sábado, 16 de junho de 2018

Lindo os únicos instantes sagrados escondidos.
Levando o universo inteiro sangrando empoeirado.
Lavei ondas, utopias, invernos, sóis e...
Lajeando, orquídeas úmidas, imas serenos eternos.
Longe ontem, usura interna sobre esteiras.
Leia-me o último incomum sorriso efêmero.

terça-feira, 5 de junho de 2018

Quando ele se foi.




Quase o colorido da minha pele fez reflexo no retrato, quase me mato em teus braços essa semana cheia de falta. Do meio dia no caminho na tua casa, trama rasa, na farda branca do teu colégio, um santo remédio para a lembrança dos olhos de uma praça, que a chuva nos expulsa, que a noite nos avisa que um farol pode nos estremecer.

Tua língua estrangeira, fervendo em fevereiros ácidos e sem coerência não sabia da ausência ou mesmo da carência que faziam as história mal contadas de exatos dia, que meus amigos visitam e me vestem. Você vai lembrar dos anos vindouros e virados? do chão molhado e minha culpa, do frio e da escultura.

Agora é saudade, ontem medo, mas saber que o aperto do peito é solidão ou medo da certeza de nunca mais ver teus olhos. O céu não me responde tua prece, tua imagem aos poucos desaparece da minha mente, mas eu sinto tanto sua falta que finjo que nossa infância não existiu.

Mas se o alto da montanha te abandonou e se isolado, se o som das músicas são sem voz e sem sentido, eu prefiro perder uma poesia e algumas horas de viagem, das seis ás três, para quem sabe talvez, sem falar nada do passado te ver outra vez do meu lado.