quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Boas aventuras.

Você tem o som do passado assentado em meus ouvidos.
E essa alegria triste que insiste em barrar um sorriso no meio da frase, no meio da tarde, no meio do por do sol.

Um nó e uma nave, desfaz quilômetros e quimeras, uma quase espera silenciosa de todas as vidas que temos... Todos os Jardins têm flores, mas nem toda flor tem seu jardim...  E ai de mim, que não termino uma canção.

Esotérico e excêntrico, o paladar da juventude, caminho aberto para pensamentos de futuro e frustração, passando pelo corrimão da escada, todas as portas fechadas, as fardas e os fichamentos; todos nós sentimos falta do que se foi ou do que fomos, mas ninguém esconde a dor de não saber o que seremos.

Convido as estrelas para o baile dos cegos na noite, que talvez não tenha sua presença, mas por alguns instantes eu me senti seguro.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Tuas coisas

Não é um dia cinza, mas nada verde ainda. Não tem paciência no sul e nas capitais, mas há algo a mais. Copos e metais, verdades irreais e um arrependimento, meus sentimentos traduzidos em planetas.

Aquário secos mostrando a casa vazia, um leve cheiro de desespero. Os suicidas são loucos que só erram uma vez, mas todos nós, loucos de todo dia!

E eu estou contente em não ter que ser coerente, basta esquecer toda manhã de uma noite longa e sofrida, com essa eterna briga entre ter razão e esquecer...



Hoje, escolho esquecer, amanhã... não sei.

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Enquanto o Sol brilhar

Amanheceu e ela se esqueceu do por do sol.
Seus olhos já claros e mareados, e essa dor insana no peito e na minha mente repete a música que mais gosta.

Dia a dia é bom viver, e a vida se encarrega de nos separar as mesas e essas cervejas empilhadas no chão.
Jamais cansa a vida assim? A vida cansa, sim, não assim, mas um jeito qualquer, com o embriagado do novo.
Como as nuvens lá do céu eu semeio meus medos e passados, queria você ao meu lado, mas não assim.
E ganhar da vida em si; inexperiência e esperar, os poros e os palos os ouvidos e os gargalos, vejo o tonel cheio de álcool e minha própria alma bêbada se afogando nela.
Esperança de amar, mas como um deserto minha alma está, muitas razões para desistir. QUE VONTADE DE CHORAR!
Rosa louca dos ventos, me mostra o caminho ou a diferença, me tira essa crença de querer um abraço onde não há.
Presa à copa do meu chapéu, tem um céu, mas eu sei que não devo descansar as mãos.
Sei que tudo se transforma, mas o amor prevalecerá, e que toda transformação seja sem pressa e propósitos, que o amor que fique, mistifique e não machuque a saudade de quando não houver minha presença.

Enquanto o sol brilhar
E o dia amanhecer
Eu sei que o meu querer
Será sempre você
Enquanto o sol brilhar
E agente percorrer
Por essa estrada onde o
Medo nunca teve um lugar
Será nossa história
Enquanto o sol brilhar


Nosso amor vai prosseguir, todo vai recomeçar, em palhas e promessas, fogos de artifícios em fim de ano de qualquer cidadezinha do interior.
Sei que a vida é assim, não quero lembranças sei, perdi tantas vezes, não tentei, por orgulho, pelos gritos e pelas meias verdades e mentiras, por nunca entender essa tua dor tão grande, por ser tão pequeno e ter em mim dores também. Só quem sente e chora.
Mas atiro em suas mãos, distraídas, uma flor, a rosa do sonhos meus e assim terás o meu amor, que nunca deixará de ser teu, algo de Deus ou qualquer santo, mas te ver assim me machuca tanto e tanto, que preferi não te ver.

Eu não vi e nem quis perceber que por dentro tudo se desfazia em teu peito, feito dor devagarinho, sei lá se já havia outro caminho já aberto e o peso dos que não andam, em tuas costas e até as apostas de um futuro distante. Essa fronteira fechada e infeliz, dessa vida ou quase vida, se é que me diz; Deus me promete que essa dor é só por essa noite?

Quando não for pior, eu prefiro não saber, se o sentido dessa embriaguez é deixar tudo sem sentido, eu sei que estou errado, mas ninguém nunca esteve certo, e com você por perto, batendo a porta sem abrir, sabendo que ninguém abrirá.

Teus imãs, portos e palácios, o tempo que não marca as horas, que não pesa meu braço, um traço do que pode ser um amor materno... O chão que não pisa espinhos, tudo isso não me faz bem e não posso suportar.

Quando me vejo sozinho na rua, sol ou lua, não quero ser reconhecido... Quero passar solário e calado, ninguém para ver ou sorrir, pior ainda cumprimentar, acho que esse é um dia em que a gente só quer ficar quieto, parado, enfim hoje é mais um dia que queria esquecer sem tirar você da mente.