites me agridem, na dança do tempo, veja as horas passar, como se fosse verdade todo esse charme de sorrir com magoas a magoar o peito seu... Conforme a falta de espaço, recinto teu cheiro se torna, do perfumes na parede e re-sinto o frio do lugar, pois brincar com as palavras é mais fácil que do frio me esquentar sem te fazer rir.
Se lá nos cantos confins arrisca os falsetes sorrisos, preferindo consoantes e delírios rios, converso com todos os ares, fazendo pares coloridos com uma das mãos, falando aos companheiros, do que for verdadeiro, vale a vida um largo abraço, posto que desfaço, pouco a pouco, a má imagem que tinha, que fiz, que besteira minha, a tela que faço das pessoas pinto da cor que quero, dos olhos azuis da moça ao rancor dos olhos negros dos demais.
Sei lá arrisca, que é isso que importa, pois a dança do tempo é difícil de aprender, e pra ser sincero,o tempo acaba e a gente nunca aprende a dançar..

Sei lá arrisca.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Soneto do sono perdido

Eu vejo teu sorriso vistar a minha casa, vejo embaraçada a chuva na janela, ou a janela embaraçada pela chuva, o certo é que vejo o vidro e a água, e o chão sendo surrado pelos pingos que caem sem direção. Cada gota que cai, lembro dos teus cabelos caindo no ombro, do assombro que sentia ao ouvir trovão, sacada que dava pra ver o resto da cidade, o horizonte meio cinza e as casas se fechando, com medo do temporal, o frio e a nostalgia fazem a fórmula da saudade, e vejo teu sorriso distante, feito livro nas estantes de uma vida bem sucedida, esquecida do tempo de criança.

Quantos troféus e tropas vencidas? Do curriculo aumentar, dos títulos e textos, tópicos de uma vida passageira, sabe, hoje acordei com o medo, aquela certeza ruim, acho que sabe, que tudo se acabará, a morte é inimiga que acorda a gente cedo, ou não deixa nem dormir, e pensei nas tuas conquistas, nos teus diplomas e aromas, no cresimento interno, e esse inferno não me largou. E queria gritar bem baixinho no teu ouvido:

 "Corre, corre, que "é vem" a vida, atropelando tudo que está arrumado, corre, corre que todo encontro é despedida, destruindo o que a gente havia sonhado"

E sombrei falso amor, que distancias se contradiz, do tempo magoado, e retira da retina folhas de árvores, que da boca eterniza o amor, mas do peito seja do que for, distancia o corpo da presença do amado seu, pois a boca se ouve ao longe, mas do amor em corpos enlaçados é pura mentira de quem prefere viver distanciado, alimentando um amor vocabular, pois o verdadeiro amor não sabe onde está, está perdido há anos, do passado infantil, e, por coincidência, não vejo mais teu sorriso a partir da ultima vez que te vi, pois o amor que não tiveras infectou o peito meu, e quando meu medo se tornar "inrealidade", esquecerei de tudo, e todos esquecerão de mim....



"Corre, corre, sejá você quem for, a vida é muito curta,  mas não tão curta que a distância que te leva a teu bem querer, corre, corre seja pra onde for, corre e vai atrás do teu amor...enquanto é tempo"


terça-feira, 16 de abril de 2013

Meu do mar


O tempo cruel voa como vento solto, e teu rosto intacto preserva esse sorriso, e daquilo que posso me lembrar, tempo quente e agitação, das pessoas que vão e vem, que hoje não lembro de ninguém, realmente, as coisas passam rápido, cada um segue seu destino, e éramos como menino que brilha o olho vendo girar o peão, e de repente a mão encosta em outra mão e se separa, para, para qualquer lugar longe, perto do mar, são vizinhos e amigos que ficam e se vão, aquela rua vazia que vivia a alegria, de qualquer tempo.
Hoje me desconcerto na falsa impressão de que tenho o controle das coisas, e as coisas rindo de mim, porque me vejo entre livros e preocupações, foi a rede perfeita feita pela vida, me distraindo ao máximo,  enquanto passa louca e corrida... E quando dei por mim, era tudo menos o que eu esperava que fosse, e quando deu por mim, esqueci de dar pela vida.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

SONETO DO CONTENTO SEM VONTADE.

Quando o passado volta todo surrado, sorrindo a sua porta, e você distraído sorri desconfiado. Necessita de apego, o desprezo é fonte de angustia, e o amor que outrora plantado, é semente sem solo, de um voo sem asa, perto da casa mais alta da cidade da colina. Outra menina desamparada pelo tempo, sem alento, voltando do relento, é o passado que volta desnutrido, corrompido sem qualquer vontade de cantar. E você, agora sim, prestando atenção, sorri com vontade, sem necessidade do apego, demonstra desprezo, pois como dito, se por tanto tempo o sonho não floriu, é a culpa dos meses que saltam abril, tempo duro e amargo, que mesmo o cantor perdendo a voz, cantando o amor, ninguém escutou, não havia plateia, e agora pra ele tanto faz, cantou tanto que desanimou o pobre rapaz, quem dera ele...


E do passado; as lembranças, doces ou doceis, fosseis impenetráveis que arraigavam um coração, e das que não queria falar, as más lembranças, estas sim, fazem do passado a pior coisa que há.







( Quanta coisa se passou, quanta coisa mudou, mas sei lá, é tipo, sei lá viu...)

Cariinha e José

Quanta historia se passou nos olhos do tempo, e no relento vendo a casa velha, fronte a casa nova; se foi o corpo dilacerado, mas resta intacto o coração..

Como oração ela pede pra ele acordar, anda José, hoje você tem que trabalhar. Casal normal, tão normal beira o estranho, Carlinha com seu corpo de modelo, seu rosto de modelo e seu gênio de Carlinha mesmo, era difícil conviver assim, com uma morena cor do pecado e meio trago de magoa do peito.

- Amor, trabalhar hoje? DOMINGO?-
- Realmente não vi, vai me culpar por isso também?-

E dormia, lembrando das músicas que sabia as letras, das receitas que comia quando criança, tanta vontade de chorar e molhar o travesseiro, quanto tudo deixei  pra trás, QUE TANTA VONTADE DE CHORAR, essa merda de tempo passa e arranca tanta coisa de mim.

-CARLINHAAAAAAAA, onde está meu tênis azul?-
-Achei que não fosse mais usar, dei pro meu primo Gaspar-

Ora, era essa a vida que eu sempre quis, vive sempre do meu lado, como dois pés que mesmo separados andam juntos, Carlinha e José, um dia brigam outro riem das brigas de ontem, e como se não bastasse, o tênis azul era o preferido do José...

terça-feira, 2 de abril de 2013

Prabril!


Me contento no tempo, teu sorriso e nada mais, nem menos que ao menos vejo de longe o soltar, solar dos teus cabelos.
É que de vez em quando, enquanto me distraiu vejo entrar maio mais que meus próprios sonhos, e me faz esquecer tudo
teu sorriso.
Sei que tem um jeito de menina, que ilumina minha retina, brincadeira que meus olhos se divertem e invertem o movimento
do teu corpo ao vento, é uma bailarina que mesmo parada consegue dançar, e o pobre soldadinho, triste, cabisbaixo,
"desorri" sabendo que jamais poderá sentir o beijo da menina, bailarina de sorriso incomparável

domingo, 31 de março de 2013

De tempos em tempos.


Atendendo ao pedido quase ordem do anônimo...


Quando o tempo me abandonar  e assim perceber, quanta vida deixe escapar quando decidi guardar meu tempo para os eventos que sabe se lá o que...
Hoje, menos eufórico, percebi que as coisas podem ou não mudar, depende muito de nada, e nada, ás vezes, é muita coisa... E, confesso que, certas coisas eu nunca aceitei direito.

Acertei os ponteiros do relógio e quando te vi, te abracei e joguei no chão qualquer marca de tempo, marcas e ponteiros que não são visíveis, marcas do tempo que não podem ser vistas a olho nu.

Errei em muita coisa, e o tempo pouco me ensinou como viver, na verdade, o que me ensinou a viver foram os erros cometidos, e os arrependimentos, Ah! Esses sim, fizeram... Cada lagrima que caiu doeu como se fosse a última certeza que me esvaia.


Por fim, restou essas poucas palavras, que nada aliviam, que nada aditam, mas que com certeza, tocaram fundo meu coração...

segunda-feira, 18 de março de 2013

Dos teus nomes



A minha sombra do vento clareia minha impaciência, de tanta inocência me fez o dia desandar. Desanimo e desatinos e desendimentos, das escolhas que temos, escolher é sempre a parte mais dificil.
E como assim de outro jeito qualquer, das coisas mais absurdas- toma café e recolhe os olhos como se tudo fosse normal- de tudo que sobrou da realidade, a insanidade é a coisa mais comum...

E se encontro em teus olhos o brilho perdido tomado pela vida, é que se acolheu ao mundo, se amoldando a ele, como se não tivesse outro jeito, mundo vagundo, igual ao perfume de mais um homem sujo que vai entrar..

"O vai e vem de vários corpos balaçam o meu, a vista escura esclarece o breu, das bordas dos quadros, destruí minha pintura, e arremessei minha vida inteira, pela janela lateral, de um quarto dos fundos de uma casa qualquer. Hoje me conteto ser feliz, fingindo ser, somos produto do meio, mas meio que me esqueço de onde fui fabricada, quantos quintais briquei, esquinas correndo nas praças, e hoje sou adulta o suficiente pra agir tão infantilmente, que, pode Deus, o que quero mais de mim?"

Mas no fim acaba os olhos cheios de lágrimas, e essa minha estranha dor no peito, de talvez começo de carinho, onde, não sei porque, só há deserto,  e eu, bobo, pensei que poderia ser mais que folhas soltas no vento, pensei, erradamente, que era algo diferente, meio que sonho que a gente acorda sorrindo, meio que encontro, de quem a gente há tempos não vê, e se recorda, mas mesmo não sendo sonho a gente acorda, e volta a sorrir, sim sorrir, e encontrar aquela velha amiga, a realidade.


E de todos os teus nomes, prefiro aquele que não sei, que não existe, o que não sabes, pois nem tudo na vida precisa lógica e/ou explicação.

terça-feira, 12 de março de 2013

Bons tempos

Penélope, con su bolso de piel marrón, y sus zapatos de tacón y su vestido de domingo
Penélope, se sienta en un banco del andén y espera que llegue el primer tren meneando el abanico


Dicen en el pueblo que un caminante paró su reloj una tarde de primavera, adiós amor mío no me llores volveré, antes que de los sauces caigan las hojas
Piensa en mí volveré por ti
pobre infeliz se paró su reloj infantil una tarde plomiza de abril cuando se fue su amante
se marchitó en su huerto hasta la última flor, no hay ni un sauce en la calle mayor para Penélope
Penélope, triste esa fuerza de esperar sus ojos parecen brillar si un tren silba a lo lejos
Penélope uno tras otro los ve pasar mira sus caras les oye hablar, para ella son muñecos

Dicen en el pueblo que el caminante volvió, la encontró en su banco de pino verde, la llamó Penélope mi amante fiel mi paz deja ya de tejer sueños en tu mente
Mírame soy tu amor regresé, le sonrió con los ojos llenitos de ayer no era así su cara ni su piel no eres quien yo espero
y se quedó con su bolso de piel marrón y sus zapatitos de tacón sentada en la estación ohohh sentada en la estación

sábado, 9 de março de 2013

Vou com a maior vontade de ficar

Se aperta o peito o relevo das cores que fugiram aos olhos.
Embaraçado pelo espaço que faltou do abraço, um pedaço do mundo desconhecido que era teu sorriso amanhecido pela luz do fim de tarde, sendo que sem tua voz não escuto a clareza das tuas intenções.
E a sombra que fazia teu olhar, me desfazia em admirar, quanto sinto por mim, de momentos e movimentos me elevava a teu espirito, e daquele aperto no peito
pouco entendia, ou figurava não entender, é que tua presença, ainda que distante, era constante no pensamento, e abriga os dias, da vontade de ver passar, de te ver sorrir, de imaginar, que tua voz diria, se palavras doces ou apenas um bom dia, não é que seja pretensão, talvez nem isso, era só vontade, de decifrar as cores dos teu olhar estrelado, pra ver se alivia um pouco meu peito apertado.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Mulher do que há na mente, força

Se amarei almas, amarei perdidos, figuras desfiguradas iluminadas pelo sol que não vem, e mesmo assim, amarei d'alma o poço que me resta,  que dela me faço, da certeza do que não existe, pois perfeição é o quanto meus olhos podem ver e o quanto meu coração pode acreditar, pois não leio olhares, tampouco a mais do que desejo ver e nisso teu corpo não vejo, senão puro d'alma que seja teu temor.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

"O que fazer depois?"



Segundo 'capitulo':




Ao entrar na sala de aula viu o professor explicar coisas que ela não entendia, como não entendia o amor, a dor e milk shake.


-Cedo pra amanhã, né Júlia-  ouvi do professor, respondeu um "desculpe professor, imprevistos" com um gostinho de "vai se fuder seu nerd" e passou o resto da aula admirando o carregador do colega qual mal falava, querendo ler o sms, como se isso fosse mais importante que entender a física quântica da aula, que estranhamente se parecia com chinês.


Sua vida parecia desmedida, vontade de chorar presa no meio da garganta, mas não queria parecer uma fraca, e vários medos e vontades se manifestaram em seu intimo, e sem querer cantarolou " Já não sei dizer se ainda sei sentir meu coração..." e do nada foi acordada no final da aula.


- Me empresta seu carregador?- pediu a Maurício, seu colega do carregador, que sem comentar nada tirou e colocou o dela, que sentou perto da tomada, e na expectativa de ligar o aparelho e ver o sms, e viu... Sua mãe, que dizia "  Cuidado para não dormir no ônibus de novo e perder a hora da aula, sabe que eu te amo."
Desapontou-se por não ser algo inesperado, encheu-se do dia e disse "porra mãe" sentou debaixo de uma grande árvore da faculdade, longe da maconha, dos nerds, dos bonitões, dos tocadores de violão, e terminou de ouvir que " parece agora estar tão cansado quanto eu" e deitou, com restos de sono pesando o olho, e aquelas velhas vontades pesando o coração, e ela se sentia, realmente, tão só, e os que cantavam de longe com seus violões desafinados pela fumaça da droga cantavam "E dizem que a solidão até que me cai bem"


Pensou em traçar novos planos, largar a faculdade, ou algum lugar distante dela, perto de casa, e lembrou-se que estava distante de casa, e a faculdade era essa desculpa, e mais uma vez as dores... Pensamento bem ela só queria ser feliz, e quem não quer...


- Ei, você esqueceu de me devolver o carregador-
Ela acordou pensando que era Maurício, ela com vergonha apenas estendeu-o, tirando um dos fones do ouvido e voltando-se largada para o tronco da árvore, porém levantou o rosto e não era Maurício, era ele, será que veio de tão longe, custou a acreditar, olhou pro lado sem jeito, mas ele estava lá, mais lindo que nunca, fazia tanto tempo, tantos anos, ficou mais forte, mais bonito, mais inteligente, como ela sabia disso? Não sei... Mas sabia, o cheiro era de nostalgia de passado, levantou sem pensar, abraçou sem pensar, beijou sem pensar, seu coração batia forte, sua mão suava, sua barriga tocava a quinta marchinha de carnaval de 3 anos atrás, "Meu Deus, meu desejo se realizou, eu vi ele voltar pra mim" e atônita com a situação, beijou o mais longo e lindo beijo que podia, lembrou-se do primeiro beijo nos fundos da fábrica velha, da chuva no portão da sua casa e ele com vergonha, lembrou-se de tudo que passou, lembrou-se do pirulito e da praça, do show e da morte, das mancadas e besteiras, lembrou-se DO AMOR, da viagem pra longe, das viagens pra perto, da separação, da tristeza, das promessas, dos filhos imaginários, e outro beijo pra esquecer do mundo.


E de repente ela abriu melhor os olhos, estava abraçada com Maurício.


- Nossa, se tudo isso foi por causa de um carregador, na próxima vez te empresto meu celular-


DROGA ERA MESMO MAURICIO... SERÁ QUE TUDO QUE SONHEI ERA MESMO SONHO MEU?


OPS, e pera aí? Eu beijei ele..  E AGORA!!! PRA ONDE É QUE EU VOU????????




Então gente? O que acharam da segunda parte? Sei lá, acho que ta ruim... enfim vocês que vão dizer, continuo ou paro??