segunda-feira, 13 de maio de 2013

Ilha Bela



Olhar baixo e tímido, escondendo o sorriso escondido pelo tempo, mareando os anos e os contatos mão-a-mão. Delineia os dedilhares das canções que te fiz, nesse voar dos invernos, sendo por acaso que a chuva molhou o mesmo chão que pisamos, e atravessamos o mesmo rumo de vida sem notar o norte que encontramos.

Correndo arco-iris, nos reencontros, colhendo lírios nos escombros, nos teus olhos de assombro, quando perdida nas poesias sem sentido, agarrada ao meu ombro, quando nada mais nessa vida faz qualquer sentido, não tendo rumo certo ou qualquer direção.

Não me recorde dos recortes das fotos e do tempo, tudo isso passa, e o destino, sempre fugindo, nos condena a pairar soltos no ar da imprevisão, e talvez te veja hoje, mês que vem ou no próximo verão, e se não mais te ver, terei certeza que sim, nesse desconforto interno, me dando a certeza que sempre será inverno.  

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