quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Quando se menos ...se.

O frio foi e me deixou sozinho sem ter com o que me preocupar, sem tremer por motivos, me deixando descoberto, sendo descoberto que tremia de outra coisa, que não era o frio.

Não me impedem os que me pedem poetizar, não me poetizam os que pulverizam saberes no ar.
Nos corredores, correm as dores, do lugar puro, por trás do muro da imponência humana, há a fraqueza e o esbanjar saber, só pra que saibam que sabem, sabendo que não faz diferença.


É a essência  e a aparência em uma guerra contra a carência, quando se ganha os puros e os impuros, poetas e promíscuos, todos fazendo corrente de oração, de mãos dadas... caminhando na mesma direção.

domingo, 8 de setembro de 2013

Das poesias que eu não escrevi.

Se vão nos vãos vazios, dos vasos de flores,  e por onde forem, se fizeram esquecer. Se atormenta a lágrima que chega, e a distância é paciência sem sofrimento é agonia ainda que calma, é a tardia solidão da tão sonhada liberdade. ESSE MUNDO JÁ NÃO ME PERTENCE, ESTE MUNDO JÁ NÃO É MAIS MEU, de tão meu que era conheço suas falhas e seus medos, meu medos e nas minhas mãos sobram espaços limpos para enxugar meus olhos, no que me induz não te importa, as portas abertas estão trancadas, lá fora há chuva, e a chuva me faz querer ficar.

Não conheço todos os segredos da vida, mas de partida em partida desaprendi a chegar sem ter pressa. Não me reconheço mais no meu lugar, e os que, agora não mais, me conhecem me olham torto, e com água nos olhos me olham partir. A saudade é vontade de ter de novo, de ver de novo e de novo sinto vontade de chorar. E assim, sendo o que sentimos, me redimo das minhas culpas, observando a inercia passar correndo, debochando da minha dor, olhando pra mim sem paciência, passando por mim sem pedir licênçaa.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

No chão das alturas

A distância mora ao lado,a saudade é vizinha, e seus sorrisos são portas fechadas, sem fechadura, que impedem que vejam nossa alma, se chora ou se implora, por qualquer outro lugar no mundo, sozinha.

As monossilabas do teu silêncio consertam a má impressão, do perfume doce, que se senta ao lado, conciso e concentrado, quase calado, dando o passo que retarda sua andança, e os calafrios da noite são enigmas que te refizeram os sorrisos novamente, mas nem tão sozinha.

Queria camuflar o resto das amarguras, das mágoas e das figuras, coladas na beira das minhas paredes, pois o teu olhar esconde qualquer pensamento,inertes, e é difícil falar destas coisas, sem suspirar remorso, sem poupar esforços, sem esconder sonhos, sem descansar da andança, e acima de tudo, sem perder, diante da dureza da vida aquele sorriso de criança, que mesmo que, sozinha.


domingo, 1 de setembro de 2013

Po(azalfa)ema

Po(azalfa)ema

Te apertei dos meus sonhos, nos destroços do dia chorei.
Os carros loucos acabam com o tempo e todas as fantasias.
Quando enfim me refiz o sol voltou a soar o som que sonhei.
Me movi, locomovi, por caminhos que tinha meu coração sem vias.

Não sei se acreditas em alegria, pois  o medo nos tomou
Mas não por isso deixamos de querer sorrir
Que de poemas o mundo se sufocou
E aos sufocados sem emoção só restou fugir

Encontram-se estranhos no topo dos sentimentos
Cada um com seu problema e conclusão
Tendo e contando para si os outros lamentos
De viver os dias chorando, sem encontrar solução.